Amundsen nasceu em uma família de proprietários de navio e capitães. Inspirado na leitura das aventuras do explorador inglês
John Franklin, que provou a existência da passagem Noroeste, ele decidiu-se por uma vida de exploração do desconhecido. Com 16 anos Amundsen estudava as regiões polares, tendo como referência a travessia da
Gronelândia por
Fridtjof Nansen. Embora tivesse frequentado o curso de
Medicina, Amundsen decidiu seguir uma vida ligada ao mar e à exploração. Em 1897, com 25 anos, fez parte da tripulação do
Belgica, como primeiro oficial, na
Expedição Antártica Belga, de
Adrien de Gerlache. Anos mais tarde, em 1903, parte para uma expedição que iria atravessar a
passagem Noroeste, que liga os oceanos
Atlântico ao
Pacífico, na região norte do
Canadá, a bordo do
Gjøa.
Depois de atingir o Polo Sul, em 1911, Amundsen desejava alcançar
novas conquistas. De regresso dos Estados Unidos, onde esteve em
digressão de conferências, interessou-se pelo mundo da aviação e, em
1914, obteve o seu certificado de voo, o primeiro atribuído a um civil
na Noruega. Em 1918, parte para o Ártico, no veleiro
Maud mas,
depois de dois anos à deriva, não conseguiu chegar ao Polo Norte. Em
1925, organiza a primeira expedição aérea ao Ártico, chegando à latitude
de 87º 44' N. Um ano depois, foi o primeiro explorador a sobrevoar o
Polo Norte no
dirigível Norge, e a primeira pessoa a chegar a ambos os Polos Norte e Sul.
Em junho de 1928, Roald Amundsen embarca num hidroavião, em Tromso, perto do cabo Norte, para efectuar as buscas do dirigível
Itália que levava o aviador
Umberto Nobile a bordo; foi a última vez que se teve notícias de Amundsen.
(...)
Roald Amundsen morreu a 18 de junho de 1928, em um acidente com o seu
hidroavião Latham 47, no oceano Ártico. O voo tinha como objetivo resgatar o explorador e aviador italiano
Umberto Nobile, cujo
dirigível Italia caiu a nordeste do
arquipélago Svalbard ao regressar do Polo Norte.
Cinco países enviaram navios e aviões para os trabalhos de resgate dos
sobreviventes do dirigível, que aguardavam socorro numa massa de gelo
flutuante. Os tripulantes sobreviventes foram resgatados pelo
navio quebra-gelo russo Krassin a 12 de julho, dezanove dias após a retirada de Umberto Nobile do local por um avião da Suécia. A busca de Amundsen e dos seis desaparecidos do
Italia continuou todo o verão de 1928, e nela participou
Louise Boyd,
exploradora e aviadora norte-americana. O hidroavião de Amundsen nunca
foi encontrado e o corpo de Roald Amundsen permanece no Ártico até hoje. A
Marinha Real da Noruega organizou expedições nos anos de 2004 e 2009 com o objetivo de localizar os restos do hidroavião.
Existe controvérsia quanto à conquista do Polo Norte por Frederick
Cook e depois Robert Peary. Pesquisas e estudos recentes apontam Roald
Amundsen e o seu companheiro de explorações
Oscar Wisting, como os primeiros a alcançar os dois polos da terra.