quinta-feira, março 01, 2012

Kesha faz hoje 25 anos

Kesha Rose Sebert (Los Angeles, 1 de março de 1987), mais conhecida pelo nome artístico Kesha (estilizado Ke$ha) é uma cantora e compositora pop dos Estados Unidos. Começou sua carreira em 2005 como backing vocal, e em 2009 fechou contrato com a RCA Records.

Ke$ha nasceu em Los Angeles, California, mas viveu em Nashville, Tennessee, até os 18 anos, quando voltou a sua cidade natal, onde reside atualmente. A cantora, é filha de Pebe Sebert, uma cantora de punk rock do anos 70, e tem 2 irmãos, o mais velho Lagan Sebert e o mais novo Louie Sebert. Pebe levou a família para Nashville, Tennessee, em 1991, depois de garantir um acordo de publicação de suas novas composições.
Ela assinou um contrato com a RCA Records/Sony BMG no final de 2008.
Aos dezoito anos, Kesha assinou com Luke's, gravadora e companhia de publicidade da música. Seis meses depois de organizar Paris Hilton em sua casa, Luke's deu a Kesha a oportunidade de cantar vocais de fundo para o single de Hilton, "Nothing In This World". Em 2006, assinou com a empresa Kesha David Sonenberg de gestão, DAS Communications Inc., pouco interagindo com Luke's depois disso. DAS foi incumbida de obter um negócio, no período de um ano em troca de 20 por cento de sua renda a música, com ela tendo a opção de terminar o relacionamento se eles falharam. Ela co-escreveu um single de The Veronicas, "This Love" com Toby Gad. Ke$ha está realizando sua entrada no cenário musical há bastante tempo: teve músicas na trilha de programas como My Super Sweet 16 e The Hills, co-escreveu a canção "This Love" para as The Veronicas, fez backing vocal para Britney Spears e Paris Hilton, aparece no videoclipe da música "I Kissed a Girl" da cantora Katy Perry. Sua família, que é do estado do Tennessee, hospedou as socialites Paris Hilton e Nicole Richie na 3ª temporada do reality show The Simple Life. Também escreveu a canção "The Time of Our Lives" para Miley Cyrus e "Disgusting" para Miranda Cosgrove. Os desenhos animados americanos "The Simpsons" alteraram a sua abertura para uma versão com a música "Tik Tok" no episódio de 2 de maio de 2010.

Seu álbum de estreia Animal foi lançado em 1 de janeiro de 2010 nos Países Baixos em 30 de janeiro do mesmo ano no resto do mundo. A Rolling Stone resumiu o álbum como "repugnante, nojento e ridiculamente cativante". Ao mesmo tempo o álbum estreou no número um na Billboard 200. Kesha trabalhou com uma variedade de produtores e escritores como Dr. Luke, Max Martin e outros. Kesha assinou um contrato de vários álbuns com a gravadora RCA através do Dr. Luke, depois de negociações com a Lava Records e a Atlantic Records. Tendo passado os últimos seis anos trabalhando em seu álbum de estreia, começou dando os retoques finais para o álbum com Luke e Max Martin. O álbum narra os quatro anos que passou em Los Angeles como uma batalhadora cantora e compositora. O álbum teve produção executiva por Dr. Luke, que produziu a maioria das músicas com combinações de Martin e Benny Blanco. O álbum é principalmente do género dance-pop com batidas electro e sintetizadores, marcando uma mudança no som de Dr. Luke de seu pop rock produções de assinatura, que ele atribuiu a Kesha que estava convencido de que não haja guitarras usadas na gravação. O álbum vendeu 152 mil cópias na primeira semana nos Estados Unidos. O seu álbum de estreia Animal vendeu mais de 2 milhões de cópias no mundo inteiro. Também em 2010 a cantora lançou sua primeira coletânea chamada Animal + Cannibal uma junção de seu álbum de estreia Animal e seu primeiro extended play (EP) Cannibal.
Seu primeiro single, "TiK ToK", lançado em 7 de agosto de 2009, alcançou ótimos números, sendo tocado diversas vezes em várias rádios. Esteve nove semanas na primeira posição da Billboard Hot 100, e se tornou a música de maior sucesso de Kesha até momento. A canção foi produzida por Dr. Luke e Benny Blanco e co-escrito por Blanco, Dr. Luke e Kesha. "Tik Tok" foi eleita a música do ano pela revista Billboard. A canção vendeu 12,8 milhões de cópias digitais em todo o mundo, tornando-se a melhor venda de single do ano, que vendeu 5,633 milhões de downloads nos Estados Unidos. O segundo single do álbum "Blah Blah Blah" que conta com a participação da dupla 3OH!3 estreou no top dez nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, na mesma semana que o álbum, devido ao grande número de vendas digitais.
"Your Love Is My Drug" também alcançou sucesso, fixando-se na quarta posição da Billboard Hot 100 e a primeira posição em vários países. E "Take It Off" alcançou um sucesso semelhante, alcançando o top dez de muitos países. Ke$ha também trabalhou com o grupo de eletropop 3OH!3, o cantor Taio Cruz e cantora Katy Perry durante a produção do disco.
Para dar suporte ao seu álbum de estreia Animal Ke$ha fez uma participação abrindo os shows na abertura da tournée Last Girl on Earth Tour da cantora Rihanna em 16 de abril de 2010.

Em 19 de novembro de 2010 Ke$ha lançou seu primeiro extended play (EP) Cannibal. O EP é um relançamento do seu álbum anterior, Animal. Originalmente, seria apenas um relançamento do álbum Animal, mas foi lançado tanto como EP quanto como uma edição deluxe do álbum anterior. Kesha trabalhou com vários produtores e escritores, como o Dr. Luke como produtor executivo, Benny Blanco, Ammo, Max Martin, Bangladesh e outros. O uso em excesso de Auto-Tune é uma critica semelhantes em todos os trabalhos da cantora.
O primeiro single do álbum, é a música "We R Who We R" que foi lançada no dia 25 de Outubro de 2010, a canção junto com Tik Tok ficou em primeiro lugar na parada americana Billboard Hot 100. O álbum tem quase o mesmo estilo do Animal, com músicas electro-pop e músicas muito leves, incluindo um remix de Animal, faixa-título de seu primeiro álbum. "Blow" foi lançado como segundo single em 8 de Fevereiro de 2011 e seu videoclipe em 25 de Fevereiro de 2011. Becky Bain do site "Idolator" considerou o vídeo um "lixo magnífico", e chamou o diálogo do vídeo entre Kesha e o ator James Van Der Beek, "a melhor cena de diálogo em um video em toda a história de videos musicais". Bill Lamb, de About.com escreveu que "Blow" "tem alguns dos diálogos mais engraçados palavra falada na memória recente em um clipe da música". Lamb chamou a escrita de vídeo de encantadora, "videos como este são um sinal de que Ke$ha está aqui para ficar por algum tempo. Apenas tente evitar ser encantado." Em 8 de novembro de 2010 Kesha anunciou em seu site oficial sua primeira turnê solo, para divulgar seu EP Cannibal Get Sleazy Tour vai visitar a América do Norte e Austrália.
Em 2011 Kesha escreveu a canção "Till the World Ends" para ó sétimo álbum de estúdio da cantora Britney Spears que mais tarde foi lançado como single. Também foi lançado uma versão em remix que conta com a participação da própria Kesha e da rapper Nicki Minaj.

Kesha citou músicos de uma variedade de diferentes géneros como influências musicais, incluindo Beck Hansen, Queen, Madonna, Aaron Neville, Beastie Boys, The Damned, The Velvet Underground, Talking Heads e Blondie. Ela destacou os Beastie Boys como uma grande influência, dizendo a Newsweek que ela sempre quis ser como eles e queria para fazer também "jovem, irreverente hinos". Ela também chamou seu primeiro álbum, Animal uma homenagem aos Licensed to Ill álbum dos Beastie Boys e creditado a criação do rap driven "Tik Tok" para o seu amor para o Beastie Boys na música rap. Vanity Fair descobriu que havia semelhanças entre os temas das "celebrações frathouse de festa, bebida e sexo casual" no Animal e Licensed to Ill, enquanto MTV destacou a música "Dinosaur" como sendo tão "over-the-top" como qualquer coisa de Licensed to Ill, sugerindo que Kesha tinha enchido o "bobo da corte" o papel que os Beastie Boys já haviam desocupado.
Ela tem escrito créditos em cada faixa do álbum e defendeu sua decisão de fazer música pop em entrevista, explicando que "as pessoas ficam tão pretensiosa sobre música pop, então eu sinto como eu estou lutando esta batalha. Meu recorde é honesto e divertido. É uma celebração da juventude e da vida e sair e ficar louco. Eu sou irreverente sobre a não-pretensioso e vai tomar no c* boa diversão!" Kesha disse que se considera uma "compositora em primeiro lugar", tendo também escrito para Britney Spears e Miley Cyrus. Animal é do género dance-pop, que incorpora elementos do electropop em sua produção. Ele varia de alta energia pistas de dança pop, baladas eletrónicas.
Kesha utiliza um estilo de cantar a canção-rap sobre um certo número de suas canções, ela admitiu que havia começado como uma brincadeira, principalmente em seu single de estreia "Tik Tok". The New York Times afirmou que a música representava "a completa assimilação e indolor do rapper branco do sexo feminino na música pop." O Los Angeles Times comparou o estilo vocal que a de L'Trimm e Salt-n-Pepa. Kesha tem sido criticado por usar o Auto-Tune e vocoders para distorcer sua voz em seu álbum Animal. Billboard disse que os vocais processados ​​pesadamente "[feito] é difícil dizer se [Kesha pode] realmente cantar."
As letra de Kesha são simples e baseada em suas experiências de vida e influenciado pelo estilo de contar histórias da música country. Ela pediu que os críticos não levassem suas letras a sério, como em "Tik Tok", onde ela tem sido criticada por referências de escovar os dentes com uma garrafa de uísque Jack Daniel's. Ela explicou que:
Cquote1.svg Todo mundo está muito ofendido com isso. Mas vamos lá, escovar os dentes com Jack Daniel's: que garota faz isso?, As pessoas é tipo: 'Você realmente defende escovar os dentes com bourbon?' Eu sou tipo, 'Sim, na verdade, eu faço, todos os dias, para todos. Especialmente oito anos de idade.' Quer dizer, o que você está falando? Claro que não. Venha." Cquote2.svg
'
Kesha também expressou frustração com o duplo padrão para a objetivação das mulheres na música. Assim, em canções como "Blah Blah Blah" e "Boots and Boys", ela faz questão de cantar os homens mesma forma, assim como os homens cantam sobre as mulheres.

A discografia de Kesha é composta de um álbum de estúdio, um extended play, seis singles como artista principal, bem como três singles como artista convidada. Na idade de dezoito anos, Kesha assinou com a gravadora de Dr. Luke. Para se estabelecer, ela cantou os vocais de fundo e escreveu canções para outros artistas, e enquanto trabalhava em seu álbum de estreia, acabou fazendo sua descoberta no início de 2009, com o single de Flo Rida "Right Round", que alcançou o número um.
O álbum de estreia de Kesha, Animal, lançado em janeiro de 2010, liderou as paradas canadenses, gregas e americanas, estreando em número um em sua primeira semana na Billboard 200. O álbum vendeu 152 mil cópias, das quais as vendas digitais representaram um recorde de 76% para maiores vendas digitais versus vendas físicas de um álbum número um. O álbum gerou quatro singles, sendo o single de estreia, "Tik Tok", que foi lançado em 7 de agosto de 2009. Ele alcançou o número um em onze países e recebeu certificação de platina na Austrália, Canadá, Alemanha e Nova Zelândia. Nos Estados Unidos, a canção chegou ao topo da Billboard Hot 100 durante nove semanas consecutivas, e a partir de Julho de 2010, vendeu cinco milhões de cópias. "Blah Blah Blah", "Your Love Is My Drug" e "Take It Off" foram lançados como o segundo e terceiro singles do álbum. Todas as três músicas atingiram o top dez em vários países e receberam as certificações de ouro e platina na Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.


Camilo Pessanha morreu há 86 anos

Camilo Almeida Pessanha (Coimbra, 7 de setembro de 1867 - Macau, 1 de março de 1926) foi um poeta português.
É considerado o expoente máximo do simbolismo em língua portuguesa, além de antecipador do princípio modernista da fragmentação.

Vida
Tirou o curso de direito em Coimbra. Procurador Régio em Mirandela (1892), advogado em Óbidos, em 1894, transfere-se para Macau, onde, durante três anos, foi professor de Filosofia Elementar no Liceu de Macau, deixando de leccionar por ter sido nomeado, em 1900, conservador do registro predial em Macau e depois juiz de comarca. Entre 1894 e 1915 voltou a Portugal algumas vezes, para tratamento de saúde, tendo, numa delas, sido apresentado a Fernando Pessoa que era, como Mário de Sá-Carneiro, apreciador da sua poesia.
Publicou poemas em várias revistas e jornais, mas seu único livro Clepsidra (1920), foi publicado sem a sua participação (pois se encontrava em Macau) por Ana de Castro Osório, a partir de autógrafos e recortes de jornais. Graças a essa iniciativa, os versos de Pessanha se salvaram do esquecimento. Posteriormente, o filho de Ana de Castro Osório, João de Castro Osório, ampliou a Clepsidra original, acrescentando-lhe poemas que foram encontrados. Essas edições foram publicadas em 1945, 1954 e 1969.
Apesar da pequena dimensão da sua obra, é considerado um dos poetas mais importantes da língua portuguesa. Camilo Pessanha morreu no dia 1 de março de 1926 em Macau.

Caraterísticas estéticas
Além das características simbolistas que sua obra assume, já bem conhecidas, Camilo Pessanha antecipa alguns princípios de tendências modernistas.
Camilo Pessanha buscou em Charles Baudelaire, proto-simbolista francês, o termo “Clepsidra”, que elegeu como título do seu único livro de poemas, praticando uma poética da sugestão como proposta por Mallarmé, evitando nomear um objeto direta e imediatamente.
Por outro lado, segundo o pesquisador da Universidade do Porto Luís Adriano Carlos, o seu chamado "metaforismo" entraria no mesmo rol estético do imagismo, do inteseccionismo e do surrealismo, buscando as relações analógicas entre significante e significado por intermédio da clivagem dinâmica dos dois planos. Junto de sua fragmentação sintática, que segundo a pesquisadora da Universidade do Minho Maria do Carmo Pinheiro Mendes substitui um mundo ordenado segundo leis universalmente reconhecidas por um mundo fundado sobre a ambiguidade, a transitoriedade e a fragmentação, podemos encontrar na obra de Camilo Pessanha, de acordo com os dois autores citados, duas características que costumam ser mais relacionadas à poesia moderna que ao Simbolismo mais convencional.


Canção da Partida

Ao meu coração um peso de ferro
Eu hei de prender na volta do mar.
Ao meu coração um peso de ferro... Lançá-lo ao mar.
Quem vai embarcar, que vai degredado,
As penas do amor não queira levar...
Marujos, erguei o cofre pesado, Lançai-o ao mar.
E hei de mercar um fecho de prata.
O meu coração é o cofre selado.
A sete chaves: tem dentro uma carta...
- A última, de antes do teu noivado.
A sete chaves, - a carta encantada!
E um lenço bordado... Esse hei de o levar,
Que é para o molhar na água salgada
No dia em que enfim deixar de chorar.

in
Clepsidra - Camilo Pessanha

Vergílio Ferreira morreu há 16 anos


(imagem daqui)

Vergílio António Ferreira (Melo, 28 de janeiro de 1916 - Lisboa, 1 de março de 1996) foi um escritor português.
Embora formado como professor (veja-se a referência aos professores de Manhã Submersa e Aparição), foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua actualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões.
A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romance, conto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: o Neo-realismo e o Existencialismo. Considera-se que Mudança é a obra que marca a transição entre os dois períodos.

Vergílio Ferreira nasceu em Melo, aldeia do concelho de Gouveia, na Beira Alta, a meio da tarde do dia 28 de Janeiro de 1916, filho de António Augusto Ferreira e, de Josefa Ferreira que, em 1927, emigraram para os Estados Unidos da América, em busca de melhores condições de vida. Então, o pequeno Vergílio é deixado mais os irmãos, ao cuidado de tias maternas. Esta dolorosa separação é descrita em Nitido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos dez anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.
Em 1932, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreve "Onde Tudo Foi Morrendo". Em 1944, passa a leccionar no Liceu de Bragança, publica "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreve "Vagão "J"" que, publicou em 1946; no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca que se encontrava refugiada em Portugal da guerra e, com quém Vergílio ficaria até à sua morte. Após uma passágem pelo liceu de Évora (onde escreveu o mundialmente conhecido romance Manhã Submersa, corria o ano de 1953), fixa-se como docente em Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.
Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e, Vergílio Ferreira intrepreta um dos principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como: Eunice Muñoz, Canto e Castro, Jacinto Ramos e Carlos Wallenstein. Vergílio morreu no dia 1 de março de 1996, em sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, sua terra-natal e, a seu pedido, o caixão fora enterrado na ala do cemitério com vista para a Serra da Estrela.


Yitzhak Rabin nasceu há 90 anos


Quinto primeiro-ministro de Israel, no cargo entre 1974 e 1977, regressou ao cargo em 1992, exercendo funções até 1995, ano em que foi assassinado. Foi também o primeiro chefe de governo a ter nascido no território que se tornaria Israel e o segundo a morrer durante o exercício do cargo.

Judeu, filho de pai nascido nos Estados Unidos e mãe nascida na Rússia, ambos imigrados para a então Palestina, Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém mas quando tinha um ano de idade a sua família mudou-se para Tel-Aviv, onde cresceu e frequentou a escola.
Em 1941, já formado pela Escola de Agricultura Kadoorie, ingressa na Haganá, uma organização paramilitar judaica, e dentro desta no seu corpo de elite, o Palmach, onde foi oficial de operações. Durante a Guerra de Independência (1948-1949) comandou a brigada Harel que conquistou a parte Ocidental de Jerusalém. Com o cessar fogo de 1949, foi membro da delegação israelita nas negociações de paz com o Egipto.
Em 1948 contraiu matrimónio com Lea Schlossberg, sua esposa durante os seguintes 47 anos. O casal teve dois filhos, Dalia (Pelossof-Rabin) e Yuval.
Entre 1964 e 1968 exerceu as funções de Chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tendo sido um dos responsáveis pela vitória de Israel na guerra de 1967, que o opôs o país aos seus vizinhos árabes.
Após se aposentar das Forças de Defesa de Israel, tornou-se embaixador nos Estados Unidos entre os anos de 1968 e 1973. Nesse ano regressa a Israel, onde é eleito deputado no Knesset (Parlamento), pelo Partido Trabalhista.
Foi Ministro do Trabalho no governo de Golda Meir. Com a queda do governo de Meir, em 1974, Rabin é eleito primeiro-ministro, mas demite-se em 1977.
Entre 1985 e 1990 é membro dos governos de unidade nacional, onde desempenhou as funções de Ministro da Defesa, tendo implementado a retirada das forças israelitas do sul do Líbano. Apanhado desprevenido pela Intifada de dezembro de 1987, tenta, sem sucesso, reprimir o levantamento dos palestinianos ordenando que os soldados quebrem os ossos dos manifestantes. Na ocasião, recebeu o pejorativo apelido de "quebra-ossos".
Em 1992 foi eleito líder do Partido Trabalhista, que conduz à vitória nas eleições legislativas de julho desse ano, tornando-se primeiro-ministro pela segunda vez. Desempenhou um importante papel nos Acordo de Paz de Oslo, que criaram uma Autoridade Nacional Palestiniana com algumas funções de controle sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Em outubro de 1994 assinou o tratado de paz com a Jordânia.
Foi galardoado com o Nobel da Paz em 1994 pelos seus esforços a favor da paz no Oriente Médio, honra que partilhou com o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, Shimon Peres, e com o então líder da OLP, Yasser Arafat.
No dia 4 de novembro de 1995 foi assassinado pelo estudante judeu ortodoxo Yigal Amir, militante de extrema-direita que se opunha às negociações com os palestinianos, quando participava num comício pela paz na Praça dos Reis (hoje Praça Yitzhak Rabin) em Tel Aviv. A sua viúva faleceu em 2000 de cancro no pulmão. O túmulo do casal encontra-se no cemitério do Monte Herzl, Jerusalém em Israel.


Eurico da Fonseca nasceu há 91 anos

(imagem daqui

Eurico Sidónio Gouveia Xavier Lopes da Fonseca (Lisboa, 1 de março de 1921 - Almada, 4 de dezembro de 2000) foi o principal especialista português em astronáutica. Estendeu o seu trabalho a outras áreas, como informática, energias renováveis e automóveis.

Biografia
Praticamente autodidacta, seria nomeado investigador por decreto-lei, equiparado-se a professor catedrático. Tornou-se conhecido do grande público através da televisão e dos jornais. Nos anos 60, conseguiu grande projecção nos meios científicos norte-americanos.
Diplomou-se em engenharia mecânica e tecnologia de automóveis pela Escola Industrial Marquês de Pombal, em 1939.
Dirigiu desde 1958 o já extinto Centro de Estudos Astronáuticos, pertencente logisticamente à Mocidade Portuguesa, mas independente desta, e foi desenhador-chefe da Escola Naval do Ministério da Marinha até 1962.
Tornou-se delegado oficial de Portugal aos congressos promovidos pela Federação Internacional de Astronáutica, onde apresentou projectos da sua autoria. Dois deles intitulam-se "The Dynamic Limitation of the Freedom of the Space – A Limitação Dinâmica da Liberdade do Espaço Cósmico" (Londres, 1959) e "The Utilization of Artificial Planetoids in Interplanetary Flight – A Utilização de Planetóides Artificiais no Voo Interplanetário"(Estocolmo, 1960).
Na sequência desta última comunicação, Eurico da Fonseca expôs o "The Boomerang Project — O Projecto Bumerangue", em Tóquio, num simpósio da Japan Rocket Society. A ideia foi, posteriormente, discutida com o engenheiro da NASA John C. Houbolt (responsável pela concepção do primeiro módulo lunar), no Centro de Investigação Langley, em Hampton, Virgínia, EUA, em Novembro de 1961.
A convite do Governo americano, participou no "Spaceflight Report to the Nation", em Nova Iorque (1961). Nesta ocasião ficou a conhecer a indústria norte-americana da astronáutica e visitou as instalações da NASA, tornando-se a primeira pessoa não norte-americana a ter esse privilégio.
Conheceu os principais dirigentes do Programa Apollo, contactando com os problemas que surgiram durante a fase inicial do mesmo.
Foi convidado a participar na Conferência sobre Naves Tripuladas em 17 de Janeiro de 1963, organizada em Los Angeles pela American Astronautical Association – sob a presidência de Maxwell Hunter, responsável pelo programa Mercury e então vice-presidente do USA National Aeronautics and Space Council.
Foi autor do vocabulário oficial de Astronáutica em português, elaborado em 1960 em colaboração com a Academia de Ciências de Lisboa, o Centro de Estudos Filológicos do Instituto para a Alta Cultura, a Federação Internacional de Astronáutica e a Sociedade Interplanetária Brasileira.
Assumiu as funções de investigador do Centro de Estudos Especiais da Armada de 1962 a 1984, ano em que se reformou.
Lecionou sobre Cultura Actual na Universidade Nova de Lisboa. Obteve o prémio Einstein pelo melhor trabalho na imprensa portuguesa sobre ciência e tecnologia, em 1985.

Media
Notabilizou-se como comentador de assuntos científicos. Na rádio, acompanhou em directo na Emissora Nacional a descida do primeiro homem na Lua em 1969 e comentou os voos espaciais norte-americanos e soviéticos.
Na televisão, foi o apresentador e autor do programa 5ª Dimensão, da RTP, e comentador de ciência do programa Ponto por Ponto, de Raúl Durão, até Outubro de 1995.
Nos jornais, colaborou, entre outros, com O Volante, em 1939, Diário Popular, nos anos 50, e A Capital, onde foi responsável pelo suplemento História do Automóvel e a secção Computadores.
Foi autor da série de ficção científica O Segredo de Marte, emitida nos meados dos anos 80, e reposta em 1993, na RDP.
Traduziu cerca de 260 livros de ficção-científica desde a década de 1960 para a editora Livros do Brasil, da colecção Argonauta, da qual foi director até 1995.

Chopin nasceu há 202 anos

Frédéric François Chopin, também chamado Fryderyk Franciszek Chopin (Żelazowa Wola, 1 de Março de 1810 - Paris, 17 de Outubro de 1849) foi um pianista polaco e compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história. Sua técnica refinada e sua elaboração harmónica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros génios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.

Fryderyk Franciszek Chopin ou Szopen (nome em polaco) em francês Frédéric François Chopin nasceu na aldeia de Żelazowa Wola, Ducado de Varsóvia, filho de mãe polaca e pai francês-expatriado. Aclamado em sua terra natal como uma criança prodígio, aos vinte anos Chopin deixou a Polónia para sempre. Em Paris, fez carreira como intérprete, professor e compositor, e adotou a versão francesa dada a seus nomes, Frédéric-François. De 1837 a 1847 teve uma relação turbulenta com a escritora francesa George Sand (pseudónimo de Amantine Aurore Lucile Dupin). Sempre com a saúde frágil, morreu em Paris aos 39 anos, vítima de tuberculose.
Toda a obra existente de Chopin inclui o piano assumindo algum papel (predominantemente como um instrumento solo), e suas composições são amplamente consideradas como repertório essencial para este instrumento. Na maioria das vezes sua música é tecnicamente exigente, mas seu estilo, no geral, enfatiza mais a dança e a profundidade expressiva do que o virtuosismo técnico.
Ele inovou com novas formas musicais, como a balada, e introduziu significantes inovações nas formas existentes, como a piano sonata, a valsa, o noturno, o estudo, o improviso e o prelúdio. Alguns citam suas obras como "os principais pilares" do romantismo na música erudita do século XIX. Além disso, Chopin mostrou-se nacionalista mesclando sua música com elementos eslavos; hoje suas mazurcas e polonesas são fundamentais para a música clássica nacional polaca.




Botticelli nasceu há 567 anos

Provável autorretrato de Botticelli, na Adoração dos Magos (Uffizi, Florença)

Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, dito Sandro Botticelli (Florença, 1 de março de 144517 de maio de 1510), foi um célebre pintor italiano da Escola Florentina do Renascimento. Igualmente receptivo às aquisições do introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspetiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido. Suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola.
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registos da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina. Foi ainda destacado retratista, e seu talento excepcional de transpor para a linguagem formal as concepções de seus clientes tornou-o um dos pintores mais disputados de seu tempo. Sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo esvaiu-se, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica de suas obras, é que sua arte volta a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.

Há 30 anos uma sonda aterrou em Vénus e tirou fotos do solo do planeta


Venera 13 (Russian: Венера-13) was a probe in the Soviet Venera program for the exploration of Venus.
Venera 13 and 14 were identical spacecraft built to take advantage of the 1981 Venus launch opportunity and launched 5 days apart, Venera 13 on 1981-10-30 at 06:04:00 UTC and Venera 14 on 1981-11-04 at 05:31:00 UTC, both with an on-orbit dry mass of 760 kg.

Design
Each mission consisted of a bus and an attached descent craft. The descent craft/lander was a hermetically sealed pressure vessel, which contained most of the instrumentation and electronics, mounted on a ring-shaped landing platform and topped by an antenna. The design was similar to the earlier Venera 9–12 landers. It carried instruments to take chemical and isotopic measurements, monitor the spectrum of scattered sunlight, and record electric discharges during its descent phase through the Venusian atmosphere. The spacecraft utilized a camera system, an X-ray fluorescence spectrometer, a screw drill and surface sampler, a dynamic penetrometer, and a seismometer to conduct investigations on the surface.
List of lander experiments and instruments:
Landing
After launch and a four month cruise to Venus the descent vehicle separated from the bus and plunged into the Venusian atmosphere on March 1, 1982. After entering the atmosphere a parachute was deployed. At an altitude of about 50 km the parachute was released and simple airbraking was used the rest of the way to the surface.
Venera 13 landed at 7.5°S 303°E, about 950 km northeast of Venera 14, just east of the eastern extension of an elevated region known as Phoebe Regio.
The lander had cameras to take pictures of the ground and spring-loaded arms to measure the compressibility of the soil. The quartz camera windows were covered by lens caps which popped off after descent.
The area was composed of bedrock outcrops surrounded by dark, fine-grained soil. After landing, an imaging panorama was started and a mechanical drilling arm reached to the surface and obtained a sample, which was deposited in a hermetically sealed chamber, maintained at 30 °C and a pressure of about 0.05 atmosphere (5 kPa). The composition of the sample determined by the X-ray fluorescence spectrometer put it in the class of weakly differentiated melanocratic alkaline gabbroids.
The lander survived for 127 minutes (the planned design life was 32 minutes) in an environment with a temperature of 457 °C and a pressure of 89 Earth atmospheres (9.0 MPa). The descent vehicle transmitted data to the bus, which acted as a data relay as it flew by Venus.


A mais antiga Universidade Portuguesa faz hoje 722 anos


A Universidade de Coimbra GCSE (sigla: UC) é uma universidade localizada na cidade de Coimbra, em Portugal. É uma das universidades mais antigas ainda em operação na Europa e no mundo, a mais antiga de Portugal e uma de suas maiores instituições de ensino superior e de pesquisa.
A sua história remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que foi criada no século XIII, em 1290, mais especificamente a 1 de março, quando foi assinado em Leiria, pelo Rei D. Dinis I, o documento Scientiae thesaurus mirabilis, o qual criou a própria universidade e pediu ao Papa a confirmação.
Organizada em oito faculdades diferentes, de acordo com uma variedade de campos de conhecimento, a universidade oferece todos os graus académicos em arquitetura, educação, engenharia, humanidades, direito, matemática, medicina, ciências naturais, psicologia, ciências sociais e desportos.
A Universidade de Coimbra possui aproximadamente 20 mil estudantes, abrigando uma das maiores comunidades de estudantes internacionais em Portugal, sendo a sua universidade mais cosmopolita.
Além disso, é o membro-criador do chamado Grupo Coimbra, uma rede de universidades europeias cujo objetivo é a colaboração académica entre elas.

História
A bula do Papa Nicolau IV, datada de 9 de agosto de 1290, reconheceu o Estudo Geral, com as faculdades de Artes, Direito Canónico, Direito Civil e Medicina, reservando-se a Teologia aos conventos Dominicanos e Franciscanos.
A universidade, inicialmente instalada na zona do actual Largo do Carmo, em Lisboa, foi transferida para Coimbra, para o Paço Real da Alcáçova, em 1308. Voltou em 1338 para Lisboa, onde permaneceu até 1354, ano em que regressou para Coimbra. Ficou nesta cidade até 1377 e voltou de novo para Lisboa neste ano.
Permaneceu em Lisboa até 1537, data em que foi transferida definitivamente para Coimbra, por ordem de D. João III.
A universidade recebeu os seus primeiros estatutos em 1309, com o nome Charta magna privilegiorum. Os segundos estatutos foram outorgados no ano de 1431, durante o reinado de D. João I, com disposições sobre a frequência, exames, graus, propinas e ainda sobre o traje académico.
O histórico pátio da Universidade de Coimbra

Já no reinado de D. Manuel I, em 1503, a Universidade recebeu os seus terceiros estatutos, desta vez com considerações sobre o reitor, disciplinas, salários dos mestres, provas académicas e cerimónia do ato solene de doutoramento.
Desde o reinado de D. Manuel I, todos os Reis de Portugal passaram a ter o título de «Protectores» da Universidade, podendo nomear os professores e emitir estatutos.
O poder real, bastante mais centralizado a partir de D. João II, criava uma dependência da universidade em relação ao Estado e à política, pelo que a preponderância dos estudos jurídicos se estabeleceu em Portugal.
A 27 de dezembro de 1559, no reinado de D. Sebastião), Baltazar de Faria fez a entrega dos Quartos Estatutos, nos quais se determinou que o reitor fosse eleito pelo Claustro, disposição essa nem sempre foi cumprida pelo poder régio. Nesse mesmo ano, a 1 de novembro, tinha sido solenemente aberta a Universidade de Évora, entregue aos jesuítas.
Em 1591, de Madrid, vieram os Sextos Estatutos (os quintos foram deixados de lado, nunca tendo entrado em vigor) e foram apresentados em Claustro no ano seguinte. Determinava-se que a Universidade indicasse três nomes para o cargo reitoral, escolhendo o rei um deles.

Estátua de D. Dinis em frente à Faculdade de Medicina

No reinado de D. João V, João Frederico Ludovice terá feito o risco para a Torre da Universidade de Coimbra e portal da Biblioteca . Xavier da Costa ao citar os monumentos da era joanina, falando da Biblioteca (1716 - 1725 ), e da Torre ( 1728 - 1733 ), diz que não será injustificado atribuírem-se os seus projectos a Ludovice. Aludindo o parentesco que encontramos entre o Pórtico da mesma Biblioteca e o Portal da Capela Octogonal do Senhor das Barrocas em Aveiro. As mísulas laterais em que se apoiam os arcos, as colunas jónicas, os frisos têm um ar de parentesco nos dois pórticos, muito diferentes, porem no coroamento, pois o de Aveiro, com os seus frontões, um entrecortado outro partido, reúne uma decoração escultórica que prova grande influencia dos artistas entalhadores e dos lavrantes da pedra e ourivesaria. Não será despropositado lembrar também o nome ou a influência de Ludovice, ao citar a porta do Antigo colégio de São Jerónimo, em Coimbra, de frontão muito ondulado e partido, apoiado sobre “gaines” - uma espécie de scabellum ou de pedestais esguios que substituem as colunas - esteios que Borromini já empregara e que o arquitecto de Mafra também aplicou na janela central do segundo andar do seu palácio de Lisboa em S. Pedro de Alcântara, concluído em 1747 (História de Portugal - Edição Monumental da Portucalense Editora - Damião Peres - de Eleutério Cerdeira).
A Torre da Universidade de Coimbra, tem 33,5 metros de altura, constitui o emblema tradicional de Coimbra. Começou a construir-se em 1728 e foi terminada em 1733. No topo sobre o relógio, abre-se um miradouro do qual se desfruta uma panorâmica esplendorosa da cidade e do vale do Mondego . Nesta Torre está colocada, entre outros sinos, a célebre «cabra », que marcava as horas do despertar e do recolher dos estudantes.
No reinado de D. José I, a Universidade sofreu uma profunda alteração. Em 28 de junho de 1772 o rei ratifica os novos estatutos (Estatutos Pombalinos), que marcam o início da Reforma. Esta manifestava, sobretudo, um grande interesse pelas ciências da natureza e pelas ciências do rigor, que tão afastadas se encontravam do ensino universitário.
Em 1836 dá-se a fusão da Faculdade de Cânones e de Leis na Faculdade de Direito, e que veio a contribuir fortemente para a construção do novo aparelho legal liberalista.
Em 1911, a Universidade recebe novos estatutos com o objectivo de criar uma certa autonomia administrativa e financeira e criava também um sistema de bolsas para fazer aumentar o número de alunos no ensino superior.
Foi criada a Faculdade de Letras, que herdou as instalações da extinta Faculdade de Teologia, enquanto as Faculdades de Matemática e de Filosofia (criadas na Reforma Pombalina) eram convertidas na Faculdade de Ciências.
Mas a maior alteração na história recente da Universidade dá-se a partir de 1942, quando grande parte da zona residencial da Alta de Coimbra foi demolida para dar lugar ao complexo monumental da moderna Universidade, até então alojada no antigo paço real com alguns elementos dispersos pela cidade. Esta obra de vulto, a cargo dos arquitectos Cottinelli Telmo e Cristino da Silva seria concluída em 1969.
Com o 25 de Abril de 1974 inicia-se um novo período da vida portuguesa e universitária, que foi alvo de várias reformas para acompanhar a nova dinâmico política. Em 1989 são publicados os estatutos que estão actualmente em vigor.
Durante os seus mais de sete séculos de existência, a Universidade, hoje uma instituição de referência, foi crescendo, primeiro por toda a Alta de Coimbra e depois um pouco por toda a cidade, encontrando-se actualmente ligada a gestação de ciência e tecnologia e à difusão de cultura portuguesa no mundo.
Continuando a manter o renome de outros tempos, é, de um modo geral, indiscutível a qualidade do ensino na Universidade de Coimbra dentro do muito fragmentado panorama nacional de ensino superior. No que toca, por exemplo à Faculdade de direito (FDUC), é de notar o relatório de avaliação externa das Faculdades de Direito Portuguesas, tendo a FDUC ficado no mais alto lugar do podium no que toca ao ensino das leis (ex-aequo com a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa). Todas as 8 faculdades têm cursos e departamentos geralmente considerados de excelência a nível nacional, e nalguns casos internacional. A UC tem consistentemente ficado classificada entre as 3 melhores universidades de língua portuguesa.

Torre da Universidade de Coimbra, da autoria de Antonio Canevari


Faculdades

Actualmente, a Universidade espalha-se por três grandes pólos:
A Faculdade de Economia, situada num palacete da Avenida Dias da Silva, está afastada dos outros 3 pólos, e foi criada em 1972.