quarta-feira, maio 25, 2022

Música de aniversariante de hoje...

Os Rolling Stones fazem hoje sessenta anos...!

 

 
The Rolling Stones é uma banda de rock inglesa formada em 25 de Maio de 1962, e que está entre as bandas mais antigas ainda em atividade. Ao lado dos Beatles, foram considerados a banda mais importante da chamada Invasão Britânica ocorrida nos anos 1960, que adicionou diversos artistas ingleses nas paradas norte-americanas.
Formado por Brian Jones, Keith Richards, Mick Jagger, Bill Wyman e Charlie Watts, o grupo calcava sua sonoridade nos blues. Em mais de quarenta anos de carreira, hits como Wild Horses, (I Can't Get No) Satisfaction, Start Me Up, Sympathy For The Devil, Jumping Jack Flash, Miss You e Angie fizeram dos Stones uma das mais conhecidas bandas do rock mundial, levando-a a enfrentar todos os grandes clichês do género, desde recepções efusivas da crítica até problemas com drogas e conflito de egos, principalmente entre Jagger e Richards. Os Rolling Stones já venderam mais de 200 milhões de álbuns no mundo inteiro em sua carreira.
Tudo começou em 1960, quando os dois amigos de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a definitiva banda de R&B branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rollin' Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962.

 


Gonçalo Ribeiro Telles nasceu há um século...!

    
Gonçalo Pereira Ribeiro Telles  (Lisboa, 25 de maio de 1922 - Lisboa, 11 de novembro de 2020), conhecido como Gonçalo Ribeiro Telles, foi um arquiteto paisagista, ecologista e político português.
Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I (Adelino da Palma Carlos), II e III (Vasco Gonçalves) Governos Provisórios. Foi Ministro de Estado e da Qualidade de Vida do VII Governo Constitucional (AD, Francisco Pinto Balsemão), de 1981 a 1983.
Criou as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases do Plano Diretor Municipal.
   
Biografia
Percurso académico e profissional
Iniciou a sua vida profissional nos serviços da Câmara Municipal de Lisboa, ao mesmo tempo que lecionava no ISA, tornando-se discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da arquitetura paisagista em Portugal. Com este professor, publicará o livro A Árvore em Portugal, obra de referência sobre as espécies arbóreas existentes no nosso País.
Na Câmara de Lisboa integrou, desde 1951 até 1953, a Repartição de Arborização e Jardinagem, passando em 1955 a arquiteto paisagista do Gabinete de Estudos de Urbanização da CML, dirigido pelo engenheiro Guimarães Lobato, onde permaneceu até 1960
De 1971 a 1974 dirigiu, igualmente enquanto arquiteto paisagista, o Setor de Planeamento Biofísico e de Espaços Verdes do Fundo de Fomento da Habitação.
O projeto mais marcante da sua carreira é, provavelmente, o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto e que lhe valeu, ex aequo, o Prémio Valmor de 1975.
Mas, também na capital, merece destaque o conjunto de projetos que concebeu, entre 1998 a 2002, por solicitação da Câmara Municipal, das estruturas verdes principal e secundária da Área Metropolitana de Lisboa, e que se encontram hoje em diferentes fases de implementação: o Vale de Alcântara e a Radial de Benfica, o Vale de Chelas, o Parque Periférico, o Corredor Verde de Monsanto e a Integração na Estrutura Verde Principal de Lisboa da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental.
Entre os seus restantes projetos, cabe ainda assinalar o espaço público do Bairro das Estacas, em Alvalade; os jardins da Capela de São Jerónimo, no Restelo; a cobertura vegetal da colina do Castelo de São Jorge; o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII, projetado em 1996.
Na qualidade de professor catedrático convidado, lecionou na Universidade de Évora, onde criou na década de 1990 as licenciaturas em Arquitetura Paisagista e em Engenharia Biofísica.
Em abril de 2013 foi galardoado com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, a mais importante distinção internacional no âmbito da arquitetura paisagista.
  
Atividade política e pública 
Gonçalo Ribeiro Telles iniciou a sua intervenção pública como membro da Juventude Agrária e Rural Católica, estrutura juvenil ligada à Ação Católica Portuguesa.
Em 1945, participou na fundação do Centro Nacional de Cultura, da qual é hoje o associado número um, e ainda Presidente da Assembleia Geral, em cujas sessões acentuou a sua oposição ao regime de Salazar.
Com Francisco Sousa Tavares, fundou, em 1957, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares.
Em 1958, manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado.
Em 1959, encontra-se entre os signatários da Carta a Salazar sobre os serviços de repressão.
Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes.
Em 1969, integra a Comissão Eleitoral Monárquica, que se junta às listas da Acção Socialista Portuguesa, de Mário Soares, na coligação Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), liderada por Soares, para concorrer à Assembleia Nacional. Não seria eleito, tal como os restantes membros das listas da oposição democrática. Em 1971, ajudou a fundar o movimento Convergência Monárquica, reunião de três movimentos da resistência monárquica: o Movimento Monárquico Popular, a Liga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa.
Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, com Francisco Rolão Preto, Henrique Barrilaro Ruas, João Camossa de Saldanha, Augusto Ferreira do Amaral, Luís Coimbra, entre outros, fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo Diretório presidiu. Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III Governos Provisórios, e Secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares.
Em 1979, alia-se a Francisco Sá Carneiro na formação da Aliança Democrática, coligação através da qual foi eleito deputado à Assembleia da República, consecutivamente, nas legislativas de 1979, 1980 e 1983. Entre 1981 e 1983, integra o VIII Governo Constitucional, chefiado por Francisco Pinto Balsemão, como Ministro de Estado e da Qualidade de Vida. Durante o seu ministério, assume um papel preponderante no estabelecimento de um regime sobre o uso da terra e o ordenamento do território, ao criar as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases do Plano Diretor Municipal.
Enquanto deputado na Assembleia da Republica teve responsabilidades nas propostas da Lei de Bases do Ambiente, da Lei da Regionalização, da Lei Condicionante da Plantação de Eucaliptos, da Lei dos Baldios, da Lei da Caça, e da Lei do Impacte Ambiental.
Em 1984, após sair do governo e já afastado do PPM, fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo a eleição como vereador. Em 1985, regressa à Assembleia da República, agora como deputado independente, eleito nas listas do Partido Socialista (PS). Em 1993, fundou o Movimento o Partido da Terra, cuja presidência abandonou em 2007.
Em 2010, integrando a Plataforma Cidadania e Casamento, manifestou-se publicamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, recentemente legalizado em Portugal.
Em 2009 e 2013, apoiou a candidatura encabeçada por António Costa nas eleições autárquicas para o Município de Lisboa.
Em 2016, no festival de cinema IndieLisboa, foi apresentado o documentário A Vossa Terra - paisagens de Gonçalo Ribeiro Teles, do realizador João Mário Grilo.
   
Condecorações
   

Viva o Dia da Toalha (e do do Orgulho Lusista)...!


O Dia da Toalha é celebrado no dia 25 de maio como uma homenagem dos fãs ao autor da série The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (no Brasil O Guia do Mochileiro das Galáxias, em Portugal À Boleia Pela Galáxia), Douglas Adams.

   
(imagem daqui)
   
O Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata celebra-se a 25 de maio e é um festejo lúdico criado em 2007 na Galiza por pessoas que seguem a linha reintegracionista para a língua galega, isto é, que defendem que o galego e o português são uma só língua.
A data foi escolhida em homenagem à série À Boleia pela Galáxia, de Douglas Adams, que assinalava a toalha como um dos utensílios imprescindíveis. É precisamente a toalha o motivo pelo qual muitos galegos travaram o seu primeiro contacto com as localidades do norte de Portugal. Por estas razões, o Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata coincide propositadamente com o Dia da Toalha, reafirmando o caráter lúdico do evento.
   
  
  
Towel Day 2005, Innsbruck, Austria, where, by his own account, Adams got the inspiration to write the Guide
   
Towel Day is celebrated every year on 25 May as a tribute to the author Douglas Adams by his fans. On this day, fans carry a towel with them to demonstrate their appreciation for the books and the author, as referred to in Adams' The Hitchhiker's Guide to the Galaxy. The commemoration was first held in 2001, two weeks after Adams' death on 11 May 2001.
  
The original quotation that explained the importance of towels is found in Chapter 3 of Adams' work The Hitchhiker's Guide to the Galaxy.
A towel, it says, is about the most massively useful thing an interstellar hitchhiker can have. Partly it has great practical value. You can wrap it around you for warmth as you bound across the cold moons of Jaglan Beta; you can lie on it on the brilliant marble-sanded beaches of Santraginus V, inhaling the heady sea vapours; you can sleep under it beneath the stars which shine so redly on the desert world of Kakrafoon; use it to sail a miniraft down the slow heavy River Moth; wet it for use in hand-to-hand-combat; wrap it round your head to ward off noxious fumes or avoid the gaze of the Ravenous Bugblatter Beast of Traal (such a mind-bogglingly stupid animal, it assumes that if you can't see it, it can't see you); you can wave your towel in emergencies as a distress signal, and of course dry yourself off with it if it still seems to be clean enough. More importantly, a towel has immense psychological value. For some reason, if a strag (strag: non-hitch hiker) discovers that a hitchhiker has his towel with him, he will automatically assume that he is also in possession of a toothbrush, face flannel, soap, tin of biscuits, flask, compass, map, ball of string, gnat spray, wet weather gear, space suit etc., etc. Furthermore, the strag will then happily lend the hitch hiker any of these or a dozen other items that the hitch hiker might accidentally have "lost." What the strag will think is that any man who can hitch the length and breadth of the galaxy, rough it, slum it, struggle against terrible odds, win through, and still knows where his towel is, is clearly a man to be reckoned with.
Hence a phrase that has passed into hitchhiking slang, as in "Hey, you sass that hoopy Ford Prefect? There's a frood who really knows where his towel is." (Sass: know, be aware of, meet, have sex with; hoopy: really together guy; frood: really amazingly together guy.)
Douglas Adams, The Hitchhiker's Guide to the Galaxy
  
The emphasis on towels is a reference to Hitch-hiker's Guide to Europe by Ken Welsh, which inspired Adams' fictional guidebook and also stresses the importance of towels.
The original article that began Towel Day was posted at "Binary Freedom", a short-lived open source forum.
   

terça-feira, maio 24, 2022

Archie Shepp - 85 anos

     
Archie Shepp (Fort Lauderdale, Flórida, 24 de maio de 1937), é um saxofonista tenor, norte-americano, de jazz, do estilo hard bop, free jazz e avant-garde. Shepp é mais conhecido pela sua sua música afrocêntrica do fim dos anos 60, centrada na denúncia das injustiças enfrentadas pelos afro-americanos, e pelo seu trabalho com o New York Contemporary Five, Horace Parlan, e as colaborações com os seus contemporâneos do movimento "New Thing" (à letra, "A Coisa Nova") principalmente Cecil Taylor e John Coltrane.

 


Música de aniversariante de hoje...

Patti LaBelle - 78 anos

       
Patricia Louise Holte (Filadélfia, 24 de maio de 1944), mais conhecida pelo seu nome artístico Patti LaBelle, é uma premiada cantora, compositora e atriz dos Estados Unidos com mais de 50 anos de carreira. Durante 16 anos, LaBelle foi a vocalista do grupo Labelle, pelo qual lançou a sua canção assinatura, Lady Marmalade, em 1974. Neste período obteve os maiores sucessos das paradas musicais de R&B, Pop e eventualmente disco, além do soul, sendo reconhecida como A Madrinha do Soul, por seu desempenho enérgico em cima do palco e sua poderosa, inconfundível voz.
LaBelle iniciou a sua carreira solo no final da década de 70, após a dissolução do grupo. Obteve grandes sucessos nas paradas pop, como: On My Own (em dueto com Michael McDonald), If You Asked Me To, Stir It Up e New Attitude. On My Own alcançou a 1ª posição em diversos países.
Detentora da marca de 50 milhões de cópias vendidas, Patti LaBelle foi incluída na Calçada da Fama de Hollywood e na Calçada da Fama do Apollo. Além de ter sido homenageada com um "Legend Award" por sua contribuição para a música norte-americana no World Music Awards. Foi ainda agraciada com um Grammy Hall of Fame em 2003 pelo legado da canção Lady Marmalade. A sua biografia oficial, Don't Block the Blessings, permaneceu no topo da lista de best-sellers do New York Times.
É uma lenda da música norte-americana. Além de ter uma voz potente, canta de uma forma completamente única. Foi a inspiração para diversos artistas, como Mariah Carey, Christina Aguilera, Alicia Keys e Mary J. Blige.
Recentemente participa de vários programas de TV, entre eles chamou muita atenção nas competições "Dancing With the Stars" e principalmente no "The Masked Singer". Continua fazendo sucesso com seus clássicos já premiados e seus novos trabalhos e, segundo a própria, jamais irá parar.
     

 

Guy Fletcher, o antigo teclista dos Dire Straits, faz hoje 62 anos


Guy Edward Fletcher (Maidstone, Kent, 24 May 1960) is an English multi-instrumentalist, best known for his position as one of the two keyboard players in the rock band Dire Straits from 1984 until the group's dissolution, and his subsequent work with Dire Straits frontman Mark Knopfler. Fletcher was inducted into the Rock and Roll Hall of Fame as a member of Dire Straits in 2018.

 

     

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A Rainha Vitória do Reino Unido nasceu há 203 anos

  
Vitória do Reino Unido (Londres, 24 de maio de 1819East Cowes, 22 de janeiro de 1901), oriunda da Casa de Hanôver, foi rainha do Reino Unido de 1837 até à morte, sucedendo ao tio, o rei Guilherme IV. A incorporação da Índia ao Império Britânico, em 1877, conferiu a Vitória o título de Imperatriz da Índia.
Vitória era filha do príncipe Eduardo, duque de Kent e Strathearn, o quarto filho do rei Jorge III. Tanto o duque de Kent como o rei morreram em 1820, fazendo com que Vitória fosse criada sob a supervisão da sua mãe alemã, a princesa Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld. Herdou o trono aos dezoito anos, depois de os seus três tios paternos terem morrido sem descendência legítima. O Reino Unido era já uma monarquia constitucional estabelecida, na qual o soberano tinha relativamente poucos poderes políticos diretos. Em privado, Vitória tentou influenciar o governo e a nomeação de ministros. Em público tornou-se um ícone nacional e a figura que encarnava o modelo de valores rigorosos e moral pessoal.

Casou-se com o seu primo direto, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, em 1840. Os seus nove filhos, e vinte e seis dos seus quarenta e dois netos, casaram-se com outros membros da realeza e famílias nobres por todo o continente europeu, unindo-as entre si, o que lhe valeu o apelido de "avó da Europa". Após a morte de Alberto, em 1861, Vitória entrou num período de luto profundo durante o qual evitou aparecer em público. Como resultado do seu isolamento, o republicanismo ganhou força durante algum tempo, mas na segunda metade do seu reinado, a popularidade da rainha voltou a aumentar. Os seus jubileus de ouro e diamante foram muito celebrados pelo público.

O seu reinado de 63 anos e sete meses é o segundo mais longo da história do Reino Unido e ficou conhecido como a era vitoriana. Foi um período de mudança industrial, cultural, política, científica e militar no Reino Unido e ficou marcado pela expansão do Império Britânico. Como a última monarca da casa de Hanôver, o seu filho e sucessor, o rei Eduardo VII, pertencia à nova casa de Saxe-Coburgo-Gota, oriunda do seu pai, o príncipe Alberto.

  

Ferreira de Castro nasceu há 124 anos



José Maria Ferreira de Castro (Ossela, Oliveira de Azeméis, 24 de maio de 1898 - Porto, 29 de junho de 1974) foi um escritor português.

Com o seu nome existem uma biblioteca e uma escola secundária, em Oliveira de Azeméis, e uma escola secundária e um museu, em Sintra. 

 

Biografia

Filho mais velho de José Eustáquio Ferreira de Castro e de Maria Rosa Soares de Castro. Aos 8 anos ficou órfão de pai, um camponês pobre e decide, aos 12 anos, emigrar com a intenção de sustentar a família. A 7 de Janeiro de 1911 embarcou no vapor "Jerôme" com destino a Belém do Pará, no Brasil. Ali viria a publicar o seu primeiro romance, Criminoso por ambição, em 1916.

Durante quatro anos viveu no seringal Paraíso, em plena floresta amazónica, junto à margem do rio Madeira. Depois de partir do seringal Paraíso, viveu em precárias condições, tendo de recorrer a trabalhos como, colar cartazes, embarcadiço em navios do Amazonas, etc.

Mais tarde, em Portugal, foi redator do jornal O Século, do jornal A Batalha, diretor do jornal O Diabo e colaborador das revistas O domingo ilustrado (1925-1927), Renovação (1925-1926) e Ilustração (iniciada em 1926). Ao serviço do jornal de Pereira da Rosa, assinou crónicas vibrantes, como o dia em que se deixou prender no Limoeiro para testemunhar a vida dos reclusos nas cadeias portuguesas ou a sua entrevista exclusiva em Dublin com Eamon de Valera, líder do Sinn Fein em 1930.

Em 1930 publica A Selva, a obra que o tornaria um escritor de dimensão internacional, inclusive candidato ao Prémio Nobel. O livro recebe críticas positivas no The New York Times e abre-lhe caminho em Hollywood e possibilita-lhe o ingresso no Pen Clube francês. Nessa altura perde tragicamente a esposa, Diana de Liz, a quem dedicou o livro.

Após o falecimento da esposa, Ferreira de Castro partiu para Inglaterra de barco, na companhia do escritor Assis Esperança. Fica doente, com septicemia, mas é tratado pelo médico e historiador de arte Reynaldo dos Santos. Em consequência do estado de luto, em dezembro de 1931 Ferreira de Castro tenta o suicídio sem sucesso. Para convalescer parte para a Madeira, onde escreve o romance Eternidade (1933), cujo tema é a obsessão pela morte.

Ferreira de Castro ordenou a transladação dos ossos da esposa Diana e erigiu-lhe um mausoléu.

Faleceu em 1974, pouco depois do 25 de abril, tendo chegado a desfilar no 1º de maio, Dia do Trabalhador. Encontra-se enterrado em Sintra, por sua expressa vontade.

Busto do autor de A Selva em Manaus

   

Vida pessoal

Foi casado com Diana de Liz, escritora, defensora da emancipação feminina, que morreu em 1930 de causas desconhecidas. Voltou a casar-se com Elena Muriel, pintora espanhola refugiada no Estoril. Com ela viveu 40 anos e teve uma filha, Elsa Beatriz.

 

Relevância da obra

Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, precursora do neorrealismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica.

A exemplo da sua ainda grande atualidade pode referir-se a recente adaptação ao cinema, com muito sucesso, da sua obra A Selva.

 

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Duke Ellington morreu há 48 anos

    
Edward Kennedy "Duke" Ellington (Washington, 29 de abril de 1899 - Nova Iorque, 24 de maio de 1974) foi um compositor de jazz, pianista e líder de orquestra norte-americano, eternizado com a alcunha de "The Duke" e distinguido com a Presidential Medal of Freedom (condecoração americana) em 1969 e com a Legião de Honra (condecoração francesa) em 1973, sendo ambas as distinções as mais elevadas que um civil pode receber. Foi ainda o primeiro músico de jazz a entrar para a Academia Real de Música de Estocolmo, e foi doutor honoris causa nas mais importantes universidades do mundo.
A música de Duke Ellington foi uma das maiores influências no jazz desde a década de 20 até à de 60. Ainda hoje as suas obras têm influência apreciável e é, por isso, considerado o maior compositor de jazz americano de todos os tempos. Entre os seus muitos êxitos encontram-se "Take the A Train" (letra e música por Billy Strayhorn), "Satin Doll", "Rockin' in Rhythm", "Mood Indigo", "Caravan", "Sophisticated Lady", e "It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got that Swing)". Durante os anos 20 e 30, Ellington partilhava frequentemente os seus créditos de compositor com o seu manager Irving Mills, até que, no final dos anos 30, se desentenderam. Billy Strayhorn passou a ser o colaborador de Ellington (nem sempre creditado como tal) desde 1940 até à sua morte, nos anos 70.
Ellington tinha a preocupação de adaptar as suas composições ao talento dos músicos que compunham a sua orquestra, entre eles estiveram Johnny Hodges, Bubber Miley, Joe "Tricky Sam" Nanton, Barney Bigard, Ben Webster, Harry Carney, Sonny Greer, Otto Hardwick, e Wellman Braud. Muitos destes músicos permaneceram ao lado de Ellington durante décadas.
   

 


Copérnico faleceu há 479 anos

    
Nicolau Copérnico (Toruń, 19 de fevereiro de 1473 - Frauenburgo, 24 de maio de 1543) foi um astrónomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico.
A sua teoria do heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente Teoria Geocêntrica (que considerava a Terra como o centro do Universo), é considerada como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.
    

A independência da Eritreia foi há 29 anos

   
A Eritreia, oficialmente Estado da Eritreia, é um país localizado no Corno da África. A Eritreia faz fronteira com o Sudão a oeste, a Etiópia ao sul, e Djibouti ao sudeste. O leste e nordeste do país têm um litoral banhado pelo Mar Vermelho, tendo contacto direto com a Arábia Saudita e o Iémen. O arquipélago Dahlak e as ilhas Hanish são parte da Eritreia. O seu tamanho é de cerca de 118.000 km², com uma população estimada em cerca de 5 milhões de habitantes e a capital é Asmara.
A história da terra onde, hoje em dia, se localiza a Eritreia, é associada aos seus quase 1.000 km de litoral pelo Mar Vermelho. Do outro lado do mar, vieram vários invasores (e colonizadores), como os árabes sauditas, vindos da área que hoje em dia corresponde ao Iémen, os turco-otomanos, os Portugueses de Goa (Índia), os egípcios, os britânicos e, no século XIX, os italianos. Ao longo dos séculos, invasores também vieram dos países vizinhos da África, como os etíopes do sul e os sudaneses pelo oeste. No entanto, o local foi altamente afetado pelos invasores italianos no século XIX.
Na era da corrida das potências europeias para a África e as tentativas de estabelecer uma base de reabastecimento para seus navios após a abertura do canal de Suez (1869), a Itália invadiu a Eritreia e a ocupou. Em 1 de janeiro de 1890, a Eritreia tornou-se oficialmente uma colónia da Itália. Em 1936, ela tornou-se uma província da África Oriental Italiana, juntamente com a Etiópia e a Somália Italiana. As forças armadas britânicas repeliram as forças armadas italianas em 1941 e tomaram a administração do pais, que havia sido criado pelos italianos, para si. Os britânicos continuaram a administrar o território sob um mandato da ONU até 1951, quando a Eritreia foi unida à Etiópia pela resolução da ONU 390(A), sob o impulso dos Estados Unidos, adotado em dezembro de 1950; a resolução foi aprovada após um referendo para consultar a população da Eritreia.
A importância estratégica da Eritreia, que existe devido ao seu litoral banhado pelo Mar Vermelho e aos seus recursos minerais, foram a principal causa para a união com a Etiópia, o que foi o primeiro passo da anexação da Eritreia como sua 14ª província em 1962, apesar de muitas outras nações optarem pela independência da Eritreia. Este foi o culminar de um processo gradual de aquisição por parte das autoridades etíopes, um processo que incluiu, em edital de 1959, o estabelecimento do ensino obrigatório da língua amárica, a principal língua da Etiópia, em todas as escolas eritreias. A falta de respeito para com a população da Eritreia levou a um movimento de independência do país, formado no início dos anos 1960, que eclodiu numa guerra de 30 longos anos contra os governos sucessivos da Etiópia, terminando em 1991. Após um referendo supervisionado pela ONU, na Eritreia, apelidado de UNOVER, no qual a população da Eritreia votou pela independência da Etiópia, vencendo por uma grande maioria, fez com que a Eritreia declarasse oficialmente a sua independência e ganhasse reconhecimento internacional em 24 de maio de 1993.
As línguas predominantes, de facto, são o tigrínia e o árabe, ambos pertencentes ao ramo afro-asiático da família de línguas semitas. O italiano é utilizado por extensão, em conjunto com as duas principais línguas, nos negócios públicos e comerciais. O inglês é usado na comunicação internacional e é a língua de instrução em toda a educação formal a partir do 6° ano.
A Eritreia é um Estado de partido único no qual eleições legislativas nacionais nunca foram realizadas desde a independência - embora sua Constituição, adotada em 1997, estabeleça que o Estado é uma república presidencialista com uma democracia parlamentar, isto ainda está para ser implementado. De acordo com o governo, isto ocorre devido ao conflito fronteiriço com a Etiópia, que teve início em maio de 1998 e permanece até os dias de hoje. Desde sua independência, em 1993, o país nunca teve eleições. De acordo com a Human Rights Watch, o registo de direitos humanos do governo da Eritreia é considerado um dos piores do mundo. O governo da Eritreia rejeitou essas alegações como motivadas politicamente. Juntamente com os Estados Unidos, a Eritreia é um dos dois únicos países do mundo que cobra impostos de seus cidadãos independentemente de onde residam no mundo. O serviço militar obrigatório requer longos e indefinidos períodos de conscrição, que alguns eritreus deixam o país para evitar. Uma vez que todas os media locais são de propriedade estatal, a Eritreia também foi classificada como tendo a segunda menor liberdade de imprensa no Índice de Liberdade de Imprensa, atrás da Coreia do Norte.

 


Bob Dylan faz hoje oitenta e um anos

  
Bob Dylan, nome artístico de Robert Allen Zimmerman (Duluth, 24 de maio de 1941) é um cantor-compositor, escritor, ator, pintor e artista visual norte-americano e uma importante figura na cultura popular há mais de cinquenta anos. Grande parte do seu trabalho mais célebre data da década de 60, quando canções como "Blowin' in the Wind" (1963) e "The Times They Are a Changin'" (1964) se tornaram hinos dos movimentos pelos direitos civis e de oposição à Guerra do Vietname. As suas letras durante esse período incorporaram uma ampla gama de influências políticas, sociais, filosóficas e literárias, desafiaram as convenções da música pop e apelaram à crescente contracultura. Por conta disso, a música folk, na cultura norte-americana, atingiu o auge de popularidade nas década de 50 e 60 e Bob Dylan incorporou as tensões dessa época da melhor forma, com foco nos detalhes e humor.
Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu os seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Minnesota em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantor folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em Nova Iorque em 1961.
Em 2004 foi eleito pela revista Rolling Stone o 7º maior cantor de todos os tempos e, pela mesma revista, o 2º melhor artista da música de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles, e uma de suas principais canções, "Like a Rolling Stone", foi escolhida como a melhor de todos os tempos. Influenciou diretamente grandes nomes do rock americano e britânico dos anos de 60 e 70. Em 2012, Dylan foi condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama.
Foi laureado com o Nobel da Literatura de 2016, por "ter criado novos modos de expressão poética no quadro da tradição da música americana". E, assim, tornou-se o primeiro e único artista na História a ganhar, além do Prémio Nobel, o Pulitzer, o Óscar, o Grammy e o Globo de Ouro.
    
      
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segunda-feira, maio 23, 2022

Música adequada à data

Geopedrados, um blog cada vez mais visitado e cosmopolita...


A cerca de três meses de atingirmos os cinco milhões de visitas (e a um mês e meio de celebrarmos 17 anos de atividade...) de vez em quando somos atingidos pela estupefação pelas localizações e nacionalidades dos nossos visitantes - a todos eles o nosso obrigado...!

Saudades de Georges Moustaki...

O Papa reconheceu a independência do Reino de Portugal há 843 anos com a bula Manifestis probatum

A bula papal Manifestis Probatum 
    
Manifestis probatum foi uma bula emitida pelo Papa Alexandre III, a 23 de maio de 1179, que declarou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão, e D. Afonso Henriques, o seu soberano. Esta bula reconheceu a validade do Tratado de Zamora, assinado a 5 de outubro de 1143, em Zamora, pelo rei de Leão, e por D. Afonso Henriques.
     
História
O Condado Portucalense era um pequeno território pertencente ao Reino de Leão, que o rei deste cedera, juntamente com a mão da sua filha, D. Teresa, a D. Henrique de Borgonha, um cavaleiro francês que veio ajudar o monarca leonês na luta contra os muçulmanos.
Juntos, Teresa e Henrique tiveram um filho, D. Afonso Henriques. Quando D. Henrique faleceu, a viúva, D. Teresa, herdou o Condado.
Já desde 1128 que D. Afonso Henriques acreditava que o Condado Portucalense devia ser independente. No entanto, a sua mãe, aconselhada pela nobreza galega e pelo seu amante, também galego, não acreditava nesta possibilidade, sendo contra ela.
Incitado e encorajado pela nobreza e pelo clero portucalenses, D. Afonso Henriques travou contra a mãe a batalha de São Mamede (1128), vencendo-a. Tornou-se então conde e estabeleceu duas prioridades:
  1. Tornar independente o condado;
  2. Conquistar território aos sarracenos, que ocupavam ainda uma boa parte da península Ibérica.
Em 5 de outubro de 1143, foi assinado pelo próprio Afonso Henriques e pelo primo, o rei de Leão, o Tratado de Zamora, segundo o qual o rei de Leão reconheceu a independência do Condado Portucalense, que passou a denominar-se Portugal. No entanto, só em 23 de maio de 1179 é que o Papa Alexandre III aceitou e reconheceu, pela primeira vez, o reino de Portugal e D. Afonso I como seu primeiro monarca.
   
A Bula
A Bula reza (em português actual):
"Alexandre, Bispo, Servo dos Servos de Deus, ao Caríssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre Rei dos Portugueses, e a seus herdeiros, in 'perpetuum'. Está claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em porfiados trabalhos e proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé cristã, assim deixaste aos vindouros nome digno de memória e exemplo merecedor de imitação. Deve a Sé Apostólica amar com sincero afecto e procurar atender eficazmente, em suas justas súplicas, os que a Providência divina escolheu para governo e salvação do povo. Por isso, Nós, atendemos às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a proteção de São Pedro e nossa, e concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos Sarracenos e nos quais não podem reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos. E para que mais te fervores em devoção e serviço ao príncipe dos apóstolos S. Pedro e à Santa Igreja de Roma, decidimos fazer a mesma concessão a teus herdeiros e, com a ajuda de Deus, prometemos defender-lha, quanto caiba em nosso apóstólico magistério."