segunda-feira, outubro 28, 2024

Erasmo de Roterdão nasceu há 558 anos

     
Erasmo de Roterdão (nascido Gerrit Gerritszoon ou Herasmus Gerritszoon; em latim: Desiderius Erasmus Roterodamus; Roterdão, 28 de outubro de 1466 - Basileia, 12 de julho de 1536) foi um teólogo e um humanista neerlandês que viajou por toda a Europa (inclusive Portugal).
Erasmo fez o seminário com os monges agostinianos e professou votos monásticos aos 25 anos, vivendo como tal, sendo um grande crítico da vida monástica e das características que julgava negativas na Igreja Católica.
Frequentou o Collège Montaigu, em Paris, e continuou os seus estudos na Universidade de Paris, então o principal centro da escolástica, apesar da influência crescente do Renascimento da cultura clássica, que chegava de Itália. Erasmo optou por uma vida de académico independente, independente de país, independente de laços académicos, de lealdade religiosa e de tudo que pudesse interferir com a sua liberdade intelectual e a sua expressão literária.
Os principais centros da sua atividade foram Paris, Lovaina, Inglaterra e Basileia. No entanto, nunca pertenceu firmemente a nenhum destes locais. O tempo passado na Inglaterra foi frutífero, tendo feito amizades para a vida com os líderes ingleses, mesmo nos dias tumultuosos do rei Henrique VIII: John Colet, Thomas More, John Fisher, Thomas Linacre e Willian Grocyn. Na Universidade de Cambridge foi o professor de Teologia de Lady Margaret e teve a opção de passar o resto de sua vida como professor de inglês. Ele esteve no Queens' College, em Cambridge, e é possível que tenha sido alumnus.
Foram-lhe oferecidas várias posições de honra e proveito através do mundo académico, mas ele declinou-as todas, preferindo a incerteza, tendo no entanto receitas suficientes da sua atividade literária independente.
Entre 1506 e 1509 esteve em Itália. Passou ali uma parte do seu tempo na casa editorial de Aldus Manatius, em Veneza.
De acordo com as suas cartas, ele esteve associado com o filósofo natural veneziano, Giulio Camillo, mas, além deste, teve uma associação com académicos italianos menos ativa do que se esperava.
A sua residência em Lovaina expôs Erasmo a muitas críticas mesquinhas por parte daqueles que eram hostis aos princípios do progresso literário e religioso aos quais ele devotava a vida. Ele interpretava esta falta de simpatia como uma perseguição e procurou refúgio em Basileia, onde, sob abrigo de hospitalidade suíça, pôde expressar-se livremente e estava rodeado de amigos. Foi lá que esteve associado por muitos anos com o grande editor Froben, e onde uma multidão de admiradores de (quase) todos os cantos da Europa o vieram visitar.
   

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