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(imagem daqui)

Comandante Gil Martins "suspenso preventivamente" de funções na Protecção Civil

O comandante operacional do Comando Nacional de Operações e Socorro (CNOS) da Protecção Civil, Gil Martins, foi “suspenso preventivamente” de funções após a conclusão de um inquérito que indicou que havia indícios suficientes para acusar aquele responsável pela prática de crimes de abuso de confiança e peculato, confirmou o Ministério da Administração Interna.

Em comunicado, o ministério adianta que a decisão de suspender Gil Martins resulta de uma “proposta da Inspecção-Geral da Administração Interna, no âmbito de processo disciplinar em curso”. “Irá desempenhar o referido cargo, em regime de substituição, o licenciado Vítor Vaz Pinto, actual comandante distrital de Operações de Socorro de Faro”, adianta ainda.

No último sábado, o PÚBLICO avançou que o resultado do inquérito instaurado a Gil Martins já estava a ser ultimado, faltando apenas redigir o texto final. As acusações que pendiam sobre o comandante, que, alegadamente, terá gasto em proveito próprio, em 2007 e 2008, cerca de 100 mil euros, parecem ter sido provadas. Peritagens diversas aos registos relativos à utilização do cartão de crédito que estava distribuído ao responsável do CNOS mostram que foram efectuados diversos pagamentos em equipamentos que nada teriam a ver com a sua actividade profissional.

Gil Martins terá adquirido diversos bens que, posteriormente, eram justificados através de facturas emitidas a partir de, pelo menos, uma associação de bombeiros. Estas facturas reportavam-se, quase sempre, a refeições, estadias em hotéis, electrodomésticos, gastos em comunicações, equipamento electrónico de diversão e pneus para carros.

Alguns dos bens terão mesmo sido apreendidos pela PJ durante uma busca realizada em Outubro do ano passado na casa do comandante do CNOS.