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segunda-feira, novembro 04, 2013

A Crise de Reféns do Irão começou há 34 anos

A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerão, em apoio à Revolução Iraniana.
O episódio chegou ao auge quando, após tentativas fracassadas de negociar uma libertação, os militares dos Estados Unidos tentarem uma operação de resgate, a Operação Eagle Claw, em 24 de abril de 1980, que resultou numa missão fracassada, a destruição de duas aeronaves e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. Ela terminou com a assinatura dos Acordos de Argel, na Argélia, a 19 de janeiro de 1981. Os reféns foram formalmente libertados sob custódia dos Estados Unidos no dia seguinte, poucos minutos após o novo presidente americano Ronald Reagan ser empossado.
A crise tem sido descrita como um emaranhado de "vingança e incompreensão mútua". No Irão, a tomada de reféns foi amplamente vista como um golpe contra os Estados Unidos e sua influência no Irão, as suas percebidas tentativas de minar a Revolução Iraniana, e seu apoio de longa data ao do Irão, recentemente derrubado pela revolução. O Xá havia voltado ao poder num golpe de estado no ano de 1953, organizado pela CIA, a partir da embaixada americana, contra um governo nacionalista iraniano democraticamente eleito, e que recentemente havia sido autorizado a viajar aos Estados Unidos para tratamento médico. Nos Estados Unidos, a tomada de reféns foi vista como uma afronta, violando um princípio secular do direito internacional, que concede aos diplomatas a imunidade de prisão e aos compostos diplomáticos a sua total inviolabilidade.
A crise também tem sido descrita como o "episódio crucial" na história das relações entre o Irão e os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, alguns analistas políticos acreditam que a crise foi um dos principais motivos para a derrota do Presidente Jimmy Carter nas eleições presidenciais de 1980. No Irão, a crise reforçou o prestígio do Aiatolá Khomeini e do poder político daqueles que apoiaram a teocracia e se opuseram a qualquer normalização das relações com o Ocidente. A crise também marcou o início das sanções económicas contra o Irão, o que enfraqueceu ainda mais os laços económicos entre os dois países.

A tomada da embaixada americana foi inicialmente planeada em setembro de 1979 por Ebrahim Asgharzadeh, estudante na época. Ele consultou os líderes das associações islâmicas das principais universidades de Teerão, incluindo a Universidade de Teerão, Universidade de Tecnologia Sharif, Universidade de Tecnologia Amirkabir (Politécnico de Teerão) e Universidade de Ciência e Tecnologia do Irão. O grupo recebeu o nome de Estudantes Muçulmanos Seguidores da Linha do Imã.

domingo, setembro 22, 2013

A Guerra Irão-Iraque comeou há 33 anos

A Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar entre o Irão e o Iraque entre 1980 e 1988. Foi o resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países. Os Estados Unidos, cujo presidente era Ronald Reagan, apoiavam o Iraque.
Em 1980, o presidente Saddam Hussein, do Iraque, revogou um acordo de 1975, que cedia ao Irão cerca de 518 quilómetros quadrados de uma área de fronteira ao norte do canal de Shatt-al-Arab, em troca da garantia de que o Irão cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque que lutava por independência.
Exigindo a revisão do acordo para demarcação da fronteira ao longo do Shatt-al-Arab (que controla o porto de Bassora), a reapropriação de três ilhas no estreito de Ormuz (tomadas pelo Irão em 1971) e a cessação de autonomia das minorias dentro do Irão, o exército iraquiano, em 22 de setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irão.
O Iraque também estava interessado na desestabilização do governo islâmico de Teerão e na anexação do Cuzistão, a província iraniana mais rica em petróleo. Segundo os iraquianos, o Irão infiltrou agentes no Iraque para derrubar o regime de Saddam Hussein. Além disso, fez intensa campanha de propaganda e violou diversas vezes o espaço terrestre, marítimo e aéreo iraquiano. Ambos os lados foram vítimas de ataques aéreos a cidades e a poços de petróleo.
O exército iraquiano envolveu-se numa escaramuça de fronteira numa região disputada, porém não muito importante, efetuando posteriormente um assalto armado dentro da região produtora de petróleo iraniana. A ofensiva iraquiana encontrou forte resistência e o Irão recapturou o território.
Em 1981, somente Khorramshahr caiu inteiramente em poder do Iraque. Em 1982, as forças iraquianas recuaram em todas as frentes. A cidade de Khorramshahr foi evacuada. A resistência do Irão levou o Iraque a propor um cessar-fogo, recusado pelo Irão (os iranianos exigiram pesadas condições: dentre elas a queda de Hussein). Graças ao contrabando de armas (escândalo Irão-Contras), o Irão conseguiu recuperar boa parte dos territórios ocupados pelas forças iraquianas. Nesse mesmo ano, o Irão atacou o Kuwait e outros Estados do Golfo Pérsico. Nessa altura, a Organização das Nações Unidas e alguns Estados Europeus enviaram vários navios de guerra para a zona. Em 1985, aviões iraquianos destruíram uma central nuclear parcialmente construída em Bushehr e depois bombardearam alvos civis, o que levou os iranianos a bombardear Bassorá e Bagdad.
Entre 1984-1985 e 1987 a guerra terrestre passou para uma fase onde predominou o atrito, que favoreceu o desgaste iraquiano, enquanto o conflito transbordava para o Golfo Pérsico, envolvendo o ataque iraniano a navios petroleiros que saiam do Iraque e o uso de minas submarinas nas proximidades da fronteira marítima dos dois países.
O esforço de guerra do Iraque era financiado pela Arábia Saudita, pelos Estados Unidos e por outros países vizinhos, enquanto o Irão contava com a ajuda da Síria e da Líbia, entre outros. A União Soviética, que vendia mais armas inicialmente para o Iraque, passa a vender mais equipamento militar para o Irão, conforme cresceu o apoio americano ao Iraque. Durante todo o conflito o Brasil foi um dos países ocidentais que vendeu armas para o Iraque em troca de petróleo. Portugal vendeu armas e outros produtos a ambos os beligerantes.
Mas, em meados da década de 1980, a reputação internacional do Iraque ficou abalada, quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irão de fazer o mesmo (1987-1988).
A guerra entrou em uma nova fase em 1987, quando os iranianos aumentaram as hostilidades contra a navegação comercial dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico, resultando na ampliação da presença de navios norte-americanos e de outras nações na região. Oficiais graduados do exército iraniano começaram a perder credibilidade à medida que suas tropas sofriam perdas de armas e equipamentos, enquanto o Iraque continuava a ser abastecido pelo Ocidente.
No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque aceitou, mas o Irã, não. Em Agosto de 1988, hábeis negociações levadas a cabo pelo secretário-geral da ONU, Perez de Cuéllar, e a economia caótica do Irão levaram a que o país aceitasse que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi restabelecida em 15 de agosto.
Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia fronteira com o Irão. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de 1,5 milhão de vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irão. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.

sábado, setembro 22, 2012

Há 32 anos começou a guerra Irão-Iraque

A Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar entre o Irão e o Iraque entre 1980 e 1988. Foi o resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países. Os Estados Unidos, cujo presidente era Ronald Reagan, apoiavam o Iraque.
Em 1980, o presidente Saddam Hussein, do Iraque, revogou um acordo de 1975 que cedia ao Irão cerca de 518 quilómetros quadrados de uma área de fronteira ao norte do canal de Shatt-al-Arab em troca da garantia de que o Irão cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque que lutava por independência.
Exigindo a revisão do acordo para demarcação da fronteira ao longo do Shatt-al-Arab (que controla o porto de Bassorá), a reapropriação de três ilhas no estreito de Ormuz (tomado pelo Irão em 1971) e a cessão de autonomia às minorias dentro do Irã, o exército iraquiano, em 22 de setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irã.
O Iraque também estava interessado na desestabilização do governo islâmico de Teerão e na anexação do Khuzistão, a província iraniana mais rica em petróleo. Segundo os iraquianos, o Irão infiltrou agentes no Iraque para derrubar o regime de Saddam Hussein. Além disso, fez intensa campanha de propaganda e violou diversas vezes o espaço terrestre, marítimo e aéreo iraquiano. Ambos os lados foram vítimas de ataques aéreos a cidades e a poços de petróleo.
O exército iraquiano envolveu-se em uma escaramuça de fronteira numa região disputada, porém não muito importante, efetuando posteriormente um assalto armado dentro da região produtora de petróleo iraniana. A ofensiva iraquiana encontrou forte resistência e o Irão recapturou o território.
Em 1981, somente Khorramshahr caiu inteiramente em poder do Iraque. Em 1982, as forças iraquianas recuaram em todas as frentes. A cidade de Khorramshahr foi evacuada. A resistência do Irão levou o Iraque a propor um cessar-fogo, recusado pelo Irão (os iranianos exigiram pesadas condições: dentre elas a queda de Hussein). Graças ao contrabando de armas (escândalo Irão-Contras), o Irão conseguiu recuperar boa parte dos territórios ocupados pelas forças iraquianas. Nesse mesmo ano, o Irão atacou o Kuwait e outros Estados do Golfo Pérsico. Nessa altura, a Organização das Nações Unidas e alguns Estados Europeus enviaram vários navios de guerra para a zona. Em 1985, aviões iraquianos destruíram uma central nuclear parcialmente construída em Bushehr e depois bombardearam alvos civis, o que levou os iranianos a bombardear Bassorá e Bagdad.
Entre 1984-1985 e 1987 a guerra terrestre passou para uma fase onde predominou o atrito, que favoreceu o desgaste iraquiano, enquanto o conflito transbordava para o Golfo Pérsico, envolvendo o ataque iraniano a navios petroleiros que saiam do Iraque e o uso de minas submarinas nas proximidades da fronteira marítima dos dois países.
O esforço de guerra do Iraque era financiado pela Arábia Saudita, pelos EUA, enquanto o Irão contava com a ajuda da Síria e da Líbia. A União Soviética que inicialmente vendia mais armas ao Iraque, passou a vender mais equipamento militar para o Irão, conforme cresceu o apoio americano ao Iraque. Durante todo o conflito o Brasil foi um dos países ocidentais que vendeu armas para o Iraque em troca de petróleo.
Mas, em meados da década de 1980, a reputação internacional do Iraque ficou abalada quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irão de fazer o mesmo (1987-1988).
A guerra entrou em uma nova fase em 1987, quando os iranianos aumentaram as hostilidades contra a navegação comercial dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico, resultando na ampliação da presença de navios norte-americanos e de outras nações na região. Oficiais graduados do exército iraniano começaram a perder credibilidade à medida que suas tropas sofriam perdas de armas e equipamentos, enquanto o Iraque continuava a ser abastecido pelo Ocidente.
No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque aceitou, mas o Irão, não. Em agosto de 1988, hábeis negociações levadas a cabo pelo secretário-geral da ONU, Perez de Cuéllar, e a economia caótica do Irão levaram a que o país aceitasse que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi restabelecida em 15 de agosto.
Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia fronteira com o Irão. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de 1,5 milhão de vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irão. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.

sexta-feira, novembro 04, 2011

A crise de reféns do Irão começou há 32 anos

 Hostage Barry Rosen, age 34

The Iran hostage crisis was a diplomatic crisis between Iran and the United States where 52 Americans were held hostage for 444 days from November 4, 1979 to January 20, 1981, after a group of Islamist students and militants took over the American Embassy in support of the Iranian Revolution.
The episode reached a climax when, after failed attempts to negotiate a release, the United States military attempted a rescue operation, Operation Eagle Claw, on April 24, 1980, which resulted in a failed mission, the destruction of two aircraft and the deaths of eight American servicemen and one Iranian civilian. It ended with the signing of the Algiers Accords in Algeria on January 19, 1981. The hostages were formally released into United States custody the following day, just minutes after the new American president Ronald Reagan was sworn in.
The crisis has been described as an entanglement of "vengeance and mutual incomprehension". In Iran, the hostage taking was widely seen as a blow against the U.S, and its influence in Iran, its perceived attempts to undermine the Iranian Revolution, and its long-standing support of the Shah of Iran, recently overthrown by the revolution. The Shah had been restored to power in a 1953 coup organized by the CIA at the American Embassy against a democratically-elected nationalist Iranian government, and had recently been allowed into the United States for medical treatment. In the United States, the hostage-taking was seen as an outrage violating a centuries-old principle of international law granting diplomats immunity from arrest and diplomatic compounds are considered inviolable.
The crisis has also been described as the "pivotal episode" in the history of Iran – United States relations. In the U.S., some political analysts believe the crisis was a major reason for U.S. President Jimmy Carter's defeat in the November 1980 presidential election. In Iran, the crisis strengthened the prestige of the Ayatollah Khomeini and the political power of those who supported theocracy and opposed any normalization of relations with the West. The crisis also marked the beginning of U.S. legal action, or economic sanctions against Iran, that further weakened economic ties between Iran and the United States.

quinta-feira, setembro 22, 2011

A primeira Guerra do Golfo Pérsico começou há 31 anos

Clockwise from above: Iranian soldiers wearing gas masks to counter Iraqi chemical weapons, Iranian soldiers rejoicing after the liberation of Khorramshahr, Donald Rumsfeld and Saddam meeting in Baghdad to discuss US military aid to Iraq, Iranian oil platform burning after attack by US Navy in Operation Nimble Archer

The Iran–Iraq War, also known as the Imposed War and Holy Defense in Iran, Saddām's Qādisiyyah in Iraq, and the (First) Persian Gulf War, was an armed conflict between the armed forces of Iraq and Iran, lasting from September 1980 to August 1988, making it the longest conventional war of the twentieth century. It was initially referred to in English as the "Persian Gulf War" prior to the "Gulf War" of 1990.
The war began when Iraq invaded Iran, launching a simultaneous invasion by air and land into Iranian territory on 22 September 1980 following a long history of border disputes, and fears of Shia insurgency among Iraq's long-suppressed Shia majority influenced by the Iranian Revolution. Iraq was also aiming to replace Iran as the dominant Persian Gulf state. Although Iraq hoped to take advantage of the revolutionary chaos in Iran and attacked without formal warning, they made only limited progress into Iran and within several months were repelled by the Iranians who regained virtually all lost territory by June 1982. For the next six years, Iran was on the offensive. Despite calls for a ceasefire by the United Nations Security Council, hostilities continued until 20 August 1988. The war finally ended with a United Nations brokered ceasefire in the form of United Nations Security Council Resolution 598, which was accepted by both sides. It took several weeks for the Iranian armed forces to evacuate Iraqi territory to honor pre-war international borders between the two nations (see 1975 Algiers Agreement). The last prisoners of war were exchanged in 2003.

sexta-feira, junho 03, 2011

Khomeini morreu há 22 anos



O Grande Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de Setembro de 1902 - Teerão, 3 de Junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlevi, na altura o Xá do Irão. É considerado o fundador do moderno Estado xiita e governou o Irão desde a deposição do Xá até à sua morte em 1989.
Costuma ser referido como Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.