Filho de Alfredo de Almeida, livreiro e proprietário da casa de fados O Faia, e de
Lucília do Carmo, conhecida fadista, Carlos cresceu em
Lisboa, onde frequentou a
Escola Alemã e o
Liceu Passos Manuel. Na
Suíça fez estudos de
Hotelaria e aprendeu línguas estrangeiras. Iniciou a sua carreira artística em
1964, embora tenha gravado o primeiro disco com nove anos.
Representou
Portugal no XXI Festival
Eurovisão da Canção em
1976, com o tema
Flor de Verde Pinho, adaptado do poema de
Manuel Alegre. No
Festival RTP da Canção desse ano, foi o único intérprete. Nas últimas canções apresentadas estavam temas como
Estrela da Tarde. De entre muitas outras, as suas canções mais conhecidas são
Os Putos,
Um Homem na Cidade,
Canoas do Tejo,
O Cacilheiro,
Lisboa Menina e Moça,
Duas Lágrimas de Orvalho e
Bairro Alto.
Em
2003 ganhou o
Prémio José Afonso, então atribuído pela Câmara Municipal da
Amadora, na sequência do qual foi publicado o livro
Carlos do Carmo, do Fado e do Mundo, uma entrevista biográfica realizada por
Viriato Teles. Entre numerosos galardões, foi-lhe ainda atribuído o
Globo de Ouro de Mérito e da Excelência, o Prémio Consagração de Carreira, da
Sociedade Portuguesa de Autores, a Comenda da
Ordem do Infante D. Henrique e o
Prémio Goya para Melhor Canção Original, com o
Fado da Saudade, em
2008. A canção faz parte da banda sonora do filme
Fados, que concorria à edição de
2008 daqueles que são considerados os
óscares espanhóis. No entanto foram levantadas dúvidas sobre a verdadeira autoria deste fado (
Público). É ainda cidadão honorário do
Rio de Janeiro, membro de honra do Claustro Ibero-Americano das Artes, e recebeu um diploma do Senado de
Rhode Island (
Estados Unidos) pelo seu contributo para a divulgação da música portuguesa.