segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Dinossauros da Lourinhã na Academia das Ciências de Lisboa


A Academia das Ciências de Lisboa tem vindo a recuperar instalações que, também, têm a ver com actividades do Museu. É o caso de uma antiga instalação que dava entrada para o Convento da Ordem Terceira, agora arranjado como Sala de Exposições temporárias.

Nada melhor, a propósito, do que aproveitar o ensejo para prosseguir a colaboração da Academia das Ciências de Lisboa com o GEAL/ Museu da Lourinhã, e dar a conhecer, em Lisboa, parte de um património riquíssimo, no género, o mais relevante em Portugal.

Vários exemplares representam espécies que foram novas para a Ciência, como o Lourinhanosaurus antunesi, cujo tipo será exposto pela primeira vez em Lisboa, um dos dinossauros que viveram durante o Jurássico superior, há 150 milhões de anos, no território onde hoje é Portugal, mais concretamente na área da Lourinhã.

O nome é dedicado à vila da Lourinhã. Embora latinizado, conforme as regras de Nomenclatura Zoológica, significa literalmente “lagarto da Lourinhã, dedicado a [Miguel Telles] Antunes”. Este investigador, da Universidade Nova de Lisboa, membro da Academia de Ciências de Lisboa e director do Museu desta instituição, é um dos mais prestigiados paleontólogos europeus. Além disso, é membro do Conselho Científico do GEAL.

Esta exposição revela-se, pois, como oportunidade única de vermos em Lisboa este e outros dinossauros. Convém lembrar que foi feita uma réplica do esqueleto de Lourinhanosaurus, a qual esteve em exposição temporária no Japão em vez do original, uma vez que foi decidido evitar os riscos inerentes à sua saída do País.

Teremos, também, divertidas actividades para os mais novos (incluindo tirarem uma fotografia com o Dinoacadémico), sujeitas a um número mínimo de inscritos e com pré-inscrição.

A mostra estará presente ao público de 3 a 27 de Fevereiro, das 10h às 19h de Segunda-Feira a Domingo. A entrada é livre e aberta ao público em geral.


Retirado daqui

Homens da Luta - Geração Sócrates

Mais uma notícia sobre Orlando Ribeiro

O geógrafo que gostava de fotografia, de música e de vulcões
12.02.2011 - Teresa Firmino

Na ilha do Fogo em 1951 - fotografia do álbum Finisterra, de Orlando Ribeiro

Andou pelo país e pelas antigas colónias. Inseparável da sua Leica, Orlando Ribeiro fotografava tudo e, em cadernos de campo, anotava e desenhava. O seu livro Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico é das obras mais marcantes do século XX português. Retrato do grande mestre da geografia amanhã, na RTP2. Para ouvir, como uma sinfonia de Bruckner.

O portão da moradia de Vale de Lobos, Sintra, dá as boas-vindas aos espectadores, entre árvores e flores. Instantes depois, a geógrafa Suzanne Daveau leva-nos, escadas acima, até ao interior da casa que partilhou durante anos com Orlando Ribeiro. Na sala cheia de livros, põe um disco de vinil no gira-discos, música de Anton Bruckner, como início da banda sonora da viagem que se seguirá sobre Orlando Ribeiro, o geógrafo, o viajante, o fotógrafo, o melómano.

Fundador da geografia moderna portuguesa, Orlando Ribeiro nasceu a 16 de Fevereiro em 1911, em Lisboa, e morreu a 17 de Novembro de 1997. O documentário Orlando Ribeiro - Itinerâncias de Um Geógrafo, da autoria e realização de António João Saraiva e Manuel Carvalho Gomes, marca o centenário do seu nascimento. Estreia-se amanhã na RTP2, às 21h. (Na terça-feira, às 17h30, na Academia de Marinha, em Lisboa, dois dos seis filhos de Orlando Ribeiro, do casamento anterior, Fernando e António, falarão dele como pai, como homem de cultura e das influências que recebeu do sogro, o historiador Manuel Ramos, especialista na fundação de Portugal e de quem foi aluno na universidade.)

Quando tinha quatro anos, a mãe morreu e ele foi criado nos arredores de Almada, em Runa, com o avô materno, major reformado que lhe despertou o gosto pelo estudo. O filho António Ribeiro, geólogo também conhecido, recorda essas raízes no documentário: "Uma das pessoas que mais o influenciou na infância e na juventude foi o avô materno, Augusto Carvela, que era uma pessoa com uma certa formação. Tinha sido oficial do Exército e tinha uma cultura geral bastante vasta."

É na companhia do avô que tem o primeiro contacto com o campo, em Runa e Viseu, de onde a família era originária e onde ia passar férias. "Tudo lugares onde o campo está perto, onde era possível estar só, passear por sítios aprazíveis, apanhar amoras e, na beira dos caminhos, cortar canas para fazer brinquedos", contou nos seus escritos, reunidos em Memórias de Um Geógrafo (Edições João Sá da Costa, 2003), e que ouvimos agora narrado pela voz do jornalista Fernando Alves. "O gosto da geografia devo-o ao amor da natureza e da vida do campo, desenvolvido em longos passeios a pé", continuava. "A partir destas recordações de infância, sinto-me profundamente enraizado na vida obscura do meu povo. Criado entre gente simples e humilde, fiquei sempre fiel às origens, ao gosto de uma vida sóbria (...)."

Aos oito anos, regressou a Lisboa, a casa do pai, o "senhor António da drogaria", como era conhecido na Rua da Escola Politécnica. Frequentou o Liceu Passos Manuel entre 1921 e 1928, onde foi admitido com 20 valores. Formou-se em História e Geografia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e aí contactou pela primeira vez com o etnógrafo Leite de Vasconcellos, já aposentado, a quem chamava "mestre". Em 1934, começou a fazer várias viagens por Portugal, como bolseiro do Instituto de Alta Cultura, e a preparar a tese de doutoramento Arrábida - Esboço Geográfico, que terminou dois anos depois. No ano seguinte, 1937, partiu como leitor de português para a Universidade Paris-Sorbonne, onde esteve até 1940, e aí também estudou geografia. Nesse período, entre 1936 e 1940, no intervalo dos anos lectivos, correu Portugal de uma ponta a outra, sobretudo a Beira Baixa, zona de contraste entre o Norte e o Sul, rica para um trabalho em que se aplicassem os métodos da geografia moderna - sempre acompanhado por um objecto precioso, uma máquina fotográfica, dando azo a uma das suas paixões.

Com o primeiro dinheiro que ganhou com as aulas de Português em Paris, fez logo uma compra. "Uma boa máquina fotográfica, que conservou ao longo da vida", conta Suzanne Daveau, que conheceu o geógrafo numa conferência em Estocolmo e veio a casar-se com ele em 1965. "Ficou tão contente com esta compra que escreveu logo ao mestre, Leite de Vasconcellos: "Comprei uma máquina Leica, que me custou chorudos um conto e oitocentos [nove euros a preços actuais] - e não 18 tostões -, mas que faz tudo o que é preciso e só tem o inconveniente de tornar as excursões mais caras. Era, porém, um traste indispensável que fica incondicionalmente ao seu dispor nas excursões que fizermos juntos.""


Uma pérola da cultura

O seu trabalho mais famoso é Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, editado pela primeira vez em 1945 (actualmente publicada pela Livraria Sá da Costa Editora). Palavras de Orlando Ribeiro ditas por Fernando Alves no documentário: "Publiquei um livro ambicioso no título e no conteúdo: Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, primeiro ensaio de síntese na destrinça de influências e relações que se entrelaçam na terra de Portugal."

Entremos de novo na sala em Vale de Lobos, para ouvir Suzanne Daveau falar deste livro e do que descobriu enquanto arrumava papeladas para entregar à Biblioteca Nacional, que ficou com a guarda do espólio de Orlando Ribeiro, incluindo os 24 cadernos de viagem, correspondência e os manuscritos das suas obras. "Encontrei nesta agenda minúscula do ano 1941 um apontamento muito curioso. No dia 31 de Maio, está esta indicação: "O editor da Coimbra Editora pediu-me um livro para a Colecção Universitas. Grande alegria minha."" E na agenda consta um título provisório, Portugal, Produtor de Homens: "Não tenho dúvida de que é o pedido que levou à realização do livro mais conhecido do Orlando, Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico."

No depoimento que presta no documentário, o sociólogo António Barreto diz: "Considero este livrinho uma verdadeira pérola da cultura portuguesa. É certamente dos melhores livros de todo o século XX e um dos grandes livros de toda a literatura portuguesa, científica ou não. Neste caso, científica." E acrescenta: "É um livro maravilhosamente bem escrito, de um precisão, de um rigor, de uma modéstia académica, em que ele sugere, propõe, define. Devia ser sempre, sempre, lido nas escolas."

Também José Mattoso sublinha a importância deste livro. "Na altura, os historiadores não se aperceberam de que isso obrigava a uma nova concepção da História de Portugal, tanto mais que o regime salazarista tinha uma ideologia extremamente unitária do país e fundamentava a sua ideologia na unidade fundamental de Portugal", diz o historiador. "E o que o professor Orlando Ribeiro veio trazer foi a demonstração de que não havia unidade, há diversidade."

Ele fundou, em 1943, o Centro de Estudos Geográficos (CEG) da Universidade de Lisboa, a primeira instituição nacional de investigação na disciplina, e a que presidiu até 1973. A geografia em Portugal ganhou então uma dimensão internacional e muitos foram os discípulos que Orlando Ribeiro deixou, como Raquel Soeiro de Brito, Ilídio do Amaral ou Jorge Gaspar.


Onze mil imagens

É no CEG que está a colecção de imagens do geógrafo, cerca de 11 mil. Tem dez mil fotografias a preto e branco e as restantes imagens são diapositivos. Tirou-as não só em Portugal, mas nos vários países que calcorreou, desde o Brasil e México até Marrocos, Egipto e as ex-colónias, com excepção de Timor. E não só fotografava, como desenhava muito nos cadernos de campo, que depois usava como documentação.

Em Portugal, as deambulações faziam-se numa carrinha 4L. "Era um carro alto, que conseguia atravessar os caminhos maus, os rios", diz Suzanne Daveau. "O Orlando conhecia a fundo Portugal. Queria mostrar-me os lugares que conhecia. Mas de vez em quando chegávamos a uma aldeia e ele dizia: "Ah, nesta aldeia nunca estive!" Ficava felicíssimo por descobrir uma coisa que não conhecia."

Um dos momentos mais deliciosos do documentário é aquele em que Orlando Ribeiro surge na ilha do Faial, tendo como cenário o vulcão dos Capelinhos, que entrou em erupção a 27 de Setembro de 1957, e onde ele e Raquel Soeiro de Brito chegaram poucos dias depois. É o único momento em que ouvimos a voz de Orlando Ribeiro, a ser entrevistado para a RTP, que tinha iniciado as emissões regulares meses antes: "Infelizmente não é possível oferecer - como é que se chamam as pessoas que escutam isto?... os telespectadores, são os telespectadores - os ruídos do vulcão, de modo que para os substituir, muito tristemente, aliás, vamos dizer alguma coisa sobre a erupção."

Tal como no vulcão dos Capelinhos, documentou e fotografou profusamente a erupção na ilha do Fogo, em Cabo Verde, em 1951. No livro A Ilha do Fogo e as Suas Erupções, de 1954, não se esqueceu também das provações por que passava a população com a seca e as fomes, no capítulo As crises: miséria e redenção. Ao contrário do resto do livro, enviado à Junta de Investigações do Ultramar, esse capítulo seguiu logo para a tipografia, para evitar que fosse censurado. "O Orlando já era conhecido internacionalmente. Como na altura era vice-presidente da União Geográfica Internacional, não tiveram a coragem de suprimir o livro", conta Suzanne Daveau.

Também não fica esquecida a sua paixão pela música, a ponto de Ilídio do Amaral se lembrar de um episódio: "Resolveu que num dia da semana, salvo erro sexta-feira, o seu grupo de assistentes ouviria música clássica. Comprámos um gira-discos, eu trouxe da minha colecção, ele trouxe da dele, punha-se a tocar. E ele, Orlando Ribeiro, explicava." Paixão que transparece nas Memórias de Um Geógrafo, nomeadamente pelo Adágio da Sétima Sinfonia de Bruckner, "muito solene e muito lento", dizia. "É qualquer coisa de arrepiantemente exacto e subtil - qualquer coisa que só o poder divino é capaz de insuflar, quase para além do humano e, no entanto, terrivelmente sentido por um espírito ávido de precisão."

Aproxima-se o centenário do geógrafo Orlando Ribeiro...

... e ontem a RTP2 deu um excelente documentário sobre a vida deste Senhor:




"Orlando Ribeiro, Itinerâncias de um Geógrafo" comemora o centenário do nascimento de Orlando Ribeiro (1911-1997), transportando para o século XXI a memória deste geógrafo português e a sua obra de incontornável valor universal. Em forma de viagem, o documentário aborda a genial e vasta obra de Orlando Ribeiro, construída a partir de um grande amor pela Geografia Física e Humana. A vida e a obra de Orlando Ribeiro são narradas na primeira pessoa, usando excertos de textos do próprio autor apoiados pelo depoimento de personalidades com que se cruzou durante a vida.

GÉNERO:
Documentários

FICHA TÉCNICA:
Duração: 1 HORA
Produção: B´lizzard – Criatividade, Comunicação e Serviços, Lda e Pedro Canavilhas
Realização: Manuel Gomes e António Saraiva
Autoria: Manuel Gomes e António Saraiva
Últimas Exibições:
RTP2 - 2011-02-13 | 21.00 horas

Sobre o documentário, apenas uma palavra - excelente! Para o Toni (António Saraiva, ex-aluno de minha mãe e marido de uma prima) os nossos agradecimentos pela brilhante prestação...

NOTA: para os interessados, o site da RTP tem o documentário disponível para - AQUI.

Poema para o Dia dos Namorados

Imagem Activa

O amor é uma companhia

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro

Música adequada à data



Somebody To Love


Can anybody find me somebody to love?
Each morning I get up I die a little
Can barely stand on my feet
Take a look in the mirror and cry
Lord what you're doing to me
I have spent all my years in believing you
But I just can't get no relief, Lord!
Somebody, somebody
Can anybody find me somebody to love?


I work hard every day of my life
I work till I ache my bones
At the end I take home my hard earned pay all on my own -
I get down on my knees
And I start to pray
Till the tears run down from my eyes
Lord - somebody - somebody
Can anybody find me - somebody to love?


(He works hard)


Everyday - I try and I try and I try -
But everybody wants to put me down
They say I'm goin' crazy
They say I got a lot of water in my brain
Got no common sense
I got nobody left to believe
Yeah - yeah yeah yeah


Oh Lord
Somebody - somebody
Can anybody find me somebody to love?


Got no feel, I got no rhythm
I just keep losing my beat
I'm ok, I'm alright
Ain't gonna face no defeat
I just gotta get out of this prison cell
Someday I'm gonna be free, Lord!


Find me somebody to love
Can anybody find me somebody to love?

Cupid's Day



domingo, fevereiro 13, 2011

Vamos brincar às coincidências?


Título por Carlos Drummond de Andrade

Rui Pedro Soares era administrador da PT,
que é dona da TMN,
que perdeu registos telefónicos de Rui Pedro Soares,
num caso  que também envolvia Joaquim Oliveira,
que é dono do DN,
cujo director tentou abafar a história.

in Blasfémias - post de João Miranda 

Subscrevo e assino por baixo

(imagem daqui)


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in Blasfémias - post de João Miranda

Hoje é dia de ouvir Ópera

Para recordar Richard Wagner


NOTA: para cinéfilos malucos, sugere-se a observação de outra versão - AQUI.

Música do aniversariante de hoje

O extraordinário mês de Janeiro de 2011, segundo Bandeira



Cravo & Ferradura, DN, Janeiro 2011 (in Bandeira ao Vento)

A Guerra da Restauração terminou há 343 anos


O Tratado de Lisboa foi um tratado assinado a 13 de Fevereiro de 1668 entre Portugal (Afonso VI de Portugal) e Espanha (Carlos II de Espanha) que viria a pôr fim à Guerra da Restauração. Por este tratado, a Espanha reconhece a independência de Portugal e devolvem-se prisioneiros e conquistas. Exceptua-se a cidade de Ceuta que ficará na posse de Espanha.

sábado, fevereiro 12, 2011

Pela suspensão da aldrabice da avaliação de desempenho do pessoal docente já!

Encontro no Porto
Dirigentes escolares exigem suspensão do processo de avaliação e pedem justiça

O actual modelo de avaliação de desempenho do pessoal docente foi hoje fortemente criticado, no Porto, por muitos dirigentes de escolas públicas que exigem que o Ministério da Educação (ME) o suspenda por que entendem que o modelo em curso “não garante justiça na avaliação nem promove a qualidade da escola pública”. E até se “construir um modelo de avaliação de desempenho simples, exequível e justo, deve, igualmente ser suspensos todos os efeitos dele decorrentes, nomeadamente na progressão na carreira e nos concursos”.

Numa moção aprovada por larga maior (apenas três votos contra), no final do I Encontro Nacional de Dirigentes de Escolas Públicas, os professores dão conta das “nefastas consequências da implementação do processo de avaliação neste ano lectivo” e referem que “até à presente data, a menos de seis meses do termo de um ciclo de avaliação de dois anos, ainda não se estabeleceram quotas diferenciadas para as menções de muito bom e excelente destinadas aos diferentes agentes do processo (avaliados, relatores e membros da comissão de coordenação de avaliação e desempenho”.

Durante o encontro foram ouvidas muitas críticas ao processo de avaliação e às suas “incongruências”. “É impraticável, é impossível produzir resultados justos com este modelo. É preciso acabar com esta bagunçada”, afirmou um dos oradores. Uma professora colocou a questão da avaliação no “plano da esquizofrenia” e perguntou: “Por que é que os professores têm de ser avaliados num intervalo de tempo de dois em dois anos?”

O novo código de contratos públicos não escapou à chuva de críticas. Os dirigentes deram conta das “enormes dificuldades por que passam as escolas públicas com a aplicação das novas regras de contratação pública” e denunciaram a inadequação do código a micro-organizações como são as escolas e os agrupamentos de escolas”. Considerando-o “inexequível”, os dirigentes fazem saber que “rejeitam, desde já, eventuais responsabilidade por incumprimento das disposições legais que resultem da inexistência de recursos humanos habilitados, que lhes permitam aplicar o código em toda a sua extensão e profundidade”.

Parque Escolar contestada

Da ordem de trabalhos do I Encontro de Dirigentes de Escolas Públicas faziam também parte a agregação de escolas e agrupamentos e a organização do próximo ano lectivo. Relativamente a estes dois pontos ouviram-se muitas críticas com os oradores a questionarem o ministério de Isabel Alçada. Sobre o primeiro ponto, foi aprovada uma moção na qual exigem do Ministério da Educação que “nenhum processo de agregação possa ser levado a cabo sem os pareceres concordantes da administração autárquica e da comunidade educativa (conselhos gerais)”: Exigem também que o processo de agregação seja antecedido de um período de discussão pública local nunca inferior a 30 dias e que nunca resultem unidades orgânicas com um número de alunos superior a 1500”.

Já sobre o último tema do encontro, os dirigentes escolares mostram uma grande apreensão. Aludiram ao novo diploma de organização do ano lectivo que “prevê reduções significativas no crédito de horas lectivas e equivalentes até agora à disposição das escolas para o exercício de cargos, o desenvolvimento de projectos e o apoio pedagógico”. “As restrições de crédito de horas lectivas surgem, precisamente, num momento em que se exige das escolas, cada vez mais, respostas abrangentes e eficazes a situações problemáticas de largo espectro socioeducativo”, lê-se na moção.

Uma moção que defendia a demissão colectiva dos dirigentes escolares foi rejeitada

Antes da aprovação das moções, um professor de um agrupamento de escolas trouxe à liça a Parque Escolar, uma empresa fortemente contestada que está a requalificar 400 escolas públicas das quais é proprietária até 2037. E o que propôs foi que as escolas regressem à posse do estado logo que terminem as obras em 2015.

Darwin nasceu há 202 anos


Charles Robert Darwin FRS (Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809Downe, Kent, 19 de Abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da selecção natural e sexual. Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenómenos na Biologia. Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.
Darwin começou a se interessar por história natural na universidade enquanto era estudante de Medicina e, depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do brigue HMS Beagle e escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. Suas observações da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Selecção Natural. Consciente de que outros antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir ideias como aquela, ele as confiou apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objecções. Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido uma ideia similar forçou a publicação conjunta das suas teorias em 1858.
Em seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de selecção natural. Esta se tornou a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza. Ele ingressou na Royal Society e continuou a sua pesquisa, escrevendo uma série de livros sobre plantas e animais, incluindo a espécie humana, notavelmente The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex (1871) e "A Expressão da Emoção em Homens e Animais" (The Expression of the Emotions in Man and Animals, 1872).
Em reconhecimento à importância do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo de Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton. Foi uma das cinco pessoas não ligadas à família real inglesa a ter um funeral de Estado no século XIX.

Sobre a vergonha - ou falta dela...

(imagem daqui)


O assunto é pouco grave. É só o exercício de voto. É só a eleição do Supremo Magistrado da Nação. Toda a gente sabe que numa democracia há coisas mais importantes. E portanto o director-geral da Administração Interna diz que se mantém no cargo enquanto Rui Pereira for ministro. E faz sentido. Se o ministro não tem vergonha por que raio devem os outros ter vergonha por ele?

in 31 da Armada - post de Rodrigo Moita de Deus

NOTA: se a pouca vergonha pagasse imposto, este governo tinha superavit - deixamos a notícia citada no post para perceberem melhor o que digo:

Director-geral da Administração Interna de consciência tranquila após caso do cartão do cidadão
Jorge Migueis diz que se manterá no cargo enquanto Rui Pereira for ministro da Administração Interna.

Jorge Migueis diz que cumpriu com as suas responsabilidades e mantém-se, por isso, à frente da Administração Eleitoral, apesar dos problemas registados com o cartão do cidadão no dia das eleições presidenciais.

“Ter responsabilidades todos temos, desde o mais alto ao próprio director, mas há níveis de responsabilidade e eu sinto que cumpri”, afirma à Renascença o director-geral da Administração Interna.

A dificuldade que muitos eleitores sentiram para votar no dia 23 de Janeiro ditaram o pedido de demissão de Jorge Migueis, mas o ministro Rui Pereira pediu-lhe que se mantivesse no cargo de director-geral da Administração Interna. Porquê? “Essa é uma questão a que só o senhor ministro poderá responder”, diz Jorge Migueis.

O director-geral da Administração Interna acrescenta que se deverá manter no cargo enquanto Rui Pereira for o ministro da tutela.

“Porque se trata, digamos, de um convite pessoal para continuar e, portanto, quando chegar ao fim de uma legislatura ou se se verificar alguma situação anómala, obviamente esse cálculo de confiança entre o ministro e eu próprio desaparece”, argumenta.

Nestas declarações à Renascença, Jorge Migueis acrescenta que ainda não teve conhecimento do primeiro relatório que resume a investigação aos problemas verificados durante as presidenciais. O documento foi elaborado pela Universidade do Minho.

O relatório deve chegar ainda hoje ao Parlamento, onde amanhã à tarde o ministro Rui Pereira vai prestar esclarecimentos sobre este assunto.

in RR

Música adequada ao momento político

Verdi - Aida (Gloria all' Egitto)

Também, em Portugal, precisamos de andar como os Egípcios - com a espinha direita e a sem a sombra de aldrabões a dar-nos cabo da vida

Ontem houve sismo(s) no Chile

Não há registo de vítimas
Chile tremeu com dois sismos durante a noite

Primeiro, foi um forte abalo com a magnitude de sete graus na escala de Richter. Depois, foi um de 6,3.

O primeiro sismo, de sete graus, ocorreu às 17.05 [20.05 de sexta-feira em Lisboa] e foi seguido de uma dezena de fortes réplicas. Teve o seu epicentro a 69 quilómetros a noroeste de Concepción, com o hipocentro a 33 quilómetros de profundidade.

Apesar dos fortes abalos, não foi accionado nenhum aviso de tsunami. Mesmo assim, receosas de um maremoto, muitas pessoas saíram de casa e de locais de trabalho, deslocando-se para pontos altos.

Não há registo de vítimas.

Este último foi o sismo mais forte sentido no Chile desde que há um ano ocorreu um outro que atingiu os 8,8 graus na escala de Richter e provocou 524 mortos, 31 desaparecidos e perdas materiais estimadas em 30 mil milhões de dólares (22 mil milhões de euros).

in DN - ler notícia