Mostrar mensagens com a etiqueta Ángel Campos Pámpano. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ángel Campos Pámpano. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, novembro 25, 2025

Ángel Campos Pámpano morreu há dezassete anos...

Angel-Campos-Pampano

(imagem daqui)

 

Ángel Campos Pámpano (San Vicente de Alcántara, 10 de maio de 1957 - Badajoz, 25 de novembro de 2008) foi um poeta e tradutor espanhol, grande defensor da cultura e literatura de Portugal.

 

Biografia

Nascido no município estremenho de San Vicente de Alcántara, na província de Badajoz, estudou filologia hispânica na Universidade de Salamanca, e foi professor do ensino secundário durante vinte anos nos institutos da Estremadura e durante seis anos no Instituto Espanhol Giner de los Ríos, em Lisboa, onde regressou em 2008, por forma a permitir-lhe prosseguir a sua função na Estremadura. Deu um ímpeto às relações culturais e poéticas entre as instituições e indivíduos da região fronteiriça da Estremadura e de Portugal. Morreu a 25 de novembro de 2008 em Badajoz, após sofrer uma operação por causa de um cancro do pâncreas, aos cinquenta e um anos. A sua poesia La vida de otro modo, ilustrada por Javier Fernández de Molina e prolongada pelo professor Miguel Ángel Lama, foi publicada pela editora Calambur.

Para além das suas traduções e trabalhos de agitação cultural, a sua criação poética mais importante é La ciudad blanca (1988), uma obra pioneira de poesia contemplativa, impressionista e de forte impacto do conhecimento e descoberta de Portugal, da sua língua, cultura, literatura, e especialmente a poesia. Entre as suas obras encontram-se: Siquiera este refugio (1993), La voz en espiral (1998) e La semilla en la nieve (2004), onde recebeu o Prémio Estremadura para a Criação.

Traduziu para o espanhol as obras de autores da literatura portuguesa do século XX, como Fernando Pessoa, Carlos de Oliveira, António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade e Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros. A sua antologia de Pessoa Un corazón de nadie, publicada pela editora Galaxia Guttenberg/Círculo de Lectores, o projetou aos círculos intelectuais nacionais e internacionais.

Fundou e dirigiu as revistas Espacio/Espaço escrito e Hablar/Falar de Poesía, que tinham como objetivo unir as culturas e literaturas espanhola, estremenha e portuguesa.

Ángel Campos presidiu a Associação de Escritores Estremenhos. Em 1992, fundou a Aula de Poesia Enrique Díez-Canedo de Badajoz na associação, que percorreu mais de cento e quinze autores, através das instituições culturais e dos institutos educacionais em toda a região.

 

in Wikipédia

 

OFÍCIO DE PALABRAS     


Conforme a la costumbre
antigua de su oficio,
las palabras anuncian
el drama lentamente.
Ocupan los objetos
y enseguida los niegan.
Se dan al desamparo
de los nombres perdendo
el tiempo si fabulan
historias que no existen.
No es casual que a veces
procuren el poema,
la vigilia, la muerte,
la idea de la rosa.


Ángel Campos Pámpano

 

 

OFÍCIO DE PALAVRAS

 

Conforme ao costume
antigo de seu ofício,
as palavras anunciam
o drama lentamente.
Ocupam os objetos
e a seguir negam-nos.
Dão-se ao desamparo
dos nomes perdendo
o tempo a fabular
histórias que não existem.
Às vezes, não por acaso,
procuram o poema,
a vigília, a morte,

a ideia pura da rosa.


Tradução Albino M.

sábado, maio 10, 2025

Ángel Campos Pámpano nasceu há 68 anos...

Angel-Campos-Pampano

(imagem daqui)

 

Ángel Campos Pámpano (San Vicente de Alcántara, 10 de maio de 1957 - Badajoz, 25 de novembro de 2008) foi um poeta e tradutor espanhol, grande defensor da cultura e literatura de Portugal.

 

Biografia

Nascido no município estremenho de San Vicente de Alcántara, na província de Badajoz, estudou filologia hispânica na Universidade de Salamanca, e foi professor do ensino secundário durante vinte anos nos institutos da Estremadura e durante seis anos no Instituto Espanhol Giner de los Ríos, em Lisboa, onde regressou em 2008, por forma a permitir-lhe prosseguir a sua função na Estremadura. Deu um ímpeto às relações culturais e poéticas entre as instituições e indivíduos da região fronteiriça da Estremadura e de Portugal. Morreu a 25 de novembro de 2008 em Badajoz, após sofrer uma operação por causa de um cancro do pâncreas, aos cinquenta e um anos. A sua poesia La vida de otro modo, ilustrada por Javier Fernández de Molina e prolongada pelo professor Miguel Ángel Lama, foi publicada pela editora Calambur.

Para além das suas traduções e trabalhos de agitação cultural, a sua criação poética mais importante é La ciudad blanca (1988), uma obra pioneira de poesia contemplativa, impressionista e de forte impacto do conhecimento e descoberta de Portugal, da sua língua, cultura, literatura, e especialmente a poesia. Entre as suas obras encontram-se: Siquiera este refugio (1993), La voz en espiral (1998) e La semilla en la nieve (2004), onde recebeu o Prémio Estremadura para a Criação.

Traduziu para o espanhol as obras de autores da literatura portuguesa do século XX, como Fernando Pessoa, Carlos de Oliveira, António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade e Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros. A sua antologia de Pessoa Un corazón de nadie, publicada pela editora Galaxia Guttenberg/Círculo de Lectores, o projetou aos círculos intelectuais nacionais e internacionais.

Fundou e dirigiu as revistas Espacio/Espaço escrito e Hablar/Falar de Poesía, que tinham como objetivo unir as culturas e literaturas espanhola, estremenha e portuguesa.

Ángel Campos presidiu a Associação de Escritores Estremenhos. Em 1992, fundou a Aula de Poesia Enrique Díez-Canedo de Badajoz na associação, que percorreu mais de cento e quinze autores, através das instituições culturais e dos institutos educacionais em toda a região.

 

in Wikipédia

 

LA ROSA DEL MUNDO


               (Manuel Herminio Monteiro, in memoriam)


ha traído el domingo la ceguera
la mudez de unas manos que ensordecen
tus párpados cerrados a mis ojos

tan solo tres mujeres velan tu silencio
tres mujeres y el llanto desgarrado
del ángel del dolor que no consiguen ahuyentar
que permanece aún
prendido en tus entrañas

dan ganas de gritar
de no ausentarse
de quedarse aquí junto a los versos
últimos que leíste

porque a veces el grito y las palabras
escritas del poema dilatan la emoción
hasta las lágrimas
crean nuevos espacios compartidos
en los que respirar
profundamente
es imposible escapar a la pregunta
qué queda de tu luz esta mañana

hay flores secas que perfuman
la casa y sin embargo
alguien ha puesto entre tus manos frías
una rosa desnuda.



Ángel Campos Pámpano

 

 

A ROSA DO MUNDO


o domingo trouxe a cegueira
a mudez de umas mãos que ensurdecem
tuas pálpebras cerradas a meus olhos

apenas três mulheres velam teu silêncio
três mulheres e o pranto rasgado
do anjo da dor que não conseguem afugentar
que permanece ainda
preso nas tuas entranhas

dá vontade de gritar
de não ir embora
de ficar aqui ao pé dos versos
últimos que leste

porque o grito, às vezes, e as palavras
escritas do poema dilatam a emoção
até às lágrimas
criam novos espaços partilhados
para respirar
profundamente
é impossível fugir à pergunta
o que resta de tua luz esta manhã

há flores secas que perfumam
a casa e contudo
alguém pôs nas tuas mãos frias
uma rosa nua

 

 Tradução Albino M.

segunda-feira, novembro 25, 2024

O poeta Ángel Campos Pámpano faleceu há dezasseis anos...

Angel-Campos-Pampano

(imagem daqui)

 

Ángel Campos Pámpano (San Vicente de Alcántara, 10 de maio de 1957 - Badajoz, 25 de novembro de 2008) foi um poeta e tradutor espanhol, grande defensor da cultura e literatura de Portugal.

 

Biografia

Nascido no município estremenho de San Vicente de Alcántara, na província de Badajoz, estudou filologia hispânica na Universidade de Salamanca, e foi professor do ensino secundário durante vinte anos nos institutos da Estremadura e durante seis anos no Instituto Espanhol Giner de los Ríos, em Lisboa, onde regressou em 2008, por forma a permitir-lhe prosseguir a sua função na Estremadura. Deu um ímpeto às relações culturais e poéticas entre as instituições e indivíduos da região fronteiriça da Estremadura e de Portugal. Morreu a 25 de novembro de 2008 em Badajoz, após sofrer uma operação por causa de um cancro do pâncreas, aos cinquenta e um anos. A sua poesia La vida de otro modo, ilustrada por Javier Fernández de Molina e prolongada pelo professor Miguel Ángel Lama, foi publicada pela editora Calambur.

Para além das suas traduções e trabalhos de agitação cultural, a sua criação poética mais importante é La ciudad blanca (1988), uma obra pioneira de poesia contemplativa, impressionista e de forte impacto do conhecimento e descoberta de Portugal, da sua língua, cultura, literatura, e especialmente a poesia. Entre as suas obras encontram-se: Siquiera este refugio (1993), La voz en espiral (1998) e La semilla en la nieve (2004), onde recebeu o Prémio Estremadura para a Criação.

Traduziu para o espanhol as obras de autores da literatura portuguesa do século XX, como Fernando Pessoa, Carlos de Oliveira, António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade e Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros. A sua antologia de Pessoa Un corazón de nadie, publicada pela editora Galaxia Guttenberg/Círculo de Lectores, o projetou aos círculos intelectuais nacionais e internacionais.

Fundou e dirigiu as revistas Espacio/Espaço escrito e Hablar/Falar de Poesía, que tinham como objetivo unir as culturas e literaturas espanhola, estremenha e portuguesa.

Ángel Campos presidiu a Associação de Escritores Estremenhos. Em 1992, fundou a Aula de Poesia Enrique Díez-Canedo de Badajoz na associação, que percorreu mais de cento e quinze autores, através das instituições culturais e dos institutos educacionais em toda a região.

 

in Wikipédia

 

OFÍCIO DE PALABRAS     


Conforme a la costumbre
antigua de su oficio,
las palabras anuncian
el drama lentamente.
Ocupan los objetos
y enseguida los niegan.
Se dan al desamparo
de los nombres perdendo
el tiempo si fabulan
historias que no existen.
No es casual que a veces
procuren el poema,
la vigilia, la muerte,
la idea de la rosa.


Ángel Campos Pámpano

 

 

OFÍCIO DE PALAVRAS

 

Conforme ao costume
antigo de seu ofício,
as palavras anunciam
o drama lentamente.
Ocupam os objetos
e a seguir negam-nos.
Dão-se ao desamparo
dos nomes perdendo
o tempo a fabular
histórias que não existem.
Às vezes, não por acaso,
procuram o poema,
a vigília, a morte,

a ideia pura da rosa.


Tradução Albino M.