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sábado, outubro 21, 2023

O Almirante Nelson morreu há 218 anos

    
Horatio Nelson, 1st Viscount Nelson, 1st Duke of Bronte (Burnham Thorpe, Norfolk, 29 September 1758 – HMS Victory, off Cape Trafalgar, 21 October 1805) was a British flag officer in the Royal Navy. He was noted for his inspirational leadership, superb grasp of strategy, and unconventional tactics, all of which resulted in a number of decisive naval victories, particularly during the Napoleonic Wars. He was wounded several times in combat, losing one arm in the unsuccessful attempt to conquer Santa Cruz de Tenerife and the sight in one eye in Corsica. He was shot and killed during his final victory at the Battle of Trafalgar in 1805.
     
(...)
     
     
Nelson's death at Trafalgar secured his position as one of Britain's most heroic figures. The significance of the victory and his death during the battle led to his signal, "England expects that every man will do his duty", being regularly quoted, paraphrased and referenced up to the modern day. Numerous monuments, including Nelson's Column in Trafalgar Square, London, and the Nelson Monument in Edinburgh, have been created in his memory and his legacy remains highly influential. The Hoste Hotel in Burnham Market, Norfolk, features a tribute museum to Lord Nelson and a room which was slept in by Lord Nelson. 
 
The Death of Nelson by Daniel Maclise (Houses of Parliament, London)
   

quarta-feira, setembro 27, 2023

A Batalha do Buçaco foi há 213 anos...

     
A Batalha do Buçaco foi uma batalha travada durante a Terceira Invasão Francesa, no decorrer da Guerra Peninsular, na Serra do Buçaco, a 27 de setembro de 1810. De um lado, em atitude defensiva, encontravam-se as forças anglo-lusas sob o comando do Tenente-General Arthur Wellesley, visconde Wellington (futuro Duque de Wellington). Do outro lado, em atitude ofensiva, as forças francesas lideradas pelo Marechal André Massena. No fim da batalha, a vitória mostrava-se nitidamente do lado anglo-luso.
    
(...)
    
Os franceses tiveram 4.486 baixas, incluindo cinco generais. Os Aliados tiveram 1.252 mortos e feridos durante esta batalha, que é considerada um modelo defensivo. No dia seguinte, a cavalaria de Massena descobriu um caminho que contornava a serra por oeste e Wellington teve que movimentar imediatamente as suas tropas para as Linhas de Torres Vedras. Os franceses continuaram o seu avanço, mas tinham sofrido já baixas importantes, com a correspondente influência negativa no moral das tropas. Para os Aliados, pelo contrário, a batalha levantou o moral das tropas, especialmente dos portugueses, mesmo não tendo obrigado os franceses a desistir da invasão.
     
       

quinta-feira, setembro 14, 2023

O primeiro Duque de Wellington morreu há 171 anos

  
Wellesley foi nomeado como alferes no exército britânico em 1787. Servindo na Irlanda como ajudante-de-campo para dois sucessivos Lordes Tenentes da Irlanda, também foi eleito como membro da Câmara dos Comuns do parlamento irlandês. Como coronel em 1796, Wellesley esteve em ação na Holanda e depois na Índia, onde lutou na Quarta Guerra Anglo-Maiçor na batalha de Seringapatão. Foi nomeado governador de Seringapatão e Maiçor, em 1799, e como major-general recém-nomeado, obteve uma vitória decisiva sobre a Confederação Marata na batalha de Assaye em 1803.
Wellesley aumentou a sua relevância como general durante a Guerra Peninsular das Guerras Napoleónicas, e foi promovido a marechal de campo depois de liderar as forças aliadas na vitória contra os franceses na batalha de Vitória, em 1813. Após o exílio de Napoleão Bonaparte em 1814, atuou como embaixador na França e foi-lhe concedido um ducado. Durante o Governo dos Cem Dias, em 1815, comandou o exército aliado que, juntamente com um exército prussiano sob ordens de Blücher, derrotou Napoleão na batalha de Waterloo. O registo de batalha de Wellesley é exemplar, em última análise, participou em cerca de 60 batalhas durante o curso da sua carreira militar.
Wellesley era famoso pelo seu estilo de adaptação defensiva de guerra e um extenso planeamento antes de batalhas, o que lhe permitia escolher o campo de batalha e forçar o inimigo a vir até ele, que resultaram em várias vitórias contra uma força numericamente superior, minimizando as suas próprias perdas. Ele é considerado um dos maiores comandantes de defesa de todos os tempos, e muitas das suas táticas e planos de batalha ainda são estudadas em academias militares de todo o mundo.
Ele foi duas vezes o primeiro-ministro pelo partido tory e supervisionou a aprovação do Roman Catholic Relief Act 1829. Foi primeiro-ministro entre 1828 e 1830 e serviu brevemente em 1834. Foi incapaz de impedir a aprovação do Reform Act 1832 mas continuou como uma das principais figuras na Câmara dos Lordes até à sua retirada. Permaneceu comandante em chefe do Exército Britânico até à sua morte.

Títulos, honras e estilos  
 

Pariato do Reino Unido
  • Barão Douro de Wellesley no Condado de Somerset – 26 de agosto de 1809
  • Visconde Wellington de Talavera, e de Wellington no Condado de Somerset – 26 de agosto de 1809
  • Conde de Wellington – 28 de fevereiro de 1812
  • Marquês de Wellington – 18 de agosto de 1812
  • Marquês Douro – 3 de maio de 1814
  • Duque de Wellington – 3 de maio de 1814
O seu irmão William escolheu o nome de Wellington pela sua semelhança com o sobrenome da família de Wellesley, que deriva da aldeia de Wellesley, em Somerset, não muito longe da de Wellington.

Honras britânicas e irlandesas
O duque de Wellington foi um dos padrinhos do sétimo filho da rainha Vitória, o príncipe Artur, em 1850. Artur também nasceu no dia primeiro de maio, e, quando criança, o jovem príncipe foi encorajado a lembrar as pessoas de que o duque de Wellington era seu padrinho.

  
Títulos de nobreza fora do Reino Unido

terça-feira, agosto 15, 2023

Napoleão nasceu há 254 anos

     
Napoleão Bonaparte (em francês: Napoléon Bonaparte; Ajaccio, 15 de agosto de 1769 - Santa Helena, 5 de maio de 1821) foi um líder político e militar durante a última parte da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi Imperador da França de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (20 de março a 22 de junho). A sua reforma legal, o código napoleónico, teve uma grande influência na legislação de vários países. Através das guerras napoleónicas, ele foi responsável por estabelecer a hegemonia francesa sobre maior parte da Europa.
Napoleão nasceu em Córsega, filho de pais com ascendência da nobreza italiana e foi treinado como oficial de artilharia na França continental. Em 2011, um exame de DNA de costelas de Napoleão que eram guardadas em relicário confirmou a origem caucasiana de Napoleão, desmentindo uma possível ascendência árabe do imperador.
Bonaparte ganhou destaque no âmbito da Primeira República Francesa e liderou com sucesso campanhas contra a Primeira Coligação e a Segunda Coligação. Em 1799, liderou um golpe de Estado e instalou-se como primeiro cônsul. Cinco anos depois, o senado francês proclamou-o Imperador. Na primeira década do século XIX, o império francês, sob comando de Napoleão se envolveu em uma série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napoleónicas. Após uma sequência de vitórias, a França garantiu uma posição dominante na Europa continental, e Napoleão manteve a esfera de influência da França, através da formação de amplas alianças e a nomeação de amigos e familiares para governar os outros países europeus como dependentes da França. As campanhas de Napoleão são até hoje estudadas nas academias militares de quase todo o mundo.
A Campanha da Rússia em 1812 marcou uma viragem na sorte de Napoleão. A sua Grande Armée foi seriamente afetada na campanha e nunca recuperou totalmente. Em 1813, a Sexta Coligação derrotou as suas forças em Leipzig. No ano seguinte, a coligação invadiu a França, forçou Napoleão a abdicar e o exilou na ilha de Elba. Menos de um ano depois, fugiu de Elba e regressou ao poder, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, em junho de 1815. Napoleão passou os últimos seis anos da sua vida confinado pelos britânicos à ilha de Santa Helena. Uma autópsia concluiu que ele morreu de cancro no estômago, embora haja suspeitas de envenenamento por arsénio.
   
   
in Wikipédia

sábado, julho 22, 2023

A Batalha de Salamanca foi há 211 anos

    
A Batalha de Salamanca ocorreu a 22 de julho de 1812, durante a Guerra Peninsular. Opôs o exército anglo-luso, sob o comando de Wellington, reforçado com algumas forças espanholas, ao chamado Exército de Portugal, francês, comandado pelo marechal Marmont. Esta batalha foi uma das mais importantes vitórias de Wellington e afastou definitivamente os Franceses de Portugal
  

domingo, junho 18, 2023

A Batalha de Waterloo foi há 208 anos...

A Batalha de Waterloo, por Clément-Auguste Andrieux, no Palácio de Versalhes
     
A Batalha de Waterloo foi um confronto militar ocorrido a 18 de junho de 1815 perto de Waterloo, na atual Bélgica (então parte integrante do Reino Unido dos Países Baixos). Um exército do Primeiro Império Francês, sob o comando do Imperador Napoleão (com 72.000 homens), foi derrotado pelos exércitos da Sétima Coligação que incluíam uma força britânica liderada pelo Duque de Wellington, e uma força prussiana comandada por Gebhard Leberecht von Blücher (118.000 homens). Este confronto marcou o fim dos Cem Dias e foi a última batalha de Napoleão; a sua derrota terminou com o seu governo como Imperador.
Depois do regresso de Napoleão ao poder em 1815, muitos dos Estados que se tinham oposto ao Imperador formaram a Sétima Coligação, dando início à mobilização dos seus exércitos. Duas forças de grande dimensão sob o comando de Wellington e de Blücher concentraram-se perto da fronteira nordeste da França. Napoleão decidiu atacar na esperança de as destruir antes que dessem início a uma invasão coordenada da França, juntamente com outros membros da coligação. O confronto decisivo da campanha de três dias de Waterloo - 16 a 19 de junho de 1815 -, teve lugar em Waterloo. De acordo com Wellington, a batalha foi "a mais renhida a que assisti na minha vida".
Napoleão atrasou o início da batalha até ao meio-dia esperando que o terreno secasse. O exército de Wellington, posicionado ao longo da estrada para Bruxelas, na escarpa de Mont-Saint-Jean, resistiu a múltiplos ataques franceses até que, no final do dia, os prussianos chegaram em força e penetraram no flanco direito de Napoleão. Naquele momento, o exército de Wellington contra-atacou provocando a desordem das tropas francesas no campo-de-batalha. Posteriormente, as forças da coligação entraram em França repondo Luís XVIII no trono francês. Napoleão abdicou, rendeu-se aos britânicos e foi exilado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.
O campo-de-batalha fica, atualmente em território belga, a cerca de treze quilómetros a sudeste de Bruxelas, e a 1,6 km da cidade de Waterloo. No local da batalha existe hoje um enorme monumento designado por Monte do Leão (em francês Butte du Lion), construído por terra trazida do próprio terreno da batalha.
     
Brasão do  Duque de Wellington
      

quinta-feira, maio 18, 2023

Napoleão coroou-se Imperador há 219 anos

Napoleão I em regalia, por François Gérard, 1805, no Palácio de Versalhes
   
Napoleão Bonaparte (em francês: Napoléon Bonaparte, nascido Napoleone di Buonaparte; Ajaccio, 15 de agosto de 1769 - Santa Helena, 5 de maio de 1821) foi um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi proclamado Imperador da França em 18 de maio de 1804, abdicando a  6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses, em 1815 (de 20 de março a 22 de junho). A sua reforma legal, o Código Napoleónico, teve uma grande influência na legislação de vários países. Através das guerras napoleónicas, ele foi responsável por estabelecer a hegemonia francesa sobre maior parte da Europa.
    
  
 
A coroação de Napoleão, 1805-1807 - Jacques-Louis David
      

quarta-feira, maio 17, 2023

Talleyrand morreu há 185 anos

     
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord (Paris, 2 de fevereiro de 1754 – Paris, 17 de maio de 1838) foi um bispo, político e diplomata francês. Ocupou em quatro ocasiões diferentes o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros e também foi o primeiro Primeiro-Ministro da França, entre julho e setembro de 1815, no reinado de Luís XVIII, depois da restauração francesa.
Talleyrand demonstrou admirável capacidade de sobrevivência política ao ocupar altos cargos no governo revolucionário francês, sob Napoleão Bonaparte, durante a restauração da monarquia da Casa de Bourbon e sob o rei Luís Filipe. Embora de ascendência aristocrática, não pôde seguir a carreira militar por causa de um defeito físico (pé boto). Opcionalmente, foi preparado para a carreira religiosa e, como seminarista, estudou teologia e leu a obra dos filósofos progressistas contemporâneos.
Expulso do seminário (1775) por não seguir a regra do celibato, mesmo assim recebeu ordens menores e o rei nomeou-o abade de Saint-Denis, em Reims (1776). Ordenado em 1779, foi nomeado vigário-geral pelo seu tio Alexandre, arcebispo de Reims, e um ano depois tornou-se agente geral do clero junto do governo da França. Defensor dos privilégios eclesiásticos, as suas atividades puseram-no em contacto direto e frequente com os ministros da coroa, o que lhe permitiu adquirir experiência parlamentar e ser consagrado (1788) como bispo de Autun.
Durante o período pré-revolucionário, foi membro do Clube dos Trinta. Apoiou depois a nacionalização dos bens da igreja e conseguiu a adoção da constituição civil do clero que, sem o apoio papal, permitiu a reorganização completa da Igreja francesa ao serviço do Estado.
Excomungado pelo papa e eleito administrador do departamento de Paris (1791), abandonou a Igreja Católica. Foi enviado pela Assembleia Geral à Grã-Bretanha (1792), para tentar convencer os ingleses a não se aliarem com a Áustria e a Prússia contra a França. O fracasso das negociações e a execução de Luís XVI obrigaram-no a fugir para os Estados Unidos (1794).
Após a queda de Robespierre e o fim do Terror (1796), regressou à França e no ano seguinte tornou-se o ministro das Relações Exteriores. Acusado de corrupção (1799), foi demitido, mas recuperou o cargo após o golpe de estado de Napoleão e o estabelecimento do Consulado.
Com o objetivo da pacificação da Europa, esforçou-se por articular uma política de alianças com as principais potências europeias e promoveu a reconciliação de Napoleão com o resto da Europa. No entanto, por discordar do projeto de conquistas do imperador, demitiu-se (1807). Apoiado pelo czar Alexandre I da Rússia, organizou a oposição a Napoleão e preparou a restauração dos Bourbons.
Com a entrada da liga anti-napoleónica em Paris (1814), persuadiu o senado a estabelecer um governo provisório e a declarar Napoleão deposto. O novo governo imediatamente convocou Luís XVIII, que o nomeou ministro das Relações Exteriores. No Congresso de Viena (1814-1815), representou a França e expôs as suas habilidades diplomáticas, mas prejudicou a França em termos territoriais, pois aceitou ceder à Prússia muitos territórios da margem direita do rio Reno.
Após os cem dias napoleónicos, assumiu o cargo de presidente do Conselho de Estado, porém o seu passado revolucionário levou-o a ser demitido, em setembro do mesmo ano. Aliado dos liberais, participou de forma ativa na ascensão ao trono de Luís Filipe de Orleans (1830). Embaixador em Londres (1830-1834), teve participação fundamental nas negociações entre França e Reino Unido, como na criação do reino da Bélgica e na assinatura da aliança entre França, Reino Unido, Espanha e Portugal - a Quádrupla Aliança (1834).
Acusado em vida de cínico e imoral, alegava servir a França e não aos regimes políticos. Foi, ao lado de Fouché, uma das figuras mais polémicas da França.
Morreu em 17 de maio de 1838 e foi enterrado na Capela de Notre-Dame.
 
   

sexta-feira, maio 05, 2023

Um exército luso-inglês venceu um exército napoleónico em Fuentes de Oñoro há 212 anos

      
A Batalha de Fuentes de Oñoro foi travada entre as forças aliadas (britânicos e portugueses), sob o comando do tenente-general Sir Arthur Wellesley, e as forças francesas, sob o comando do Marechal André Massena, entre os dias 3 e 5 de maio de 1811, no âmbito da Guerra Peninsular, após a 3ª invasão de Portugal. A tentativa feita por Massena para libertar do cerco a praça de Almeida, onde ainda existia uma guarnição francesa, falhou, pois a batalha resultou numa vitória das forças anglo-lusas.
    
(...)
     
As forças anglo-lusas sofreram 1.804 baixas (241 mortos, 1.247 feridos e 316 desaparecidos); quase 40% das baixas pertenceram à 1ª Divisão. Os franceses sofreram 2.844 baixas (343 mortos, 2.287 feridos e 214 desaparecidos), a maior parte nos VI e IX CE. A praça de Almeida continuou em posse dos franceses até à noite de 10 para 11 de maio, quando a guarnição francesa conseguiu passar através das forças anglo-lusas que cercavam a praça e escapar para Espanha.
  

O Imperador Napoleão I morreu há 202 anos

Napoleão I em regalia, por François Gérard, 1805, no Palácio de Versalhes
      
Napoleão Bonaparte (em francês: Napoléon Bonaparte; Ajaccio, 15 de agosto de 1769 - Santa Helena, 5 de maio de 1821) foi um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi Imperador dos Franceses de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (de 20 de março a 22 de junho). A sua reforma legal, o Código Napoleónico, teve uma grande influência na legislação de vários países. Através das guerras napoleónicas, ele foi responsável por estabelecer a hegemonia francesa sobre maior parte da Europa.
Napoleão nasceu na Córsega, filho de pais com ascendência da nobreza italiana, e foi treinado como oficial de artilharia na França continental. Em 2011, um exame de DNA de uma costela de Napoleão que eram guardadas num relicário confirmou a origem caucasiana de Napoleão, desmentindo uma possível ascendência árabe do imperador.
Bonaparte ganhou destaque no âmbito da Primeira República Francesa e liderou com sucesso campanhas contra a Primeira Coligação e a Segunda Coligação. Em 1799, liderou um golpe de Estado e instalou-se como primeiro cônsul. Cinco anos depois, o senado francês proclamou-o imperador. Na primeira década do século XIX o império francês, sob comando de Napoleão, envolveu-se numa série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napoleónicas. Após uma sequência de vitórias, a França garantiu uma posição dominante na Europa continental e Napoleão manteve a esfera de influência da França, através da formação de amplas alianças e a nomeação de amigos e familiares para governar os outros países europeus como dependentes da França. As campanhas de Napoleão são até hoje estudadas nas academias militares de quase todo o mundo.
A Campanha da Rússia em 1812 marcou a viragem da sorte de Napoleão. A sua Grande Armée foi seriamente afetada na campanha e nunca recuperou totalmente. Em 1813, a Sexta Coligação derrotou as suas forças em Leipzig. No ano seguinte, a coligação invadiu a França, forçou Napoleão a abdicar e exilou-o na ilha de Elba. Menos de um ano depois fugiu de Elba e retornou ao poder, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, em junho de 1815. Napoleão passou os últimos seis anos da sua vida confinado pelos britânicos na ilha de Santa Helena. Uma autópsia concluiu que ele morreu de cancro no estômago, embora haja suspeitas de envenenamento por arsénio.
   
     

terça-feira, maio 02, 2023

Porque a História se repete e tem custos - lembrem-se de Madrid há 215 anos

Três de maio de 1808 em Madrid: os fuzilamentos na montanha do Príncipe Pío, de Francisco de Goya - Museu do Prado

Os madrilenos revoltaram-se contra as tropas de um ditador ocupante francês há 215 anos...!

 El dos de mayo de 1808 en Madrid, também chamado La carga de los mamelucos en la Puerta del Sol ou La lucha con los mamelucos - Goya
          
O Levantamento de 2 de maio, ocorrido em 1808, é o nome pelo qual se conhecem os factos violentos acontecidos em Madrid (Espanha) naquele dia, surgidos pelo protesto popular frente à situação de incerteza política gerada após o Motim de Aranjuez. Reprimido o protesto contra as forças napoleónicas presentes na cidade, estendeu-se por toda a Espanha uma onda de indignação e apelos públicos à insurreição armada, que terminariam na Guerra de Independência Espanhola.

História
Antecedentes
Após a assinatura do Tratado de Fontainebleau a 27 de outubro de 1807 e a conseguinte entrada na Espanha das tropas aliadas francesas de caminho para Portugal, e os acontecimentos do Motim de Aranjuez a 17 de março de 1808, Madrid foi ocupada pelas tropas do general Murat a 23 de março. Ao dia seguinte, ocorreu a entrada triunfal na cidade de Fernando VII e do seu pai, Carlos IV, que acabava de ser forçado a abdicar em favor do primeiro. Ambos foram obrigados a acudir, para se reunir com Napoleão, a Baiona, onde aconteceria o fato histórico conhecido como as Abdicaçoes de Baiona, que deixarão o trono da Espanha nas mãos do irmão do imperador, José Bonaparte.
Enquanto isso, em Madrid foi constituída uma Junta de Governo como representação do rei Fernando VII. Contudo, o poder efetivo ficou nas mãos de Murat, o qual reduziu a Junta a um mero títere, simples espectador dos acontecimentos. A 27 de abril Murat solicitou, supostamente em nome de Carlos IV, a autorização para o translado a Baiona dos dois filhos deste que ficavam na cidade, Maria Luísa, rainha de Etrúria, e o infante Francisco de Paula. Se bem que a Junta recusou a princípio, após uma reunião na noite de 1 a 2 de maio, e perante as instruções de Fernando VII chegadas através de um emissário desde Bayona, finalmente cedeu.
  
Levantamento - "Que o levam!"
A 2 de maio de 1808, no início da manhã, a multidão começou a concentrar-se frente do Palácio Real. A multidão viu como os soldados franceses tiravam do palácio o infante Francisco de Paula, pelo qual, ao grito de José Blas de Molina "Que o levam!", o povo tentou assaltar o palácio. O infante assomou-se a uma varanda, provocando que aumentasse o bulício na praça. Este tumulto foi aproveitado por Murat, que mandou depressa uns Guardas Imperiais ao palácio, acompanhados por artilharia, que disparou contra da multidão. Ao desejo do povo de impedir a saída do infante, uniu-se o de vingar os mortos e o de se desfazer dos franceses. Com estes sentimentos, a luta estendeu-se por Madrid.
  
A luta nas ruas
Os madrilenhos começaram assim um levantamento popular espontâneo, mas em gestação desde a entrada no país das tropas francesas, improvisando soluções para as necessidades da luta das ruas. Constituíram-se assim partidas de bairro comandadas por chefes espontâneos; procurou-se o aprovisionamento de armas, pois a princípio as únicas de que dispuseram foram navalhas; compreendeu-se a necessidade de impedir a entrada na cidade de novas tropas francesas.
Tudo isto não foi suficiente e Murat pôde pôr em prática uma tática tão simples quanto eficaz. Quando os madrilenhos quiseram tomar as portas da cerca da cidade para impedir a chegada das forças francesas acantonadas nas suas cercanias, o grosso das tropas de Murat (cerca de 30 000 homens) já penetrara, fazendo um movimento concêntrico para se dirigir para o centro. Porém, as pessoas continuaram lutando durante toda a jornada utilizando qualquer objeto susceptível de ser utilizado coma arma... Assim, os esfaqueamentos, degolamentos e detenções sucederam-se numa jornada sangrenta. Mamelucos e lanceiros napoleónicos extremaram a sua crueldade contra a população e várias centenas de madrilenos, homens e mulheres, bem como soldados franceses, faleceram na refrega. Francisco de Goya refletiria anos depois estas lutas, na sua famosa pintura A Carga dos Mamelucos.
Embora a resistência ao avanço francês fosse muito mais eficaz do que Murat tinha previsto, especialmente na Puerta de Toledo, na Puerta del Sol e no Parque de Artilharia de Monteleón, a sua operação de cerco permitiu submeter Madrid sob a jurisdição militar e pôr sob as suas ordens a Junta de Governo. Pouco a pouco, os focos de resistência popular foram caindo.

Defensa del Parque de Artillería de Monteleón, en Madrid, por las tropas al mando de Luís Daoiz y Pedro Velarde, el 2 de mayo de 1808 - Joaquín Sorolla
        
Os Heróis - Daoiz e Velarde
Enquanto se desenvolvia a luta, os militares espanhóis permaneceram, seguindo ordens do capitão-general Francisco Javier Negrete, aquartelados e passivos. Somente os artilheiros do parque de Artilharia situado no Palácio de Monteleón desobedeceram as ordens e uniram-se à insurreição. Os heróis de maior graduação foram os capitães Luis Daoíz, que assumiu o comando dos insurretos por ser o mais veterano, e Pedro Velarde. Com os seus homens encerraram-se no Parque de Artilharia de Monteleón e, após repelir uma primeira ofensiva francesa no comando do general Lefranc, faleceram lutando heroicamente contra os reforços enviados por Murat.
Dois de maio não foi a rebelião do estado espanhol contra os franceses, mas a das classes populares de Madrid contra o ocupante tolerado (por indiferença, medo ou interesse) por grande quantidade de membros da Administração. De facto, a entrada das tropas francesas fora legal, no âmbito do Tratado de Fontainebleau, cujos limites porém rapidamente foram ultrapassados, excedendo o permitido e ocupando praças que não estavam no caminho para Portugal, o seu suposto objetivo. A Carga dos Mamelucos antes citada, apresenta as principais características da luta: profissionais perfeitamente equipados (os mamelucos) frente de uma multitude praticamente desarmada; presença ativa no combate de mulheres, algumas das quais perderam até mesmo a vida (Manuela Malasaña ou Clara del Rey).
  
Três de maio de 1808 em Madrid: os fuzilamentos na montanha do Príncipe Pío, de Francisco de Goya. - Museu do Prado
 
A repressão
A repressão foi cruel. Murat, não conforme com aplacar o levantamento, concebeu três objetivos: controlar a administração e o exército espanhol, aplicar um rigoroso castigo aos rebeldes para prevenir novas rebeliões dos espanhóis e afirmar que era ele quem governava Espanha. Na tarde de 2 de maio assinou um decreto que criou uma comissão militar, presidida pelo general Grouchy, para sentenciar à morte todos quantos fossem colhidos com as armas na mão ("Serão arcabuzeados todos quantos durante a rebelião fossem presos com armas").
O Conselho de Castela publicou uma proclama na que foi declarada ilícita qualquer reunião em sítios públicos e foi ordenada a entrega de todas as armas, brancas ou de fogo. Militares espanhóis colaboraram com Grouchy na comissão militar. Nestes primeiros momentos, as classes endinheiradas pareceram preferir o triunfo das armas de Murat do que o dos patriotas, compostos unicamente das classes populares.
No salão do Prado e nos campos de La Moncloa centenas de espanhóis foram fuzilados. Cerca de mil espanhóis perderam a vida no levantamento e nos fuzilamentos sub-seguintes.
     

segunda-feira, maio 01, 2023

O (primeiro) Duque de Wellington nasceu há 254 anos

  
Wellesley foi nomeado como alferes no exército britânico em 1787. Servindo na Irlanda como ajudante-de-campo para dois sucessivos Lordes Tenentes da Irlanda, também foi eleito como membro da Câmara dos Comuns do parlamento irlandês. Como coronel em 1796, Wellesley esteve em ação na Holanda e depois na Índia, onde lutou na Quarta Guerra Anglo-Maiçor na batalha de Seringapatão. Foi nomeado governador de Seringapatão e Maiçor, em 1799, e como major-general recém-nomeado, obteve uma vitória decisiva sobre a Confederação Marata na batalha de Assaye em 1803.
Wellesley aumentou a sua relevância como general durante a Guerra Peninsular das Guerras Napoleónicas, e foi promovido a marechal de campo depois de liderar as forças aliadas na vitória contra os franceses na batalha de Vitória, em 1813. Após o exílio de Napoleão Bonaparte em 1814, atuou como embaixador na França e foi-lhe concedido um ducado. Durante o Governo dos Cem Dias, em 1815, comandou o exército aliado que, juntamente com um exército prussiano sob ordens de Blücher, derrotou Napoleão na batalha de Waterloo. O registo de batalha de Wellesley é exemplar, em última análise, participou em cerca de 60 batalhas durante o curso da sua carreira militar.
Wellesley era famoso pelo seu estilo de adaptação defensiva de guerra e um extenso planeamento antes de batalhas, o que lhe permitia escolher o campo de batalha e forçar o inimigo a vir até ele, que resultaram em várias vitórias contra uma força numericamente superior, minimizando as suas próprias perdas. Ele é considerado um dos maiores comandantes de defesa de todos os tempos, e muitas das suas táticas e planos de batalha ainda são estudadas em academias militares de todo o mundo.
Ele foi duas vezes o primeiro-ministro pelo partido tory e supervisionou a aprovação do Roman Catholic Relief Act 1829. Foi primeiro-ministro entre 1828 e 1830 e serviu brevemente em 1834. Foi incapaz de impedir a aprovação do Reform Act 1832 mas continuou como uma das principais figuras na Câmara dos Lordes até à sua retirada. Permaneceu comandante em chefe do Exército Britânico até à sua morte.

Títulos, honras e estilos  
 

Pariato do Reino Unido
  • Barão Douro de Wellesley no Condado de Somerset – 26 de agosto de 1809
  • Visconde Wellington de Talavera, e de Wellington no Condado de Somerset – 26 de agosto de 1809
  • Conde de Wellington – 28 de fevereiro de 1812
  • Marquês de Wellington – 18 de agosto de 1812
  • Marquês Douro – 3 de maio de 1814
  • Duque de Wellington – 3 de maio de 1814
O seu irmão William escolheu o nome de Wellington pela sua semelhança com o sobrenome da família de Wellesley, que deriva da aldeia de Wellesley, em Somerset, não muito longe da de Wellington.

Honras britânicas e irlandesas
O duque de Wellington foi um dos padrinhos do sétimo filho da rainha Vitória, o príncipe Artur, em 1850. Artur também nasceu no dia primeiro de maio, e, quando criança, o jovem príncipe foi encorajado a lembrar as pessoas de que o duque de Wellington era seu padrinho.

  
Títulos de nobreza fora do Reino Unido