segunda-feira, janeiro 24, 2011

Música para alguém que faz hoje anos...

Música do final dos anos oitenta para geopedrados


Fado - Heróis do Mar

À volta do adro duas ou três casas
Dois bancos vermelhos, ao meio uma cruz
Ali num café ao lado da igreja
Dois homens parados e uma linda luz


Com a voz que me resta eu não vou poder cantar
Às coisas do mundo, não sei descrever, estou longe
São portas fechadas, segredos por revelar
São coisas do mundo, só se podem ver ao longe


Se estou convencido que isto é mesmo assim
Que nunca se conta bem o que se vê
E levo comigo já sem aprender
O que os olhos vêem e eu já não sei


Com a voz que me resta eu não vou poder cantar
Às coisas do mundo, não sei descrever, estou longe
São portas fechadas, segredos por revelar
São coisas do mundo, só se podem ver ao longe


Ao longe...

ADENDA: faz hoje 70 anos o cantor Neil Diamond - uma música para celebrar a data:

domingo, janeiro 23, 2011

Um sério aviso

(imagem daqui)

As eleições de hoje tiveram uma abstenção recorde em presidenciais - 52,47 por cento (...). O resultado ultrapassa o da reeleição de Jorge Sampaio (50,29%), em 2001. Votos brancos e nulos também atingiram pico histórico.

Da mesma notícia, com dados actualizados:

As eleições também foram marcadas por um elevado número de votos brancos (191.159 votos, 4,26 por cento do total) e nulos (86.543 votos, 1,93 por cento do total). Foi o maior registo de sempre. Em 2006, ambos tinham somado 1,84 por cento e em 2001, dois por cento. O valor máximo anteriormente registado fora em 1991 - dois por cento de votos brancos e um por cento de nulos.

Humor - as trapalhadas do governo, as eleições e a abstenção no 31 da Armada



Hugo Chavez já soube das novidades de Portugal e ligou a José Sócrates a dar-lhe os parabéns pela confusão nestas eleições.

a qualquer momento devo receber o SMS com o meu número de eleitor


Nascemos. O Estado regista o nosso nascimento e dá-nos um número.
Mas não confundir o nascimento com a identidade.
Crescemos. O Estado regista a nossa identidade e dá-nos um número.
Mas não confundir a identidade com a cidadania.
Crescemos mais um pouco. Fazemos 18 anos. O Estado finge que não sabe a nossa idade e manda-nos fazer outro registo. Chama-se recenseamento e é o registo mais estúpido de todos.

NOTA: Há três dias o Instituto Francisco Sá Carneiro parecia que adivinhava o que era óbvio para todos menos para quem manda. Aqui fica o link para a petição “eu voto onde quero”.


A Comissão Nacional de Eleições responsabilizava os cidadãos pela confusão nas mesas de voto. Claro. Deviam-se ter informado. E, já agora, adivinhado que o cartão de cidadão alteraria o número de eleitor. É suposto os cidadãos fazerem o trabalho da Comissão Nacional de Eleições.


O cartão do cidadão não tem o número para exercer a cidadania.


Alegre consegue uma semi-vitória com a incompetência do Governo. A Administração Interna terá de encontrar uma segunda volta, pelo menos para os milhares de eleitores que se viram privados de exercer o seu direito de voto. E já agora pedir desculpa pelo transtorno causado a tantos portugueses. O choque tecnológico do engenheiro está a electrocutar a democracia.


O caos está instalado nas secções de voto por todo o país. Seis anos depois de Sócrates ter chegado ao poder como Primeiro-ministro, a universalidade do sufrágio é colocada em causa.


São quase 16.00 horas. José Magalhães ainda é secretário de Estado?

O governo anarquista da república e as eleições para a presidência da mesma

(imagem daqui)





Música adequada à data

Poema para um estranho dia

 (imagem daqui)

Claro-Escuro


Dia da vida
Noite da morte...
O verso
E o reverso
Da medalha.
E não há desespero que nos valha,
Nem crença,
Nem descrença,
Nem filosofia.
Esta brutalidade, e nada mais:
Sol e sombra - o binómio dos mortais.

Só que o sol vem primeiro,
E a sombra depois...
E à luz do sol é tudo o que sabemos:
Juventude,
Beleza,
Poesia,
E amor
- Amargo fruto que na sepultura,
Em vez de apodrecer, ganha doçura.

in Orfeu Rebelde - Miguel Torga

sábado, janeiro 22, 2011

A Era Vitoriana acabou há 110 anos


Vitória do Reino Unido (Londres, 24 de Maio de 1819East Cowes, 22 de Janeiro de 1901), oriunda da Casa de Hanôver, foi rainha do Reino Unido de 1837 até a morte, sucedendo ao tio, o rei Guilherme IV. A incorporação da Índia ao Império Britânico em 1877 conferiu a Vitória o título de Imperadora da Índia.
O reinado de Vitória foi o mais longo, até à data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Este período foi marcado pela revolução Industrial e por grandes mudanças nos níveis económico, político, cultural e social.

Remar, remar



Remar, remar - Xutos & Pontapés

Mares convulsos, ressacas estranhas
Cruzam-te a alma de verde escuro
As ondas que te empurram
Aa vagas que te esmagam
Contra tudo lutas
Contra tudo falhas


Todas as tuas explosões
Redundam em silêncio
Nada me diz


Berras às bestas
Que te sufocam
Em braços viscosos
Cheios de pavor
Esse frio surdo
O frio que te envolve
Nasce na fonte
Na fonte da dor


Remar remar
Forçar a corrente
Ao mar, ao mar
Que mata a gente

Poema para um dia de reflexão


Poemas de um livro destruído

V

Não procures verdade no que sabes
Nem destino procures nos teus gestos
Tudo quanto acontece é solitário
Fora de saber fora das leis
Dentro de um ritmo cego inumerável
Onde nunca foi dito nenhum nome

in No tempo dividido (1954) - Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Há 50 anos a Santa Liberdade ameaçava a paz podre de Salazar

50 anos: Desvio do "Santa Maria"
Os 'piratas' que ameaçaram Salazar

Há 50 anos, estava por horas o assalto e desvio do paquete 'Santa Maria'. Começa na madrugada de 22, com a entrada de vários membros na ponte de comando do navio, e durante vários dias vai concentrar as atenções de todo o mundo para a primeira acção política deste género. Inicia-se um acontecimento que vai marcar o tom da contestação a Salazar, ao regime e à política colonial.

"Em todo o país o acto de pirataria causou indignação e repulsa", era um dos muitos títulos que ocupavam a primeira página do Diário de Notícias de há 50 anos. Durante os dias seguintes, variantes sem fim desse título continuaram a ser destaque na capa do jornal, para explicar o assalto e o desvio do paquete Santa Maria por um comando liderado por Henrique Galvão.

Era o primeiro acontecimento radical, dos muitos que desafiariam Salazar em 1961, ano de sucessivos contratempos políticos para com um regime que se perpetuava e com o qual a maior parte dos portugueses convivia adormecido.

Se foi notícia em Portugal o assalto ao Santa Liberdade, nome com que o comando o rebaptizou após a tomada do navio, a repercussão mundial foi enorme e centenas de jornalistas de todo o planeta viajaram para o Brasil e cobriram o acontecimento. Houve até um que, no desespero de ser o primeiro a contactar os revoltosos, alugou uma avioneta e atirou-se de pára-quedas. Falhou o convés e quase ia sendo devorado pelos tubarões.

Enquanto o desvio prosseguia erraticamente até ser decidido atracar no Recife, a contra-informação em Portugal era gigantesca, mas não suficiente para retirar a dimensão de herói ao capitão que desafiara o ditador português e de o acto ser notícia com interesse planetário.

Camilo Mortágua foi um dos membros do comando de Henrique Galvão, que, aos 29 anos, participou numa das mais extraordinárias aventuras duma vida bastante repleta de actos de rebelião. Poucos meses depois, em Outubro, entraria num avião da TAP e executaria, com Palma Inácio, outro desvio, para sobrevoar Lisboa e outras cidades portuguesas numa distribuição de panfletos contra o regime.

in DN - ler notícia

Um poema dito por Villaret em desenho animado

Tribunais, professores e funcionários públicos: 1 - Sócrates: 0

(imagem daqui)


Uns pagam a crise, outros brincam aos carrinhos

(imagem daqui)

CDS-PP pede explicações sobre aquisição de 2655 viaturas


Humor (só) cretino - que o digam os ruis-pedros, coelhones, varas e afins

(imagem daqui)


Poema dito por aniversariante de hoje

Música dos anos oitenta para geopedrados...


Glória - Sétima Legião

A morte não te há-de matar
Nem sorte haverá de ele viver
Sem amar sem te ter
Sem saber se rezar

Amor oxalá seja amar
Ter prazer sem poder
Nem sequer te tocar

Os deuses não te hão-de levar
Sem que eu der a mão
P'ra ser par
Sermos dois a partir
E depois a voltar

Não vais-me deixar sem o céu
Ser o chão onde vão se deitar os mortais

E a Glória será não esquecer
Memoria de tanto te querer
Sem razão meu amor
Com paixão sem morrer

Talvez ao luar
Possas ver o olhar
Que lembrar fez nascer
Português

Dimorfismo sexual em pterossáurios - notícia

Fóssil ainda tinha ovo
A senhora T é o primeiro pterossauro fêmea descoberto e não tem crista

Os cientistas descobrem um pterossauro fêmea com um ovo. O artigo publicado na revista Science mostra que as fêmeas desta espécie de réptil alado não tinham cristas ao contrário dos machos.

O fóssil bastante completo mostra um ovo

As cristas dos pterossauros sempre foram um mistério para os cientistas. Será que estes répteis alados que conviveram com os dinossauros tinham uma diferença entre os géneros, e os machos tinham uma crista na cabeça e as fêmeas não? Ou os fósseis encontrados pelos cientistas, uns com cristas e outros sem cristas, eram de espécies diferentes? Finalmente a descoberta de um pterossauro anunciada no artigo da Science, resolve a questão. O pterossauro (que ainda tinha um ovo) era uma fêmea. E não tinha crista.

“A sra T é uma descoberta que se faz em dez vidas”, disse em comunicado David Unwin, um paleontólogo do departamento dos Estudos de Museu da Universidade de Leicester, no Reino Unido, que juntamente com os colegas chineses do Instituto de Geologia da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, encontrou o fóssil.

A sra T é o nome que os cientistas deram ao pterossauro (ou pterodáctilo) fêmea que encontraram. O fóssil estava inserido numa camada de rochas do Jurássico que existe na província Liaoning, que fica no Nordeste da China. A camada tem 160 milhões de anos, a idade do indivíduo e o esqueleto do fóssil está muito completo. É um indivíduo do género Darwinopterus, que a equipa descreveu pela primeira vez em 2009, e está preservado juntamente com o ovo.

O fóssil “mostra duas características que distinguem de um indivíduo macho de Darwinopterus. Tem ancas relativamente grandes para acomodar os ovos, mas não tem crista”, disse o especialista. Os machos têm ancas mais pequenas e têm uma crista.

“Muitos pterossauros têm cristas na cabeça. Nos casos mais espectaculares, estas cristas podem alcançar cinco vezes o tamanho do crânio. Os cientistas sempre desconfiaram que estas cristas eram utilizadas para algum tipo de sinal ou de demonstração que só os machos faziam, enquanto as fêmeas não tinham cristas”, disse o cientista. Mas como nunca houve uma prova, muitas vezes definiam-se espécies diferentes a partir de indivíduos que tinham ou não cristas.

Casca mole, ovo de réptil

Agora, os cientistas podem definir o género de um novo pterossauro que encontram, baseando-se na forma da bacia e se tem ou não crista. Isto permite ir mais longe no conhecimento das espécies. “Podemos explorar áreas completamente novas, como a estrutura da população e o comportamento.”

A sra T morreu pouco antes de colocar o ovo devido a um acidente que partiu um dos ossos do braço. O acidente pode ter sido causado por uma erupção, comum na região da China durante o Jurássico. Além de ter acabado com o mistério das cristas, este pterossauro também deu muitas indicações sobre os ovos que estes répteis produziam.

“O ovo é relativamente pequeno e tem uma casca macia. Isto é típico dos répteis, mas é completamente diferente das aves, que põem ovos relativamente grandes com cascas rijas. Esta descoberta não é surpreendente, porque os ovos pequenos necessitariam de menos investimento em termos materiais e energéticos – uma vantagem para voadores como os pterossauros e talvez um factor importante para a evolução de espécies como o Quetzalcoatlus, um gigante com uma envergadura de dez metros”, concluiu o cientista.

O mentiroso do costume

Oliveira da Maçada


O primeiro-ministro diz que não, mas a verdade é que Portugal foi mesmo vender dívida pública no Golfo Pérsico. O ministro das Finanças e o secretário de Estado do Tesouro estiveram hoje em reuniões no maior fundo de investimento do Mundo: o Fundo ADIA com sede em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
A comparação é irresistível:

Do Tintin e da célebre personagem Oliveira da Figueira, o comerciante português, aldrabão e chico-esperto capaz de vender areia no deserto, aos árabes.

in portadaloja - post de José

Música adequada à data

Embora não acreditando em astrologia, aqui fica uma música para celebrar a chegada do signo Aquário (não da Era de Aquário - faltam ainda uns séculos...):