Beijo cósmico para o dia dos namorados: asteroide assassino passa pela Terra
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Este Dia dos Namorados vem acompanhado com um asteroide
potencialmente perigoso. Não se preocupe que não lhe vai arruinar os
planos, mas se precisar de uma desculpa para faltar a alguns
compromissos, pode sempre dizer que está a observar um asteroide.
Brincadeiras à parte, a rocha em questão é chamada de 2024 BR4 e, tal como o nome indica, foi descoberta este ano.
Há algumas semanas, o 2024 BR4 estava a cerca de 12 milhões de
quilómetros da Terra, mas, no passado dia 30, o observatório Catalina
Real-Time Transient Survey (CRTS) deu-nos a primeira observação desta rocha.
O objeto é classificado como potencialmente perigoso, uma vez que tem cerca de 100 e 300 metros, o que significa que se atingisse a Terra poderia causar uma devastação incrível, sob as condições certas.
De acordo com o IFL Science,
os asteroides são complicados, porque não se trata apenas do tamanho,
mas também da composição e do sítio em que atinge o nosso planeta.
O Small-Body Database (SBDB), do JPL da NASA, fornece uma magnitude absoluta para o objeto de 21,4. Quanto maior for o objeto, mais brilhante parece.
Mas para fazer a melhor estimativa com este parâmetro, também é preciso o albedo - a fração de luz refletida pela superfície - que, de momento, não está
disponível e, por isso, a incerteza do que se pode calcular é bastante
ampla.
Ainda assim, este é provavelmente um dos 14.000 asteroides “assassinos de cidades” que estão por encontrar. Está a chegar perto de nós, mas não por muito tempo.
Apesar das incertezas acerca do seu tamanho, os astrónomos calcularam muito bem a órbita do 2024 BR4.
No Dia dos Namorados, o asteroide não estará mais próximo do que 4,6 milhões de quilómetros - 12 vezes a distância média da Lua.
A passagem desta quarta-feira será o mais próximo que este objeto perigoso estará do nosso planeta nos próximos 120 anos. A deteção também mostra o quão longe os levantamentos têm avançado nos últimos anos.
De referir que este asteroide passou pela Terra a 14 distâncias lunares em 2011, mas passou completamente despercebido.
in ZAP