São José de Anchieta (San Cristóbal de La Laguna, 19 de março de 1534 - Reritiba, 9 de junho de 1597) foi um padre jesuíta espanhol, santo da Igreja Católica e um dos fundadores da cidade brasileira de São Paulo.
Beatificado em 1980 pelo papa João Paulo II e canonizado em 2014 pelo papa Francisco, é conhecido como o Apóstolo do Brasil, por ter sido um dos pioneiros na introdução do cristianismo no país. Em abril de 2015 foi declarado co-padroeiro do Brasil, na 53ª Assembleia Geral da CNBB.
Foi o primeiro dramaturgo, o primeiro gramático e o primeiro poeta nascido nas Ilhas Canárias. Foi o autor da primeira gramática da língua tupi, e um dos primeiros autores da literatura brasileira, para a qual compôs inúmeras peças teatrais, poemas de teor religioso e uma epopeia.
É o patrono da cadeira de número um da Academia Brasileira de Música.
in Wikipédia
Como vem guerreira!
Como, vem guerreira
a morte espantosa!
Como vem guerreira
e temerosa!
Suas armas são doença,
com que a todos acomete.
Por qualquer lugar se mete,
sem nunca pedir licença.
Tanto que se dá sentença
da morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
Por muito poder que tenha,
ninguém pode resistir.
Dá mil voltas, sem sentir,
mais ligeira que uma azenha.
Quando manda Deus que venha
a morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
A uns caça quando comem,
sem que engulam o bocado.
Outros mata no pecado,
Sem que gosto nele tomem.
Quando menos teme homem
a morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
A ninguém que dar aviso,
porque vem como ladrão.
Se não acha contrição,
então mata mais de liso.
Quando toma de improviso,
a morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
Quando esperas de viver
longa vida, mui contente,
ela entra, de repente,
sem deixar-te a perceber.
Quando mostra seu poder,
a morte espantosa,
como vem guerreira
a temerosa!
Tudo lhe serve de espada,
com tudo pode matar;
em todos acha lugar
para dar sua estocada.
A terrível bombardada
da morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
A primeira morte mata
o corpo, com quanto tem.
A segunda, quando vem,
a alma e o corpo rapa.
Co'o inferno se contrata
a morte espantosa.
Como vem guerreira
e temerosa!
a morte espantosa!
Como vem guerreira
e temerosa!
Suas armas são doença,
com que a todos acomete.
Por qualquer lugar se mete,
sem nunca pedir licença.
Tanto que se dá sentença
da morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
Por muito poder que tenha,
ninguém pode resistir.
Dá mil voltas, sem sentir,
mais ligeira que uma azenha.
Quando manda Deus que venha
a morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
A uns caça quando comem,
sem que engulam o bocado.
Outros mata no pecado,
Sem que gosto nele tomem.
Quando menos teme homem
a morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
A ninguém que dar aviso,
porque vem como ladrão.
Se não acha contrição,
então mata mais de liso.
Quando toma de improviso,
a morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
Quando esperas de viver
longa vida, mui contente,
ela entra, de repente,
sem deixar-te a perceber.
Quando mostra seu poder,
a morte espantosa,
como vem guerreira
a temerosa!
Tudo lhe serve de espada,
com tudo pode matar;
em todos acha lugar
para dar sua estocada.
A terrível bombardada
da morte espantosa,
como vem guerreira
e temerosa!
A primeira morte mata
o corpo, com quanto tem.
A segunda, quando vem,
a alma e o corpo rapa.
Co'o inferno se contrata
a morte espantosa.
Como vem guerreira
e temerosa!
José de Anchieta


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