quinta-feira, fevereiro 17, 2011

A nova Associação Astronómica promove workshop na Marinha Grande



Workshop – Iniciação à Astronomia – Março 2011

Realiza-se já no próximo dia 12 de Março de 2011, o primeiro Workshop de Iniciação à Astronomia de 2011 a ser efectuada este ano.
Este workshop terá lugar na Marinha Grande (Leiria) e decorrerá ao inicio da tarde. Começa às 14.00 horas com uma primeira parte de vertente teórica, com uma linguagem básica e acessível a todos, e onde onde os participantes terão acesso a muitos equipamentos para experimentar nas suas próprias mãos. A segunda parte, a parte mais prática, terá inicio após um interregno de duas horas para se lanchar ou jantar. Por volta das 20.00 horas e durante a noite dentro, terá início então a sessão nocturna, de observação astronómica.

O programa será o seguinte:
  • 14:00 – Recepção dos participantes
  • 14:30 – Inicio
    • As Coordenadas Celestes e Orientação
    • Binóculos e Observação
    • Telescópios, Tipos e Utilização
    • A Potência dos Telescópios
    • As Oculares e as Lentes Barlow
    • Filtros, para que servem
    • Montagens, Tipos e sua Utilização
    • Buscadores
    • Limpeza e Manutenção de Equipamentos
    • Observação, dicas úteis
  • 18:00 – Intervalo
  • 20:00 – Inicio da Sessão Nocturna
    • Apoio à montagem, alinhamento e preparação dos equipamentos às observações
    • Passeio pelo céu à descoberta das constelações
    • Exploração à Lua e suas crateras
    • Observação guiada a objectos do céu profundo (galáxias, enxames e nebulosas)
  • ~00:00 – Sessão sem hora de fim definido

Inscrições

Os preços das inscrições são os seguintes:
  • Sócios Ad-Astra –  20 Euros
  • Não sócios Ad-Astra – 25 Euros
Notas Importantes:
  • A realização do Workshop estará dependente de um numero mínimo de participantes.
  • A sessão nocturna está limitada às condições atmosféricas desse dia.
  • Caso não seja possível realizar a sessão nocturna por falta de condições atmosféricas, a sessão será agendada para data do Workshop seguinte ou em outra noite a divulgar. Este reagendamento não terá quaisquer custos adicionais.

    Música actual para geopedrados

    quarta-feira, fevereiro 16, 2011

    O Meu Amor Anda em Fama

    Recordar o Mestre da Guitarra portuguesa

    O Blog Geopedrados confirma - o uso de pseudopedagogias (só)cretinas prejudica o ensino-aprendizagem dos nossos alunos...



    TESTE DE FÍSICA?!

    O Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação não pára de nos espantar. Agora resolveram, num teste intermédio do 11.º ano de Física e Química A, repito do 11.º ano, fazer uma transcrição de um texto de um livro meu, com apenas quatro linhas e adaptado (adaptado? faz algum sentido?), pedindo aos alunos para "transcrever" (sic) uma informação trivial que está no texto. Pede-se apenas uma transcrição de uma transcrição. Já só falta assinar o nome para ser aprovado.

    Não posso por isso deixar de concordar em absoluto com o comentário de Carlos Portela, responsável da Divisão Técnica de Educação da Sociedade Portuguesa de Física sobre aquela prova:
    "A questão 1 do Grupo I na qual o aluno deve transcrever a parte de um texto, de apenas 4 linhas, que refere o que Oersted observou, não é admissível neste ano de escolaridade. Esta questão pode ser respondida por um aluno do 2º ciclo do ensino básico que nunca tenha estudado o assunto abordado, não permitindo avaliar se o aluno consegue distinguir entre observação e interpretação (...)

    Conclui-se que este teste intermédio dá indicações erradas aos alunos sobre as suas aprendizagens e não os estimula ao esforço que é necessário para que sejam atingidos os objectivos de aprendizagem da disciplina. Constitui-se, desse modo, como um elemento que perturba o trabalho desenvolvido pelos professores na escolas, já que desincentiva a criação de hábitos de trabalho dos alunos para que possam ser atingidos os objectivos da disciplina ao dar a ideia de que é possível atingir resultados positivos sem que seja necessário investir no estudo."

    Para que o leitor julgue por si próprio, deixo o excerto da prova:
    "GRUPO I

    Durante algum tempo o magnetismo e a electricidade ignoraram-se mutuamente. Foi só no início do século XIX que um dinamarquês, Hans Christian Oersted, reparou que uma agulha magnética sofria um desvio quando colocada perto de um circuito eléctrico, à semelhança do que acontecia quando estava perto de um íman. Existia pois uma relação entre electricidade e magnetismo.

    C. Fiolhais, Física Divertida, Gradiva, 1991 (adaptado)

    1. Transcreva a parte do texto que refere o que Oersted observou."

    in De Rerum Natura - post do Doutor Carlos Fiolhais

    Orlando Ribeiro visto por Galopim de Carvalho


    NASCEU AQUI, em Lisboa, faz hoje, dia 16 de Fevereiro de 2011, 100 anos, e deixou-nos, vai para 14, em Novembro de 1997. A memória que eu e muitos outros temos dele é ainda muito fresca, tal a marca que deixou em nós.

    Geógrafo tradicional, de elevada craveira, dentro e fora do país, nos domínios da geografia física (geomorfologia) e da geografia humana, com uma notável preparação geológica, Orlando Ribeiro foi um humanista igualmente reconhecido a nível nacional e internacional. Renovador da Geografia em Portugal, o Prof. Orlando (era assim que o tratávamos), foi senhor de muitos saberes em outras áreas, como as da História, da Antropologia, da Etnografia e da Geologia, saberes que expunha numa linguagem falada e escrita de invulgar correcção, não raras vezes poética.

    De parceria com o seu colega e amigo Pierre Birot, de l’Institut de Geographie de Paris, foi pioneiro numa metodologia de investigação geomorfológica, substancialmente assente no cabal conhecimento dos sedimentos resultantes da erosão do relevo. E foi nesta linha inovadora que me concedeu o privilégio de aceitar ser meu orientador nas dissertações de doutoramento que apresentei e defendi nas Universidades de Paris e de Lisboa, factos decisivos na escolha da via de investigação que caracterizou o essencial da minha actividade com geólogo e como docente.

    Como era hábito deste ilustre Mestre, para além das frutuosas e pedagógicas discussões que travava com os seus orientandos, nas visitas que com eles fazia ao terreno, lia com eles o manuscrito, em fase final das respectivas dissertações e aí, uma vez mais, voltava a discutir, dava sugestões, fazia correcções de forma e de conteúdo, e ensinava a escrever em bom português. E foi isso que ele fez comigo, o único não geógrafo entre os muitos que orientou.

    Este meu relacionamento com o Prof. Orlando aconteceu porque eu era colega do seu filho António (hoje, o igualmente ilustre Prof. António Ribeiro), na licenciatura em Ciências Geológicas, e ambos fizéramos, com ele, proveitosas saídas de campo, onde a geomorfologia, a geologia e geografia humana se harmonizavam no rigor e na beleza, por vezes poética, do seu discurso. Aconteceu, ainda, porque éramos vizinhos. Das traseiras da sua casa falava-se para as traseiras da minha. Assim, para além da relação mestre/discípulo, fomos amigos chegados ao longo de cerca 40 anos.

    in Sopas de Pedra - post de Galopim de Carvalho

    NOTA: este é o post 4.500º do Blog Geopedrados!

    O Homem com nome de vulcão nasceu há 100 anos

    Faz hoje 100 anos que nasceu Orlando Ribeiro, cujo nome ficou ligado a um monte (vulcão) formado por uma erupção na ilha do Fogo, em Cabo Verde, em 1951 - o Monte Orlando. A foto anterior, do célebre geógrafo, ilustra o seu vulcão!

    Carlos Paredes nasceu há 86 anos





    (imagem daqui)


    Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Carlos Paredes é um guitarrista que para além das influências dos seus antepassados - pais, avós, tios, todos eles exímios guitarristas de Coimbra - mantém um estilo Coimbrão, a sua guitarra é de Coimbra, e própria afinação. A sua vida em Lisboa marcou-o e inspirou-lhe muitos dos seus temas e composições. Conhecido como O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.


    ADENDA: faz hoje anos o fadista João Ferreira-Rosa...

    Orlando Ribeiro nasceu há 100 anos

    (imagem daqui)

    Orlando Ribeiro (Lisboa, 16 de Fevereiro de 1911 - Lisboa, 17 de Novembro de 1997) foi um geógrafo e historiador português.

    (...)
    Ribeiro dedicou toda a sua vida ao ensino e investigação em Geografia, e é a justo título considerado como o renovador desta ciência em Portugal. Foi também o geógrafo português do século XX com mais projecção ao nível internacional. A sua vasta obra inclui não só científicos na Geografia, mas revela também uma diversidade de interesses intelectuais invulgares. Orlando Ribeiro licenciou-se em Geografia e História em 1932, e veio a doutorar-se em 1935 pela Universidade de Lisboa com a tese A Arrábida, esboço geográfico. Entre 1937 e 1940 (durante a guerra) viveu em Paris, e trabalhou na Sorbonne, com Marc Bloch, Emmanuel de Martonne e A. Demangeon. Em 1940, foi nomeado professor da Universidade de Coimbra, mas rapidamente se instalou em Lisboa. Em 1943, já em Lisboa, fundou o Centro de Estudos Geográficos.
    Da sua intensa actividade científico-académica destaca-se Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Em 1966, o Centro de Estudos Geográficos começou a publicar a revista Finisterra, que foi e continua a ser a principal publicação da Geografia portuguesa, com projecção internacional.
    O interesse intelectual de Ribeiro pela História, Antropologia e Etnografia foi desenvolvido essencialmente enquanto discípulo de David de Melo Lopes e de Leite de Vasconcelos. Ribeiro lançou-se também na Geologia com Carlos Teixeira. Trabalhou ainda com Juvenal Esteves, Barahona Fernandes e Celestino da Costa.
    Recebeu o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada, em 1987.

    terça-feira, fevereiro 15, 2011

    Parabéns, Galileu!


    Galileu, sendo imortal, faz hoje 447 anos, como bem nos lembra o AstroPT. Para além da revolução nos céus, deixa-nos uma das mais belas frases da Ciência: Eppur si muove! E, também, a famosa experiência da Torre de Pisa (uma das míticas histórias da Ciência pois, aparentemente, tal experiência nunca foi feita) em que, confrontando Aristóteles, Galileo afirma que, no vazio, não existe qualquer razão para que corpos diferentes tenham tempos de queda diferentes. Textualmente, Galileu:

    O ridículo da opinião de Aristóteles é mais claro do que a luz. Quem vai acreditar, por exemplo, que se duas esferas de chumbo forem largadas da órbita da Lua, sendo uma cem vezes maior do que a outra, a maior chegue à Terra numa hora, enquanto a menor leva cem horas no seu movimento? Ou se duas pedras forem lançadas ao mesmo tempo de uma torre alta, tendo uma o dobro do tamanho da outra, quem vai acreditar que a mais pequena vá a meio do caminho quando a grande está a chegar ao chão?

    O que Galileu não imaginava é que, vários séculos mais tarde, essa mesma experiência foi feita num outro corpo celeste e o seu nome invocado.
    Eis o capitão David Scott, da missão Apollo 15, numa demonstração pedagógica, com um martelo e uma pena...

     

    Até quando...?

    Desde 2005 a «prejudicar os interesses do país»:


    «Os números oficiais do Instituto da Gestão da Dívida Pública aí estão para evidenciar esse enorme buraco, cada vez mais descontrolado.
    Nos anos da governação de Sócrates, o aumento da dívida pública foi o seguinte:

    2005- 11,1 mil milhões de euros
    2006- 6,8 mil milhões de euros
    2007- 4,2 mil milhões de euros
    2008- 5,7 mil milhões de euros
    2009- 14,3 mil milhões de euros
    2010- 14 mil milhões de euros.
    Nos 6 anos de 2005 a 2010, a dívida aumentou 56,1 mil milhões de euros, passando de 90,7 mil milhões para 146,8 mil milhões de euros. E se, em 2004, significava 60% do PIB, em 2009 representa 79,4% e em 2010 vai aproximar-se dos 90%.
    Se a estes valores da dívida directa juntarmos cerca de 30 mil milhões de euros de dívida indirecta das empresas públicas deficitárias e que o Estado terá que honrar e ainda o valor actual dos compromissos com as PPPs no montante de cerca de 26 mil milhões de euros, teremos um valor global de 203 mil milhões de euros, equivalente a 122% do PIB. Em apenas 6 anos, a dívida pública sobe exponencialmente.
    O risco de crédito é, de facto, enorme. Os credores e agências de rating apenas vêem o óbvio.
    Por cá, o pensamento oficial insiste em negar a evidência. Para continuar na senda do despesismo de que é exemplo o aumento da despesa corrente previsto para 2010.
    Mas querem o Governo e os “pensadores” a soldo fazer de nós parvos ou quê?» (4R)
    .
    Isto, num país normal, seria suficiente para se exigir a imediata remoção desses incompetentes que andam há anos a enganar e a enganarem-se. Mas como não é de todo um país normal, temos uma oposição que anda com eles ao colo.

    in Blasfémias - post de Gabriel Silva

    O país dos records de um pseudo-engenheiro

    (imagem daqui)


    O governo dos mentirosos, aldrabões e cobardes

    (imagem daqui)

    Maioria dos cargos a extinguir na Segurança Social estão vagos

    A maioria dos cargos que Helena André diz que vai extinguir são lugares que já não estavam ocupados.

    O lugar de vogal no Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) que o Governo disse que pretendia extinguir não está ocupado por ninguém. O cargo de subdirector-geral da Direcção-Geral da Previdência (DGSS) que se pretende eliminar, na prática, também não existe.

    O mesmo se passa com boa parte dos 100 lugares a suprimir no Instituto da Segurança Social (ISS): correspondem a postos que foram sendo deixados vagos nos últimos meses e não foram reocupados.

    Depois de no domingo ter enviado uma nota ao Negócios dizendo que "vão ser extintos, de imediato" os lugares acima referidos, ontem, o secretário de Estado da Segurança Social, esclareceu que o processo já ocorreu.

    Em declarações citadas pela Lusa, Pedro Marques (na foto) diz que os 100 cargos de dirigentes no ISS foram extintos nos últimos tempos, à custa de aposentações, não renovações de comissões de serviço e de transferência de funcionários para Instituições Privadas de Solidariedade Social. No caso do IGFSS e da DGSS, está apenas em causa riscar, da lei orgânica, os referidos lugares.

    Música (country...?!?) de um grupo que está a fazer muito sucesso

    Música (quase) actual para geopedrados


    NOTA: ideia roubada ao Blog A Educação do meu Umbigo (Paulo Guinote rules...!).

    Planeta Homem - mais uma fantástica série BBC

    Música para a ressaca do dia dos namorados

    Porque nem todos os "amores" têm um final feliz


    Bebo & Cigala: La Bien Pagá (via O Cachimbo de Magritte)

    Site sobre Orlando Ribeiro


    O Blog Geopedrados recomenda, na véspera da passagem dos 100 anos do nascimento do Professor Doutor Orlando Ribeiro, a visita ao site que o homenageia:


    Citemos a sua introdução:

    ORLANDO RIBEIRO, 1911-1997


    Essencialmente dedicado ao ensino e investigação em Geografia, Orlando Ribeiro é considerado o renovador desta ciência no Portugal do século XX, e o geógrafo português com mais ampla projecção a nível internacional. No entanto, a sua vasta obra, produzida a par da longa e intensa carreira como professor e investigador universitário, abarca muito mais do que avanços científicos na Geografia, e revela uma diversidade de interesses e intervenções que desenham uma invulgar geografia intelectual.
    A renovação da Geografia, pela introdução do factor humano como elemento central à compreensão geográfica entendida como síntese de muitas realidades, é antes de mais fruto de um espírito humanista que desde os anos do liceu impulsionava o estudante Orlando Ribeiro para o conhecimento da História, da Antropologia, da Etnografia, através do contacto, entre outros, com David Lopes, seu professor, e Leite de Vasconcellos, de quem foi também, desde muito jovem e ao longo da vida, dedicado discípulo.
    Mas o alargamento de horizontes da Geografia como ciência é também resultado do seu espírito curioso e independente que, ainda nos bancos da escola, o levou a manter ligações com cientistas de outras áreas, onde procurou alicerces de uma formação naturalista que sempre consideraria indispensável a um geógrafo. Aprendeu geologia trabalhando no campo com Fleury e colaborando mais tarde com Carlos Teixeira e Zbyszewsky. Reflexões metodológicas e sobre questões de biologia, buscou-as na medicina através de amigos como Juvenal Esteves, Barahona Fernandes ou Celestino da Costa. Com eles partilhava também a inspiração universalista da literatura e da música, em autores como Goethe, Bach, Beethoven e Bruckner. É sobre Goethe a sua primeira conferência, no ano do centenário da morte do escritor (1932), e o seu primeiro artigo, Geografia humana, é publicado, em 1934, numa revista de medicina.
    Licenciado em Geografia e História em 1932, Orlando Ribeiro doutorou-se em Geografia pela Universidade de Lisboa em 1936, com a tese A Arrábida, esboço geográfico. Em 1937 segue para Paris como Leitor de Português na Sorbonne, onde viria a alargar horizontes com mestres como Marc Bloch, E. de Martonne e A. Demangeon. De regresso a Portugal em 1940, foi sucessivamente nomeado Professor em Coimbra e em Lisboa onde, em 1943, fundou o Centro de Estudos Geográficos. Da sua intensa actividade se destaca, desde 1945, uma das suas obras de síntese mais conhecidas, Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, e a criação, em 1966, da revista Finisterra, ainda hoje um dos veículos editoriais mais importantes para a geografia portuguesa, a nível nacional e internacional.

    A colaboração científica internacional foi, com efeito, outro aspecto marcante da actividade de Orlando Ribeiro. Em 1949 organizou em Lisboa o que seria, no pós-guerra, o primeiro Congresso da União Geográfica Internacional, organização para que viria a ser nomeado Primeiro Vice-Presidente em 1952. Ao longo da vida praticou, e estimulou nos seus alunos, o intercâmbio com geógrafos estrangeiros através de estágios e de viagens de investigação a que dedicou grande parte do seu tempo.
    São talvez as viagens, e os trabalhos delas resultantes, o melhor testemunho da sua actividade como geógrafo. Mas são também elas, por excelência, os elos que nos revelam as suas preocupações sociais com os territórios e povos estudados, e nos transportam à sua sensibilidade como fotógrafo, ao “fundo mágico da sua personalidade”, à qualidade literária da sua prosa. Viajante incansável, sobretudo em Portugal e Espanha na década de 40, e pelo Mundo fora entre 1950-1965, com destaque para o ultramar português, Orlando Ribeiro oferece-nos leituras de muitos lugares do Mundo em que a observação científica não se desliga da natureza como um todo, dos costumes, da arte e, sobretudo, do elemento humano.


    Cidadão interveniente e profícuo prosador sobre muitos outros temas como a ciência, o ensino e a universidade, as reformas educativas ou os problemas coloniais, Orlando Ribeiro usou sempre de uma frontalidade que, se não diminuía o respeito científico que lhe era reconhecido, também nunca facilitou as suas relações com os órgãos de decisão, desde o Estado Novo ao período pós 25 de Abril. Por muito tempo teve, como resposta às suas opiniões, um invariável silêncio. Contrastando com o precoce reconhecimento a nível internacional, a difusão da sua obra e as honras oficiais, no seu próprio país, surgiram muito tardiamente.
    É ainda pela própria pena de Orlando Ribeiro que podemos hoje rever toda uma época e experiência de vida através da sua rica prosa memorialística, recolhida e dada à estampa em Orlando Ribeiro: Memórias de um Geógrafo, em 2003. Mas, sobre Orlando Ribeiro e a sua obra, existem também muitos outros testemunhos publicados desde os anos 70.

    O padre guerrilheiro Camilo Torres morreu há 45 anos

    CAMILO TORRES RESTREPO
    Camilo Torres Restrepo (Bogotá, 3 de febrero de 1929 - Patio Cemento, Santander, 15 de febrero de 1966) fue un sacerdote católico colombiano, pionero de la Teología de la Liberación, cofundador de la primera Facultad de Sociología de América Latina y miembro del grupo guerrillero Ejército de Liberación Nacional (ELN). Durante su vida, promovió el diálogo y el sincretismo entre el marxismo y el catolicismo.

    segunda-feira, fevereiro 14, 2011

    Música de encerramento do Dia dos Namorados 2011

    Para os mais tímidos e para os casos perdidos, este tema imortal dos Xutos & Pontapés:



    Hás-de ver - Xutos & Pontapés


    Palavras que se enrolam na língua
    Uma timidez superlativa
    Há coisas difíceis de dizer
    Não vou ficar a olhar
    Deixar o tempo passar
    E ver o teu sorriso a desaparecer


    Kilos de alegria
    Montes de prazer
    Há-de vir o dia
    Em que te vou dizer


    Não sou gago
    Não me falta a vontade
    Sei que te me dás
    Essa liberdade
    Mas há coisas difíceis de dizer


    Vou ver se consigo
    Dizer-te ao ouvido
    Estas três palavras
    Que trago comigo
    Hás-de ver


    Kilos de alegria
    Montes de prazer
    Há-de vir o dia
    Em que te vou dizer


    Lá estou eu outra vez a tremer
    Com esta conversa pra fazer
    Farto de calar
    Farto de sofrer
    Mas há coisas difíceis de dizer
    Farto de sofrer
    Farto de calar
    Com todo o meu amor