O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
Nos anos 1950, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio
de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim
como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais. Encontram-se no mercado edições, em CD, do trabalho de Villaret como declamador.
Música
Na música é de destacar, pela sua originalidade:
Fado falado, de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros (1947), na revista Tá Bem ou Não 'Tá?, onde se pode ouvir: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
João Villaret nasceu em Lisboa, em 1913, filho do médico Frederico
Villaret e de Josefina Gouveia da Silva Pereira. Frequentou o colégio
inglês na Rua Marquês de Abrantes e depois o Liceu de Passos Manuel,
onde foi bom aluno. Desde cedo revelou interesse pelas artes. Aos 15
anos ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa. Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro
tiveram um papel preponderante na sua iniciação teatral. Em 1930
concluiu o curso e a 16 de outubro de 1931 estreava-se interpretando um
papel na peça Leonor Teles, de Marcelino Mesquita.
Trabalhou no teatro, cinema e foi um grande declamador de poesia,
a sua maior paixão. Era um actor ecléctico, pois além do teatro
clássico também se dedicou ao teatro de revista. Fez várias digressões a
África e ao Brasil, onde esteve sete vezes. Nos últimos anos, aos
domingos, tinha um programa na RTP, onde declamava poesia e contava histórias curiosas do mundo cultural. Num desses episódios referiu que o seu amigo António Botto o apresentou a Fernando Pessoa, encontro que muito o impressionou.
Villaret era diabético, mas era avesso a tratamentos e dietas. Em 1958, quando esteve em Nova Lisboa
consultou um calista que ao extrair-lhe uma calosidade lhe provocou uma
ferida num pé, o que viria a ter consequências funestas. Viria a morrer
de insuficiência renal em 1961, aos 47 anos.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
Nos anos 50, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio
de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim
como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais.
Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações de:
Encontram-se no mercado edições, em CD, do trabalho de Villaret como declamador.
Música
Na música, Villaret também deu cartas, sendo criador de grandes
sucessos, como "Rosa Araújo", "Santo António" (proibidos pela Censura do
Estado Novo) e "Sinfonia do Ribatejo", na revista "Não Faças Ondas", em
1956, e do poema-canção "Recado a Lisboa", que até hoje predomina como
um verdadeiro clássico da história da Música Portuguesa.
A sua mais conhecida obra, devido à sua originalidade, é a seguinte:
Fado falado, de Nelson de Barros, com versos de Aníbal de
Nazaré, criado pelo próprio na revista "Tá Bem ou Não 'Tá?" (1947), e
satirizada com mestria nos anos 50, onde se pode ouvir esta frase
emblemática: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
José Maria Viana Dionísio (Lisboa, 6 de dezembro de 1922 - Lisboa, 8 de janeiro de 2003), foi um ator português,
de teatro de revista, cinema e televisão. Foi, também, pintor, expondo
em Portugal e no estrangeiro. Numa das suas exposições, em Valladolid, na Galeria Velázquez, vendeu integralmente toda a coleção.
José Viana recebeu por seis vezes o Prémio Bordalo, ou Prémio da Imprensa, atribuídos pela Casa da Imprensa, metade deles como actor e a outra metade como autor, sempre na categoria "Teatro de Revista":
Prémio Bordalo (1967), partilhado com Aníbal Nazaré e Eugénio Salvador, pela peça Pão, Pão, Queijo, Queijo, considerada "Melhor espectáculo". Nessa mesma ocasião seriam galardoados os actores Mariema e Raul Solnado.
Dois Prémio Bordalo (1968), um como actor, acompanhado pela actriz Florbela Queirós, e outro, como autor, novamente partilhado com Aníbal Nazaré e Eugénio Salvador, agora pela peça Grande Poeta é o Zé, considerada "Melhor espectáculo".
Mais dois Prémio Bordalo (1970), um como actor na peça Pimenta na Língua, acompanhado desta feita pela actriz Maria do Céu Guerra, e outro, como autor, agora apenas repete parceria com Aníbal Nazaré, nesta ocasião pela peça Pimenta na Língua. Desta vez seria ainda premiado o cenógrafo Mário Alberto.
Hermínia Silva nasceu no Hospital de São José em Lisboa, a 23 de outubro1907, sendo filha de Josefina Augusta, natural de Samora Correia.
Tinha dois irmãos: Emília, a mais velha e Artur, o mais novo. Quando
tinha apenas oito meses, a família mudou-se para o bairro do Castelo.
Chegou a ser aprendiz de alfaiate numa alfaiataria na Rua dos
Fanqueiros, mas cedo começou a interessar-se por uma vida artística.
Frequentadora da Sociedade de Recreio Leais Amigos, acaba por se
inscrever no grupo como amadora na arte de representar, em 1925, tendo cantado os primeiros fados
acompanhada ao piano. Cedo se tornou presença notada nos retiros de
Lisboa, que não hesitaram em contratá-la, pela originalidade com que
cantava o Fado.
Rapidamente, a sua presença foi notada nos retiros, e passados poucos anos, em 1929, Hermínia Silva estreava-se numa revista do Parque Mayer. Era a primeira vez que o Fado vendia bilhetes na Revista. Alguns jornais da época, referiam-se a ela, como a grande vedeta nacional, chegando a afirmar-se, que a fadista tinha "uma multidão de admiradores fanáticos". A sua melismática criativa, a inclusão no Fado, de letras menos tristes, por vezes com um forte cunho de crítica social, e o seu empenho em trazer para o Fado e para a guitarra portuguesa, fados não tradicionais, compostos por maestros como Jaime Mendes, compositores como Raul Ferrão,
criando assim o chamado "fado musicado", aquele fado cuja música
corresponde unicamente a uma letra, se bem que composto segundo a base
do Fado, e em especial, tendo em atenção as potencialidades da guitarra portuguesa.
Hermínia Silva torna-se assim, sem o haver planeado, num dos vértices do Fado, tal qual ele existe, enquanto estilo musical: Alfredo Marceneiro foi o primeiro vértice, o da exploração estilística do Fado Tradicional. Viria a trazer o Fado para as grandes salas do Teatro de Revista, e viria a "inaugurar" a futura Canção Nacional, com acompanhamentos de grandes orquestras, dirigidas por maestros, que também eram compositores. A sua fama atingiu um tal ponto que o Cinema, quis aproveitar o seu sucesso como figura de grande plano.
Efectivamente, nove anos depois de se ter estreado na Revista, Hermínia integra o elenco do filme de Chianca de Garcia, Aldeia da Roupa Branca (1938), num papel que lhe permite cantar no filme. Nascera assim, a que viria a ser considerada, a segunda artista mais popular do século XX português, depois de Amália Rodrigues, o terceiro vértice do Fado, ainda por nascer.
Depois de várias presenças no estrangeiro, com especial incidência no Brasil e em Espanha, Hermínia aposta numa carreira mais concentrada em Portugal. O seu conhecido e parodiado receio em andar de avião, inviabilizou-lhe muitos contratos que surgiam em catadupa. Mas, Hermínia estava no Céu, na sua Lisboa das sete colinas.
Em 1943 é chamada para mais um filme, o Costa do Castelo, em 1946 roda o Homem do Ribatejo, passando regularmente pelos palcos do Parque Mayer,
fazendo sucesso com os seus fados e as suas rábulas de Revista.
Efectivamente, consegue alcançar tal êxito no Teatro, que o SNI,
atribui-lhe o "Prémio Nacional do Teatro", um galardão muito cobiçado na
época. Até 1969, em "O Diabo era Outro", a popularidade da fadista encheu os écrans dos cinemas de todo o país. Vieram mais revistas, mais recitais, muitos discos de sucesso. No ano de 1949,
casa com Manuel Guerreiro, mas como verificámos a sua carreira
prossegue muito ligada ao teatro, actuando em diversas peças nos palcos
do Teatro Maria Vitória, Variedades, Apolo, Politeama ou Avenida. Neste último Teatro Avenida é-lhe prestada uma homenagem em Dezembro de 1945.
Mas, para quem quisesse conhecer a grande Hermínia bem mais de
perto, ainda tinha a oportunidade de ouro, de vê-la ao vivo e a cores,
sem microfone, na sua casa: o Solar da Hermínia, restaurante que manteve
quase até ao fim da sua vida artística.
Felizmente, o Estado Português, o Antigo e o Contemporâneo,
reconheceu Hermínia Silva. São vários os Prémios e Condecorações, as
distinções e as nomeações, justíssimas para uma artista,
que fez escola, e que hoje, constitui um dos três maiores nomes da
Canção Nacional, ao lado de Marceneiro e de Amália, que por razões
diferentes, pelos "apports" de forma e conteúdo distintos que trouxeram à
Canção de Lisboa, fizeram dela, o Fado, tal qual hoje é entendido,
cantado, tocado e formatado.
1958 - Inaugura o Solar da Hermínia, no Bairro Alto, ao qual se dedicará de tal forma que deixa o teatro de revista. Estará à frente desta casa durante 25 anos.
Iniciou a sua carreira no liceu no qual estudava quando se apresentou no Teatro Garcia de Resende e se profissionalizou aos 24 anos de idade, sendo obrigado a interromper o curso de engenharia quando estava no terceiro ano.
Teve seus maiores sucessos na balada romântica Olhos Castanhos, lançada em 1951, e Guitarra Toca Baixinho, em 1973.
Quando começou a cantar, já finalista do curso, foi inscrito num
programa da rádio que existia na altura, de Igrejas Caeiro, por colegas
de curso.
Foi professor universitário, cargo que tinha na altura da sua morte. Era irmão do famoso geólogo, o Professor Doutor Galopim de Carvalho, conhecido pela atuação em defesa dos vestígios (icnofósseis) de Dinossáurios.
Estudante da Escola Industrial Fonseca Benevides (Lisboa), inicia-se no teatro na Sociedade Guilherme Cossoul. Estreou-se em Amanhã Há Récita, de Varela Silva, juntamente com Luís Alberto, corria o ano de 1956. Ainda como amador na Guilherme Cossoul integrou o elenco de O Dia Seguinte, de Luiz Francisco Rebello e Catão, de Almeida Garrett, até vir a integrar a Companhia de Amélia Rey Colaço no Teatro Nacional. Em 1959 matricula-se no Conservatório Nacional, cujo Curso de Teatro não conclui para se estrear como profissional na peça O Lugre, de Bernardo Santareno, com encenação de Pedro Lemos (TNDMII). Em 1960 contracenava com Palmira Bastos em A visita da velha Senhora de Friedrich Durrenmatt (1960) encenado por Luca de Tema. Em 1962 passa a integrar a Empresa de Teatros Vasco Morgado, estreando-se na alta comédia em Loucuras de papá e de mamã de Alfonso Paso, encenada por Manuel Santos Carvalho, no Teatro Avenida, em Lisboa.
Estreia-se no teatro de revista em 1967 - Sete Colinas de César de Oliveira, Rogério Bracinha e Paulo Fonseca, no Variedades. Foi co-fundador do Teatro do Nosso Tempo, onde protagonizou O Porteiro de Harold Pinter. Passou pelo Teatro da Estufa Fria, sendo que a partir de 1971 na companhia do Teatro Villaret, ao lado de Raúl Solnado alcança um dos seus maiores êxitos com O Vison Voador, de Ray Cooney.
Permanece até 1973 nesta companhia, onde participa em várias peças sob
a direcção de Paulo Renato e Adolfo Marsilach. Fez parte da fundação
do Teatro Ádoque, participando nos espectáculos Pides na Grelha, CIA dos Cardeais, entre outras, estreando-se como autor neste teatro com Ó Calinas Cala a Boca (1977), em parceria com Ary dos Santos, Francisco Nicholson e Gonçalves Preto. Continua a trabalhar no teatro de revista no Teatro ABC com o empresário Sérgio de Azevedo. Seguidamente, interpretou O Tartufo de Molière, dirigido por Adolfo Marsilach; participou em Hedda Gabler, de Henrik Ibsen, com encenação de Carlos Quevedo.
Hermínia Silva nasceu em 1907. Cedo se tornou presença notada nos retiros de Lisboa, que não hesitaram em contratá-la, pela originalidade com que cantava o Fado. A Canção dos Bairros de Lisboa estava-lhe nas veias, não fora ela nascida, ali mesmo junto ao Castelo de São Jorge. As "histórias" dos amores da Severa com o Conde de Vimioso estavam ainda frescas na memória do povo.
Rapidamente, a sua presença foi notada nos retiros, e passados poucos anos, em 1929, Hermínia Silva estreava-se numa Revista do Parque Mayer. Era a primeira vez que o Fado
vendia bilhetes na Revista. Alguns jornais da época, referiam-se a
ela, como a grande vedeta nacional, chegando a afirmar-se, que a fadista tinha "uma multidão de admiradores fanáticos". A sua melismática criativa, a inclusão no Fado, de letras menos tristes, por vezes com um forte cunho de crítica social, e o seu empenho em trazer para o Fado e para a guitarra portuguesa, fados não tradicionais, compostos por maestros como Jaime Mendes, compositores como Raul Ferrão,
criando assim o chamado "fado musicado", aquele fado cuja música
corresponde unicamente a uma letra, se bem que composto segundo a base
do Fado, e em especial, tendo em atenção as potencialidades da guitarra portuguesa.
Hermínia Silva torna-se assim, sem o haver planeado, num dos vértices do Fado, tal qual ele existe, enquanto estilo musical: Alfredo Marceneiro
foi o primeiro vértice, o da exploração estilística do Fado
Tradicional; Hermínia viria a trazer o Fado para as grandes salas do
Teatro de Revista, e viria a "inaugurar" a futura Canção Nacional, com
acompanhamentos de grandes orquestras, dirigidas por maestros, que também eram compositores. A sua fama atingiu um tal ponto que o Cinema, quis aproveitar o seu sucesso como figura de grande plano.
Efectivamente, nove anos depois de se ter estreado na Revista, Hermínia integra o elenco do filme de Chianca de Garcia, Aldeia da Roupa Branca (1938), num papel que lhe permite cantar no filme. Nascera assim, a que viria a ser considerada, a segunda artista mais popular do século XX português, depois de Amália Rodrigues, o terceiro vértice do Fado, ainda por nascer.
Depois de várias presenças no estrangeiro, com especial incidência no Brasil e em Espanha, Hermínia aposta numa carreira mais concentrada em Portugal. O seu conhecido e parodiado receio em andar de avião, inviabilizou-lhe muitos contratos que surgiam em catadupa. Mas, Hermínia estava no céu, na sua Lisboa das sete colinas.
Em 1943 é chamada para mais um filme, o Costa do Castelo, em 1946 roda o Homem do Ribatejo, passando regularmente pelos palcos do Parque Mayer,
fazendo sucesso com os seus fados e as suas rábulas de Revista.
Efectivamente, Hermínia consegue alcançar tal êxito no Teatro, que o
SNI, atribui-lhe o "Prémio Nacional do Teatro", um galardão muito cobiçado na época. Até 1969, em "O Diabo era Outro", a popularidade da fadista encheu os écrans dos cinemas de todo o país. Vieram mais Revistas, mais recitais, muitos discos de sucesso.
Mas, para quem quisesse conhecer a grande Hermínia bem mais de perto,
ainda tinha a oportunidade de ouro, de vê-la ao vivo e a cores, sem
microfone, na sua Casa - o Solar da Hermínia, restaurante que manteve
quase até ao fim da sua vida artística.
Felizmente, o estado português, o antigo e o contemporâneo, reconheceu
Hermínia Silva. São vários os prémios e condecorações, as distinções e
as nomeações, justíssimas para uma artista,
que fez escola, e que hoje, constitui um dos três maiores nomes da
Canção Nacional, ao lado de Marceneiro e de Amália, que por razões
diferentes, pelas novidades de forma e conteúdo distintos que
trouxeram à Canção de Lisboa, fizeram dela, o Fado, tal qual hoje é
entendido, cantado, tocado e formatado.
A fadista cantou quase até falecer, em 13 de junho de 1993. Morria assim uma das maiores vedetas do Fado e do Teatro de Revista Português. O seu corpo foi sepultado no cemitério dos Prazeres.
Vedeta do teatro de revista francês, Josephine Baker é geralmente considerada como a primeira grande estrela negra das artes cénicas.
Biografia
Josephine Baker era filha de Carrie McDonald, e seu pai é incerto.
Alguns biógrafos afirmam que seu pai seria Eddie Carson, que foi
certamente amante de sua mãe, mas Josephine acreditava que seu pai teria
sido um homem branco. O pai de Josephine, segundo a biografia
oficial, era o ator Eddie Carson. Várias fontes, no entanto, afirmam
que seu pai teria sido um vendedor ambulante de jóias.
Ela era efetivamente fruto de grande miscigenação racial: tinha além da herança negra, de escravos da Carolina do Sul, também a herança genética de índios americanos das Apalaches.
Começou a sua carreira ainda criança, como artista de rua, dançando. Participou em espetáculos de vaudeville do St. Louis Chorus, aos quinze anos de idade. Atuou em Nova York, em alguns espetáculos da Broadway, de 1921 a 1924.
Em 2 de outubro de 1925 estreou em Paris, no Théâtre des Champs-Élysées,
fazendo imediato sucesso com a sua dança erótica, aparecendo
praticamente nua em cena. Graças ao sucesso da sua temporada europeia,
rompeu o contrato e voltou para a França, tornando-se a estrela da Folies Bergère.
As suas apresentações eram memoráveis, dentre elas uma em que vestia
uma saia feita de bananas. Por suas atuações no teatro de revista, foi
uma grande concorrente da grande vedeta francesa Mistinguett.
As duas não se apreciavam, mas o charme de Mistinguett estava em
sugerir nudez, através de suas belíssimas pernas, ao passo que
Josephine ia muito mais longe, em matéria de nudez. Na verdade, eram
duas formas de arte diferentes. Mistinguett mais elitista, Josephine
mais popular.
Foi uma das mais populares vedetas da rádio, do teatro e da televisão portuguesas, desde os anos quarenta até à sua morte em 1980. A ele se devem êxitos como Noites da Madeira, Bailinho da Madeira ou A Mula da Cooperativa. E nada faria prever que este jovem madeirense, que sonhava ser barbeiro e fora alfaiate, viria a ser um dos mais populares artistas portugueses.
Maximiano de Sousa, de todos conhecido como Max, era madeirense, nascido no Funchal em 1918.
Foi aí que iniciou a sua carreira artística. Sonhara ser barbeiro e
violinista, tinha ouvido para a música mas pouca paciência para
aprender o solfejo, e acabou por aprender o ofício de alfaiate. Contudo, o bichinho da música que sempre tivera tornou-se numa carreira em 1936, quando começa a actuar no bar de um hotel do Funchal: cantor à noite, alfaiate de dia.
Em 1942, é um dos fundadores - como cantor e baterista - do Conjunto de Toni Amaral, que se torna numa sensação nas noites madeirenses e que, em 1946, vem conquistar Lisboa.
O trabalho é muito e o conjunto assenta arraiais no night-club Nina,
interpretando os ritmos do momento - boleros, slows, fados-canções. E é
o "Fado Mayerúe" de Armandinho e Linhares Barbosa, mais conhecido
como "Não Digas Mal Dela", que populariza a voz de Max e leva à sua
saída do Conjunto de Toni Amaral, iniciando finalmente a carreira a solo que desejava em 1948.
Agora actuando sozinho, Max dispara para o estrelato através da rádio e das suas presenças no Passatempo APA do Rádio Clube Português, em parceria com Humberto Madeira. Em 1949, assina contrato com a Valentim de Carvalho e grava o seu primeiro disco: um 78 rotações com "Noites da Madeira" e "Bailinho da Madeira".
É o primeiro de uma longa lista de sucessos como A Mula da Cooperativa, Porto Santo, 31 ou Sinal da Cruz. Em entrevista ao jornal Se7e, em 1978, referia que eram os discos que lhe davam mais dinheiro, pois "os direitos de autor estavam sempre a pingar".
Depois da rádio, Max conquista o teatro, participando a convite de Eugénio Salvador na revista Saias Curtas, em 1952. Será apenas a primeira de uma longa série de revistas que confirmarão também os seus dotes de actor e humorista.
Em 1957,
parte para os EUA para uma digressão de cinco anos interrompida por uma
súbita doença de coração ao fim de dois. Viajará em seguida por Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil e Argentina.
Regressado a Portugal,
embora continue a ser um dos artistas mais queridos do público,
encontrará alguma dificuldade de trabalho, sobrevivendo à conta dos
discos que continuava a gravar. Um dos seus maiores êxitos surgirá aliás
neste período, "Pomba Branca". Faleceu em 1980.
Em 1991 foi inaugurado um busto em sua homenagem, da autoria da escultora Luíza Clode, junto ao Largo do Corpo Santo.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
Nos anos 1950, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio
de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim
como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais.
Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações de:
Encontram-se no mercado edições, em CD, do trabalho de Villaret como declamador.
Música
Na música é de destacar, pela sua originalidade:
Fado falado, de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros (1947), na revista Tá Bem ou Não 'Tá?, onde se pode ouvir: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
Homenagens
A 2 de abril de 1960 foi feito Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Em Loures há uma Escola com o nome de João Villaret. A escola ensina desde o 5º até ao 9º ano.