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segunda-feira, julho 12, 2021

Malala nasceu há vinte e quatro anos

  
Malala Yousafzai (Swat, 12 de julho de 1997) é uma ativista paquistanesa e a pessoa mais nova a ser laureada com um prémio Nobel. É conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal do vale do Swat na província de Khyber Pakhtunkhwa, no nordeste do Paquistão, onde os talibãs locais impedem as jovens de frequentar a escola. Desde então, o ativismo de Malala tornou-se um movimento internacional.
A família de Malala gere uma cadeia de escolas na região. No início de 2009, quando tinha 11-12 anos de idade, Malala escreveu para a BBC um blog, sob pseudónimo, no qual detalhava o seu quotidiano durante a ocupação talibã, as tentativas destes em controlar o vale e os seus pontos de vista sobre a promoção da educação para as jovens no vale do Swat. No verão seguinte, o New York Times publicou um documentário sobre o quotidiano de Malala à medida que o exército paquistanês intervinha na região. A popularidade de Malala aumentou consideravelmente, dando entrevistas na imprensa e na televisão e sendo nomeada para o prémio internacional da Criança pelo ativista sul-africano Desmond Tutu.
Na tarde de 9 de outubro de 2012, Malala entrou num autocarro escolar na província de Khyber Pakhtunkhwa. Um homem armado chamou-a pelo nome, apontou-lhe uma pistola e disparou três tiros. Uma das balas atingiu o lado esquerdo da testa e percorreu o interior da pele, ao longo da face e até ao ombro. Nos dias que se seguiram ao ataque, Malala manteve-se inconsciente e em estado grave. Quando a sua condição clínica melhorou foi transferida para um hospital em Birmingham na Inglaterra. Em 12 de outubro, um grupo de 50 clérigos islâmicos paquistaneses emitiu uma fátua contra os homens que a tentaram matar, mas os talibãs reiteraram a sua intenção de matar Malala . A tentativa de assassinato desencadeou um movimento de apoio nacional e internacional. A Deutsche Welle escreveu em 2013 que Malala se tornou "a mais famosa adolescente em todo o mundo". O enviado especial das Nações Unidas para a educação global, Gordon Brown, lançou uma petição da ONU em nome de Malala com o slogan I am Malala ("Eu sou Malala"), exigindo que todas as crianças do mundo estivessem inscritas em escolas até ao fim de 2015, petição que impulsionou a retificação da primeira lei de direito à educação no Paquistão.
Em 29 de abril de 2013, Malala foi capa da revista Time e considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Em 12 de julho do mesmo ano, Malala discursou na sede da Organização das Nações Unidas, pedindo acesso universal à educação. Malala foi ainda homenageada com o prémio Sakharov de 2013. Em fevereiro de 2014, foi nomeada para o World Children's Prize na Suécia. Em 10 de outubro, foi anunciada a atribuição do Nobel da Paz a Malala pela sua luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação. Com apenas 17 anos, Malala foi a mais jovem laureada com o Nobel. Malala partilhou o Nobel com Kailash Satyarthi, um ativista indiano dos direitos das crianças.

segunda-feira, junho 21, 2021

Benazir Bhutto nasceu há 68 anos

    
Benazir Bhutto (Karachi, 21 de junho de 1953 - Rawalpindi, 27 de dezembro de 2007) foi uma política paquistanesa, duas vezes primeira-ministra de seu país, tornando-se a primeira mulher a ocupar um cargo de chefe de governo de um Estado muçulmano moderno.
    
(...)
    
Benazir Bhutto foi morta no dia 27 de dezembro de 2007, durante um atentado suicida em Rawalpindi, cidade próxima de Islamabad, quando retornava de um comício no Parque Liaquat (Liaquat Bagh). O parque é assim chamado em homenagem ao primeiro-ministro paquistanês Liaquat Ali Khan, também assassinado no local, em 1951.
O ataque ocorreu enquanto o carro da ex-primeira-ministra andava lentamente, seguido por simpatizantes, e Benazir acenava para a multidão, pelo teto aberto do veículo. Bhutto foi alvejada no pescoço e no peito, possivelmente por um homem bomba que, em seguida, se explodiu próximo do veículo, provocando a morte de cerca de 20 pessoas. Um dirigente da Al-Qaeda no Afeganistão reivindicou a responsabilidade pelo ato.
   

sábado, maio 01, 2021

O terrorista Osama bin Laden foi apanhado e morto há dez anos

    
Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, mais conhecido como Osama bin Laden ou simplesmente bin Laden (Riade, 10 de março de 1957 - Abbottabad, 1 de maio de 2011) foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista à qual são atribuídos vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados, dentre os quais os ataques de 11 de setembro de 2001.
Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio Rei, Osama bin Laden era o filho único da sua décima esposa, Hamida al-Attas; os seus pais divorciaram-se logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama se casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). Osama bin Laden também era referido pelos seguintes nomes: Usama Bin Muhammad Bin Ladin, Shaykh Usama Bin Ladin, The Prince ("O Príncipe"), The Emir ("O Emir"), Abu Abdallah, Mujahid Shaykh, Hajj, The Director ("O Diretor").
Desde 2001, bin Laden e sua organização tinham sido os maiores alvos da Guerra ao Terrorismo dos oficiais dos Estados Unidos e esteve entre os dez foragidos mais procurados pelo FBI, encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e os seus companheiros da al-Qaeda estavam escondidos próximos da fronteira do Afeganistão e das áreas tribais do Paquistão. Em 1 de maio de 2011, dez anos depois dos atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar americana em Abbottabad. O seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e, após passar por rituais tradicionais islâmicos, teria sido sepultado no mar. No entanto, em março de 2012, o WikiLeaks revelou e-mails da Stratfor Global Intelligence (empresa privada de segurança conhecida como "CIA na sombra"), segundo os quais o sepultamento de Bin Laden em alto-mar nunca aconteceu. Segundo divulgou o jornal espanhol Público, o corpo do ex-líder da Al Qaeda teria sido levado para os Estados Unidos num avião da CIA.   
     

domingo, abril 04, 2021

Zulfikar Ali Bhutto foi executado há 42 anos


Zulfikar Ali Bhutto
(Larkana, 5 de janeiro de 1928 - Rawalpindi, 4 de abril de 1979) foi um político paquistanês. Líder do Partido Popular do Paquistão (Pakistan People's Party - PPP), Bhutto foi presidente do Paquistão entre 1971 e 1973 e primeiro-ministro entre 1973 e 1977. Ele era pai da ex-primeira ministra paquistanesa Benazir Bhutto

 

Vida

Ali Bhutto assumiu a presidência do Paquistão em 1971, logo após a derrota do país na Terceira Guerra Indo-Paquistanesa. Desde que assumiu o poder, Bhutto deu início a um vasto programa de nacionalizações, principalmente da indústria de base, e a um ambicioso projeto de reforma agrária. Todos os bancos foram nacionalizados em janeiro de 1974. Os militares foram alijados dos cargos de decisão política, mas a parcela do orçamento destinada à defesa nacional foi ampliada para 6% do PIB. Não obstante, as iniciativas de Bhutto geraram descontentamento, em especial entre os empresários, ressentidos com as nacionalizações, e entre os religiosos islâmicos, que rejeitavam a política de tendência socialista.

Em 1972, o serviço de informações paquistanês descobriu que a Índia estava perto de desenvolver uma bomba nuclear. Em reação, Bhutto formou um grupo de engenheiros com o propósito de fazer o mesmo. Em 1973, com a adoção de uma nova constituição, de corte federalista, os poderes do Estado foram transferidos para o primeiro-ministro, para cujo cargo a Assembleia Nacional elegeu Bhutto. Em 1974, após o bem sucedido teste nuclear indiano, Bhutto prometeu que o Paquistão teria a sua bomba.

Durante o governo Bhutto, uma séria revolta ocorrida no Baluchistão foi reprimida com o auxílio presumido do da Pérsia, temeroso de que a rebelião contaminasse a província iraniana de Sistão-Baluchistão.

Nas eleições gerais de 1977 - o segundo pleito geral da história do Paquistão - nove partidos de oposição aliaram-se contra o PPP. O resultado, porém, favoreceu o o partido de Bhutto, que elegeu 150 deputados numa assembleia de 200 assentos. A oposição contestou violentamente os resultados, que teriam sido marcados, alegava, pela fraude e coação. Estalaram então manifestações e distúrbios no país. Frente a esta situação, o general Muhammad Zia-ul-Haq decidiu impor a lei marcial no Paquistão, em 5 de julho de 1977, e destituiu Ali Bhutto do cargo de primeiro-ministro.

Ali Bhutto foi preso, julgado e condenado à morte na forca, pelo suposto assassinato do pai de um dissidente do PPP. 

 

in Wikipédia

segunda-feira, fevereiro 15, 2021

A União Soviética desistiu da guerra do Afeganistão há 32 anos

Uma coluna de BTR-80 soviéticos durante a retirada
    
A Retirada das forças de combate soviéticas do Afeganistão começou a 15 de maio de 1988, sob a liderança do Coronel-General Boris Gromov, que também foi o último oficial soviético a retirar-se do Afeganistão para o território soviético, através da Ponte de Amizade Afeganistão-Uzbequistão. Nos Acordos de Genebra, assinados a 15 de abril de 1988, o Afeganistão e Paquistão subscreveram três acordos com princípios de relações mútuas, em particular a não-interferência, sobre o regresso voluntário de refugiados afegãos e inter-relações para o estabelecimento da retirada gradual das tropas estrangeiras, a partir de 15 de maio do mesmo ano.
Os Estados Unidos e a União Soviética também assinaram uma declaração sobre as garantias internacionais, afirmando a sua intenção de se abster de qualquer forma de intervenção.
No período de três meses, em primeiro lugar, foi relatado que 50.183 soldados soviéticos retiraram do Afeganistão. Outros 50.100 retiraram entre 15 de agosto de 1988 e 15 de fevereiro de 1989.
Durante a retirada, ao longo da fronteira, os comboios de tropas foram sendo alvo de constantes ataques de combatentes afegãos, tendo sido mortos 523 soldados soviéticos, só durante a sua saída do país.
A retirada total das tropas soviéticas do Afeganistão foi concluída em 15 de fevereiro de 1989, em conformidade com os termos dos Acordos de Genebra, assinados 10 meses antes.
Num gesto simbólico, o Coronel-General Boris Gromov foi o último soldado soviético a retirar-se do Afeganistão e a regressar para a URSS.
   

domingo, dezembro 27, 2020

Benazir Bhutto foi assassinada há treze anos

 

 
Benazir Bhutto (Karachi, 21 de junho de 1953 - Rawalpindi, 27 de dezembro de 2007) foi uma política paquistanesa, duas vezes primeira-ministra de seu país, tornando-se a primeira mulher a ocupar um cargo de chefe de governo de um Estado muçulmano moderno.

(...)

Assassinato
Benazir Bhutto foi morta no dia 27 de dezembro de 2007, durante um atentado suicida em Rawalpindi, cidade próxima de Islamabad, quando regressava de um comício no Parque Liaquat (Liaquat Bagh). O parque é assim chamado em homenagem ao primeiro-ministro paquistanês Liaquat Ali Khan, também assassinado no local, em 1951.
O ataque ocorreu enquanto o carro da ex-primeira-ministra andava de carro lentamente, seguido por simpatizantes, e Benazir acenava para a multidão, pelo teto aberto do veículo. Bhutto foi alvejada no pescoço e no peito, possivelmente por um homem bomba que, em seguida, se explodiu próximo do veículo, provocando a morte de cerca de 20 pessoas. Um dirigente da Al-Qaeda no Afeganistão reivindicou a responsabilidade pelo ato.
  
 
in Wikipédia

quinta-feira, novembro 26, 2020

Há doze anos um ataque terrorista, em Bombaim, matou cerca de duzentas pessoas

Localização de alguns dos ataques
    
A 26 de novembro de 2008 dez atentados terroristas sincronizados atingiram a cidade indiana de Bombaim, conhecida como capital financeira e maior cidade do país; alguns destes ataques só terminaram três dias, em 29 de novembro, depois que as forças de segurança indianas conseguiram ganhar o controle de todos os locais atacados. Pelo menos 195 pessoas, incluindo vinte e dois estrangeiros, foram mortos, e cerca de 327 pessoas ficaram feridas.
Oito ataques ocorreram no sul da cidade: na estação ferroviária de Chhatrapati Shivaji Terminus (CST); dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi Trident, em Nariman Point, e o Taj Mahal Palace & Tower, próximo do Portão da Índia; no Leopold Café, um restaurante popular para turistas em Colaba; o Hospital Cama; na Casa Nariman, de propriedade de judeus ortodoxos; no cinema Metro Adlabs; no quartel-general da Polícia de Bombaim, onde pelo menos três oficias de alta patente, incluindo o chefe do Esquadrão Anti-Terrorismo de Maharashtra, foram mortos a tiros. O décimo incidente envolveu a explosão de um táxi em Vile Parle, próximo do aeroporto, porém ainda não é claro se este incidente foi ligado aos ataques do resto da cidade. Entre cinquenta e sessenta terroristas teriam participado dos ataques.
Devido ao facto dos alvos aparentes terem sido cidadãos britânicos e americanos, e pelo padrão de ataques simultâneos e coordenados, acredita-se que terroristas islâmicos possam ter sido os responsáveis. Uma organização até então desconhecida, que se identificou como os 'Mujahidin do Decão', alegou a sua autoria, através de um e-mail enviado a diversas organizações jornalísticas. Algumas reportagens têm atribuído estes ataques ao Lashkar-e-Taiba, um grupo militante islâmico que opera a partir do Paquistão. De acordo com algumas versões um dos terroristas que manteve reféns no hotel Oberoi teriam afirmado o desejo de que todos os mujahidin em prisões indianas deveriam ser soltos em troca dos reféns; o número de terroristas ainda armados dentro do edifício seria de pelo menos sete. Outras reportagens indicaram que esta exigência teria sido feita através de um dos reféns na Casa Chabad de Bombaim, numa ligação para o consulado israelita em Nova Delhi. Alguns especialistas já expressaram visões conflituantes sobre uma possível autoria da Al-Qaeda nestes atentados.
Depois de dois dias de tiroteios e explosões, o ataque aparentemente havia cessado na manhã do dia 28 de novembro; incêndios estavam sendo apagados e soldados carregavam reféns e feridos para a segurança, além dos cadáveres dos que não haviam sobrevivido ao confronto.
A Casa Nariman e o Oberoi Trident eventualmente foram libertados foram forças especiais indianas. Cinco reféns teriam sido mortos no centro judaico. A situação no hotel Hotel Taj Mahal também seria considerada encerrada, apesar dos incêndios que ainda tomam conta de partes do edifício; a ação da Guarda Nacional de Segurança teria resultado na morte de mais dois terroristas.
  
(imagem daqui)
   
(imagem daqui)
   

quarta-feira, agosto 12, 2020

O ditador Zia-ul-Haq nasceu há 96 anos

   
Muhammad Zia-ul-Haq (Jullundur, 12 de agosto de 1924 - Bahawalpur, 17 de agosto de 1988) foi um político e militar paquistanês, presidente de seu país entre 1978 e 1988.
    
Golpe militar
Após as eleições legislativos ganhadas pelo Partido Popular do Paquistão, em meio a acusações de fraude pela oposição, o general Zia encabeçou um golpe de Estado no dia 5 de julho de 1977, que suspendeu os partidos políticos e proclamou lei marcial.
Apesar de afirmar inicialmente que sua permanência no poder seria temporal, até que o Paquistão recuperasse a estabilidade interna, Zia adiou indefinidamente eleições e, contra apelos internacionais, não impediu a execução de Ali Bhutto em 1979, condenado por suposta cumplicidade no assassinato de um rival político.
Convertido em ditador (formalmente assumiu a presidência paquistanesa em setembro de 1978), Zia reprimiu com severidade protestos da oposição civil e empreendeu uma paulatina islamização da sociedade paquistanesa, no que foi apoiado pelos partidos tradicionais e opositores do laicismo implementado por Bhutto. Embora este caminho desagradasse os Estados Unidos, a Casa Branca continuou a apoiar economicamente o regime de Zia, que dava suporte aos guerrilheiros mujahidins afegãos na luta contra o regime pró-soviético em Cabul.
Em 19 de dezembro de 1984, Zia submeteu a referendo a sua política islamizante, com resultado favorável de 97,7% de votos, sobre uma participação de 62,1%. Em 25 de fevereiro de 1985, ocorreram as primeiras eleições legislativas no país desde 1977 e, no final desse ano, Zia suspendeu a lei marcial.
   
Morte
Em 29 de maio de 1988, endureceu o regime novamente, com a dissolução da Assembleia Nacional e a destituição do primeiro-ministro Muhammad Khan Junejo, tendo o próprio Zia assumido o posto. Em 15 de junho, o ditador decretou a sharia (lei islâmica) passava a ser a ter valor de lei oficial no Paquistão. Em 17 de agosto, o avião em que viajavam Zia, o embaixador dos Estados Unidos e outras 28 pessoas, foi sabotado e caiu minutos depois de descolar do aeroporto de Bahawalpur. Com a morte de Zia, Ghulam Ishaq Khan assumiu a presidência provisória do Paquistão.
   

domingo, junho 21, 2020

Benazir Bhutto nasceu há 67 anos

   
Benazir Bhutto (Karachi, 21 de junho de 1953 - Rawalpindi, 27 de dezembro de 2007) foi uma política paquistanesa, duas vezes primeira-ministra de seu país, tornando-se a primeira mulher a ocupar um cargo de chefe de governo de um Estado muçulmano moderno.
   
(...)
  
Benazir Bhutto foi morta no dia 27 de dezembro de 2007, durante um atentado suicida em Rawalpindi, cidade próxima de Islamabad, quando retornava de um comício no Parque Liaquat (Liaquat Bagh). O parque é assim chamado em homenagem ao primeiro-ministro paquistanês Liaquat Ali Khan, também assassinado no local, em 1951.
O ataque ocorreu enquanto o carro da ex-primeira-ministra andava lentamente, seguido por simpatizantes, e Benazir acenava para a multidão, pelo teto aberto do veículo. Bhutto foi alvejada no pescoço e no peito, possivelmente por um homem bomba que, em seguida, se explodiu próximo do veículo, provocando a morte de cerca de 20 pessoas. Um dirigente da Al-Qaeda no Afeganistão reivindicou a responsabilidade pelo ato.
   

sexta-feira, maio 01, 2020

O terrorista Osama bin Laden foi assassinado há nove anos

   
Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, mais conhecido como Osama bin Laden ou simplesmente bin Laden (Riade, 10 de março de 1957 - Abbottabad, 1 de maio de 2011) foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista à qual são atribuídos vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados, dentre os quais os ataques de 11 de setembro de 2001.
Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio Rei, Osama bin Laden era o filho único da sua décima esposa, Hamida al-Attas; os seus pais divorciaram-se logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama se casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). Osama bin Laden também era referido pelos seguintes nomes: Usama Bin Muhammad Bin Ladin, Shaykh Usama Bin Ladin, The Prince ("O Príncipe"), The Emir ("O Emir"), Abu Abdallah, Mujahid Shaykh, Hajj, The Director ("O Diretor").
Desde 2001, bin Laden e sua organização tinham sido os maiores alvos da Guerra ao Terrorismo dos oficiais dos Estados Unidos e esteve entre os dez foragidos mais procurados pelo FBI, encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e os seus companheiros da al-Qaeda estavam escondidos próximos da fronteira do Afeganistão e das áreas tribais do Paquistão. Em 1 de maio de 2011, dez anos depois dos atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar americana em Abbottabad. O seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e, após passar por rituais tradicionais islâmicos, teria sido sepultado no mar. No entanto, em março de 2012, o WikiLeaks revelou e-mails da Stratfor Global Intelligence (empresa privada de segurança conhecida como "CIA na sombra"), segundo os quais o sepultamento de Bin Laden em alto-mar nunca aconteceu. Segundo divulgou o jornal espanhol Público, o corpo do ex-líder da Al Qaeda teria sido levado para os Estados Unidos num avião da CIA.   
  

terça-feira, novembro 26, 2019

Um ataque terrorista em Bombaim matou quase duzentas pessoas há onze anos

Localização de alguns dos ataques
  
A 26 de novembro de 2008 dez atentados terroristas sincronizados atingiram a cidade indiana de Bombaim, conhecida como capital financeira e maior cidade do país; alguns destes ataques só terminaram três dias, em 29 de novembro, depois que as forças de segurança indianas conseguiram ganhar o controle de todos os locais atacados. Pelo menos 195 pessoas, incluindo vinte e dois estrangeiros, foram mortos, e cerca de 327 pessoas ficaram feridas.
Oito ataques ocorreram no sul da cidade: na estação ferroviária de Chhatrapati Shivaji Terminus (CST); dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi Trident, em Nariman Point, e o Taj Mahal Palace & Tower, próximo do Portão da Índia; no Leopold Café, um restaurante popular para turistas em Colaba; o Hospital Cama; na Casa Nariman, de propriedade de judeus ortodoxos; no cinema Metro Adlabs; no quartel-general da Polícia de Bombaim, onde pelo menos três oficias de alta patente, incluindo o chefe do Esquadrão Anti-Terrorismo de Maharashtra, foram mortos a tiros. O décimo incidente envolveu a explosão de um táxi em Vile Parle, próximo do aeroporto, porém ainda não é claro se este incidente foi ligado aos ataques do resto da cidade. Entre cinquenta e sessenta terroristas teriam participado dos ataques.
Devido ao facto dos alvos aparentes terem sido cidadãos britânicos e americanos, e pelo padrão de ataques simultâneos e coordenados, acredita-se que terroristas islâmicos possam ter sido os responsáveis. Uma organização até então desconhecida, que se identificou como os 'Mujahidin do Decão', alegou a sua autoria, através de um e-mail enviado a diversas organizações jornalísticas. Algumas reportagens têm atribuído estes ataques ao Lashkar-e-Taiba, um grupo militante islâmico que opera a partir do Paquistão. De acordo com algumas versões um dos terroristas que manteve reféns no hotel Oberoi teriam afirmado o desejo de que todos os mujahidin em prisões indianas deveriam ser soltos em troca dos reféns; o número de terroristas ainda armados dentro do edifício seria de pelo menos sete. Outras reportagens indicaram que esta exigência teria sido feita através de um dos reféns na Casa Chabad de Bombaim, numa ligação para o consulado israelita em Nova Delhi. Alguns especialistas já expressaram visões conflituantes sobre uma possível autoria da Al-Qaeda nestes atentados.
Depois de dois dias de tiroteios e explosões, o ataque aparentemente havia cessado na manhã do dia 28 de novembro; incêndios estavam sendo apagados e soldados carregavam reféns e feridos para a segurança, além dos cadáveres dos que não haviam sobrevivido ao confronto.
A Casa Nariman e o Oberoi Trident eventualmente foram libertados foram forças especiais indianas. Cinco reféns teriam sido mortos no centro judaico. A situação no hotel Hotel Taj Mahal também seria considerada encerrada, apesar dos incêndios que ainda tomam conta de partes do edifício; a ação da Guarda Nacional de Segurança teria resultado na morte de mais dois terroristas.
  
(imagem daqui)
   
(imagem daqui)
   

segunda-feira, agosto 12, 2019

Zia-ul-Haq nasceu há 95 anos

Muhammad Zia-ul-Haq (Jullundur, 12 de agosto de 1924 - Bahawalpur, 17 de agosto de 1988) foi um político e militar paquistanês, presidente do seu país entre 1978 e 1988.
   
Golpe militar
Após as eleições legislativos ganhadas pelo Partido Popular do Paquistão, no meio de acusações de fraude pela oposição, o general Zia encabeçou um golpe de Estado, no dia 5 de julho de 1977, que suspendeu os partidos políticos e proclamou a lei marcial.
Apesar de afirmar inicialmente que a sua permanência no poder seria temporária, até que o Paquistão recuperasse a estabilidade interna, Zia adiou indefinidamente eleições e, contra apelos internacionais, não impediu a execução de Ali Bhutto em 1979, condenado por suposta cumplicidade no assassinato de um rival político.
Convertido em ditador (formalmente assumiu a presidência paquistanesa em setembro de 1978), Zia reprimiu com severidade protestos da oposição civil e empreendeu uma paulatina islamização da sociedade paquistanesa, no que foi apoiado pelos partidos tradicionais e opositores do laicismo implementado por Bhutto. Embora este caminho desagradasse os Estados Unidos, a Casa Branca continuou a apoiar economicamente o regime de Zia, que dava suporte aos guerrilheiros mujahidins afegãos na luta contra o regime pró-soviético em Cabul.
Em 19 de dezembro de 1984, Zia submeteu a referendo a sua política islamizante, com resultado favorável de 97,7 % de votos, sobre uma participação de 62,1 %. Em 25 de fevereiro de 1985, ocorreram as primeiras eleições legislativas no país desde 1977 e, no final desse ano, Zia suspendeu a lei marcial.
  
Morte
Em 29 de maio de 1988, endureceu o regime novamente com a dissolução da Assembleia Nacional e a destituição do primeiro-ministro Muhammad Khan Junejo, tendo o próprio Zia assumido o posto. Em 15 de junho, o ditador decretou a sharia (lei islâmica) passava a ser a ter valor de lei oficial no Paquistão. Em 17 de agosto, o avião em que viajavam Zia, o embaixador dos Estados Unidos e outras 28 pessoas, foi sabotado e caiu minutos depois de decolar do aeroporto de Bahawalpur. Com a morte de Zia, Ghulam Ishaq Khan assumiu a presidência provisória do Paquistão.
  

quarta-feira, maio 01, 2019

O terrorista Osama bin Laden foi morto há oito anos

Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, mais conhecido como Osama bin Laden ou simplesmente bin Laden (Riade, 10 de março de 1957 - Abbottabad, 1 de maio de 2011) foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista à qual são atribuídos vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados, dentre os quais os ataques de 11 de setembro de 2001.
Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio Rei, Osama bin Laden era o filho único da sua décima esposa, Hamida al-Attas; os seus pais divorciaram-se logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama se casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). Osama bin Laden também era referido pelos seguintes nomes: Usama Bin Muhammad Bin Ladin, Shaykh Usama Bin Ladin, The Prince ("O Príncipe"), The Emir ("O Emir"), Abu Abdallah, Mujahid Shaykh, Hajj, The Director ("O Diretor").
Desde 2001, bin Laden e a sua organização tinham sido os maiores alvos da Guerra ao Terrorismo dos oficiais dos Estados Unidos e esteve entre os dez foragidos mais procurados pelo FBI, encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e os seus companheiros da al-Qaeda estavam escondidos próximos da fronteira do Afeganistão e das áreas tribais do Paquistão. Em 1 de maio de 2011, dez anos depois dos atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar americana em Abbottabad. O seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e, após passar por rituais tradicionais islâmicos, teria sido sepultado no mar. No entanto, em março de 2012, o WikiLeaks revelou e-mails da Stratfor Global Intelligence (empresa privada de segurança conhecida como "CIA na sombra"), segundo os quais o sepultamento de Bin Laden em alto-mar nunca aconteceu. Segundo divulgou o jornal espanhol Público, o corpo do ex-líder da Al Qaeda teria sido levado para os Estados Unidos num avião da CIA.
 

sexta-feira, fevereiro 15, 2019

Há trinta anos a União Soviética acabou por desistir do Afeganistão

Uma coluna de BTR-80 soviéticos durante a retirada
   
A Retirada das forças de combate soviéticas do Afeganistão começou a 15 de maio de 1988, sob a liderança do Coronel-General Boris Gromov, que também foi o último oficial soviético a retirar-se do Afeganistão para o território soviético, através da Ponte de Amizade Afeganistão-Uzbequistão. Nos Acordos de Genebra, assinados a 15 de abril de 1988, o Afeganistão e Paquistão subscreveram três acordos com princípios de relações mútuas, em particular a não-interferência, sobre o regresso voluntário de refugiados afegãos e inter-relações para o estabelecimento da retirada gradual das tropas estrangeiras, a partir de 15 de maio do mesmo ano.
Os Estados Unidos e a União Soviética também assinaram uma declaração sobre as garantias internacionais, afirmando a sua intenção de se abster de qualquer forma de intervenção.
No período de três meses, em primeiro lugar, foi relatado que 50.183 soldados soviéticos retiraram do Afeganistão. Outros 50.100 retiraram entre 15 de agosto de 1988 e 15 de fevereiro de 1989.
Durante a retirada, ao longo da fronteira, os comboios de tropas foram sendo alvo de constantes ataques de combatentes afegãos, tendo sido mortos 523 soldados soviéticos, só durante a sua saída do país.
A retirada total das tropas soviéticas do Afeganistão foi concluída em 15 de fevereiro de 1989, em conformidade com os termos dos Acordos de Genebra, assinados 10 meses antes.
Num gesto simbólico, o Coronel-General Boris Gromov foi o último soldado soviético a retirar-se do Afeganistão e a regressar para a URSS.

quinta-feira, dezembro 27, 2018

Benazir Bhutto foi assassinada há onze anos

Benazir Bhutto (Karachi, 21 de junho de 1953 - Rawalpindi, 27 de dezembro de 2007) foi uma política paquistanesa, duas vezes primeira-ministra de seu país, tornando-se a primeira mulher a ocupar um cargo de chefe de governo de um Estado muçulmano moderno.
  
(...)
  
Assassinato
Benazir Bhutto foi morta no dia 27 de dezembro de 2007, durante um atentado suicida em Rawalpindi, cidade próxima de Islamabad, quando regressava de um comício no Parque Liaquat (Liaquat Bagh). O parque é assim chamado em homenagem ao primeiro-ministro paquistanês Liaquat Ali Khan, também assassinado no local, em 1951.
O ataque ocorreu enquanto o carro da ex-primeira-ministra andava de carro lentamente, seguido por simpatizantes, e Benazir acenava para a multidão, pelo teto aberto do veículo. Bhutto foi alvejada no pescoço e no peito, possivelmente por um homem bomba que, em seguida, se explodiu próximo do veículo, provocando a morte de cerca de 20 pessoas. Um dirigente da Al-Qaeda no Afeganistão reivindicou a responsabilidade pelo ato.
  

segunda-feira, novembro 26, 2018

Há dez anos, um ataque terrorista em Bombaim chocou o Mundo

Localização de alguns dos ataques
    
A 26 de novembro de 2008 dez atentados terroristas sincronizados atingiram a cidade indiana de Bombaim, conhecida como capital financeira e maior cidade do país; alguns destes ataques só terminaram três dias, em 29 de novembro, depois que as forças de segurança indianas conseguiram ganhar o controle de todos os locais atacados. Pelo menos 195 pessoas, incluindo vinte e dois estrangeiros, foram mortos, e cerca de 327 pessoas ficaram feridas.
Oito ataques ocorreram no sul da cidade: na estação ferroviária de Chhatrapati Shivaji Terminus (CST); dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi Trident, em Nariman Point, e o Taj Mahal Palace & Tower, próximo do Portão da Índia; no Leopold Café, um restaurante popular para turistas em Colaba; o Hospital Cama; na Casa Nariman, de propriedade de judeus ortodoxos; no cinema Metro Adlabs; no quartel-general da Polícia de Bombaim, onde pelo menos três oficias de alta patente, incluindo o chefe do Esquadrão Anti-Terrorismo de Maharashtra, foram mortos a tiros. O décimo incidente envolveu a explosão de um táxi em Vile Parle, próximo do aeroporto, porém ainda não é claro se este incidente foi ligado aos ataques do resto da cidade. Entre cinquenta e sessenta terroristas teriam participado dos ataques.
Devido ao facto dos alvos aparentes terem sido cidadãos britânicos e americanos, e pelo padrão de ataques simultâneos e coordenados, acredita-se que terroristas islâmicos possam ter sido os responsáveis. Uma organização até então desconhecida, que se identificou como os 'Mujahidin do Decão', alegou a sua autoria, através de um e-mail enviado a diversas organizações jornalísticas. Algumas reportagens têm atribuído estes ataques ao Lashkar-e-Taiba, um grupo militante islâmico que opera a partir do Paquistão. De acordo com algumas versões um dos terroristas que manteve reféns no hotel Oberoi teriam afirmado o desejo de que todos os mujahidin em prisões indianas deveriam ser soltos em troca dos reféns; o número de terroristas ainda armados dentro do edifício seria de pelo menos sete. Outras reportagens indicaram que esta exigência teria sido feita através de um dos reféns na Casa Chabad de Bombaim, numa ligação para o consulado israelita em Nova Delhi. Alguns especialistas já expressaram visões conflituantes sobre uma possível autoria da Al-Qaeda nestes atentados.
Depois de dois dias de tiroteios e explosões, o ataque aparentemente havia cessado na manhã do dia 28 de novembro; incêndios estavam sendo apagados e soldados carregavam reféns e feridos para a segurança, além dos cadáveres dos que não haviam sobrevivido ao confronto.
A Casa Nariman e o Oberoi Trident eventualmente foram libertados foram forças especiais indianas. Cinco reféns teriam sido mortos no centro judaico. A situação no hotel Hotel Taj Mahal também seria considerada encerrada, apesar dos incêndios que ainda tomam conta de partes do edifício; a ação da Guarda Nacional de Segurança teria resultado na morte de mais dois terroristas.
   
(imagem daqui
   
(imagem daqui)
     
 in Wikipédia

sexta-feira, agosto 17, 2018

O ditador paquistanês Zia-ul-Haq morreu há trinta anos

Muhammad Zia-ul-Haq (Jullundur, 12 de agosto de 1924 - Bahawalpur, 17 de agosto de 1988) foi um político e militar paquistanês, presidente de seu país entre 1978 e 1988.
Ascenção
Instruído na "Escola de Quetta", durante a II Guerra Mundial serviu como soldado no exército britânico em campanhas na Indonésia, Birmânia e Malásia e terminou como oficial, em 1945. Com a partilha do subcontinente indiano em 1947, Zia integrou as forças armadas paquistanesas.
Em 1964 Zia tornou-se tenente coronel, em 1969 ascendeu à general de brigada e, em 1972, a general de divisão. Neste período, participou das II (1965) e III (1971) Guerras indo-paquistanesas. Ele também chegou a combater com o Exército Real da Jordânia durante a guerra civil nesse país - o "Setembro Negro" - contra militantes da OLP, tendo inclusive sido condecorado pelo rei Hussein. Em abril de 1975 foi promovido à tenente general e em 1 de março de 1976, o primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto nomeou-o chefe do Estado Maior do exército paquistanês.
Golpe militar
Após as eleições legislativos ganhadas pelo Partido Popular do Paquistão, em meio a acusações de fraude pela oposição, o general Zia encabeçou um golpe de Estado no dia 5 de julho de 1977, que suspendeu os partidos políticos e proclamou lei marcial.
Apesar de afirmar inicialmente que sua permanência no poder seria temporal, até que o Paquistão recuperasse a estabilidade interna, Zia adiou indefinidamente eleições e, contra apelos internacionais, não impediu a execução de Ali Bhutto em 1979, condenado por suposta cumplicidade no assassinato de um rival político.
Convertido em ditador (formalmente assumiu a presidência paquistanesa em setembro de 1978), Zia reprimiu com severidade protestos da oposição civil e empreendeu uma paulatina islamização da sociedade paquistanesa, no que foi apoiado pelos partidos tradicionais e opositores do laicismo implementado por Bhutto. Embora este caminho desagradasse os Estados Unidos, a Casa Branca continuou a apoiar economicamente o regime de Zia, que dava apoio aos guerrilheiros mujahedins afegãos na luta contra o regime pró-soviético em Cabul.
Em 19 de dezembro de 1984, Zia submeteu a referendo sua política islamizante, com um resultado favorável de 97,7 % de votos, com uma participação de 62,1 %. Em 25 de fevereiro de 1985, ocorreram as primeiras eleições legislativas no país desde 1977 e, no final desse ano, Zia suspendeu a lei marcial.
Morte
Em 29 de maio de 1988, endureceu o regime novamente, com a dissolução da Assembleia Nacional e a destituição do primeiro-ministro Muhammad Khan Junejo, tendo o próprio Zia assumido o posto. Em 15 de junho, o ditador decretou que a sharia (lei islâmica) passava a ser a ter valor de lei oficial no Paquistão. Em 17 de agosto, o avião em que viajavam Zia, o embaixador dos Estados Unidos e outras 28 pessoas, foi sabotado e caiu minutos depois de descolar do aeroporto de Bahawalpur. Com a morte de Zia, Ghulam Ishaq Khan assumiu a presidência provisória do Paquistão.