Chico Mendes em sua casa, em Xapuri (Acre), com os seus dois filhos mais novos
Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 - Xapuri, 22 de dezembro de 1988) foi um seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista brasileiro. Ele lutou pelos seringueiros da Bacia Amazónica,
cujos meios de subsistência dependiam da preservação da floresta e das suas
seringueiras nativas. Esse ativismo ecológico lhe valeu fama
internacional.
Em julho de 2012, foi Reeleito um dos "100" maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado por SBT com a BBC de Londres.
(...)
Morte
Em 22 de dezembro de 1988,
exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi
assassinado, com tiros de escopeta no peito, na porta da traseira da sua
casa,
quando saía desta para tomar banho. Chico anunciou que seria morto em
função de sua intensa luta pela preservação da Amazónia e buscou
proteção, mas as autoridades e a imprensa não deram atenção.
Casado com Ilzamar Mendes (2ª esposa), deixou três filhos, Angela (do
primeiro casamento), Sandino e Elenira, na época com dezanove, dois e quatro
anos de idade, respetivamente.
Após o assassinato de Chico Mendes mais de trinta entidades
sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e
ambientalistas se juntaram para formar o "Comité Chico Mendes". Eles
exigiam providências e através de articulação nacional e internacional
pressionaram os órgãos oficiais para que o crime fosse punido.
Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros
Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte,
a 19 anos de prisão. A principal testemunha do caso foi um empregado de
13 anos da fazenda de Darly, Genésio Ferreira da Silva. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do INCRA, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazónia,
sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A
falsificação de documentos rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois
anos e 8 meses
de prisão.
A pressão da imprensa e da opinião pública fizeram Darly, Darci e um
irmão do fazendeiro, Alvarino Alves da Silva (a sua participação nunca foi
comprovada), serem julgados por júri popular. Pai e filho foram
condenados à prisão em 1990, com pena de 19 anos, facto considerado
inédito na justiça rural no Brasil.
in Wikipédia
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