Aquilino Gomes Ribeiro (Carregal, Sernancelhe, 13 de setembro de 1885 - Lisboa, 27 de maio de 1963) foi um escritor português.
É considerado por alguns como um dos romancistas
mais fecundos da primeira metade do século XX. Inicia a sua obra em
1907 com o folhetim "A Filha do Jardineiro" e depois, em 1913, com os contos
de Jardim das Tormentas e com o romance A Via Sinuosa,
1918, e mantém a qualidade literária na maioria dos seus textos,
publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica.
Foi um dos que foram implicados no Regicídio de 1908. Tem uma biblioteca e uma Fundação e Casa-Museu com o seu nome em Moimenta da Beira.
A Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional.
A cerimónia de trasladação para a Igreja de Santa Engrácia (Lisboa)
ocorreu a 19 de setembro de 2007, não obstante objeções por
parte de alguns grupos de cidadãos, devido ao seu assumido envolvimento no
Regicídio de 1908.
in Wikipédia
Um dos maiores escritores de Língua Portuguesa de todos os tempos.
ResponderEliminar"Aquilino, no seu saber de amor feito, conhecedor profundo de aldeias e vilas, e suas gentes, campónios, fidalgos, brasileiros, padres, almocreves, da meseta lusitana, cantor do sol e da noite e dos próprios lobos companheiro. Romancista da inteligência e da coragem, da rebeldia mas também da astúcia, da paixão concentrada e também do desejo à solta, observador prodigioso, mestre da língua como nenhum outro escritor deste século."
Urbano Tavares Rodrigues
"Aquilino possuía, como nenhum outro, a sabedoria da língua e dos segredos gramaticais e estilísticos: metáforas, sinédoques, parábolas, fábulas, analogias, um arsenal de conhecimentos que aplicava nos livros com alegre desenvoltura."
Armando Baptista-Bastos
"Para mim, novamente, Aquilino é uno, a sua personalidade de artista e de homem, está sempre presente em tudo quanto escreve, seja ele o romance ou o conto, a crónica ou a história. Também não separo, não isolo nele, o artista do prosador, como vejo por vezes fazerem, porquanto se me afigura que o artista que ele é requer a prosa de que se serve, e que essa prosa, que lhe é consubstancial, já é em si mesma um valor artístico pessoal, “aquiliniano”. Por isso no autor da “Via Sinuosa” vejo eu um dos mais raros e preciosos casos do perfeito encontro do escritor com o seu estilo. Não é um escritor à procura de um estilo, nem um estilo à procura de um escritor, se assim me posso exprimir. E esta é, ao que se me antolha, a grande vitória de Aquilino Ribeiro sobre tantos dos seus confrades nas actuais letras portuguesas." Fernando Lopes Graça (Comércio do Porto, 23/4/1963)