quinta-feira, julho 18, 2024

Isabel Feodorovna (e vários Romanov) foram brutalmente assassinados pelos bolcheviques há 106 anos...

Isabel Feodorovna (pintado por Friedrich August von Kaulbach)
     
A Grã-Duquesa Isabel Feodorovna da Rússia (Hesse-Darmstadt, 1 de novembro de 1864 - Apayevsk, 18 de julho de 1918) era esposa do Grão-Duque Sérgio Alexandrovich, quinto filho do czar Alexandre II. Era conhecida por “Ella” pela família e amigos. Era a irmã 8 anos mais velha da Czarina Alexandra Feodorovna, esposa do Czar Nicolau II. Isabel tornou-se famosa na sociedade russa pela sua beleza, charme e pela caridade entre os pobres.
Em 1992 foi canonizada pela Igreja Ortodoxa Russa como Nova Mártir.
    
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O noivado da Princesa Isabel foi curto, uma vez que Sérgio queria que o casamento se realizasse o mais rapidamente possível e, apesar do pai dela não aceitar completamente a sua pressa, foi forçado a lidar com ela quando, em junho de 1884, chegou a São Petersburgo com Isabel e as suas duas irmãs mais novas, Irene e Alice.
A Rússia, com a sua vastidão, a sua atmosfera estranha e inexplicável, surpreendeu as duas princesas mais velhas que, à exceção da Inglaterra, tinham visto muito pouco do mundo. As enormes praças e largas ruas de São Petersburgo, o Neva, maior do que qualquer rio inglês ou alemão, as cúpulas e espirais douradas das catedrais, a grandeza do Palácio de Inverno e a graciosidade da alta sociedade eram tão únicos e inesperados que elas se sentiram desorientadas e confusas, incapazes de se acostumarem ao ambiente estranho e pouco familiar que as rodeava.
Elas sentiam-se intimidadas pelas multidões de criados e damas-de-companhia que as rodeavam sem descanso, pelos conselheiros da Corte que davam diferentes instruções e, acima de tudo, pelo irmão de Sérgio, o Czar Alexandre III. O imperador era alto, tinha ombros largos, uma voz profunda e mãos que conseguiam endireitar uma ferradura sem grande esforço. Só Alice que tinha apenas 12 anos na altura parecia não ter nenhuma apreensão. Ela não via nada de assustador, apenas “os corredores vastos e inspiradores do Palácio de Inverno com os seus quilómetros de chão dourado” e passou a maior parte do tempo a jogar às escondidas entre os pilares com Nicolau, filho mais velho de Alexandre III que era, normalmente, tímido e indiferente com estranhos, mas achava aquela menina com os seus caracóis loiros uma companhia encantadora e com quem se sentia perfeitamente relaxado.
O Grão-Duque de Hesse não tinha permitido que a sua filha mudasse de religião antes do casamento, por isso houve uma cerimónia luterana e outra ortodoxa. Quando finalmente ambas as cerimónias acabaram e uma Isabel pálida teve de se despedir do seu pai e das irmãs, sentiu-se que ela estava aterrorizada com a perspetiva de ser forçada a viver uma nova vida num país desconhecido, rodeada de estranhos, novas ligações e com um marido que, no fundo, mal conhecia.
   
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A Grã-Duquesa Isabel converteu-se à Igreja Ortodoxa apenas dois anos depois do casamento, muito contra a vontade do seu pai. Quando o Grão-Duque de Hesse soube que o Czarevich Nicolau se tinha apaixonado pela sua filha mais nova, a Princesa Alice, ele recusou-se a permitir que outra filha sua abdicasse da sua fé luterana.
A Rainha Vitória também não aprovava estas mudanças de religião e não gostava particularmente da ideia de ver a sua neta favorita noiva do herdeiro ao trono russo. Ela tinha-o achado charmoso, simples e natural quando ele visitara Londres, mas ao mesmo tempo tinha ficado com a sensação de que ele tinha falta de estabilidade e não conseguia tomar decisões por si mesmo. O Imperador e a Imperatriz partilhavam a sua apreensão, mas por razões completamente diferentes, A Princesa Alice não tinha ficado muito bem vista quando visitara São Petersburgo. Alexandre III achou-a uma alemã típica e Maria Feodorovna ficou incomodada com a sua apatia. Além disso ela queria ver o seu filho casado com a filha do conde de Paris e não via como aquela pequena Princesa de Hesse com um feitio tímido e quase hostil poderia ser uma boa esposa.
Tal como o seu avô, Alexandre II, o czarevich estava determinado a conseguir aquilo que queria. “O meu sonho é casar-me com a Alice de Hesse”, escreveu ele no seu diário no dia 21 de dezembro de 1889.
Isabel teve uma grande responsabilidade para com a relação do seu sobrinho com a sua irmã. Foi ela que incentivou o amor entre ambos e convenceu a Rainha Vitória (que queria casar Alice com o seu neto Alberto) a aceitar uma possível união entre a sua neta favorita e o czarevich da Rússia.
Finalmente em abril de 1894, o Imperador, que já começava a ceder, deu a sua permissão para que houvesse noivado e o seu filho correu até Coburg onde se realizaria o casamento do irmão de Isabel e Alice, Ernesto, com a Princesa Vitória Melita, filha do duque de Edimburgo. Nicolau pediu Alice em casamento, mas como esposa do czarevich e herdeiro ao trono, a Princesa sabia que teria de mudar de religião e, a princípio, não conseguiu decidir-se se aceitaria o pedido ou não. “A pobrezinha chorou muito,” escreveu Nicolau no seu diário onde descreveu a conversa que teve com ela que se prolongou até à meia-noite. No dia 8 de Abril, no entanto, chegou “um dia lindo e inesquecível” quando o jovem casal foi até ao quarto da Rainha Vitória de mão dada para lhe comunicar que tinham chegado a um acordo. “Fiquei bastante surpreendida”, escreveu a Rainha Vitória no seu diário, “Pensava que, por muito que o Nicky quisesse ir em frente com isto, a Alice não se iria decidir.”
    
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No dia 4 de fevereiro de 1905 quando Isabel estava a caminho dos seus quartos privados no palácio onde vivia com o marido e os sobrinhos, ouviu uma explosão que partiu todos os vidros da sua casa. Depois de muitos anos ela sabia que aquilo que temia (e o seu marido esperava) tinha acontecido. Durante muitos anos Sérgio tinha-a proibido de andar na mesma carruagem dele e justificava-o dizendo que sabia do ódio que os habitantes de Moscovo sentiam por ele.
Sem esperar por alguém para perguntar o que tinha acontecido ou sequer vestir um casaco, Isabel desceu as escadas a correr até chegar ao dia frio de Inverno e seguiu um rasto de fumo e cheiro a pólvora que a levaram até à carruagem despedaçada do seu marido da qual apenas restavam os corpos mutilados dos cavalos. Quando chegou os guardas apressavam-se a cobrir o que restava do corpo do marido com os seus casacos.
Começaram a cair-lhe lágrimas e ela ajoelhou-se junto da mancha de sangue na neve, com a multidão a começar a reunir-se à sua volta, olhando horrorizada o macabro espetáculo enquanto a polícia e os soldados procuravam o assassino por entre as pessoas que se encontravam perto do palácio. Algumas horas antes ele tinha saído de casa com uma expressão preocupada, mas a assegurar-lhe que não havia nada com que se preocupar. Embora não tivessem um casamento perfeito, ele era o seu marido que sempre a tinha ajudado a adaptar-se à vida na Rússia e a tratava bem. Ele estava consciente do perigo que corria, mas mesmo assim nunca abandonou as suas responsabilidades e deu o seu melhor no cargo que ocupava. Contudo a sua austeridade quase fanática e a sua crueldade vingativa em certas ocasiões tinham feito com que ganhasse muitos inimigos. Ele era um anti-revolucionário e um autocrata quase tirano, mas ela estava casada com ele há vinte anos e era das únicas que conhecia toda a sua personalidade.
Nessa tarde, apesar da sua dor pessoal, Isabel visitou o cocheiro da carruagem do marido, que estava gravemente ferido. Ele olhou-a nos olhos e perguntou, “Como está o seu marido?” Muito gentilmente a cara dela recompôs-se e respondeu, “Foi ele que me enviou para o ver” e ficou sentada na cama dele até o cocheiro morrer. Ela implorou a Nicolau para que não matasse o assassino, mas a sua petição foi recusada e ela foi visitar o homem à prisão. Ele tratou-a com desprezo e mantinha-se teimosamente cínico. Não se mostrou arrependido pelo que tinha feito e orgulhava-se da sua ação dizendo que tinha destruído um homem que era um inimigo do povo.
A partir desse dia, Isabel nunca mais comeu carne nem peixe. Quando chegou a casa dividiu as jóias que o seu marido lhe tinha oferecido em três e deu algumas aos seus sobrinhos Maria e Dmitri Pavlovich, devolveu as joias da coroa e vendeu o resto. O dinheiro que ganhou das joias foi para a caridade e para o Convento de Maria e Marta em Moscovo que passou a visitar com muita frequência, sempre de luto.
    
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A alta sociedade de São Petersburgo nunca mais a voltou a ver. Só muito raramente Isabel visitava a irmã e a família em Czarskoe Selo e, em 1910, decidiu juntar-se definitivamente à Irmandade de Marta e Maria, doando todas as roupas e pedaços de joalharia que ainda lhe restavam. Não ficou nada, nem sequer com a aliança de casamento. “Este véu,” disse o Bispo Triphonius quando ela entrou no Convento, “vai-te esconder do mundo, e o mundo vai estar escondido de ti, mas vai ser uma testemunha dos teus bons trabalhos que irão brilhar perante Deus e glorificar o Senhor.” A sua nova vida era passada nos quartos pequenos do Convento, apenas mobilados com cadeiras brancas. Ela dormia numa cama de madeira sem colchão e com uma almofada dura. Queria sempre as tarefas mais difíceis, chegando a cuidar de 15 doentes na ala hospitalar sozinha e raramente dormia mais de três horas. Quando um paciente morria, ela passava a noite inteira junto dele (de acordo com a fé ortodoxa) a rezar intermitentemente sobre o corpo morto.
Quando ela se tornou freira, a sua sobrinha Maria Pavlovna casou-se e o sobrinho Dmitri passou a viver com o Czar e a sua família.
Apesar de tudo, ela nunca se tornou rígida, severa ou deprimida e até manteve algum do seu divertimento que a tinha tornado encantadora quando jovem. Uma vez quando a sua irmã, a Princesa Vitória, estava no convento de visita com a sua segunda filha, a Princesa Luísa, a porta do quarto delas abriu-se de manhã cedo e uma pequena cabeça espreitou a rir-se e a dizer “Olá”. Abismada, Vitória pensou tratar-se de um rapaz mal-educado que tinha conseguido entrar no convento e estava a invadir o seu quarto, mas depressa percebeu, aliviada, que se tratava da sua irmã mais nova, sem o seu véu e com o cabelo rapado.
Depois de entrar no convento, Isabel apenas visitou São Petersburgo em duas ocasiões: quando se celebraram os 300 anos de poder dos Romanov, em 1913 e quando rebentou a Primeira Guerra Mundial, em 1914, quando ajudou a sua irmã com os planos de ajuda a soldados feridos.
Durante muitos anos, as instituições apoiadas por Isabel ajudaram os pobres e os órfãos de Moscovo. Ela e outras freiras da sua irmandade trabalhavam com os pobres todos os dias e foram responsáveis pela abertura de discussão sobre a possibilidade de permitir o acesso de mulheres a posições de maior importância dentro da igreja. A Igreja Ortodoxa recusou esta ideia, mas abençoou e encorajou os esforços de Isabel para com os pobres.
Em 1917 rebentou a revolução russa e as ligações de Isabel à família imperial causaram-lhe muitos problemas.
   
Assassinato
Na Primavera de 1918, Lenine ordenou à Tcheka - polícia secreta - que prendesse Isabel. Mais tarde ela seria exilada, primeiro em Perm e depois em Ekaterinburgo onde também se encontrava a sua irmã Alexandra e a sua família, mas nenhuma das duas sabia da presença da outra na cidade. Mais tarde ela iria juntar-se a outros membros da família Romanov (o Grão-Duque Sérgio Mikhailovich, o Príncipe João Constantinovich, o Príncipe Constantino Constantinovich, o Príncipe Igor Constantinovich e o Príncipe Vladimir Pavlovich Paley).
Com os membros da família vieram o secretário de Sérgio, Feodor Remez, e Varvara Yakovlena, uma freira da irmandade de Isabel. Todos eles foram levados para Alapaevsk no dia 20 de maio de 1918 onde ficaram presos na antiga Escola Napolnaya, nos arredores da cidade
Ao meio-dia do dia 17 de julho, o oficial da Tcheca, Petr Startsev e alguns trabalhadores bolcheviques chegaram à escola. Tiraram aos prisioneiros todo o dinheiro e valores que tinham e anunciaram-lhes que seriam transferidos nessa mesma noite para uma fábrica em Siniachikhensky. Os guardas do Exercito Vermelho receberam ordens para abandonar o local e foram substituídos por homens da Tcheca. Nessa noite os prisioneiros foram acordados e levados em carros por uma estrada para Siniachikha. A cerca de 18 quilómetros de Alapaevsk havia uma mina abandonada, com 20 metros de profundidade. Foi aqui que pararam. Os homens da Tcheca espancaram todos os prisioneiros antes de os atirar para a mina. Ainda antes de ser atirado, o Grão-Duque Sérgio Mikhailovich foi morto a tiro por contestar e tentar espancar os guardas. Isabel foi a primeira a ser atirada. Apesar da profundidade apenas Feodor Remez morreu imediatamente.
De acordo com o testemunho de um dos assassinos, Isabel e os outros prisioneiros sobreviveram à queda na mina, o que levou o comandante a atirar as granadas. Depois das explosões, ele disse ter ouvido Isabel e os outros cantarem um hino russo do fundo da mina. Enervado, o comandante atirou uma nova rajada de granadas, mas continuou a ouvir-se os prisioneiros cantar. Finalmente foi atirada uma grande quantidade de arbustos para tapar a mina e o comandante deixou um guarda a vigiar o local antes de partir.
Na manhã de 18 de julho de 1918, o chefe da Tcheca de Alapaevsk trocou uma série de telegramas com o chefe do Soviete Regional de Ekaterinburgo, que tinha estado envolvido no massacre da família imperial. Estes telegramas tinham sido planeados com antecedência e diziam que a escola tinha sido atacada por um “gang desconhecido”. Pouco tempo depois Alapaevsk caiu nas mãos do Exército Branco.
No dia 8 de outubro de 1918, os Brancos descobriram os restos mortais de Isabel e dos seus companheiros dentro da mina onde tinham sido assassinados. Isabel tinha morrido devido a ferimentos resultantes da sua queda de vinte metros, mas tinha ainda encontrado forças para fazer uma ligadura na cabeça do Príncipe João Constantinovich. Os seus restos mortais foram retirados da mina e levados para Jerusalém onde estariam longe das mãos dos bolcheviques. Até hoje continuam enterrados na Igreja de Maria Madalena.
    

Canonização e legado
Isabel foi canonizada pela Igreja Ortodoxa exterior da Rússia em 1981 e pela Igreja Ortodoxa Russa em 1992, como Nova Mártir Isabel. Os principais templos que lhe são dedicados são o Convento de Marfo-Mariinsky que ela fundou em Moscovo e o Convento de Santa Maria Madalena no Monte das Oliveiras, que ela e o marido ajudaram a construir. Ela é uma das mártires do século XX que está representada numa das estátuas acima da Grande Porta Oeste na Abadia de Westminster em Londres, Inglaterra.
Outra estátua de Isabel foi construída após a queda do comunismo na Rússia, no jardim do seu convento em Moscovo. Na inscrição pode ler-se “À Grã-Duquesa Isabel Feodorovna: Com arrependimento.”
    

A vacina BCG foi aplicada pela primeira vez há 103 anos


A vacina do bacilo Calmette–Guérin (BCG) é uma vacina usada principalmente na prevenção da tuberculose. Em países onde a tuberculose ou a lepra são comuns, é recomendada a administração de uma dose em bebés saudáveis o mais cedo possível após o nascimento. Em países onde a tuberculose não é comum, só são geralmente vacinadas crianças de risco elevado e os casos suspeitos de tuberculose são individualmente testados e tratados. A vacina pode também ser administrada em adultos sem tuberculose e que não tenham sido anteriormente vacinados, mas que sejam frequentemente expostos à doença. A vacina BCG tem também alguma eficácia contra a úlcera de Buruli e outras infeções por micobactérias não tuberculosas. Em alguns casos pode também ser usada como parte do tratamento de cancro da bexiga.

O nível de proteção contra a infeção por tuberculose varia significativamente e pode durar até 20 anos. Em crianças, a vacina previne cerca de 20% dos casos de infeção. Entre as que são infetadas, a vacina protege cerca de metade de vir a desenvolver doença. A vacina é administrada por via de injeção intradérmica. As evidências não apoiam a eficácia da administração de doses adicionais.

Os efeitos secundários graves são raros. Em muitos casos observa-se rubor, inchaço e dor ligeira no local da injeção. Após a cicatrização pode-se formar uma pequena úlcera na pele. Os efeitos adversos são mais comuns e potencialmente mais graves em pessoas imunossuprimidas. A administração da vacina não é segura durante a gravidez. A vacina tem por base uma forma atenuada da Mycobacterium bovis, que é comum em bovinos. Embora atenuada, é uma vacina viva.

O bacilo começou a ser desenvolvido em 1906 por Albert León Charles Calmette e Jean Marie Camille Guérin, razão pela qual a fórmula recebeu a designação de BCG (bacilo de Calmette-Guérin). O bacilo foi sendo aperfeiçoado até se obter a atual constituição em 1919. O primeiro uso médico data de 18 de julho de 1921. Faz parte da lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde, uma lista com os medicamentos mais eficazes e seguros fundamentais num sistema de saúde. Em 2014, tinham sido vacinadas contra a tuberculose cerca de 100 milhões de crianças em todo o mundo.
  

Vin Diesel faz hoje 57 anos

  
Mark Sinclair Vincent, mais conhecido como Vin Diesel, (Nova Iorque, 18 de julho de 1967) é um ator, roteirista e produtor de cinema norte-americano.
   

Daron Malakian celebra hoje 49 anos

          
Daron Malakian (Los Angeles, 18 de julho de 1975), é um cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical arménio-americano. Ele é mais conhecido como guitarrista, compositor e vocalista da banda de System of a Down e, ainda, como o vocalista, compositor, teclista, baixista e guitarrista de estúdio da banda de Scars on Broadway, além de vocalista e guitarrista solo ao vivo. Como o resto dos membros do System of a Down, é de ascendência arménia, porém é o único membro a realmente ter nascido nos Estados Unidos. Foi apontado como o 30º numa lista dos 100 maiores guitarristas de hard rock de todos os tempos.

      

 


Gilberto Freyre morreu há trinta e sete anos...

    
Gilberto de Mello Freyre (Recife, 15 de março de 1900 - Recife, 18 de julho de 1987) foi um polímata brasileiro. Como escritor, dedicou-se à ensaística da interpretação do Brasil sob ângulos da sociologia, antropologia e história. Foi também autor de ficção, jornalista, poeta e pintor. É considerado um dos mais importantes sociólogos do século XX. Recebeu da Rainha Isabel II o título de Sir, sendo um dos poucos brasileiros detentores desta alta honraria da coroa britânica.
    

Joly Braga Santos morreu há 36 anos...

(imagem daqui)
      
Joly Braga Santos (Lisboa, 14 de maio de 1924 - Lisboa, 18 de julho de 1988) foi um compositor de música erudita e maestro português, condecorado com a Ordem de Sant'Iago da Espada em 1977. Durante a sua vida, que terminou quando estava no máximo da sua criatividade, escreveu seis sinfonias.
  
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Eleito pela UNESCO como um dos 10 melhores compositores da música contemporânea de então, Joly Braga Santos disse de si próprio, parafraseando Stravinsky, «Não me considero compositor, mas sim inventor de música.»
Morreu em Lisboa, no ano de 1988.
   

 


Nico morreu há 36 anos...


Christa Päffgen (Colónia, 16 de outubro de 1938Ibiza, 18 de julho de 1988) foi uma cantora, compositora, modelo e atriz alemã, mais conhecida pelo pseudónimo Nico.

Nico nasceu a 16 de outubro de 1938, na cidade de Colónia, na Alemanha. Algumas fontes afirmam que ela teria nascido a 15 de março de 1943, em Budapeste, capital da Hungria

 

Começo

Nico encontrou fama como modelo. Após abandonar a escola aos 13 anos de idade, ela começou a vender lingerie. Um ano mais tarde, sua mãe encontrou seu trabalho como modelo em Berlim.

Enquanto trabalhava como modelo, conheceu o fotógrafo Herbert Tobias, que lhe deu o nome Nico. Mais tarde, mudou para Paris e trabalhou para a revista Vogue, Tempo, Vie Nuove, Mascotte Spettacolo, Camera, Elle, e outras revistas de moda no começo dos anos 50.

Após aparecer em vários comerciais de televisão, Nico conseguiu um papel pequeno no filme "La Tempesta" (1958), do diretor Alberto Lattuada. Mais tarde, porém naquele mesmo ano, apareceu no filme "For the First Time", do diretor Rudolph Maté, ao lado de conhecidos atores como Mario Lanza.

Em 1959 foi convidada para ir ao set de "La dolce vita", do diretor Federico Fellini, atraindo a atenção do diretor, fazendo com que desse a Nico um pequeno papel no filme. Naquela época, ela tinha se mudado para Nova York para ter aulas de teatro com Lee Strasberg.

Após dividir o seu tempo entre Nova York e Paris, conseguiu o papel principal no filme "Strip-Tease" (1963), do diretor Jacques Poitrenaud. Ela gravou também o title track para o filme, que foi produzido por Serge Gainsbourg, mas que não fora lançado até 2001, quando a música foi incluída no CD como parte da coletânea francesa "Le Cinéma de Serge Gainsbourg".

Durante esse período, ela deu à luz o seu filho, Ari (nascido em 1962), que teve como pai o ator francês Alain Delon. Entretanto, a criança foi criada a maior parte do tempo pelos pais de Delon, que sempre insistiu em negar sua paternidade.

 

Carreira musical

Em 1965, Nico conheceu o famoso guitarrista do Rolling Stones Brian Jones e gravou com ele o seu primeiro single, "I'm Not Sayin'". O ator Ben Carruthers apresentou-a a Bob Dylan em Paris naquele verão. Dizem que Dylan, mais tarde, escreveu a música "I'll Keep It With Mine" para Nico.

Após ser apresentada a Bob Dylan, ela começou a trabalhar com Andy Warhol e Paul Morrissey em seus filmes experimentais, incluindo "Chelsea Girls", "The Closet", "Sunset" e "Imitation of Christ".

Após Andy Warhol se tornar o empresário do Velvet Underground, ele propôs que o grupo teria Nico como vocalista. O grupo concordou, apesar de uma considerável relutância, devido a razões pessoais e musicais - John Cale, do grupo, descreveu Nico como "tone deaf", algo como: "quem não tem ouvido". Apesar disso, ele iria ter papel fundamental na carreira a solo de Nico. O grupo, incluindo Nico, tornaram-se os acompanhantes pessoais para a "Exploding Plastic Inevitable", um show experimental e alternativo de Andy Warhol, que misturava música, filme, dança e pop art.

Nico fez a voz principal principal em três músicas ("Femme Fatale", "All Tomorrow's Parties" e "I'll Be Your Mirror") e providenciou o backing vocal em ("Sunday Morning") no álbum de estreia da banda: The Velvet Underground and Nico. Lançado no ano de 1967, o álbum foi fundamental para o aparecimentos de muitos géneros musicais, incluindo o punk rock e New Wave

Nico teve uma breve relação romântica com o vocalista e compositor, Lou Reed. Nesse mesmo período, ela esteve envolvida em relações amorosas com outros músicos, incluindo Cale, Jackson Browne, Brian Jones, Tim Buckley, Bob Dylan e também com Iggy Pop.

Pouco tempo após a turnê que se seguiu, a Exploding Plastic Inevitable, saiu de cena no começo de 1967 e Nico e os Velvet Underground foram por caminhos diferentes. Tanto Lou Reed como John Cale tocaram em partes significativas dos projetos a solo de Nico. Nos próximos vinte anos que se seguiram, gravou uma série de álbuns aclamados pela crítica, trabalhando em projetos parecidos com Brian Eno e Phil Manzanera. John Cale esteve particularmente envolvido nas músicas de Nico, produzindo quatro dos seus álbuns, como também fazendo arranjos e tocando diversos instrumentos nas gravações.

Para o seu álbum de estreia, Chelsea Girl, lançado em 1967, Nico gravou músicas de diversos artistas como Bob Dylan, Tim Hardin, Jackson Browne e também de Lou Reed e John Cale, dois dos membros do Velvet Underground. Ela gravou também uma música que Lou Reed e John Cale co-escreveram com Sterling Morrison, chamada "It Was a Pleasure Then", uma música de oito minutos com solos de guitarra e de viola.

Chelsea Girl é um álbum tradicional de folk que influenciou artistas do estilo como Leonard Cohen, com arranjos de instrumentos de corda e flautas sobrepostos por seu produtor. Nico, no entanto, não ficou satisfeita com o resultado do álbum finalizado.

Para o seu outro LP, o The Marble Index, lançado em 1969, Nico escreveu todas as músicas do álbum e fez as estruturas de todas as músicas, que consistem principalmente num balanço de harmónio nos acordes. Os arranjos foram escritos por John Cale, que deu às músicas de Nico um estilo de folk e instrumentos clássicos. Frazier Mohawk produziu o álbum. A harmonia de Nico tornou-se sua assinatura para o resto de sua carreira. O álbum combina elementos clássicos com o som de folk europeu.

Nico lançou mais dois álbuns solo nos anos 70: o clássico Desertshore (1970), também produzido por John Cale. Já The End (1974), foi co-produzido por Cale e Joe Boyd. Cale tocou a maior parte dos instrumentos nesses dois álbuns. Nico escreveu as músicas, cantou e tocou harmónio. The End, traz o músico Brian Eno tocando sintetizador.

No dia 13 de dezembro de 1974, Nico foi o suporte para o infame show da Tangerine Dream na Reims Cathedral em Reims, na França. O promotor tinha vendido mais ingressos que o permitido, deixando o local inapropriado para aquele gigantesco número de pessoas, que, pela falta de espaço, mal conseguiam andar ou se mover. Isso resultou em pessoas urinando dentro do hall da catedral. A igreja católica denunciou essas ações e, no fim de tudo, acabou por banir futuras apresentações nas propriedades da igreja. 

Nico voltou para Nova York no fim de 1979, onde o seu show de volta no CBGB no começo do ano de 1980, foi bem comentado no New York Times. Ela começou a tocar regularmente no Mudd Club e em outros locais.

Nico gravou seu próximo álbum de estúdio, o Drama of Exile, em 1981. O álbum separou-a de John Cale (que vinha acompanhado-a desde o começo) e trouxe uma mistura de rock e arranjos do médio oriente . Ela gravou o seu último álbum a solo, Camera Obscura, no ano de 1985, novamente com John Cale, desta vez, como produtor, e com os The Faction (James Young e Graham Dids).

Entre 1970 e 1979, Nico fez sete filmes com o diretor francês Philippe Garrel. Ela conheceu Garrel em 1969 e contribui com a música "The Falconer" para seu filme, "Le Lit de la Vierge". Mais tarde, ela estava vivendo com Garrel e tornou-se uma figura central em seu círculo pessoal e cinematográfico. A primeira aparição de Nico em um filme de Garrel aconteceu em, La Cicatrice Intérieure, de 1972. Nico contribui também com uma música para o filme. Ela apareceu em outros filmes de Garrel como Anathor (de 1972); o filme biográfico de Jean Seberg, Les Hautes Solitudes, lançado em 1974; Un ange passe (de 1975); Le Berceau de cristal (de 1976), estrelando Pierre Clementi, Nico e Anita Pallenberg; e também Voyage au jardin des morts (de 1978). Seu filme de 1991, J'entends Plus la Guitare, é dedicado à Nico.

 

Morte

Nico foi viciada em heroína mais de quinze anos. O biógrafo Richard Witts especulou que o vício de Nico se deu por suas experiências traumáticas de guerra, ainda durante sua infância, e também por ser uma criança ilegítima.

No dia 18 de julho de 1988, enquanto estava em férias com o seu filho em Ibiza, na Espanha, Nico teve um ataque cardíaco enquanto andava de bicicleta e, na queda, bateu com a cabeça. O motorista de um táxi que passava encontrou-a inconsciente e teve dificuldade para conseguir encontrar um hospital que a atendesse em Ibiza, pois Nico não tinha plano de saúde.

Incorretamente, foi diagnosticada como tendo sofrido insolação, e morreu no dia seguinte. O exame de raio-X, mais tarde, acabou revelando uma severa hemorragia cerebral que lhe causou a morte.

Nico foi enterrada no "Grunewald Forest Cemetery" em Berlim. Alguns amigos puseram a tocar a música "Mütterlein", do seu álbum "Desertshore", no seu funeral. 

 

in Wikipédia

 


O atentado contra a AMIA, em Buenos Aires, foi há trinta anos...

 

O atentado da AMIA foi um ataque ao prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA). Ocorreu em Buenos Aires em 18 de julho de 1994, matando 85 pessoas e ferindo centenas. Foi o atentado com mais mortos na Argentina. O país é o lar de uma comunidade judaica de 230.000 pessoas, a maior da América Latina e a sexta do mundo fora de Israel.
Ao longo dos anos, o caso foi marcado por acusações de encobrimentos. Todos os suspeitos da "conexão local" (entre eles, muitos membros da Polícia Provincial de Buenos Aires) não foram considerados culpados em setembro de 2004. Em agosto de 2005, o juiz federal Juan José Galeano, encarregado do caso, foi acusado e retirado de seu cargo por uma acusação de irregularidades "graves" devido à manipulação incorreta da investigação. Em 2005, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, que mais tarde se tornou o Papa Francisco, foi a primeira personalidade pública a assinar uma petição de justiça no caso de atentado da AMIA. Ele foi um dos signatários em um documento chamado "85 vítimas, 85 assinaturas" como parte do 11º aniversário do atentado.
Em 25 de outubro de 2006, os procuradores argentinos Alberto Nisman e Marcelo Martínez Burgos acusaram formalmente o governo do Irão de planear o atentado e a milícia do Hezbollah de realizá-lo. De acordo com os pedidos da promotoria em 2006, a Argentina foi alvo do Irão após a decisão de Buenos Aires de suspender um contrato de transferência de tecnologia nuclear para Teerão. Isso foi contestado porque o contrato nunca foi encerrado e o Irão e a Argentina estavam negociando o restabelecimento da plena cooperação em todos os acordos desde o início de 1992 até 1994, quando ocorreu o atentado.
O décimo terceiro aniversário do atentado foi recordado em 18 de julho de 2007. Além das exposições e cerimónias nacionais, estações de rádio e televisão e carros de polícia em toda a Argentina fizeram soar as sirenes às 09.53 da manhã, hora do atentado.
  

O astrónomo Eugene Shoemaker morreu há 27 anos...

 

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi-lhe detetada a doença de Addison e assim foi nomeado cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressou para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu, em consequência de um acidente automobilístico, em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

quarta-feira, julho 17, 2024

Há novidades sobre o asteroide Bennu

Bennu pode ser um fragmento de um antigo mundo oceânico

 

Asteroide Bennu

 

As amostras do asteroide Bennu revelam a presença de uma crosta de fosfato, numa concentração detetada em mundos oceânicos como a lua Encélado.

A missão OSIRIS-REx, da NASA, trouxe para a Terra (demasiadas) amostras do asteroide Bennu, que contém a presença de uma crosta de fosfato numa concentração detetada em mundos oceânicos.

“O asteroide Bennu pode ser um fragmento de um antigo mundo oceânico. Apesar de ser ainda muito especulativo, esta é a melhor pista que tenho para explicar a origem deste material”, justificou, em comunicado, Dante Lauretta, da Universidade do Arizona.

Uma das primeiras descobertas dos 200 miligramas de amostras que os cientistas estão a analisar é que o material do asteroide parece “isotopicamente distinto e diferente de qualquer outra amostra da nossa coleção de meteoritos”.

A maioria dos meteoritos que sofrem uma queda violenta na atmosfera da Terra e são recuperados são fragmentos de asteróides. Contudo, não é fácil identificar a rocha espacial de onde se originaram.

As amostras da OSIRIS-REx contêm uma crosta de fosfato nunca antes vista em meteoritos. Altas concentrações de fosfato como estas já foram detetadas anteriormente em mundos oceânicos extraterrestres, como a Lua de Saturno, Encélado, que contém fosfatos em níveis muito mais elevados do que os oceanos terrestres.

As amostras recolhidas no asteroide contêm também quantidades abundantes de água retida em minerais como argilas e são ricas em carbono, azoto, enxofre e fósforo.

As descobertas serão detalhadas, em março, na 55ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária em The Woodlands, no Texas.

Dado que as amostras OSIRIS-REx representam o maior reservatório deste material na Terra, os cientistas estarão, nos próximos tempos, “muito ocupados“.

Entretanto, a OSIRIS-REx já está a caminho de um novo destino - e com um novo nome. A sonda da NASA marcou encontro com o temível Apophis, o “Asteroide do Caos”, e a missão tem agora o nome de OSIRIS-APEX.

 


in ZAP

Há um exoplaneta na proximidade do sistema solar que pode ser um pouco parecido com o nosso...!

Uma “super-Terra”: a 48 anos-luz de nós, há um planeta que poderá ter atmosfera e até água líquida

 

A descoberta foi feita por uma equipa internacional de astrónomos liderada pela Universidade de Montreal, no Canadá, com base nos dados do telescópio James Webb recolhidos em dezembro de 2023.

 

O LHS 1140b tem 1,7 vezes o tamanho do planeta Terra

 

Chama-se LHS 1140b o exoplaneta que poderá ser uma “promissora ‘super-Terra’”. Está localizado a cerca de 48 anos-luz de distância da Terra, na constelação da Baleia, e aparenta ser um dos exoplanetas mais promissores no que às condições de habitabilidade diz respeito, mostrando ter potencial para albergar uma atmosfera e até um oceano de água líquida.

A descoberta foi feita por uma equipa internacional de astrónomos liderada pela Universidade de Montreal, no Canadá, com base nos dados do telescópio espacial James Webb (JWST) recolhidos em Dezembro de 2023 e combinados com dados anteriores de outros telescópios espaciais, como o Spitzer, o Hubble e o TESS. Os resultados estão disponíveis no ArXiv, um site onde os investigadores submetem os seus resultados à avaliação informal dos seus pares, e serão publicados em breve na revista The Astrophysical Journal Letters.

Num comunicado, a Universidade de Montreal destaca que, “quando o exoplaneta LHS 1140b foi descoberto pela primeira vez, os astrónomos especularam que poderia ser um mini-Neptuno: um planeta essencialmente gasoso, mas muito pequeno em tamanho comparado com Neptuno”. No entanto, depois de analisarem os novos dados, os cientistas chegaram a uma conclusão muito diferente.

O LHS 1140b orbita uma estrela anã-vermelha de baixa massa e cativou os cientistas por ser um dos exoplanetas mais próximos do nosso sistema solar que se encontra dentro da zona habitável da sua estrela. Os exoplanetas que se encontram nesta zona têm temperaturas que permitem a existência de água em estado líquido – sendo a água líquida um elemento crucial para a vida tal como a conhecemos na Terra.

Uma das principais questões sobre o LHS 1140b era, portanto, se se tratava de um exoplaneta do tipo “mini-Neptuno” – ou seja, um pequeno gigante gasoso com uma espessa atmosfera rica em hidrogénio – ou de uma “super-Terra”, um planeta rochoso maior do que a Terra. Este último cenário incluía a possibilidade de o exoplaneta albergar um oceano líquido envolvido por uma atmosfera rica em hidrogénio, que exibiria um sinal atmosférico distinto que poderia ser observado com o telescópio James Webb.

A análise das observações do James Webb excluiu o cenário de se tratar de um “mini-Neptuno”, com provas que sugerem que o exoplaneta LHS 1140b é, sim, uma “super-Terra”, que pode ter até uma atmosfera rica em azoto. Se este resultado for confirmado, o LHS 1140b seria o primeiro planeta temperado a mostrar sinais de uma atmosfera secundária, criada após a formação inicial do planeta.

Os dados indicam que o LHS 1140b é menos denso do que o esperado para um planeta rochoso com uma composição semelhante à da Terra, sugerindo que 10 a 20% da sua massa possa ser composta por água. Esta descoberta indica que o LHS 1140b pode provavelmente ser um exoplaneta semelhante a uma bola de neve ou um planeta de gelo com um potencial oceano líquido na área da superfície que está sempre virada para a estrela hospedeira do sistema, devido à rotação síncrona do planeta (tal como a Lua em relação à Terra).

“De todos os exoplanetas temperados atualmente conhecidos, o LHS 1140b poderá ser a nossa melhor aposta para um dia confirmar indiretamente a existência de água líquida à superfície de um mundo extraterrestre fora do nosso sistema solar”, afirmou, em comunicado, Charles Cadieux, da Universidade de Montreal, autor principal do novo estudo. “Isto seria um marco importante na procura de exoplanetas potencialmente habitáveis.”

Anos de observações e estudos estão, portanto, pela frente para eventualmente se determinar se o LHS 1140b tem realmente condições de habitabilidade à superfície.

in Público

Poema adequada à data...


(imagem daqui)

 

Alotropia

 

Parar o tempo,
manejá-lo,
substância dócil,
reversível.

Alotropia verbal
sem duração,
pura escolha
da memória.
 



João José Cochofel

Quino nasceu há noventa e dois anos...

   
Joaquín Salvador Lavado Tejón (Mendoza, 17 de julho de 1932 - Mendoza, 30 de setembro de 2020), mais conhecido como Quino, foi um pensador, historiador, gráfico e cartunista argentino conhecido pela criação de suas histórias em quadradinhos.
  
A obra mais famosa de Quino é a tira cómica Mafalda, publicada entre os anos 1964 e 1973. Editada em tiras nos jornais, Mafalda questionava todos os problemas políticos, de género e até científicos que afligiam sua alma infantil e, ao mesmo tempo, refletia o conflito que as pessoas da época enfrentavam, sobretudo com a progressiva mudança dos costumes e a já incipiente introdução da tecnologia no quotidiano.
   

   

Um genocida alemão publicou um infame livro há 99 anos...

   

Mein Kampf é o título do livro de dois volumes de autoria de Adolf Hitler, no qual ele expressou suas ideias antissemitas, racistas e nacional-socialistas então adotadas pelo partido nazi. O primeiro volume foi escrito na prisão e editado em 1925, o segundo foi escrito por Hitler fora da prisão e editado em 1926. Mein Kampf tornou-se um guia ideológico e de ação para os nazis, e ainda hoje influencia os neonazis, sendo chamado por alguns de "Bíblia Nazi".

É importante ressaltar que as ideias propostas em Mein Kampf não surgiram com Hitler, mas são oriundas de teorias e argumentos então correntes na Europa. Na Alemanha nazi, era uma exigência não oficial possuir o livro. Era comum dar de presente o livro a crianças recém-nascidas, ou como presente de casamento. Todos os estudantes o recebiam na sua formatura.
      
Título
É importante notar a flexibilidade conotativa e contextual da língua alemã da palavra "Kampf", que traz diversas possibilidades de traduções do título para o português. A palavra também pode ser traduzida como "luta", "combate", ou até mesmo como "guerra"' o que é evidenciado por vários exemplos como os nomes alemães de diversos tanques ("Panzerkampfwagen", traduzido como "Veículo de guerra blindado") ou por números de bombardeiros ("Sturzkampfflugzeug", traduzido como "Avião bombardeiro de guerra"). A grande maioria dos linguistas, entretanto, ainda julgam "Minha Luta" a tradução correta.
   
História
Hitler começou a ditar o livro para Emil Maurice enquanto estava preso em Landsberg e, depois de julho de 1924, passou a ditar para Rudolf Hess, que posteriormente, com a ajuda de especialistas, aos poucos editou o livro. Pela sua peculiar natureza verbal, a obra original mostrou-se repetitiva e de difícil leitura, por isso precisou ser editada e reeditada antes de chegar à editora. Ele foi dedicado a Dietrich Eckart, membro da Sociedade Thule.
O título original da obra era "Viereinhalb Jahre [des Kampfes] gegen Lüge, Dummheit und Feigheit" ("Quatro anos e meio de luta contra mentiras, estupidez e covardia"), porém Max Amann, o encarregado das publicações nazis, decidiu que o título era muito complicado e achou melhor abreviá-lo para Mein Kampf - Minha Luta. Amann ficou desapontado com o conteúdo da obra, pois esperava uma história pessoal de Hitler detalhada e com ênfase no Putsch da Cervejaria, que acreditava que se tornaria uma ótima leitura; Hitler, porém, não entrou em detalhes sobre a sua vida pessoal e não escreveu nada sobre o Putsch.
O primeiro volume, intitulado Eine Abrechnung, é essencialmente autobiográfico e foi publicado em 18 de julho de 1925; já o segundo volume, Die Nationalsozialistische Bewegung (O movimento nacional-socialista), está mais preocupado em expressar a doutrina nazi e foi publicado em 1926.