segunda-feira, novembro 03, 2025

O poeta Gonçalves Dias morreu há 161 anos...

    


Antônio Gonçalves Dias nasceu a 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá (a 14 léguas de Caxias). Aos 41 anos morreu num naufrágio do navio Ville Bologna próximo da região de Baixos dos Atins, no município de Tutóia, na proximidade dos Lençóis Maranhenses, a 3 de novembro de 1864. Apesar de ser advogado de formação, é conhecido muito mais como poeta e etnógrafo, tendo uma relevância para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro peças de teatro. Teve também uma atuação muito importante enquanto jornalista.
Era filho de uma união, não oficializada, entre um comerciante português e uma mestiça (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra), e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837.
Iniciou os seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835 quando foi matriculado numa escola particular.
Foi estudar na Europa, em Portugal, onde em 1838 terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após se licenciar. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievalistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora da sua pátria, inspira-se para escrever a Canção do Exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado, por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois, pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.
No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria a sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez - Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crónicas, folhetins teatrais e crítica literária.
Em 1849 fundou, com Manuel de Araújo Porto-Alegre e Joaquim Manuel de Macedo, a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico no país. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.
Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil, foi convidado a participar na Comissão Científica de Exploração, o que o obrigou a viajou por quase todo o norte do país.
Voltou à Europa em 1862, para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados, retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta, que foi esquecido, agonizando, no seu leito, e se afogou. O acidente ocorreu nos Baixos de Atins, perto de Tutóia, no Maranhão.
A sua obra enquadra-se no Romantismo, pois, a semelhança do que fizeram os seus correligionários europeus, procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo. Pela sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional.
    
  
 
Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu´inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
  
  

  
Gonçalves Dias

Hoje é o aniversário da maior (e mais antiga) associação de estudantes de Portugal - e do mais antigo clube ativo nacional...!

João Só nasceu há oitenta e dois anos...

artista

(imagem daqui)

   
João Só ou João Evangelista de Melo Fortes (Teresina, 3 de novembro de 1943 - Salvador, 20 de junho de 1992) foi um cantor e compositor brasileiro.
     
(...)
   
Faleceu, por causa de um enfarte do miocárdio, aos 48 anos, quando já se encontrava esquecido pelo grande público.

 
 

 

Menina da Ladeira - João Só

 

Menina que mora na ladeira
E desce a ladeira sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Se senta p'ra poder descansar

Menina que mora na ladeira
E desce a ladeira sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Se senta p'ra poder descansar

Silêncio profundo, a menina dormiu
Alguém que esperava tão logo partiu, partiu
Partiu para sempre, para o infinito
Um grito ouviu

Chorando, levanta a menina
Correndo ligeiro, sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Há sempre alguém a esperar


Violeiro tocando, estrela a brilhar
Violeiro em prece
Em prece ao luar, luar
Tal noite vazia espere a menina
Tão linda não, não vá

Chorando, levanta a menina
Correndo ligeiro, sem parar

Debaixo do pé da laranjeira
Há sempre alguém a esperar
Debaixo do pé da laranjeira

O cantor Adam Ant faz hoje 71 anos

     
Adam Ant é o nome artístico de Stuart Leslie Goddard (Londres, 3 de novembro de 1954), líder e vocalista da banda Adam and the Ants. Embora tenha começado a tocar música punk, foi aos poucos mudando seu estilo em direção à imagem de um astro pop. Assim como David Bowie, Madonna e outros célebres camaleões da música, Adam era notório por reinventar a sua imagem a cada disco novo.
Indubitavelmente o ponto alto da carreira de Ant foi no começo dos anos 80 com a sua banda. Ajudou muito o surgimento da MTV, que lhe deu o veículo ideal para transmitir a sua mensagem às massas - o videoclip.

 

Matisse morreu há setenta e um anos...

            
Henri-Émile-Benoît Matisse (Le Cateau-Cambrésis, 31 de dezembro de 1869 - Nice, 3 de novembro de 1954) foi um artista francês, conhecido pelo seu uso da cor e a sua arte de desenhar, fluida e original. Foi um desenhador, gravurista e escultor, mas é principalmente conhecido como um pintor. Matisse é considerado, juntamente com Picasso e Marcel Duchamp, como um dos três artistas seminais do século XX, responsável por uma evolução significativa na pintura e na escultura.
     
 La Tristesse du roi - Centre Pompidou (1952)

 

in Wikipédia 

O Sputnik 2, com a Laika dentro, foi lançado para o espaço há 68 anos

Réplica do Sputnik 2

A Sputnik 2 foi a segunda missão do Programa Sputnik, lançada ao espaço do Cosmódromo de Baikonur em 3 de novembro de 1957 pela URSS.
A nave pesava 543,5 kg e enviou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika. Dados biológicos do animal foram monitorizados durante uma semana, oficialmente, embora agora se se saiba que os dados eram falsos.
Laika morreu poucas horas após o lançamento, devido ao super-aquecimento da cabine; anos mais tarde, um dos cientistas responsáveis pelo projeto disse que se arrependia de ter usado a cadela na missão.
      

Dolph Lundgren celebra hoje 68 anos

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Hans Lundgren (Estocolmo, 3 de novembro de 1957), mais conhecido pelo nome artístico de Dolph Lundgren, é um ator, diretor e lutador de artes marciais sueco. Ele pertence a uma geração de atores de cinema que sintetizam o estereótipo herói de ação, ao lado de Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Mel Gibson, Chuck Norris, Steven Seagal e Jean-Claude Van Damme

Benvenuto Cellini nasceu há 525 anos...!

Autorretrato

   
Benvenuto Cellini (Florença, 3 de novembro de 1500Florença, 13 de fevereiro de 1571), foi um artista da Renascença, escultor, ourives e escritor italiano.

Benvenuto nasceu em Florença, onde a sua família teve propriedades rurais durante três gerações. O seu pai, Giovanni Cellini, construía e tocava instrumentos musicais, a sua mãe era Maria Lisabetta Granacci e era o segundo filho. O seu pai desejava que ele o ajudasse a fabricar instrumentos musicais, embora tivesse uma inclinação para trabalhar metais. Mas concordou que, aos quinze anos, ele fosse aprender a profissão de ourives com Antonio di Sandro, chamado Marcone. Durante sua juventude, teve problemas com brincadeiras juvenis, sendo banido durante seis meses para Siena, onde trabalhou com Francesco Castoro, chamado Fracastoro, ourives. Então mudou-se para Bolonha, onde fez progressos como ourives e começou a tocar flauta. Depois de visitar Pisa e voltar duas vezes a Florença, foi para Roma, com dezanove anos. Atraiu a atenção para si com alguns trabalhos para o bispo de Salamanca, que o introduziu perante o Papa Clemente VII. É dessa época um de seus mais celebrados trabalhos, o medalhão Leda e o Cisne (hoje em Viena), com o torso e a cabeça de Leda executados em pedra. O papa contratou-o como flautista.

No ataque a Roma de Constable de Bourbon, que ocorreu logo a seguir, Cellini pegou em armas para defender os estados papais. Nas suas próprias palavras, ele foi a mão que feriu o inimigo do Papa. A sua fama facilitou a sua reconciliação com os magistrados de Florença e ele pode voltar a visitar a sua cidade natal, onde trabalhou em várias medalhas, as mais famosas Hércules e o leão de Neméia, e Atlas suportando o globo, que mais tarde acabaram na posse de Francisco I da França. Depois de uma passagem por Mântua, volta a Roma, trabalhando em jóias e medalhas. Retomando o seu lado belicoso, mata o assassino do seu irmão, em 1529, tendo fugido para Nápoles. Pela influência de vários notáveis, obteve o perdão e, com a ajuda do Papa Paulo III, é recolocado no seu cargo, não obstante o homicídio de um ourives, mais por acidente do que por malícia, que comete nesse intervalo de tempo. Amigo de Pierluigi Farnese, filho natural do papa, consegue escapar aos seus captores, no entanto acaba algum tempo preso no Castelo de Sant’Angelo, sob a acusação de trocar as gemas da Tiara Papal. A convite de Francisco I trabalha em Fontainebleau e Paris, mas vê-se envolvido em intrigas da corte e acaba regressando em 1545 a Florença, onde se ocupa de diversas obras e da rivalidade com o também escultor Baccio Bandinelli, que acaba por acusá-lo publicamente de sodomia. Envolve-se nas obras de fortificação de sua cidade durante a guerra com Siena e também nas suas belas obras de arte, acaba vendo o seu valor reconhecido pelos duques e ganha a admiração de seus compatriotas. Cellini morre em Florença, em 1571, e foi enterrado na Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, com grande pompa. 

 

Perseu com a cabeça de Medusa, em Florença
    
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Saleiro, representando Neptuno e Anfitrite 

 

Hoje é dia de ouvir marrabenta...!

Olympe de Gouges, percursora da defesa dos direitos das mulheres, foi guilotinada há 232 anos...


 

Marie Gouze, dite Marie-Olympe de Gouges, née à Montauban le 7 mai 1748 et morte guillotinée à Paris le 3 novembre 1793, est une femme de lettres française, devenue femme politique et polémiste. Elle est considérée comme une des pionnières du féminisme.
Auteure de la Déclaration des droits de la femme et de la citoyenne, elle a laissé de nombreux écrits en faveur des droits civils et politiques des femmes et de l’abolition de l’esclavage des Noirs.
Elle est devenue emblématique des mouvements pour la libération des femmes, pour l’humanisme en général, et l’importance du rôle qu’elle a joué dans l’histoire des idées a été considérablement estimé et pris en compte dans les milieux universitaires.
  
(...)
  
La fin
En 1793, elle s’en était vivement prise à ceux qu’elle tenait pour responsables des atrocités des 2 et 3 septembre 1792: «le sang, même des coupables, versé avec cruauté et profusion, souille éternellement les Révolutions». Elle désignait particulièrement Marat, l’un des signataires de la circulaire du 3 septembre 1792, proposant d’étendre les massacres de prisonniers dans toute la France. Soupçonnant Robespierre d’aspirer à la dictature, elle l’interpella dans plusieurs écrits, ce qui lui valut une dénonciation de Bourdon de l'Oise au club des Jacobins.
Dans ses écrits du printemps 1793, elle dénonça la montée en puissance de la dictature montagnarde, partageant l’analyse de Vergniaud sur les dangers de dictature qui se profilait, avec la mise en place d’un Comité de salut public, le 6 avril 1793, qui s’arrogeait le pouvoir d’envoyer les députés en prison. Après la mise en accusation du parti girondin tout entier à la Convention, le 2 juin 1793, elle adressa au président de la Convention une lettre où elle s’indignait de cette mesure attentatoire aux principes démocratiques (9 juin 1793), mais ce courrier fut censuré en cours de lecture. S’étant mise en contravention avec la loi de mars 1793 sur la répression des écrits remettant en cause le principe républicain – elle avait composé une affiche à caractère fédéraliste ou girondin sous le titre de Les Trois urnes ou le Salut de la patrie, par un voyageur aérien –, elle fut arrêtée par les Montagnards et déférée le 6 août 1793 devant le tribunal révolutionnaire qui l’inculpa.
Malade des suites d’une blessure infectée à la prison de l’abbaye de Saint-Germain-des-Prés, réclamant des soins, elle fut envoyée à l’infirmerie de la Petite-Force, rue Pavée dans le Marais, et partagea la cellule d’une condamnée à mort en sursis, Mme de Kolly, qui se prétendait enceinte. En octobre suivant, elle mit ses bijoux en gage au Mont-de-Piété et obtint son transfert dans la maison de santé de Marie-Catherine Mahay, sorte de prison pour riches où le régime était plus libéral et où elle eut, semble-t-il, une liaison avec un des prisonniers. Désirant se justifier des accusations pesant contre elle, elle réclama sa mise en jugement dans deux affiches qu’elle avait réussi à faire sortir clandestinement de prison et à faire imprimer. Ces affiches – «Olympe de Gouges au Tribunal révolutionnaire» et «Une patriote persécutée», son dernier texte – furent largement diffusées et remarquées par les inspecteurs de police en civil qui les signalent dans leurs rapports.
Traduite au Tribunal au matin du 2 novembre, soit quarante-huit heures après l’exécution de ses amis Girondins, elle fut interrogée sommairement. Privée d’avocat elle se défendit avec adresse et intelligence. Condamnée à la peine de mort pour avoir tenté de rétablir un gouvernement autre que « un et indivisible », elle se déclara enceinte. Les médecins consultés se montrèrent dans l’incapacité de se prononcer, mais Fouquier-Tinville décida qu’il n’y avait pas grossesse. Le jugement était exécutoire, et la condamnée profita des quelques instants qui lui restaient pour écrire une ultime lettre à son fils, laquelle fut interceptée. D’après un inspecteur de police en civil, le citoyen Prévost, présent à l’exécution, et d’après le Journal de Perlet ainsi que d’autres témoignages, elle monta sur l’échafaud avec courage et dignité, contrairement à ce qu’en disent au XIXe siècle l’auteur des mémoires apocryphes de Sanson et quelques historiens dont Jules Michelet. Elle s'écriera, avant que la lame ne tombe : «Enfants de la Patrie vous vengerez ma mort». Elle avait alors 45 ans.
Son fils, l’adjudant général Aubry de Gouges, par crainte d’être inquiété, la renia publiquement dans une «profession de foi civique». Le procureur de la Commune de Paris, Pierre-Gaspard Chaumette, applaudissant à l’exécution de plusieurs femmes et fustigeant leur mémoire, évoque cette «virago, la femme-homme, l’impudente Olympe de Gouges qui la première institua des sociétés de femmes, abandonna les soins de son ménage, voulut politiquer et commit des crimes [...] Tous ces êtres immoraux ont été anéantis sous le fer vengeur des lois. Et vous voudriez les imiter? Non! Vous sentirez que vous ne serez vraiment intéressantes et dignes d’estime que lorsque vous serez ce que la nature a voulu que vous fussiez. Nous voulons que les femmes soient respectées, c’est pourquoi nous les forcerons à se respecter elles-mêmes».
   
Olympe de Gouges à l’échafaud
 

A AAC faz hoje 138 anos...!


A Associação Académica de Coimbra (sigla: AAC), fundada a 3 de novembro de 1887, é a mais antiga associação de estudantes de Portugal. Representa os mais de trinta mil estudantes da Universidade de Coimbra, que são automaticamente considerados seus sócios enquanto se encontrem inscritos nesta Universidade. Existem também três mil associados seccionistas, 90 associados extraordinários e 25 associados honorários.

A AAC alberga uma série de secções culturais e desportivas. Entre as secções culturais pontificam, o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) que realiza anualmente o Festival "Caminhos do Cinema Português", a Rádio Universidade de Coimbra (RUC), a Secção de Jornalismo (que edita o jornal universitário "A Cabra"), a Televisão da Associação Académica de Coimbra, a secção de fado, o Grupo de folclore e etnografia (GEFAC) e os grupos de teatro (TEUC e CITAC). As secções desportivas abrangem um vasto leque de desportos, tais como o hóquei em patins, futebol, andebol, basquetebol, rugby, canoagem, natação, voleibol, ténis, artes marciais e xadrez, entre muitos outros. A "Académica" é assim o "clube" mais eclético do pais, uma vez que "pratica" o maior número de modalidades.
Também referido como "Académica", o clube de futebol profissional mais conhecido de Coimbra, de seu verdadeiro nome Associação Académica de Coimbra (AAC), é legalmente o herdeiro da secção de futebol da AAC. Em 1977 foi criada a Académica SF (que se mantém na prática amadora), mas é hoje um organismo autónomo dentro da AAC, mas com número de pessoa coletiva próprio.

A AAC é dirigida pela Direção Geral (DG), composta por estudantes, e eleita anualmente entre novembro e dezembro, em eleições abertas a todos os sócios, tanto estudantes como os sócios seccionistas. À DG compete a administração da AAC bem como a representação política dos estudantes. Em termos políticos, é ainda de referir a importância das Assembleias Magnas, assembleias sobretudo de discussão da política da Academia, abertas a todos os sócios, cujas decisões têm de ser obrigatoriamente cumpridas, independentemente da opinião da DG. Este poder decisório da Assembleia Magna torna-a no palco de discussões acesas, sobretudo entre os estudantes politizados. O atual edifício da AAC foi inaugurado em 1961 e alberga praticamente todas as secções da AAC, estando integrado num quarteirão que inclui ainda uma sala de espetáculos (Teatro Académico de Gil Vicente) e um complexo de cantinas.

  
Culturais
   
Desportivas
  
Condecorações
   
Outras distinções
  • Medalha de Mérito Cultural (27 de outubro de 1987)
  • Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra
  • Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra (18 de dezembro de 2008)
  • Troféu Olímpico Português
  • Instituição de Utilidade Pública

  

 
in Wikipédia

 

Nota: a maior associação de estudantes da Europa (e um dos clubes com mais modalidade e secções, além de ser o clube mais antigo ainda em atividade em Portugal) faz hoje  anos, sem necessitar, como outros clubes fizeram, de falsificar a data de nascimento (até porque é a continuidade de outros clubes e associações que a antecederam). A nossa eterna associação de estudantes, enquanto alunos da vetusta Universidade de Coimbra, merece tudo - Efe-Erre-Á...!

Quincy Jones morreu há um ano...

 
Durante 50 anos na indústria do entretenimento o trabalho de Jones foi indicado para 79 Grammy Award, sendo premiado com 27 destes, e um Grammy Legends Award em 1991. Ele é mais conhecido por ajudar o ícone cultural Michael Jackson a produzir o álbum Thriller, que viria a ser o álbum mais vendido de todos os tempos, e a canção "We Are the World". Em 2024, ele recebeu um Óscar Honorário pelo seu "génio artístico e criatividade incansável [que] fizeram dele uma das figuras musicais mais influentes de todos os tempos".
 

Mick Thomson, guitarrista dos Slipknot, faz hoje cinquenta e dois anos

  
Mickael Gordon Thomson
(Des Moines, Iowa, 3 de novembro de 1973) é um guitarrista dos Estados Unidos conhecido como Mick ou como Log, ou ainda pelo seu número (#7), é um dos guitarristas dos Slipknot.
     
    
 

Tim McIlrath, vocalista dos Rise Against, nasceu há 46 anos

   

Tim McIlrath (Arlington Heights, Illinois, 3 de novembro de 1979) é o guitarrista e vocalista da banda norte-americana Rise Against. Ele é vegetariano desde os 17 anos, apoia os direitos dos animais, promove o PETA com a sua banda e é Straight Edge

 


 

Fany Mpfumo morreu há trinta e oito anos...

(imagem daqui)

 

António Mariva Mpfumo (Lourenço Marques, 18 de outubro de 1928 - Maputo, 3 de novembro de 1987), popularmente mais conhecido como Fany Mpfumo, foi um músico moçambicano, considerado o "rei" da marrabenta.

Pfumo começou a cantar aos 7 anos de idade e, em 1947, com apenas 18 anos, deixou Lourenço Marques, atual Maputo, com destino à África do Sul, onde mercê do seu talento cedo granjeou simpatia e projeção no mundo da música.

Estilo da marca registada de Pfumo é caracterizada pela mistura de ritmos marrabenta com elementos de jazz, bem como influências da música sul-africana kwela. Em Joanesburgo, Pfumo teve a oportunidade de gravar com HMV, alcançar a fama internacional com canções como Loko ni kumbuka Jorgina ("When I Remember Jorgina"); este, em particular, continua a ser uma das músicas mais conhecidas de marrabenta e pop moçambicano. Ele iniciou uma série de bandas durante os anos 50 e 60, mas também gravou vários singles a solo. 

 

in Wikipédia

 

Hoje é dia de ouvir fado e canção de Coimbra...

Música de aniversariante de hoje...!

domingo, novembro 02, 2025

Poesia para recordar aniversariante de hoje...

Retrato de Teixeira de Pascoais, 1927 - Columbano Bordalo Pinheiro (imagem daqui)
 
 

A Teixeira de Pascoais

 

1
Tudo a noite transforma.
A verdade das coisas está perto

E, o silencio fala
Com as sombras da nossa alma, iguais
As sombras dum jardim lunar
Com árvores e flores
Que refletem nossa paisagem íntima.

Imagem do silêncio,
Ó fonte do meu sonho, recolhida
E imersa na penumbra ...

Longe, uma tristeza irmã abre-me os braços
Onde tudo me diz
O sentido da vida!

2
Lá vem a noite... As sombras
Invadem já meu coração sozinho,
Tocado de mistério e de silêncio,
Ferido de remorso e nostalgia.

Lá vem a noite, e traz consigo
O abandono absoluto, o esquecimento,
O contacto mais íntimo das coisas
Que nos povoam e sobressaltam.

Lá vem a noite... E eu, desamparado,
Defronto enigmas e desfio lembranças
Da vida vã, dispersa... Mas súbito
Uma outra voz acalma o coração,
Cresce da sombra, iluminada e pura!

3
Um fio de música
Que me liberte
Do peso escuro
Que trago em mim!

Um fio de música
Que me transmita
(E a alma inunde),
Mãe, teu perdão!

Um fio de música
Que vã ao fundo
Do ser dorido,
Qual uma bênção

E sagre e embale
Meu coração
Das trevas preso:
Um fio de luz

Que me redima
Daquele instante
E varra, afaste
A vil lembrança!

Um fio de música
A dar-me alento
De olhar de frente
A luz do dia!

4
Ave ferida, minha alma
Necessita de silêncio
Para voar liberta da aridez dos dias,
E vai morrendo ausente
Da luz do alto onde quisera
Pairar sem nome e sem destino ...

Ave ferida e deserta
De esperanças, vai ficando
Saudosa dos longes, da distância,
E suas asas retraem-se, doridas,
De encontro às grades frias, lisas,
Dum cárcere obscuro!

Ave ferida e sedenta
Dos livres horizontes, das palavras
Que crepitam nos astros e fluem
Dos corações amantes, das montanhas
— Minha alma necessita de silencio
E, refletindo na noite a sua imagem,
Ir ao fundo das coisas, desprendida!

5
Nos confusos recantos onde o sonho
Se espraia e vive, sem dizer seu nome.
Pulsa num coração o ritmo do mundo.

Ignorado, longe, intranquilo,
Do grande mar, rasgando a imensidade,
Voga no vento um clamor, um grito

Que a noite guarda abandonadamente
E o coração anónimo adivinha
Além da névoa persistente, triste...

E do silêncio emerge urna voz pura,
Já liberta de lágrimas, cantando,
Na luz oculta, o despontar da vida!

 

Luís Amaro

Hoje é dia de recordar um poeta cineasta...

 

Supplica a mia madre

E' difficile dire con parole di figlio
ciò a cui nel cuore ben poco assomiglio.

Tu sei la sola al mondo che sa, del mio cuore,
ciò che è stato sempre, prima d'ogni altro amore.

Per questo devo dirti ciò ch'è orrendo conoscere:
è dentro la tua grazia che nasce la mia angoscia.

Sei insostituibile. Per questo è dannata
alla solitudine la vita che mi hai data.

E non voglio esser solo. Ho un'infinita fame
d'amore, dell'amore di corpi senza anima.

Perché l'anima è in te, sei tu, ma tu
sei mia madre e il tuo amore è la mia schiavitù:

ho passato l'infanzia schiavo di questo senso
alto, irrimediabile, di un impegno immenso.

Era l'unico modo per sentire la vita,
l'unica tinta, l'unica forma: ora è finita.

Sopravviviamo: ed è la confusione
di una vita rinata fuori dalla ragione.
 

Ti supplico, ah, ti supplico: non voler morire.
Sono qui, solo, con te, in un futuro aprile…

  
   

in
Poesia in forma di rosa (1964) - Pier Paolo Pasolini 

Hoje é dia de cantar a poesia de Jorge de Sena...

 

Epígrafe para a arte de furtar

   
  
Roubam-me Deus
outros o diabo
– quem cantarei?

roubam-me a Pátria;
e a Humanidade
outros ma roubam
– quem cantarei?

sempre há quem roube
quem eu deseje;
e de mim mesmo
todos me roubam
– quem cantarei?

roubam-me a voz
quando me calo,
ou o silêncio
mesmo se falo
– aqui d'El-Rei!

  
 

Jorge de Sena