segunda-feira, dezembro 03, 2018

Ozzy Osbourne faz hoje setenta anos!

John Michael Osbourne, conhecido como Ozzy Osbourne (Aston, Inglaterra, 3 de dezembro de 1948), é um músico, compositor e vocalista britânico
Ozzy, aos vinte anos montou a sua primeira banda, o "The Polka Tulk Blues Band" e logo depois apenas Polka Tulk, que mais tarde mudou o nome para Earth. No seu reportório, blues e rock com influências das bandas Cream, Blue Cheer e Vanilla Fudge, recebe a alcunha de "Pai do Heavy Metal", sendo assim idolatrado.
Em 1969, após descobrir a existência de uma banda homónima, Tony Iommi (guitarra), Bill Ward (bateria), Ozzy Osbourne (vocais) e Geezer Butler (baixo) decidem adotar outro nome. A ideia surgiu a partir do título de uma história do escritor Dennis Wheatley (que também inspirou a composição de Butler), nascendo então os Black Sabbath.
O nome e a temática dos Black Sabbath surgiu quando todos os integrantes andavam pela "cidade natal" da banda. Quando passaram em frente a um cinema no qual estava passando um filme de terror. Ozzy e Tony pensaram "As pessoas pagam para ver isso? Para sentir medo? Pode ser que dê certo" e então puseram o nome do filme na banda e desde então compuseram músicas sobre a morte, e coisas similares.
Após nove anos juntos nos Black Sabbath, o oitavo álbum da banda, “Never Say Die!” (1978), veio marcar a saída de Ozzy. Decidido a seguir carreira a solo, ele forma os Blizzard of Ozz, juntamente com o guitarrista Randy Rhoads, o baixista Bob Daisley e o baterista Lee Kerslake, sendo o primeiro álbum, de mesmo nome, lançado na Inglaterra, no ano de 1980, e nos Estados Unidos e no resto do mundo, no ano seguinte, pelo selo Jet Records, da CBS.
A voz personalíssima de Ozzy, somado ao talento inovador de Randy Rhoads renderam-lhes a sétima posição nos tops ingleses e a vigésima primeira na norte-americana para os hits “Crazy Train” e “Mr. Crowley”. Impulsionados pelo sucesso nas vendas de seu álbum inicial, entre fevereiro e março de 1981, Ozzy e a banda voltaram ao estúdio para a gravação do seu segundo álbum, mas como a turnê do trabalho anterior estava pendente, o já intitulado “Diary of a Madman” acabou feito à pressa. O ensaio do solo de Rhoads na música “Little Dolls”, por exemplo, virou versão oficial. Além do que nenhum dos integrantes da banda chegou a participar da mistura final do álbum.
Para a turnê norte-americana - que acabou acontecendo somente um mês e um dia após a gravação do “Blizzard of Ozz” -, Tommy Aldridge (baterista) e Rudy Sarzo (baixo) substituíram Daisley e Lee Kersbglake. Devido a grande venda do álbum - que alcançou 500 mil cópias em menos de cem dias, Ozzy e Sharon decidiram estender a turnê, porém, muitos shows tiveram que ser cancelados, já que pouquíssimos ingressos foram vendidos e o dinheiro arrecadado não foi suficiente nem para pagar à banda.
Com o lançamento do segundo álbum, deu-se início a turnê pela Europa, só que, três apresentações depois, Ozzy teve um colapso nervoso e todos regressaram aos Estados Unidos para que ele pudesse descansar. Recuperado e com uma super produção de 25 técnicos da Broadway e Las Vegas, recursos de última geração para o palco e seis mil cópias do primeiro álbum sendo vendidas a cada semana, Ozzy voltou à atividade.
Vale destacar que foi nessa época um dos acontecimentos que mais marcou a carreira do artista. Tudo aconteceu quando um fã, durante o show, atirou um morcego ao palco e Ozzy, acreditando se tratar de um artefacto de plástico, mordeu a cabeça do animal e acabou tendo que tomar várias injeções anti-rábicas. O medicamento causou-lhe choques anafiláticos, entre outros problemas de saúde. Chegou-se até a ser divulgada a sua morte, que foi desmentida pelo próprio vocalista. Em resposta, Ozzy Osbourne, de forma irónica, disse que se pode morrer de raiva após ser mordido por morcegos, mas que nunca ouvira falar que alguém podesse morrer de raiva por ter mordido um morcego. Além disso, a grande repercussão por parte da imprensa sensacionalista levou entidades de proteção aos animais a protestarem contra os shows, inclusive, alguns tiveram que ser cancelados. Mesmo com tantos incidentes, a turnê continuou.
No meio da ascensão da banda, um facto trágico estava para acontecer. No dia 19 de março de 1982, durante uma paragem na viagem que levaria Ozzy a Orlando (Flórida) para um show, parte da banda decidiu descansar a bordo do autocarro e o motorista, que também tinha licença para pilotar, convidou Jake Duncan e Don Airey para fazer um passeio aéreo e ao aterrar, estendeu o convite a Randy Rhoads e Rachel Youngblood (maquilhadora).
Acredita-se que o piloto, ressentido pelo conturbado divórcio, tenha visto a sua ex-esposa entrando no autocarro e decidiu lançar o avião contra o veículo. O autocarro onde estavam Ozzy, a sua esposa e outros membros da banda não ficou muito danificado e ninguém ficou ferido, mas o avião explodiu, matando todos os passageiros. Ozzy entrou em profunda depressão com a perda de Randy Rhoads (o seu melhor amigo) e decidiu adiar seus planos para o lançamento de um álbum ao vivo com o material gravado durante os shows, optando por uma coletânea de clássicos dos Black Sabbath, com o guitarristaBrad Gillis (Night Ranger), que ganhou o nome de “Speak of the Devil” nos Estados Unidos e “Talk to the Devil”, na Inglaterra.
Livre dos compromissos com a Jet Records, Ozzy assinou contrato com a Epic Records e Sharon decidiu que seria interessante um pouco de publicidade. A ideia inicial era que Ozzy soltasse duas pombas durante um encontro com os executivos da gravadora só que, a despeito do prévio incidente com o morcego, Ozzy libertou uma das pombas e arrancou a cabeça da outra à dentada.
No final de 1983, com Jake E. Lee à frente das guitarras, Ozzy grava o “Bark at the Moon”, que apesar das críticas positivas, embarcou nas modas da época, com constantes aparições na MTV e uma turnê com os Mötley Crüe, deixando para trás o classicismo das composições de Randy Rhoads. Muito longe dos palcos, em outubro de 1984, John M. de 19 anos comete suicídio e, de acordo com a polícia, a música “Suicide Solution” ainda tocava nos seus fones de ouvido quando o corpo fora encontrado. Dois anos depois, três processos de incitação ao suicídio vieram à tona e, em janeiro de 1986, através de seu advogado Thomas Anderson, a família de John acusou Ozzy de, no documentário “Don’t Blame Me”, utilizar uma técnica conhecida como “Hemisync”, que consiste em sincronizar as ondas de ambos os hemisférios cerebrais para se atingir estados alterados de consciência, tornando o ouvinte aberto às sugestões e capaz de vívidas alucinações. O processo durou praticamente um ano e foi arquivado pelo Suprema Tibunal da Califórnia. Curiosamente, a música “Suicide Solution”, escrita após a morte de Bon Scott (vocalista do AC/DC) por hipotermia, após dormir bêbado no seu carro durante uma noite de inverno, adverte sobre os perigos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Nesse mesmo ano, Ozzy lança o álbum “The Ultimate Sin”, com a substituição de Tommy Aldridge por Randy Castillo e de Bob Daisley por Philip Soussan. Apesar do sucesso da música “Shot in the Dark”, o álbum é considerado medíocre pela maioria da crítica e pelo próprio vocalista. Já em 1987, motivada pelas centenas de cartas de fãs interessados em material inédito do guitarrista, a mãe de Randy Rhoads entra em contato com Ozzy que decide reunir seus arquivos e enviá-los a Max Norman – produtor de seus três primeiros álbuns. O resultado foi o lançamento do tributo a Randy Rhoads (“Tribute”).
Apesar do sucesso, eram frequentes as discussões entre Lee e Ozzy devido ao péssimo comportamento do vocalista, cada vez mais envolvido no consumo de bebidas e drogas, factos que levaram à substituição do guitarrista por Zakk Wylde, pouco antes da gravação do “No Rest for the Wicked”. O álbum, por sua vez, obteve críticas excelentes e além do sucesso de “Crazy Babies” e “Breaking All the Rules”, destacou-se a música “Miracle Man”, onde Ozzy critica a hipocrisia de Jimmy Swaggart - pastor evangélico que fazia pregações contra ele em seu programa de TV, e que alguns anos depois foi descoberto frequentando um motel com prostitutas.
No final da década de 80, foi cogitada uma reunião histórica entre Ozzy e os Black Sabbath, após uma apresentação em Donington, Inglaterra (apresentação que valeu a saída do vocalista Dio), mas problemas entre Sharon e os empresários dos Sabbath impediram uma reunião definitiva.
Em março de 1990, Geezer juntou-se a Ozzy para o lançamento do álbum “Just Say Ozzy” que combinava canções do “No Rest for the Wicked” e sucessos do Black Sabbath. O ano seguinte foi de grandes mudanças na vida pessoal do artista, já que Ozzy começou uma árdua batalha contra o alcoolismo. Reflexos dessa iniciativa ficaram nítidos no seu álbum subsequente, “No More Tears”, repleto de baladas (“Mama, I'm Coming Home” e “Time After Time”), letras autobiográficas (“Road to Nowhere”) e discussões sobre assuntos relevantes como, por exemplo, o abuso sexual de crianças ("Mr. Tinkertrain").
Os frutos dessa iniciativa se confirmaram através do Grammy de melhor música para “I Don't Want to Change the World”. Além de surpreender todos com essa nova postura, Ozzy intitulou sua turnê de “No More Tours” (“Sem mais turnês”), o que levou seus fãs a crerem que aquele seria seu último álbum. Em várias entrevistas, ele afirmava que estava cansado das viagens e gostaria de ficar mais com a família. Na época, acompanhado pelo guitarrista Zakk Wylde, o baterista Randy Castillo e o baixista Mike Inez, o "madman" chegou a cancelar shows devido à síndrome de abstinência da bebida. Isso não impediu que algumas apresentações fossem compiladas e transformadas em um álbum duplo (e seu respetivo vídeo), o “Live and Loud”.
Em novembro de 1992, na Califórnia, durante o show que seria um dos últimos da turnê (e da carreira de Ozzy), todos os membros originais do Black Sabbath surpreenderam o público ao entrar no palco e apresentar quatro clássicos: “Black Sabbath”, “Fairies Wear Boots”, “Iron Man” e “Paranoid”. No final do espetáculo, um painel de fogo de artifício explodia com a seguinte frase: "I'll be back" ("Eu voltarei"). Um vídeo foi gravado somente com as músicas resultantes da inusitada apresentação dos membros do Sabbath, e a turnê rendeu além de milhares de dólares, presenças ilustres como: Nicolas Cage, Rod Stewart e Vince Neil e, em 1993, Ozzy estava oficialmente reformado. Em 1992 Ozzy Osbourne ficou nas paradas com a música "Mama, I'm Coming Home".
A reforma não durou muito e, mesmo levando alguns fãs a crer que tudo não havia passado de uma jogada de marketing, Ozzy decidiu reunir novamente a sua banda. Em 1995, era lançado o “Ozzmosis”, produzido por Michael Beinhorn. A princípio, Zakk Wylde (ocupado com a sua banda Pride and Glory) dividiria o seu posto com Steve Vai, só que, devido a problemas com a gravadora, apenas a música “My Little Man” tem a participação de Vai. A turnê, por sua vez, levou o sugestivo nome de “Retirement Sucks” - alusão, ou melhor, explicação ao retorno de Ozzy. Zakk foi convidado a participar da turnê, mas, por estar a negociar com os Guns and Roses, acabou sendo substituído por Joe Homes (ex-David Lee Roth). Geezer Buttler também não ficou muito (devido a problemas familiares) e deu lugar a Robert Trujillo.
Além da turnê, no final de 1996, Ozzy e Sharon promoveram a primeira edição do OzzFest, onde se apresentaram (entre outros): Sepultura, Slayer, Powerman 5000, Biohazard, Fear Factory e Cellophane. No ano seguinte (1997), o OzzFest ganhou uma segunda edição com dois palcos, onde se apresentaram bandas das mais diversas vertentes do metal. No palco principal: Powerman 5000, Fear Factory, Type O Negative, Pantera, Ozzy Osbourne (Mike Bordin, Robert Trujillo e Joe Holmes), Black Sabbath (Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler) e Marilyn Manson (que foi retirado de algumas apresentações devido à pressão das autoridades). No segundo palco, bandas mais undergrounds como: Drain S.T.H., Machine Head, Coal Chamber e Neurosis.
De volta ao estúdio, Ozzy gravou uma coletânea com os seus grandes sucessos (The Ozzman Cometh: Greatest Hits, 1997), além de três músicas inéditas, sendo uma delas “Back on Earth” em parceria com Steve Vai. Não satisfeito, ele decidiu reunir os membros originais do Black Sabbath e gravar um álbum ao vivo, o Reunion (lançado em 1998) e ainda fazer um dueto com o rapperBusta Rhymes re-editando o clássico "Iron Man", que ganhou o nome de “This Means War!!” e faz parte da coletânea Extinction Level Event (The Final World Front). O OzzFest continuou e, na edição de 1998, participaram Ozzy, Tool, Soulfly, Coal Chamber, Limp Bizkit, Sevendust, Motorhead, Incubus, Life of Agony, Snot, Ultraspank, entre outras bandas - pois o festival ganhou uma versão europeia. Em 1999, os Black Sabbath - que continuavam em turnê -, ainda era a principal atração do OzzFest, mas rumores afirmavam que aqueles seriam os últimos shows da banda. Paralelamente, Ozzy lançou bonecos e apetrechos temáticos, seguindo os passos de bandas como Kiss.
As 29 apresentações (em cidades diferentes) do OzzFest 2000 foram um sucesso. Ozzy era a atração principal, seguido por ícones como Pantera, Godsmack, System of a DownMethods of Mayhem e P.O.D.. Em 2001, surgiu a notícia que os Black Sabbath estava prestes a gravar um novo álbum em estúdio, sucessor do Never Say Die de 1978, com produção de Rick Rubin. Infelizmente, a gravadora Epic cancelou os projetos de Ozzy até que ele terminasse o seu novo trabalho a solo. Para evitar problemas, os fãs foram "calados" pela coletânea dupla “Ozzfest: Second Stage Live” que incluía a maioria das bandas que participaram do festival em 2000, além de raridades do primeiro OzzFest, em 1996. No final de 2001, Down to Earth foi lançado e pela décima quarta vez Ozzy recebeu o "disco de ouro" da R.I.A.A por atingir 500 mil cópias vendidas. Em 2002, a MTV americana começou a apresentar The Osbournes - uma espécie de reality show gravado na casa de Ozzy, onde câmaras registaram seis meses de convivência familiar do músico, da sua esposa e filhos. Em 12 de abril, Ozzy recebeu uma estrela na calçada da fama em Hollywood, além de ser convidado para um jantar na Casa Branca, com o objetivo de promover o seu trabalho de proteção aos animais.
Em 2007 foi lançado o álbum Black Rain, muito bem aceite pela critica e fez Ozzy ser eleito o maior ícone da música.
Em 2008 Ozzy fez um show no Brasil e recebeu o prémio de lenda viva pelo Classic Rock Awards, na Inglaterra. Recentemente, Ozzy Osbourne gravou um comercial sobre World of Warcraft. No comercial, mostra Ozzy Osbourne em frente ao Lich King decidindo quem é o príncipe das trevas.
Em 2011, no dia 11 de novembro de 2011, foi anunciado no site oficial do Black Sabbath, o regresso do cantor à banda. Entraram no estúdio em 2012, preparando também uma turnê mundial. No inicio de 2013 Ozzy lançou seu o mais novo single, "God is Dead?"

Vida pessoal
Em 1982, Ozzy casou-se com Sharon Osbourne, de quem tem 4 filhos: Aimee Osbourne, D-Eleven Osbourne, Kelly Osbourne e Jack Osbourne. Anos antes fora casado com Thelma Reilly, de quem teve dois filhos, Louis e Jessica Osbourne, a qual já lhe deu uma neta.
 
 

O Desastre de Bhopal foi há 34 anos

O Desastre de Bhopal, foi um acidente industrial que ocorreu na madrugada de 3 de dezembro de 1984, em Bhopal, quando houve uma fuga de 40 toneladas de gases tóxicos na fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbide. É considerado o maior desastre industrial e químico ocorrido até hoje, quando mais de 500 mil pessoas foram expostas aos gases. A principal causa do desastre foi negligência com a segurança. O número total de mortes é controverso: houve num primeiro momento cerca de 3.000 mortes diretas, mas estima-se que outras 10 mil ocorreram devido a doenças relacionadas com a inalação do gás. A Union Carbide, empresa de pesticidas de origem americana, negou-se a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes, e, como consequência, os médicos não tiveram condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos. Cerca de 150 mil pessoas ainda sofrem com os efeitos do acidente e aproximadamente 50 mil pessoas estão incapacitadas para o trabalho, devido a problemas de saúde. As crianças que nascem na região filhas de pessoas afetadas pelos gases também apresentam problemas de saúde. Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e do novo dono, a Dow Química (Dow Chemicals), informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos à saúde humana. A fábrica da Union Carbide em Bhopal permanece abandonada desde a explosão tóxica, enquanto que resíduos perigosos e materiais contaminados ainda estão espalhados pela área, contaminando o solo e as águas subterrâneas, dentro e na zona envolvente da antiga fábrica. Sabe-se hoje que o composto químico era o isocianato de metilo

domingo, dezembro 02, 2018

A Doutrina Monroe foi enunciada há 195 anos

Retrato de James Monroe, óleo sobre tela de John Vanderlyn
     
A chamada Doutrina Monroe foi anunciada pelo Presidente dos Estados Unidos James Monroe (presidente de 1817 a 1825) na sua mensagem ao Congresso, a 2 de dezembro de 1823.
Julgarmos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência europeia […]
Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso
A frase que resume a doutrina é: "A América para os americanos". O seu pensamento consistia em três pontos:
  • a não criação de novas colónias nas Américas;
  • a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;
  • a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e as suas colónias.
A Doutrina reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o colonialismo europeu, inspirando-se na política isolacionista de George Washington, segundo a qual "a Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os nossos ou senão muito remotamente" (discurso de despedida do Presidente George Washington, a 17 de setembro de 1796), e desenvolvia o pensamento de Thomas Jefferson, segundo o qual "a América tem um Hemisfério para si mesma", o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu próprio país.
À época, a Doutrina Monroe representava uma séria advertência não só à Santa Aliança, como também à própria Grã-Bretanha, embora o seu efeito imediato, quanto à defesa dos novos Estados americanos, fosse puramente moral, dado que os interesses económicos e a capacidade política e militar dos Estados Unidos não ultrapassavam a região do Caribe. De qualquer forma, a formulação da Doutrina ajudou a Grã-Bretanha a frustrar os planos europeus de recolonização da América e permitiu que os Estados Unidos continuassem a dilatar as suas fronteiras na direção do Oeste, dizimando as tribos indígenas que lá habitavam. Essa expansão no continente americano teve como pressuposto o apelidado Destino Manifesto, e marcou o início da política expansionista do país no continente.
  

NOTA: o terceiro ponto mencionado da doutrina deixou rapidamente de ter sentido - na realidade, os Estados Unidos começaram a intervir diretamente, após essa declaração, em vários conflitos entre nações europeias e as suas colónias, assim como na Primeira e Segunda Guerras Mundiais.

O Imperador D. Pedro II nasceu há 193 anos

Vestido com o uniforme de almirante aos 44 anos de idade
 
D. Pedro II (Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825Paris, 5 de dezembro de 1891), alcunhado o Magnânimo, foi o segundo e último monarca do Império do Brasil, tendo reinado no país durante um período de 58 anos. Nascido no Rio de Janeiro, foi o filho mais novo do Imperador Dom Pedro I do Brasil e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina de Áustria e, portanto, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança. A abrupta abdicação do pai e sua viagem para a Europa tornaram Pedro imperador com apenas cinco anos, resultando em uma infância e adolescência tristes e solitárias. Obrigado a passar a maior parte do seu tempo estudando em preparação para imperar, ele conheceu momentos breves de alegria e poucos amigos de sua idade. Suas experiências com intrigas palacianas e disputas políticas durante este período tiveram grande impacto na formação de seu caráter. Pedro II cresceu para se tornar um homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo. Por outro lado, ele ressentiu-se cada vez mais de seu papel como monarca.
Herdando um Império no limiar da desintegração, Pedro II transformou o Brasil numa potência emergente na arena internacional. A nação cresceu para distinguir-se de seus vizinhos hispano-americanos, devido a sua estabilidade política, a liberdade de expressão zelosamente mantida, respeito pelos direitos civis, o seu crescimento económico vibrante e especialmente pela sua forma de governo: uma funcional monarquia parlamentar constitucional. O Brasil também saiu vitorioso nos três conflitos internacionais (a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai) sob o seu reinado, assim como prevaleceu em outras disputas internacionais e tensões domésticas. Pedro II impôs com firmeza a abolição da escravidão, apesar da oposição poderosa de interesses políticos e económicos. Um erudito, o Imperador estabeleceu uma reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, cultura e ciências. Ele ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Graham Bell, Charles Darwin, Victor Hugo e Friedrich Nietzsche, e foi amigo de Richard Wagner, Louis Pasteur e Henry Wadsworth Longfellow, de entre outros.
Apesar de não haver desejo por uma mudança na forma de governo da maior parte dos brasileiros, o Imperador foi retirado do poder num súbito golpe de Estado que não tinha maior apoio fora de um pequeno grupo de líderes militares que desejam uma república governada por um ditador. Pedro II havia-se cansado da posição de Imperador e se tornado desiludido quanto as perspectivas do futuro da monarquia, apesar do seu grande apoio popular. Ele não permitiu qualquer medida contra sua remoção e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia. Passou os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa, vivendo só e com poucos recursos.
O reinado de Pedro II veio a ter um final pouco comum - ele foi deposto, apesar de altamente apreciado pelo povo e no auge da sua popularidade, e algumas de suas realizações logo foram desfeitas visto que o Brasil deslizou para um longo período de governos fracos, ditaduras e crises constitucionais e económicas. Os homens que o exilaram logo começaram a enxergá-lo como um modelo para a república brasileira. Algumas décadas após sua morte, a sua reputação foi restaurada e os seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil como os de um herói nacional. A sua reputação perdurou até o presente. Os historiadores têm dele uma visão extremamente positiva, sendo considerado por muitos o maior brasileiro de sempre.
 

Callas nasceu há 95 anos!

 
Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano e cantora de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operáticas, à raridade e diferença do seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.
  
Biografia
Nascida Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou, Callas era filha de imigrantes gregos e, devido a dificuldades económicas, teve que regressar à Grécia com a sua mãe, em 1937. Estudou canto no Conservatório de Atenas, com a soprano coloratura Elvira de Hidalgo.
Existem diferentes versões sobre a sua estreia. Alguns situam-na em 1937, como Santuzza, numa montagem estudantil da Cavalleria Rusticana, de Mascagni; outros, na Tosca (Puccini), de 1941, na Ópera de Atenas. De todo modo, o seu primeiro papel na Itália teve lugar em 1947, na Arena de Verona, com a ópera La Gioconda, de Ponchielli, sob a direção de Tullio Serafin, que logo se tornaria seu "mentor".
Callas começou a despontar no cenário lírico em 1948, com uma interpretação bastante notável para a protagonista da ópera Norma, de Bellini, em Florença. Todavia, sua carreira só viria a projetar-se à escala mundial no ano seguinte, quando a cantora surpreendeu crítica e público ao alternar, na mesma semana, récitas de I Puritani, de Bellini, e Die Walküre, de Wagner. Ela preparara o papel de Elvira para a primeira ópera em apenas dois dias, a convite de Serafin, para substituir quem realmente faria aquele papel. Para se ter ideia do seu feito, é o mesmo que pedir para Birgit Nilsson, famosa soprano dramático para cantar Violetta em La Traviata, e como Callas não teve tempo para aprender o libretto completo, apenas a música, tanto que o ponto lhe soprou o texto.
A partir dos anos 1950, Callas começou a apresentar-se regularmente nas mais importantes casas de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala, Covent Garden e Metropolitan. São os seus anos áureos e, ao lado de sua fama como cantora internacional, também vai sua fama de temperamental, muitas vezes excessivamente por causa do seu perfecionismo. Famosa foi a sua rivalidade com Renata Tebaldi e as disputas públicas, através de declarações para jornais, que várias vezes lhe renderam a primeira página, assim como seus triunfos operáticos. Era uma figura extremamente pública e contribuiu para reacender o estrelato da ópera e dos seus intérpretes. Alguns críticos inclusive afirmam que até nas gravadoras havia uma divisão, para acirrar as disputas entre Callas e Tebaldi, e para influenciar as comparações entre gravações feitas por Tebaldi ao lado do tenor Del Monaco, e Callas ao lado de Di Stefano. A sua voz começou a apresentar sinais de declínio no final dessa década, e a cantora diminuiu consideravelmente as suas participações em montagens de óperas completas, limitando sua carreira a recitais e noites de gala e terminando por abandonar os palcos em 1965. O seu abandono deveu-se em grande parte ao desequilíbrio emocional da cantora, que ao conhecer o magnata grego Aristóteles Onassis, dedica-se integralmente ao seu amado, afirmando ter começado ali sua vida de verdade. Foi quando ela parou de ensaiar, adiou e cancelou apresentações, se tornou figura constante em noites de festa, bebendo inclusive, coisas que contribuíram para o declínio de sua voz e o fim da carreira. Em 1964, encorajada pelo cineasta italiano Franco Zefirelli, volta aos palcos em sua maior criação, Tosca, no Convent Garden, tendo como seu parceiro o amigo de longa data Tito Gobbi. Essa versão da Tosca está disponível em DVD (apenas o segundo ato) e em CD (completa) e entrou para a história do mundo operático. A sua última apresentação em uma ópera completa foi como Norma, em Paris, no ano de 1965, e, devido à sua saúde vocal debilitada, não aguentou até ao fim, desmaiando ao cair da cortina no fim da terceira parte.
No início dos anos 1970, passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School. Em 1974, entretanto, retornou aos palcos para realizar uma série de concertos pela Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente ao lado do tenor Giuseppe di Stefano. Com sucesso no público, o programa foi todavia massacrado pela crítica especializada. A voz já não era a mesma, mas o que mantinha o público firme nas apresentações era o amor. A sua atuação foi prejudicada, pois uma vez que tinha que fazer muito mais esforço para manter a afinação, a entrega à interpretação não foi tão subtil como no passado.
Cantou em público pela última vez, a 11 de novembro de 1974, no Japão.
Onassis, então casado com Mrs. Kennedy, tem sérios problemas de saúde e vem a falecer. Callas começa agora um período de isolamento e, afastada do mundo, passa a viver na Avenue Georges Mandel, em Paris, com a companhia da governanta, Bruna, e do motorista, Ferruccio. Um possível regresso é ensaiado e preparada pelo cineasta Franco Zefirelli, mas Callas não tem mais a segurança do passado, pois faltava-lhe a vontade. Tenta realmente outras funções, como professora, diretora artística, mestre de coral, mas nada a satisfazia. Não sabia sequer como deslocar um coro. Começa a impor exigências absurdas para que aconteçam as apresentações. Essa é agora sua maneira de dizer não, exigindo o impossível. Uma gravação da Traviata, com o tenor em ascensão Luciano Pavarotti é estudada, mas o projeto logo é abandonado por Maria. Amigos ainda a visitam com frequência. Giulini (maestro), o crítico John Ardoin, mas Callas ja está "morta" há muito tempo, e, em 16 de setembro de 1977, ela simplesmente deixa de existir, pouco antes de completar 54 anos, no seu apartamento em Paris, por causa de um ataque cardíaco.
As suas cinzas foram atiradas ao Mar Egeu, como era a sua vontade.
   
Vida pessoal
Maria Callas foi a mais controversa e possivelmente a mais dedicada intérprete lírica. Com uma voz de considerável alcance, Callas encantou nos teatros mundiais de maior destaque. Esta intérprete, senhora de raros dotes vocais e interpretativos, revolucionou o mundo da Ópera, trazendo-a novamente às origens. Para Maria Callas a expressão vocal era primordial, em detrimento dos exageros vocais injustificados - tudo na Ópera tem que fazer sentido visando a dar ao público algo que o mova, algo credível.
Esta foi a mais destacada e famosa cantora lírica, e fez jus à sua fama, pois interpretou várias dezenas de Óperas de diversíssimos estilos. Callas perpetuou-se em papéis como Medea, Norma, Tosca, Violetta, Lucia, Gioconda, Amina, entre outros, continuando, nestes papéis, a não existir nenhuma artista que lhe faça sombra.
Um dos aspectos que certamente contribuiu para a lenda que se formou em torno de Maria Callas diz respeito à sua conturbada vida pessoal. Dona de um temperamento forte, que parecia a correlação perfeita para a intensa carga dramática com que costumava abordar as suas personagens no palco, tornou-se famosa por indispor-se com maestros e colegas em nome de suas crenças estéticas.
Em 1958, após ter abandonado uma récita de Norma na Ópera de Roma doente, foi fortemente atacada pela imprensa italiana, que julgou que a soprano queria ofender o presidente italiano, presente na plateia. O escândalo comprometeu sua carreira na Itália e, no mesmo ano, ela entrou em disputa com Antonio Ghiringhelli, dirigente do La Scala, que não mais a queria no teatro. Somente voltou a apresentar-se no La Scala em 1960, na ópera Poliuto de Donizetti; ainda em 1958, foi sumariamente demitida do Metropolitan por Rudolf Bing, que desejava que ela alternasse apresentações de La Traviata e Macbeth, óperas de Verdi com exigências vocais muito distintas para a soprano. À exigência de Bing, Callas, numa réplica célebre, respondeu que a sua voz não era um elevador.
Em 1959, rompeu um casamento de dez anos com seu empresário, G. B. Meneghini, muito mais velho do que ela. Manteve, em seguida, uma tórrida relação com o milionário grego Aristoteles Onassis, com quem não foi feliz e que rendeu variado material para jornais tablóides sensacionalistas.
Trabalhava intensamente e em mais de uma ocasião subiu aos palcos contra a recomendação dos seus médicos. Com uma forte constipação, escapou em 2 de janeiro de 1958 da Ópera de Roma pela porta dos fundos após um primeiro ato sofrível de Norma, de Bellini, em uma récita prestigiada pelo então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, o que gerou o escândalo acima referido. Em 29 de maio de 1965, ao concluir a primeira cena do segundo ato de Norma, Callas desfaleceu e a apresentação foi interrompida. Depois disso, ela só cantaria em ópera mais uma vez, numa última apresentação de Tosca no Covent Garden de Londres, ao lado de Tito Gobbi.
Poucos sopranos podem rivalizar com Callas no que diz respeito à capacidade de despertar reações intensas entre seus admiradores e detratores. Elevada à categoria de "mito" e conhecida mesmo fora do círculo de amantes de ópera, ela criou em torno de si uma legião de entusiastas capazes de defender a todo custo os méritos da cantora. Apesar da mútua amizade, as disputas entre seus fãs e os de Renata Tebaldi tornaram-se célebres, chegando mesmo em alguns casos às vias de facto.
   
Características
Callas possuía uma voz poderosa, com uma amplitude fora do comum. Isto permitia à cantora abordar papéis desde o alcance de uma mezzo-soprano até o de uma soprano coloratura. Com domínio perfeito das técnicas do canto lírico, possuía um repertório incrivelmente versátil, que incluía obras do bel canto (Lucia di Lammermoor, Anna Bolena, Norma), de Verdi (Un ballo in maschera, Macbeth, (La Traviata) e do verismo italiano (Tosca), e até mesmo Wagner (Tristan und Isolde, Die Walküre).
Apesar destas características, Callas entrou para a história da ópera por suas inigualáveis habilidades cénicas. Levando à perfeição a habilidade de alterar a "cor" da voz com o objetivo de expressar emoções, e explorando cada oportunidade de representar no palco as minúcias psicológicas de suas personagens, Callas mostrou que era possível imprimir dramatismo mesmo em papéis que exigiam grande virtuosismo vocal por parte do intérprete - o que usualmente significava, entre as grandes divas da época, privilegiar o canto em detrimento da cena.
Muitos consideram que seu estilo de interpretação imprimiu uma revolução sem precedentes na ópera. Segundo este ponto de vista, Callas seria tributária da importância que assumiram contemporaneamente os aspectos cénicos das montagens. Em particular, é claramente perceptível desde a segunda metade do século XX uma tendência entre os cantores em favor da valorização de sua formação dramática e de sua figura cénica - que se traduz, por exemplo, na constante preocupação em manter a forma física. Em última análise, esta tendência foi responsável pelo surgimento de toda uma geração de sopranos que, graças às suas habilidades de palco, poderiam ser considerados legítimos herdeiros de Callas, tais como Joan Sutherland ou Renata Scotto.
  
 

Nelly Furtado faz hoje quarenta anos!

Nelly Kim Furtado (Victoria, 2 de dezembro de 1978) é uma cantora, compositora e atriz luso-canadiana, filha de emigrantes portugueses, mais propriamente da freguesia de Ponta Garça, em São Miguel, nos Açores.
Entre as suas canções mais bem-sucedidas estão os seus primeiros singles, "I'm Like a Bird" (pelo qual ganhou um Grammy) e "Turn Off The Light", Promiscuous e Say It Right além de All Good Things (Come to an End) e Give It To Me.
    

Nate Mendel, baixista dos Foo Fighters, faz hoje cinquenta anos

Nate Mendel (Richland, Washington, 2 de dezembro de 1968) é um músico dos Estados Unidos da América, conhecido por tocar baixo na banda de rock alternativo americana Foo Fighters. Também é conhecido por ser o baixista da banda Sunny Day Real Estate.
Vida
Nate tem um filho, Noah, de uma antiga namorada e estudou na Hanford Jr./Sr. High School, em Richland, no estado de Washington. Ele era um skater ávido, bem como piloto de BMX no estado de Washington. Ele também contribui regularmente para o blog oficial dos Foo Fighters.
  
 

Christopher Wolstenholme, baixista da banda Muse, faz hoje quarenta anos

Christopher Tony Wolstenholme (Rotherham, 2 de dezembro de 1978) é um músico da Inglaterra e atual baixista da banda Muse. Após passar a infância em Rotherham, a família resolveu mudar para Teignmouth, Devon, em 1989. Enquanto viveu em Teignmouth, ele tocou bateria numa banda de garagem, e só depois mais tarde tocou noutra, com Matthew Bellamy e Dominic Howard, os seus futuros colegas de carreira.
No princípio tocava bateria, mas depois decidiu trocar a percussão para virar baixista da banda, que nessa altura se chamava The Rocket Baby Dolls (que mais tarde se renomearam de Muse). Mesmo nunca tendo tocado baixo, Chris Wolstenholme é agora olhado como baixista de topo na indústria musical, sendo recentemente elogiado por Paul McCartney, pela performance bombástica no Festival de Glastonbury, em 2004. Ele vive, hoje, em Teignmouth, com a mulher e os seus seis filhos. Chris partiu o pulso numa partida de futebol americano em 2004, com Didz Hammond dos The Cooper Temple Clause, e no show seguinte Morgan Nicholls tocou baixo no seu lugar. Chris ocupou-se a tocar algumas partes no teclado, fazer a segunda voz e jogar balões de água no público.
Em julho de 2012, Chris concedeu uma entrevista para a revista NME onde ele falou sobre as canções "Liquid State" e "Save Me", que estão no sexto álbum da banda, The 2nd Law. Estas duas músicas foram compostas e são cantadas por ele. Wolstenholme disse que escreveu estas canções logo após deixar o álcool. Segundo ele, “a canção "Liquid State" fala sobre a pessoa que você se torna quando você está embriagado e sobre a luta interna dentro de si mesmo e como isso te afeta. Já "Save Me" é sobre família, esposa e filhos, que apesar de tudo que eu fiz eles passarem, no fim, eles sempre estão contigo e ajudam-te a superar”.
Wolstenholme tem um doutoramento honoris causa de Artes da Universidade de Plymouth.

Daniela Ruah faz hoje 35 anos

Daniela Sofia Korn Ruah (Boston, Massachusetts, 2 de dezembro de 1983), é uma actriz luso-americana.
Vida
Nascida nos Estados Unidos no seio de uma família judaica, filha do médico Moisés Carlos Bentes Ruah (nascido a 18 de julho de 1955), primo em segundo grau de Fernando Ulrich, e de sua primeira mulher Catarina Lia Azancot Korn (nascida a 22 de agosto de 1958), a sua familia mudou-se para Portugal quando ela tinha 5 anos onde passou a viver em Carcavelos, estudou num colégio inglês, na St. Julian´s School, em Cascais. A sua carreira teve início aos 16 anos, no papel de Sara na telenovela Jardins Proibidos, ao mesmo tempo que prosseguia os seus estudos no ensino secundário.
Aos 18 anos de idade, Daniela Ruah partiu para Londres, no Reino Unido, dando início ao seu bacharelato em Artes do Palco na London Metropolitan University.
Regressa a Portugal com o objectivo de desenvolver a sua carreira profissional, destacando-se em papéis de relevo na televisão, cinema e teatro.
Participou no programa da RTP Dança Comigo, versão portuguesa de Dancing with the Stars da ABC (Estados Unidos), tendo sido a vencedora da 1ª temporada.
Em 2007 foi para Nova Iorque com o intuito de estudar e começar uma carreira internacional.
Estudou no Lee Strasberg Theatre and Film Institute de Nova Iorque, continuando a sua carreira.
Como primeiro trabalho nos Estados Unidos, Daniela Ruah participou no spin-off de NCIS e acompanha a nova série NCIS: Los Angeles como uma das co-protagonistas.
Outros aspetos
Foi apresentadora da revista de cinema da rede portuguesa TVI "Cinebox" e é a única filha do Dr. Moisés Carlos Bentes Ruah, médico, chefe ex-residente de Otorrinolaringologia do Hospital da Universidade de Boston, em Boston, Massachusetts, e da sua esposa Catarina Lia (Katia) Azancot Korn. Ela é quase inteiramente de origem judaica, essencialmente sefarditas e alguns asquenazitas, com excepção de uma trisavó, que era espanhola.
Vencedora do "Dança Comigo" (2006) - 1 ª temporada (versão em Português do "Dancing with the Stars" (2005 / I)).
Frequentou a escola de teatro em Londres, sendo colega do actor Simon Phillips.
Tem desempenhado a mesma personagem, "Kensi Blye", em três diferentes séries: "NCIS: Investigação Criminal" (2003), "Investigação Criminal Los Angeles" (2009), e "Hawaii Five-0" (2010).
Foi nomeada para os Teen Choice Awards em 2010, na categoria de Melhor Actriz numa série de televisão de acção, pelo seu trabalho em “NCIS: LA”, porém não levou a estatueta para casa.
Foi eleita uma das 100 mulheres mais sexys do mundo, pela revista norte-americana Esquire.

Pablo Escobar morreu há 25 anos

Pablo Emilio Escobar Gaviria (Rionegro, 1 de dezembro de 1949Medellín, 2 de dezembro de 1993) conquistou fama mundial como o senhor da drogacolombiano, tornando-se um dos homens mais ricos do mundo graças ao tráfico de cocaína nos Estados Unidos e outros países. Membros dos governos norte-americano e colombiano, repórteres de jornais e o público em geral consideram-no o mais brutal, impiedoso, ambicioso e poderoso traficante da história.
 
Vida
Escobar começou o que viria a ser uma das mais bem-sucedidas carreiras criminosas da história na adolescência como ladrão de carros na cidade de Medellín, Colômbia. Ele entrou no negócio da cocaína e começou a construir seu poderoso império das drogas na década de 1970. Durante os anos mais prósperos, ele chegou a lucrar cerca de um milhão de dólares por dia dos seus revendedores.
Na década de 1980, Escobar tornou-se conhecido internacionalmente e sua rede de distribuição de drogas ganhou notoriedade. Dizem que o Cartel de Medellín era responsável pela maior parte das drogas que entravam no México, Porto Rico e República Dominicana, com cocaína comprada principalmente do Peru e da Bolívia, já que a cocaína colombiana era de qualidade inferior. O produto de Escobar chegou a muitos outros países, principalmente nas Américas, embora há quem diga que ele conseguiu chegar até mesmo à Ásia.
Escobar subornou incontáveis membros de governos, juízes e outros políticos, e muitas vezes executou pessoalmente subordinados desobedientes. Corrupção e intimidação foram características predominantes do modo de agir de Escobar. Ele tinha uma estratégia inescapável conhecida como plata o plomo, (em língua portuguesa, "dinheiro ou chumbo"), que significava que ou a pessoa aceitava o seu dinheiro ou seria assassinado (o chumbo referia-se às balas). Escobar foi o responsável pela morte de três candidatos à presidência da Colômbia, pela explosão do voo Avianca 203 e do prédio de segurança de Bogotá em 1989. Alguns analistas acreditam que ele estava por trás do incidente no Supremo Tribunal Colombiano em 1985 que resultou no assassinato de metade dos juízes do Supremo Tribunal por guerrilhas de esquerda. O Cartel de Medellín também esteve envolvido numa sangrenta guerra pelo controle do tráfico com o Cartel de Cali durante quase toda a sua existência. Pablo mandava cartas para suas vítimas, convidando-as para seus respectivos enterros, e seus executores matavam-nos precisamente na data marcada para o funeral.
No auge de seu império, a revista Forbes estimou que Pablo Escobar seria o sétimo homem mais rico do mundo, com o seu Cartel de Medellín controlando 80% do mercado mundial de cocaína. A sua organização tinha aviões, lanchas e veículos caros. Vastas propriedades e terras eram controladas por Escobar durante esse período, onde ele ganhava uma soma de dinheiro quase incalculável. Estima-se que o Cartel de Medellín chegou a lucrar cerca de 30 mil milhões de dólares por ano.
Enquanto era considerado um inimigo dos governos dos Estados Unidos e da Colômbia, Escobar era um herói para muitos em Medellín. Ele tinha bons relacionamentos e trabalhou para melhorar as condições de vida da população pobre da cidade. Fã de desportos, é-lhe creditada a ele a construção de estádios de futebol e o financiamento de equipas na cidade. Escobar sempre se esforçou para cultivar uma imagem de Robin Hood e frequentemente distribuía dinheiro aos pobres. A população de Medellín costumava ajudar Escobar, escondendo informações das autoridades ou fazendo o que quer que fosse para protegê-lo.
Em 1992, Escobar voltou-se para o governo colombiano, para evitar sua extradição para os Estados Unidos ou seu assassinato pelo cartel rival. Escobar foi "preso" na sua luxuosa prisão particular, La Catedral, que ele próprio construiu. Ele negociou um acordo com o governo colombiano onde ele seria preso por uma sentença de cinco anos e a garantia de sua não-extradição para os Estados Unidos. Entretanto, a sua "prisão" parecia muito mais um clube particular ultra-seguro, e ele não se importou muito com sua sentença, sendo visto várias vezes fora da prisão: fazendo compras em Medellín, em festas, jogos de futebol e outros lugares públicos. Após a divulgação de fotos dos seus passeios e de acusações de que ele teria matado muitos dos seus parceiros de negócios quando eles iam visitá-lo em La Catedral, a opinião pública forçou o governo a agir. Quando um oficial do governo tentou transferir Escobar para uma outra prisão, em 22 de julho de 1992, ele fugiu, com medo de ser extraditado para os Estados Unidos.
 
Os membros da equipa do Coronel Hugo Martinez a comemorar sobre o corpo de Pablo Escobar
 
Captura e morte
A guerra contra Pablo Escobar acabou a 2 de dezembro de 1993, no meio a mais uma tentativa de iludir o Bloco de Busca, a unidade operações especiais da Polícia Nacional da Colômbia. Usando a tecnologia de triangulação de rádio, uma equipa colombiana de vigilância electrónica, conduzida pelo brigadeiro Hugo Martínez, encontrou-o escondido num bairro de classe média em Medellín. Com as autoridades cercando-o, um tiroteio com Escobar e os seu guarda-costas, Álvaro de Jesús Agudelo (conhecido como "El Limón"), foi o que se seguiu. Os dois tentaram fugir correndo pelos telhados de casas adjacentes para chegar a uma rua atrás, mas ambos foram baleados e mortos pelas forças policiais colombianas.
Escobar foi atingido por dois tiros na perna, no dorso e por um tiro fatal através da orelha. Nunca foi provado quem realmente disparou o tiro fatal na cabeça de Escobar ou determinado se este tiro foi feito durante a troca de tiros ou como parte de uma possível execução, sendo que ainda há uma grande especulação sobre o assunto. Alguns dos membros da família do traficante acreditam que Escobar poderia ter cometido suicídio. Os seus dois irmãos, Roberto Escobar e Fernando Sánchez Arellano, acreditam que ele atirou em si mesmo: "Ele cometeu suicídio, não foi morto. Durante todos os anos que fui atrás dele, ele dizia todos os dias que se realmente ficasse encurralado, sem uma saída, iria atirar em si mesmo através dos ouvidos."
Após a morte de Escobar e a fragmentação do Cartel de Medellín, o mercado de cocaína logo foi dominado pela rival Cartel de Cali até meados dos anos 90, quando os seus líderes também foram mortos ou capturados pelo governo colombiano. A imagem de Robin Hood que Escobar havia cultivado continuou a ter influência duradoura na cidade de Medellín. Parte da população, especialmente os mais pobres, foi auxiliada por ele enquanto estava vivo e lamentou a sua morte. Cerca de 25 mil pessoas estiveram presentes no seu enterro.

sábado, dezembro 01, 2018

Jaco Pastorius nasceu há 67 anos

Jaco Pastorius de nome próprio John Francis Anthony Pastorius III (Norristown, Pensilvânia, 1 de dezembro de 1951 - Fort Lauderdale, Flórida, 21 de setembro de 1987), foi um baixista de jazz norte-americano. É considerado por muitos como um dos mais influentes baixistas de todos os tempos.
  
(...)
  
Na metade da década de 80, Pastorius começou a apresentar problemas mentais, e sintomas do chamado distúrbio bipolar, síndrome de pânico e depressão, relacionada com o uso excessivo de drogas e álcool. Esse distúrbio tornou-o mundialmente famoso por seu comportamento exagerado e excêntrico, para não dizer bizarro. Certa vez, quando se apresentavam em Tóquio, foi visto completamente nu e aos gritos sobre uma moto em alta velocidade. As suas performances como instrumentista também mudaram,  o seu gosto pelo excêntrico e pelas dissonâncias tornou-se exagerado e de certa forma incompreensível. Jaco passa a tocar em clubes de jazz em Nova York e na Flórida, tendo caído no conceito popular e transformado-se na "ovelha negra" do meio jazzístico da época.
O trágico fim de John Francis Anthony Pastorius III inicia-se a 11 de setembro de 1987. Após um show de Carlos Santana, dirigiu-se ao Midnight Bottle Club, em Wilton Manors, no estado da Flórida. Após ter um comportamento exibicionista e arrogante, entra numa luta com um segurança do clube, chamado Luc Havan. Como resultado desta, sofre traumatismo craniano e entra em coma durante dez dias. Depois que os aparelhos foram desligados, o seu coração ainda bateu três horas. A morte do mais ilustre baixista de todos os tempos foi a 21 de setembro de 1987, faltando 10 semanas para completar 36 anos. Foi enterrado no cemitério Queen of Heaven, em North Lauderdale.
Uma das maiores homenagens que lhe foram prestadas foi feita pelo trompetista Miles Davis, que gravou a música Mr. Pastorius, composição do baixista Marcus Miller, lançada no álbum Amandla.
   

A cantora Janelle Monáe faz hoje 33 anos

Janelle Monáe Robinson (Kansas City, Kansas, December 1, 1985), known as Janelle Monáe, is an American R&B and soul musician, composer and record producer signed to Wondaland Art Society, Bad Boy Records and Atlantic Records. After making a mark with her first unofficial EP, The Audition, Monáe debuted with a conceptual EP, Metropolis: Suite I (The Chase). The EP had a modest commercial impact, peaking at No. 115 on the Billboard charts in the United States.
In 2010, Janelle Monáe released her debut studio album, The ArchAndroid, a concept album sequel to her first EP; it was released by Bad Boy Records. This album received acclaim from critics and garnered a nomination for Best Contemporary R&B Album at the 53rd Grammy Awards. The song "Tightrope" was also nominated for Best Urban/Alternative Performance at the same ceremony. This album was also more successful commercially, officially reaching the number 17 spot on the Billboard Charts.
Her success has also garnered her six Grammy nominations. In March 2012, "We Are Young", the song by the band fun. on which Monáe makes a guest appearance, reached number 1 on the Billboard Hot 100 chart, her first appearance in the US Top 10. In August 2012, Monáe was chosen as the newest addition to the CoverGirl spokeswomen lineup. On September 10, 2013, Monáe released her second studio album, The Electric Lady, to critical acclaim. Boston City Council named October 16, 2013 "Janelle Monae Day" in the city of Boston in recognition of her artistry and social leadership.
 
  

David Ben-Gurion morreu há 45 anos

David Ben-Gurion (Płońsk, 16 de outubro de 1886 - Tel HaShomer, 1 de dezembro de 1973), judeu polaco, foi o primeiro chefe de governo de Israel. Ben-Gurion foi um líder do movimento do Sionismo socialista e um dos fundadores do Partido Trabalhista (Miflêguet Haavodá), que esteve no poder em Israel ao longo das primeiras três décadas da existência do Estado.
  
Início de vida
Ben-Gurion nasceu com o nome de David Grün na Polónia, que era então parte do Império Russo. O seu pai, Avigdor Grün, foi um advogado e um líder no movimento Hovevei Zion. A sua mãe, Scheindel, morreu quando tinha 11 anos. Quando estudava na Universidade de Varsóvia, ingressou no movimento marxista Poale Zion, em 1904. Foi preso duas vezes durante a Revolução Russa de 1905. Chocado pelos pogrons e o anti-semitismo exacerbado que atormentava a vida judaica no Leste Europeu, tornou-se um apaixonado sionista e socialista e imigrou para a Palestina em 1906, à época sob o controle do Império Otomano. Ali tornou-se um importante líder da Poale Zion juntamente com Yitzhak Ben-Zvi.
Na Palestina, trabalhou pela primeira vez na agricultura, na colheita de laranja. Em 1909, passou a participar da Hashomer, uma força de voluntários que ajudavam a proteger as comunidades judaicas agrícolas isoladas. Em 7 de novembro de 1911, Ben Gurion chegou a Tessalónica, a fim de aprender turco para os seus estudos de Direito. A cidade, que tinha uma grande comunidade judaica, impressionou Ben Gurion, que a chamou de "uma cidade judaica sem igual no mundo". Também percebeu ali que "os judeus eram capazes de todos os tipos de trabalho", desde ricos empresários a comerciantes, artesãos e porteiros.
Também trabalhou como jornalista, adotando o nome hebraico Ben-Gurion, quando iniciou a sua carreira política. Em 1915 ele foi expulso da Palestina, então sob o domínio do Império Otomano, devido às suas atividades políticas.
Passando a viver em Nova Iorque em 1915, conheceu a sua futura mulher, Paula Munweis, nascida na Rússia. Casaram-se em 1917 e tiveram três filhos. Após a Primeira Guerra Mundial, a família regressou à Palestina, então sob controle da Grã-Bretanha.
    
Liderança sionista
Ben-Gurion foi um dos líderes políticos do movimento do Sionismo Trabalhista durante os quinze anos anteriores à criação do Estado de Israel, em que o Sionismo Trabalhista se havia tornado a tendência dominante dentro da Organização Sionista Mundial.
Ele combinou o idealismo com um sentido prático oportunista.
Em 1938, num encontro com sionistas trabalhistas da Grã-Bretanha, Ben-Gurion afirmou:"Se eu soubesse que seria possível salvar todas as crianças da Alemanha ao trazê-las para a Inglaterra ou apenas metade ao transportá-las para a Terra de Israel, então eu optaria pela segunda alternativa. Pois temos que tomar em consideração não apenas as vidas destas crianças mas também a história do povo de Israel."
Ben-Gurion encorajou os judeus a associarem-se ao exército britânico e ao mesmo tempo ajudou a orquestrar a imigração ilegal de milhares de refugiados judeus europeus para a Palestina, no período em que os britânicos tentavam bloquear a imigração judaica para a Palestina.
Ele é também considerado o arquiteto da Yishuv, que criou um estado judaico dentro do estado e da Haganá, a força paramilitar do movimento trabalhista sionista, que facilitava a imigração clandestina, defendia os kibbutzs e outros aglomerados judaicos contra os ataques árabes, além de promover ataques a tropas inglesas e a civis árabes. O Haganá foi a espinha dorsal da agência secreta israelita Mossad e das futuras Forças de Defesa de Israel.
A incapacidade inglesa em fazer frente aos ataques terroristas de grupos judeus, fator somado à liderança política e paramilitar de Ben Gurion, forçou os britânicos a conceder aos judeus um estado na Palestina, ao terminarem o Mandato da Liga das Nações, com base na Resolução 181 das Nações Unidas, referente ao Plano de Partição do território, para constituição de um estado judeu e um estado árabe.
Durante o período pré-estado na Palestina, Ben-Gurion foi um dos principais representantes políticos judaicos e tornou-se conhecido como um moderado. Os britânicos negociavam frequentemente com o Haganá por vezes para mandar prender grupos mais radicais envolvidos na resistência contra os britânicos.
Ben-Gurion era um forte oponente do movimento do Sionismo Revisionista, liderado por Zeev Jabotinsky e o seu sucessor, Menachem Begin.
Ele também esteve envolvido em casos de violência ocasional da resistência durante o curto período de tempo em que a sua organização cooperou com o Irgun de Menachem Begin. No entanto, durante as primeiras semanas da independência de Israel, decidiu desmantelar todos os grupos de resistência e substituí-los por um exército oficial. Com esse propósito, Ben-Gurion deu a ordem de abrir fogo e afundar um navio chamado Altalena, que transportava munição para o grupo de resistência Irgun (também chamado de Etzel ). Esta ordem permanece controversa até hoje.
  
Primeiro ministro
Ben-Gurion foi o líder de Israel durante a Guerra da Independência de Israel e tornou-se primeiro-ministro de Israel a 25 de janeiro de 1948, um cargo que ocuparia até 1963, com a interrupção de 1953 - 1955.
Em 1953, Ben-Gurion anunciou a sua intenção de se retirar do governo e instalar-se no Kibbutz Sde-Boker, no deserto do Negev. Não deixando inteiramente os seus afazeres governamentais, ele residiu ali em 1954.
De regresso ao governo, Ben Gurion colaborou com os britânicos e os franceses no plano da Guerra do Sinai de 1956, durante a qual Israel atacou a Península do Sinai em retaliação pelos raides do Egito, dando desta forma um pretexto às forças britânicas e francesas para intervir e assegurar o controle do Canal do Suez após o presidente do Egipto Gamal Abdel Nasser ter anunciado a sua nacionalização. A intervenção dos Estados Unidos e das Nações Unidas forçou britânicos, franceses e israelitas a retirar-se.
   

Hoje é 1 de Dezembro - viva a Restauração e a Liberdade!

(imagem daqui)

Liberté

Sur mes cahiers d’écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable de neige
J’écris ton nom

Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J’écris ton nom

Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J’écris ton nom

Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l’écho de mon enfance
J’écris ton nom

Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J’écris ton nom

Sur tous mes chiffons d’azur
Sur l’étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J’écris ton nom

Sur les champs sur l’horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J’écris ton nom

Sur chaque bouffées d’aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J’écris ton nom

Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l’orage
Sur la pluie épaisse et fade
J’écris ton nom

Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J’écris ton nom

Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J’écris ton nom

Sur la lampe qui s’allume
Sur la lampe qui s’éteint
Sur mes raisons réunies
J’écris ton nom

Sur le fruit coupé en deux
Du miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J’écris ton nom

Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J’écris ton nom

Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J’écris ton nom

Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J’écris ton nom

Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attendries
Bien au-dessus du silence
J’écris ton nom

Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J’écris ton nom

Sur l’absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J’écris ton nom

Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l’espoir sans souvenir
J’écris ton nom

Et par le pouvoir d’un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer

Liberté

in
Poésies et vérités (1942) - Paul Eluard