quinta-feira, janeiro 20, 2022
Alexandre-Emile Béguyer de Chancourtois, geólogo francês, nasceu há 202 anos
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Greg K., baixo dos The Offspring, faz hoje 57 anos
Greg K. (nome artístico de Gregory David Kriesel; Glendale, 20 de janeiro de 1965), é um baixista dos Estados Unidos da América, membro fundador da banda californiana The Offspring, com Dexter Holland, com quem tem uma gravadora independente chamada Nitro Records, fundada em 1994. Entre os seus passatempos preferidos estão jogar golfe e saltar de paraquedas. Greg K. também coleciona bonés e chapéus. Saiu dos Offspring em 2018.
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Derrick Green, vocalista dos Sepultura, faz hoje cinquenta e um anos
Derrick Lamont "Leon" Green (Cleveland, Ohio, 20 de janeiro de 1971) é o atual vocalista da banda brasileira Sepultura. Entrou na banda em 1997 para substituir Max Cavalera. Desde então, Derrick gravou nove álbuns de estúdio com a banda, sendo o mais recente, Quadra, lançado em 2020.
Benjamin Biolay, músico francês de nouvelle chanson, faz hoje 49 anos
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Luciano Camargo faz hoje 49 anos
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Amílcar Cabral foi assassinado há 49 anos
Amílcar Lopes Cabral (Bafatá, Guiné-Bissau, 12 de Setembro de 1924 - Conacri, 20 de janeiro de 1973) foi um político da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
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El-Rei D. Sebastião nasceu há 468 anos
A ÚLTIMA NAU
Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago
Erma, e entre choros de ânsia e de pressago
Mistério.
Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projecta-o, sonho escuro
E breve.
Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou ’spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.
Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
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Sid Wilson, músico dos Slipknot, faz hoje 44 anos
Sidney George Wilson (Des Moines, Iowa, 20 de janeiro de 1978), também conhecido como Ratboy, DJ Starscream e #0 (ou, simplesmente, 0 - zero) é um músico americano que atualmente faz parte da banda Slipknot, sendo o seu mais jovem membro.
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O músico e ator Will Young faz hoje 43 anos
William Robert "Will" Young (Wokingham, Berkshire, 20 de janeiro de 1979) é um cantor, compositor e ator inglês. Ele atingiu a fama em 2002, após vencer a primeira edição do programa de TV Pop Idol, precursor do formato do programa Ídolos.
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Rob Bourdon, baterista dos Linkin Park, faz hoje 43 anos
Robert Gregory Bourdon (Calabasas, Califórnia, 20 de janeiro de 1979) é o baterista da banda Linkin Park. Ele é mais conhecido como Rob Bourdon.
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Matt Tuck, vocalista dos Bullet For My Valentine, faz hoje 42 anos
Matthew Tuck, mais conhecido como Matt Tuck, nasceu em 20 de janeiro de 1980 em Bridgend, no País de Gales. Ele é o vocalista e guitarrista da banda de metalcore Bullet For My Valentine. Matt também toca bateria, teclados e harmónica.
O meu Tarzan do cinema, Johnny Weissmuller, morreu há 38 anos
Johnny Weissmuller, nascido János Weißmüller (Timişoara, Roménia, 2 de junho de 1904 - Acapulco, México, 20 de janeiro de 1984) foi um atleta e ator norte-americano, famoso por interpretar Tarzan, o personagem de ficção, criado pelo escritor dos Estados Unidos, Edgar Rice Burroughs.
Audrey Hepburn morreu há 29 anos
Etta James morreu há dez anos...
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Paul Stanley, vocalista dos Kiss, faz hoje setenta anos...!
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quarta-feira, janeiro 19, 2022
Edgar Allan Poe nasceu há 213 anos
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais
«Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais.
.............. É só isso e nada mais.»
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais —
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
.............. Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo,
«É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
.............. É só isso e nada mais».
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
«Senhor», eu disse, «ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi...» E abri largos, franquendo-os, meus umbrais.
.............. Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais —
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
.............. Isto só e nada mais.
Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
«Por certo», disse eu, «aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.»
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
.............. «É o vento, e nada mais.»
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais.
.............. Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
«Tens o aspecto tosquiado», disse eu, «mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.»
.............. Disse-me o corvo, «Nunca mais».
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
.............. Com o nome «Nunca mais».
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, «Amigo, sonhos — mortais
Todos — todos lá se foram. Amanhã também te vais».
.............. Disse o corvo, «Nunca mais».
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
«Por certo», disse eu, «são estas vozes usuais.
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
.............. Era este «Nunca mais».
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
.............. Com aquele «Nunca mais».
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,
.............. Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
«Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!»
.............. Disse o corvo, «Nunca mais».
«Profeta», disse eu, «profeta — ou demónio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais,
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!»
.............. Disse o corvo, «Nunca mais».
«Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse. «Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!»
.............. Disse o corvo, «Nunca mais».
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,
.............. Libertar-se-á... nunca mais!
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A ópera de Verdi, Il Trovatore, foi estreada há 169 anos
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Marcadores: Giuseppe Verdi, Il Trovatore, música, Ópera, Or co' dadi ma fra poco, Stride la vampa, Verdi
Fiama cantada por Adriano...
BARCAS NOVAS
agora lavradas de armas
Lisboa tem barcas novas
agora lavradas de homens
Barcas novas levam guerra
as armas não lavram terra
São de guerra as barcas novas
no mar deitadas com homens
Barcas novas são mandadas
sobre o mar com suas armas
Não lavram terra com elas
os homens com sua guerra
Nelas mandaram meter
os homens com sua guerra
Ao mar mandaram as barcas
novas lavradas de armas
Em Lisboa sobre o mar
armas novas são mandadas
Fiama Hasse Pais
Brandão
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Marcadores: Barcas Novas, Fiama Hasse Pais Brandão, música, poesia
Música adequada à data...
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Marcadores: anos 60, Canadá, Denny Doherty, folk, Monday Monday, música, pop, The Mamas and The Papas
Fausto canta Eugénio de Andrade...
Não canto porque sonho
Não canto porque sonho.
Canto porque és real.
Canto o teu olhar maduro,
o teu sorriso puro,
a tua graça animal.
Canto porque sou homem.
Se não cantasse seria
somente um bicho sadio
embriagado na alegria
da tua vinha sem vinho.
Canto porque o amor apetece.
Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
por vê-los nus e suados.
in As mãos e os frutos (1948) - Eugénio de Andrade