terça-feira, julho 16, 2024

O Czar Nicolau II (e toda a família imperial russa) foram barbaramente assassinados há 106 anos...

Nicolau II e a sua família (da esquerda para a direita): Olga, Maria, Nicolau, Alexandra, Anastásia, Alexei e Tatiana
   
Czar Nicolau II (Nikolái Alieksándrovich Romanov) foi o último Imperador da Rússia, rei da Polónia e grão-duque da Finlândia. Nasceu no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, próximo de São Petersburgo, em 18 de maio (6 de maio no calendário juliano) de 1868. É também conhecido como São Nicolau o Portador da Paixão pela Igreja Ortodoxa Russa. Quanto ao seu título oficial, era chamado Nicolau II, Imperador e Autocrata de Todas as Rússias.
Filho do czar Alexandre III, governou desde a morte do pai, em 1 de novembro de 1894, até à sua abdicação, em 15 de março de 1917, quando renunciou em seu nome e no nome do seu herdeiro, passando o trono para o seu irmão, o grão-duque Miguel Alexandrovich Romanov. Durante o seu reinado viu a Rússia Imperial decair de um dos maiores países do mundo para um desastre económico e militar. Como Chefe de Estado, aprovou a mobilização de agosto de 1914, que marcou o primeiro passo fatal em direção à Primeira Guerra Mundial, a revolução e consequente queda da Dinastia Romanov.
O seu reinado terminou com a Revolução Russa de 1917, quando, tentando retornar do quartel-general para a capital, o seu comboio foi detido em Pskov e ele foi obrigado a abdicar. A partir daí, o czar e sua família foram aprisionados, primeiro no Palácio de Alexandre, em Tsarskoye Selo, depois na Casa do Governador em Tobolsk e finalmente na Casa Ipatiev, em Ecaterimburgo. Nicolau II, a sua mulher, o seu filho, as suas quatro filhas, o médico da família imperial, um servo pessoal, a camareira da Imperatriz e o cozinheiro da família foram executados na cave da casa pelos bolcheviques na madrugada de 16 para 17 de julho de 1918. É reconhecido que esse evento foi ordenado, de Moscovo, por Lenine e pelo também líder bolchevique Yakov Sverdlov. Mais tarde Nicolau II, a sua mulher e os seus filhos foram canonizados como mártires por grupos ligados à Igreja Ortodoxa Russa no exílio.
Um anúncio oficial apareceu na imprensa nacional dois dias após a morte do czar e a sua família em Ecaterimburgo. Informava que o monarca havia sido executado por ordem do Presidium do Soviete Regional dos Urais, sob a pressão da aproximação das tropas Russas Brancas. Embora o Soviete oficial tenha esclarecido que a responsabilidade da decisão era dos superiores locais do Soviete Regional dos Urais, Leon Trotsky, no seu diário, declarou que a execução aconteceu com a autoridade de Lenine e Sverdlov. A execução realizou-se na noite de 16 para 17 de julho, sob a liderança de Yakov Yurovsky e resultou na morte de Nicolau II, da sua esposa, as suas quatro filhas, o seu filho, o seu médico pessoal Eugene Botkin, a empregada de sua mulher Anna Demidova, o cozinheiro da família Ivan Kharitonov e o criado Alexei Trupp. Nicolau foi o primeiro a morrer. Foi baleado múltiplas vezes na cabeça e no peito por Yurovsky. As últimas a morrer foram Anastásia, Tatiana, Olga e Maria, que foram golpeadas por baionetas. Elas vestiam mais de 1,3 quilos de diamantes, o que proporcionou a elas uma proteção inicial das balas e baionetas.
Em janeiro de 1998, os restos mortais escavados debaixo de uma estrada de terra, perto de Ecaterimburgo, em 1991, foram identificados como sendo de Nicolau II e sua família (excluindo uma das filhas e Alexei). As identificações feitas separadamente por cientistas russos, britânicos e americanos usando análises de DNA, concordaram e revelaram serem conclusivas. Em abril de 2008, as autoridades russas anunciaram que haviam encontrado dois esqueletos perdidos dos Romanovs perto de Ecaterimburgo e foi confirmado por testes de DNA que eles pertenciam a Alexei e a uma de suas irmãs. Em 1 de outubro de 2008, o Supremo Tribunal Russo determinou que o czar Nicolau II e a sua família foram vítimas de repressão política e deveriam ser reabilitados.
  
Canonização pela Igreja Ortodoxa e reabilitação pela Rússia
Em 1981, a família foi canonizada pela Igreja Ortodoxa Russa no estrangeiro, como Santos Mártires. Em 2000, a Igreja Ortodoxa Russa, dentro da Rússia, canonizou a família como Portadores da Paixão. De acordo com a declaração do sínodo de Moscovo, eles foram glorificados como santos pelas seguintes razões:
No último monarca Ortodoxo e membros de sua família, vemos pessoas que sinceramente aspiraram encarnar em suas vidas, os comandos do Evangelho. No sofrimento suportado pela Família Real na prisão, com humildade, paciência e submissão, e em suas mortes martirizadas em Ecaterimburgo na noite de 17 de julho de 1918, foi revelada a luz da fé de Cristo, que vence o mal.
Em 30 de setembro de 2008 o Supremo Tribunal da Rússia reabilitou a Família Real Russa e o Czar Nicolau II, noventa anos após a sua morte. O Supremo declarou que a sua execução foi ilegal e que a família real russa foi vítima de um crime.
Encontra-se sepultado na Fortaleza de Pedro e Paulo, em São Petersburgo, na Rússia.
   
   

A Apollo XI partiu, para conquistar a Lua, há 55 anos...

 
A Apollo XI foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e a primeira a realizar uma alunagem, no dia 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu a meta proposta pelo Presidente John F. Kennedy, em 25 de maio de 1961, quando, perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmou:
   
Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança"
    
Composta pelo módulo de comando Columbia, o módulo lunar Eagle e o módulo de serviço, a Apollo XI, com os seus três tripulantes a bordo, foi lançada de Cabo Canaveral, na Flórida, às 13.32 horas UTC de 16 de julho, na ponta de um foguetão Saturno V, sob o olhar de centenas de milhares de espetadores que enchiam estradas, praias e campos em redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espetadores pela televisão, em todo o mundo, para a histórica missão, de oito dias de duração, que culminou com as duas horas de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.
     

Herbert von Karajan morreu há trinta e cinco anos...

 
Heribert Ritter von Karajan (Salzburgo, 5 de abril de 1908 - Anif, 16 de julho de 1989), mais conhecido por Herbert von Karajan, foi um maestro da Áustria, e um dos maestros de maior destaque do período pós-guerra. Ele passou 35 anos de sua vida à frente da Orquestra Filarmónica de Berlim.
O seu estilo na regência foi marcado por perfeccionismo, intensidade, introversão e exibicionismo.
        

 


Celia Cruz morreu há vinte e um anos...

     
Úrsula Hilaria Celia Caridad Cruz Alfonso (Havana, 21 de outubro de 1925 - Fort Lee, Nova Jersey, 16 de julho de 2003) foi uma cantora cubana.
  
Saiu do seu país em 1959, nunca mais regressando, em virtude da oposição ao regime de Fidel Castro. Foi para o México, onde gravou com outros artistas como Tito Puente. Do México mudou-se para Nova York, onde passou a maior parte de sua vida e morou até ao fim dela.
Foi a maior intérprete cubana, tendo recebido vinte discos de ouro e recebendo o título de "Rainha da Salsa".
Participou da novela mexicana, "El alma no tiene color" (1997), exibida no Brasil em 2001 pelo SBT com o título "A Alma não Tem Cor". Foi casada, durante 41 anos, com o também cantor cubano Pedro Knight. Em 16 de julho de 2003, morreu, por causa de um tumor maligno no cérebro, na sua casa, em Fort Lee, Nova Jersey.
Depois da sua morte, o seu corpo, embalsamado, foi levado para Miami e Nova York, de tal maneira que todos puderam render homenagens.
O seu funeral reuniu mais de 150 mil pessoas em Miami e em Nova York. O mundo inteiro rendeu-lhe homenagens. A América Latina rendeu-se aos seus pés e a comunidade artística mundial reconhecia-a como um dos seus mais altos expoentes. O funeral em Nova York constituiu um dos maiores que essa cidade recorda, superando inclusive o de Judy Garland em 1969.
Em fevereiro de 2004, o seu último álbum, publicado depois da sua morte, ganhou um prémio póstumo, dos Prémios Lo Nuestro, como melhor álbum de salsa do ano. Recentemente teve uma música sua inserida no jogo Call of Duty Black Ops, na primeira fase do jogo é possível ouvir Quimbara no fundo do bar.

 


Johnny Winter morreu há dez anos...

  
John Dawson Winter III, mais conhecido como Johnny Winter (Beaumont, Texas, 23 de fevereiro de 1944 - Zurique, 16 de julho de 2014) foi um guitarrista e cantor de blues norte-americano, considerado um dos melhores no seu estilo. Era irmão de Edgar Winter e, além do seu talento com a guitarra, um fator que o tornou conhecido foi ser albino, característica que compartilhava com o irmão.
   
Biografia
Johnny começou a apresentar-se em público ainda jovem com o seu irmão, Edgar Winter. O seu primeiro disco, School Day Blues, foi lançado quando Winter tinha 15 anos de idade. Em 1968 ele começou a tocar num grupo com o baixista Tommy Shannon e o baterista Uncle John Turner, e o guitarrista solo Blue Perry. Um artigo na revista Rolling Stone ajudou a gerar interesse no grupo. O álbum Johnny Winter foi lançado no final do ano. Em 1969 a banda apresentou-se em vários festivais, incluindo Woodstock.
Em 1973, depois de se afastar das drogas, Winter regressou em forma com Still Alive and Well. Em 1977 ele produziu o álbum Hard Again de Muddy Waters. A parceria resultaria em várias nomeações para o Grammy, e Johhny gravou o álbum Nothing But Blues com os integrantes da banda de Muddy.
Em 1988 ele foi incluído no "Hall da Fama do Blues". Em 2012, foi considerado o 63º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
Faleceu no dia 16 de julho de 2014, num quarto de hotel, em Zurique, Suíça.
   
 

Saudades de Desmond Dekker...

Jane Birkin morreu há um ano...

   
Jane Mallory Birkin (Londres, 14 de dezembro de 1946 - Paris, 16 de julho de 2023) foi uma cantora, compositora, atriz e ex-modelo inglesa. Ela alcançou fama internacional e notabilidade por sua parceria musical e romântica de uma década com Serge Gainsbourg. Ela também teve uma carreira prolífica como atriz no cinema britânico e francês.

Infância e família
Jane Mallory Birkin nasceu no dia 14 de dezembro de 1946 em Marylebone, Londres, Inglaterra. A sua mãe era uma atriz e o seu pai membro da marinha britânica. Ela também tem um irmão, o roteirista e diretor Andrew Birkin.
  
Carreira
Jane emergiu na Swinging London após aparecer no filme Blowup, de 1966, e no filme Wonderwall, de 1968, que teve a banda sonora produzida por George Harrison. Quando ela foi para França, para uma audição em 1969, conheceu Serge Gainsbourg e a partir dai começaram a fazer trabalhos conjuntos. Nesse mesmo ano os dois fizeram o famoso dueto "Je t'aime... moi non plus" (que, originalmente, Serge Gainsbourg havia escrito para Brigitte Bardot). A música na época provocou um escândalo e foi banida em diversas rádios de diversos países.

Vida pessoal
Foi casada de 1965 a 1968 com John Barry, um compositor inglês que escreveu o tema original dos filmes de James Bond. A filha de ambos, a fotógrafa Kate Barry, nasceu em 1967 e morreu em 2013, após queda de um quarto andar em Paris.
Teve uma relação muito apaixonada e criativa com o seu mentor Serge Gainsbourg - eles conheceram-se no set de Slogan e casaram-se em 1968. Tiveram uma filha, a atriz e cantora Charlotte Gainsbourg, e separaram-se em 1980.

Depois de se separar de Gainsbourg, em 1980, Birkin continuou a trabalhar como atriz e cantora, aparecendo em vários filmes independentes e gravando vários álbuns solo. Em 1991, ela apareceu na minissérie Red Fox e no drama americano A Soldier's Daughter Never Cries, em 1998. Em 2016, ela fez a curta-metragem indicado para o Óscar, La femme et le TGV, que ela disse que seria o seu papel final em filmes.

Birkin viveu principalmente na França desde os anos 70. Ela é mãe da fotógrafa Kate Barry (1967 - 2013), com seu primeiro marido John Barry; da atriz e cantora Charlotte Gainsbourg, com Serge Gainsbourg; e do músico Lou Doillon, com Jacques Doillon. Além de seus créditos musicais e de atuação, ela emprestou o seu nome à popular bolsa Hermès Birkin.

Jane morreu no dia 16 de julho de 2023, em sua casa, em Paris.

A canção Je t'aime … moi non plus foi proibida em Portugal e no Brasil na época em que foi lançada, pela sua controvérsia e por ser considerada como atentado aos costumes pelo regime salazarista e pelo governo da ditadura no Brasil, vigentes na época.

Jane Birkin é a inspiração da famosa e cobiçada Birkin bag da marca Hermès. Durante uma viagem de avião em 1980, Jane derrubou a sua bolsa Kelly, caindo os seus pertences ao chão. O diretor da marca Hermés estava no local, e ela comentou que a sua bolsa era pequena, se fosse maior não cairiam as suas coisas. O diretor da marca então propôs fazer uma bolsa que lhe correspondesse melhor. Surgiu assim a Birkin bag, que foi batizada pela empresa com o seu nome.

 

 


segunda-feira, julho 15, 2024

A crosta continental primitiva pode ser mais antiga do que se pensava...

Descobertos vestígios de uma parte antiga da crosta terrestre com 3,75 mil milhões de anos

 

 

A pesquisa também desafia as crenças científicas atuais e aponta que a crosta continental pode ter-se formado mais de mil milhões de anos depois da formação da própria Terra.

Uma descoberta pioneira da Universidade de Copenhaga revela que o mais antigo leito rochoso escandinavo tem origem na Gronelândia, lançando luz sobre a formação dos continentes e a vida na Terra.

Este estudo, publicado por cientistas do Departamento de Geociências e Gestão de Recursos Naturais na Geology, baseia-se em análises químicas de minerais de zircão encontrados em afloramentos finlandeses, apontando para uma origem comum com rochas da Gronelândia de há cerca de 3,75 mil milhões de anos.

Estas análises, incluindo três testes isotópicos independentes, sugerem que o leito rochoso da Escandinávia é significativamente mais antigo do que se pensava anteriormente, remontando a sua origem a um “fragmento” da Gronelândia.

Este fragmento, ao longo de centenas de milhões de anos, deslocou-se e eventualmente “enraizou-se” onde hoje se encontra a Finlândia.

O período em questão, quando a crosta da Terra se separou da Gronelândia, apresentava um planeta muito diferente, possivelmente coberto por água, mas sem oxigénio na atmosfera.

Esta fase primitiva da Terra é crucial para entendermos a singularidade do nosso planeta, especialmente no que diz respeito à presença de água líquida e crosta continental de granito, fatores considerados essenciais na busca por exoplanetas habitáveis e vida fora da Terra.

Os continentes, segundo os investigadores, desempenham um papel fundamental na sustentação da vida, influenciando as correntes oceânicas e o clima.

Além disso, este estudo desafia os modelos frequentemente utilizados para calcular o crescimento dos continentes, sugerindo que a crosta continental pode ter começado a formar-se cerca mil milhões de anos após a formação do planeta, e não simultaneamente, como previamente assumido, aponta o SciTech Daily.

Este trabalho também abre caminho para futuras investigações sobre se os “fragmentos” antigos da crosta encontrados noutras partes do mundo, como Austrália, África do Sul e Índia, partilham uma origem comum ou se se formaram independentemente.

 

in ZAP

A Rainha Dª Estefânia nasceu há 187 anos...

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Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen (em alemão: Stephanie Josepha Friederike Wilhelmine Antonia; Krauchenwies, 15 de julho de 1837Lisboa, 17 de julho de 1859), foi a esposa de El-Rei D. Pedro V e Rainha Consorte de Portugal e Algarves, de 1858 até à sua morte. Era a filha mais velha de Carlos António, Príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen, e da sua esposa, a princesa Josefina de Baden, sendo assim, irmã do rei Carlos I da Roménia e tia do rei Alberto I da Bélgica

Nascida no Castelo de Krauchenwies, D. Estefânia era a filha mais velha de D. Carlos António, Príncipe de Hohenzollern, e da princesa D. Josefina de Baden, esta filha de D. Carlos II, Grão-Duque de Baden. Teve cinco irmãos, entre os quais o que viria a ser o primeiro rei da Roménia da dinastia de Hohenzolern, D. Carlos I, o seu irmão mais velho, D. Leopoldo, que sucedeu ao pai e tornou-se príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen, e a sua irmã mais nova, a mãe do rei D. Alberto I da Bélgica, D. Maria Luísa, a condessa de Flandres, casada com o príncipe Filipe, Conde de Flandres.

D. Estefânia recebeu, naturalmente, educação católica.

Quando D. Estefânia tinha onze anos, o pai abdicou dos seus direitos ao principado, em nome do rei da Prússia, e mudou-se com a família para o Palácio de Jägerhof, em Düsseldorf, onde cresceu no meio de belos jardins. 

   

Casamento
O casamento foi feito por procuração em 29 de abril de 1858, na Catedral de Santa Edwiges em Berlim. O Conde do Lavradio foi responsável pelo contrato do matrimónio. A 3 de maio, D. Estefânia partiu de Düsseldorf, chegando de comboio a Ostende, onde embarcou no barco a vapor Mindelo rumo a Plymouth, Inglaterra. A corveta Bartolomeu Dias estava à sua espera para a levar para Portugal.  

Estefânia chegou à barra do rio Tejo no dia 17 de maio de 1858. No dia seguinte, em 18 de maio, na Igreja de São Domingos, em Lisboa, a princesa D. Estefânia casou-se, perante o Cardeal-Patriarca de Lisboa, com o rei D. Pedro V, tornando-se, assim, rainha consorte de Portugal.

Eles passaram a lua-de-mel em Sintra, passeando de braços dados pela serra repetidas vezes.

D. Pedro V, para impressionar a sua consorte, não poupou despesas com a decoração dos aposentos de D. Estefânia, no Palácio das Necessidades. Mandou vir de Paris móveis, candeeiro, carpetes e tecidos para estofos e cortinados.

D. Estefânia escreveu cartas íntimas à sua mãe, em francês. Numa delas, ela critica a alta sociedade portuguesa: "Os portugueses têm o sentido do luxo e da pompa, mas não o da dignidade".

Embora tivesse sentido saudades das margens do Reno e não tivesse gostado do calor e da aridez de Lisboa, D. Estefânia escreveu que apreciara Sintra e Mafra. A companhia do sogro, D. Fernando II, não lhe agradava.

Juntamente com o marido, D. Estefânia fundou diversos hospitais e instituições de caridade, o que lhe granjeou uma grande aura de popularidade entre os portugueses de todos os quadrantes políticos e sociais.

O Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, foi assim nomeado em sua honra.

 

Morte

Decorrido pouco tempo depois do seu casamento, a rainha faleceu, aos vinte e dois anos de idade, vítima de difteria. A doença teria sido contraída durante uma visita a Vendas Novas. As suas últimas palavras terão sido: Consolem o meu Pedro.

D. Estefânia jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

O rei, viúvo, faleceu dois anos mais tarde, de febre tifoide.

 

  

  

 

A vida na Terra pode ser mais antiga do que pensávamos...

O último ancestral de todas as formas de vida surgiu muito antes do que se pensava

 

 

O organismo que deu origem a todas as formas de vida atuais na Terra – LUCA – pode ter aparecido muito mais cedo do que se pensava. O novo estudo revelou que esta forma de vida era, afinal, bastante sofisticada.

LUCA foi o último antepassado comum universal. Ou seja, foi a entidade que deu origem a todas as formas de vida atuais.

Um novo estudo, publicado esta sexta-feira na Nature Ecology & Evolution, teoriza que o LUCA surgiu muito mais cedo do que se pensava.

A nova estimativa acredita que este organismo viveu cerca de 4,2 mil milhões de anos atrás, logo após a formação da Terra, que data de 4,5 mil milhões de anos.

Conceções anteriores apontavam para o aparecimento de LUCA após o bombardeamento pesado tardio, um período de intensa colisão de meteoritos há aproximadamente 3,8 mil milhões de anos.

O estudo analisou a continuidade genética das várias formas de vida atuais.

Cerca de 2600 genes codificadores de proteínas (um número muito superior às estimativas anteriores de apenas 80) foram rastreados até LUCA. Isto sugere que este ancestral possuía uma complexidade biológica significativamente maior do que se pensava.

 

Mais sofisticado do que se pensava

Os genes estudados indicam que LUCA possuía mecanismos de defesa contra raios UV, sugerindo que habitava à superfície dos oceanos, e se alimentava primariamente de hidrogénio. Estes genes, juntamente com outros, indicam a presença de um ecossistema de células primitivas ao redor de LUCA, contrariando a ideia de que este antepassado existia isoladamente.

Surpreendentemente, os resultados também apontam para a presença de uma versão primitiva do sistema de defesa bacteriano CRISPR em LUCA, indicativo de que já há 4,2 mil milhões de anos, os organismos já enfrentavam ameaças virais.

“Mesmo há 4,2 mil milhões de anos, os nossos antepassados mais antigos lutam contra os vírus”, disse o líder da investigação, Edmund Moody, da Universidade de Bristol, à New Scientist.

Patrick Forterre, do Instituto Pasteur em Paris, França, criador do termo LUCA, considera esta teoria irrealista: “A afirmação de que o LUCA estava a viver antes do bombardeamento tardio há 3,9 mil milhões de anos é completamente irrealista para mim. Tenho a certeza de que a sua estratégia para determinar a idade e o conteúdo genético do LUCA tem algumas falhas”, disse, citado pela mesma revista.

 

in ZAP

 

NOTA - LUCA é um acrónimo - significa Last Universal Common Ancestor...

Hoje é dia de cantar poesia galega...

 

Adios, rios; adios, fontes

Adios, ríos; adios, fontes;
adios, regatos pequenos;
adios, vista dos meus ollos:
non sei cando nos veremos.

Miña terra, miña terra,
terra donde me eu criei,
hortiña que quero tanto,
figueiriñas que prantei,

prados, ríos, arboredas,
pinares que move o vento,
paxariños piadores,
casiña do meu contento,

muíño dos castañares,
noites craras de luar,
campaniñas trimbadoras
da igrexiña do lugar,

amoriñas das silveiras
que eu lle daba ó meu amor,
camiñiños antre o millo,
¡adios, para sempre adios!

¡Adios gloria! ¡Adios contento!
¡Deixo a casa onde nacín,
deixo a aldea que conozo
por un mundo que non vin!

Deixo amigos por estraños,
deixo a veiga polo mar,
deixo, enfin, canto ben quero...
¡Quen pudera non deixar!...

Mais son probe e, ¡mal pecado!,
a miña terra n'é miña,
que hastra lle dan de prestado
a beira por que camiña
ó que naceu desdichado.

Téñovos, pois, que deixar,
hortiña que tanto amei,
fogueiriña do meu lar,
arboriños que prantei,
fontiña do cabañar.

Adios, adios, que me vou,
herbiñas do camposanto,
donde meu pai se enterrou,
herbiñas que biquei tanto,
terriña que nos criou.

Adios Virxe da Asunción,
branca como un serafín;
lévovos no corazón:
Pedídelle a Dios por min,
miña Virxe da Asunción.

Xa se oien lonxe, moi lonxe,
as campanas do Pomar;
para min, ¡ai!, coitadiño,
nunca máis han de tocar.

Xa se oien lonxe, máis lonxe
Cada balada é un dolor;
voume soio, sin arrimo...
Miña terra, ¡adios!, ¡adios!

¡Adios tamén, queridiña!...
¡Adios por sempre quizais!...
Dígoche este adios chorando
desde a beiriña do mar.

Non me olvides, queridiña,
si morro de soidás...
tantas légoas mar adentro...
¡Miña casiña!,¡meu lar!
 
 

in Cantares Gallegos (1863) - Rosalía de Castro

Gregory Isaacs nasceu há setenta e três anos...

 

  

Anthony Gregory Isaacs, mais conhecido como Gregory Isaacs (Kingston, 15 de julho de 1951 - Londres, 25 de outubro de 2010) foi um músico de reggae jamaicano, considerado uma das vozes mais sofisticadas do género.
As suas músicas tornaram-se grandes clássicos do reggae romântico e em uma lista com mais de 500 discos gravados, destacam-se alguns dos mais conhecidos álbuns da história da música jamaicana, entre eles: Mr. Isaacs, de 1977, Slum in Dub, de 1978, Soon Forward, de 1979, e Night Nurse, lançado em 1982.
   
(...)
   
Em 25 de outubro de 2010, após uma longa luta contra um cancro no pulmão, Isaacs morre na sua casa, em Londres.
 

 


Terry O'Quinn comemora hoje setenta e dois anos

  
Terry O'Quinn, nome artístico de Terrance Quinn, (Sault Ste. Marie, 15 de julho de 1952) é um ator norte-americano, mais conhecido pelo seu trabalho em Lost.
     

Linda Ronstadt faz hoje 78 anos

  
Linda Maria Ronstadt (Tucson, 15 de julho de 1946) é uma cantora norte-americana retirada que atuou e gravou em diversos géneros, incluindo rock, country e música latina.

Ronstadt lançou 24 álbuns de estúdio e 15 compilações ou álbuns de maiores sucessos. Ela alcançou 38 singles na Billboard Hot 100 dos Estados Unidos. Vinte e um desses singles chegaram ao top 40, dez chegaram ao top 10 e um alcançou o número um ("You're No Good"). O seu sucesso, entretanto, não se traduziu no Atlântico até ao Reino Unido. Embora os duetos de Ronstadt, "Somewhere Out There" com James Ingram e "Don't Know Much" com Aaron Neville, tenham chegado aos números 8 e 2 respetivamente em 1987 e 1989, o single "Blue Bayou" foi o seu único single solo a alcançar o Top 40 do Reino Unido.

Ronstadt colaborou com artistas de diversos géneros, incluindo Bette Midler, Billy Eckstine, Frank Zappa, Carla Bley (Escalator Over the Hill), Rosemary Clooney, Flaco Jiménez, Philip Glass, Warren Zevon, Emmylou Harris, Gram Parsons, Dolly Parton, Neil Young, Paul Simon, Earl Scruggs, Johnny Cash, e Nelson Riddle. Ela emprestou a sua voz a mais de 120 álbuns e vendeu mais de 100 milhões de discos, tornando-a uma das artistas mais vendidas do mundo de todos os tempos.

Ronstadt reduziu a sua atividade depois de 2000 quando sentiu a sua voz a deteriorar-se, lançando o seu último álbum completo em 2004 e realizando o seu último show ao vivo em 2009. Ela anunciou a sua retirada em 2011 e revelou logo depois que não é mais capaz de cantar, como resultado de uma condição degenerativa, posteriormente referida como paralisia supranuclear progressiva. Desde então, Ronstadt continuou a fazer aparições públicas, indo numa série de turnês para falar em público nos anos 2010. Ela publicou uma autobiografia, Simple Dreams: A Musical Memoir, em setembro de 2013. Um documentário, baseado nas suas memórias, Linda Ronstadt: The Sound of My Voice, foi lançado em 2019. 

Linda Ronstadt gravou mais de 40 álbuns, vendeu mais de 100 milhões, e colaborou com vários artistas, nomeadamente, Dolly Parton, Emmylou Harris, The Eagles, James Taylor, Neil Young e Elvis Costello


 


Ian Curtis nasceu há 68 anos...

   
Ian Kevin Curtis (Trafford, 15 de julho de 1956 - Macclesfield, 18 de maio de 1980) foi um músico britânico. Ele foi o vocalista, letrista e guitarrista ocasional da banda de pós-punk Joy Division, a qual ele ajudou a formar em 1976 na cidade de Manchester, Inglaterra.
     
(...)
      
Ian Curtis decidiu o seu destino após assistir a uma apresentação dos Sex Pistols em 1976, onde se convenceu de que queria estar no palco, e não no meio do público. Ian então conheceu os jovens Bernard Sumner e Peter Hook. Ian tinha visto o cartaz dos dois jovens que estavam tentando formar uma banda e ele propôs-se a ser o vocalista e escritor das letras - e os três então firmaram o acordo.
Os três recrutaram (e rejeitaram) uma sucessão de bateristas até a decisão de aceitar Stephen Morris como o quarto membro da banda, que se chamou Warsaw durante um curto período de tempo até mudar o seu nome para Joy Division, em 1978, por causa de conflitos com o nome de uma outra banda, os Warsaw Pact.
Diz-se que a persistência de Ian Curtis ajudou a assegurar à banda um contrato de gravação com a hoje lendária gravadora Factory Records, de Tony Wilson. Ian convenceu Tony Wilson a permitir sua banda tocar "Shadowplay" no Granada Reports — um programa regional de televisão apresentado por Tony. Após estabelecer a Factory Records com Alan Erasmus, Tony Wilson aceitou a banda no seu selo.
Durante as apresentações do Joy Division, Ian Curtis desenvolveu um estilo único de dançar, reminiscente dos ataques epiléticos dos quais sofria, algumas vezes no palco. O efeito era tal que as pessoas que estavam no público não sabiam se ele estava dançando ou tendo um ataque. Ele algumas vezes desmaiou e teve de ter atendimento médico ainda no palco, já que sua saúde sofria com a intensa rotina de apresentações dos Joy Division. A primeira crise epilética de Ian aconteceu no dia 27 de dezembro de 1978, quando a banda voltava de seu primeiro show realizado em Londres, no pub Hope and Anchor.
Muitas das canções que Ian Curtis escreveu são carregadas com imagens de dor emocional, morte, violência, alienação e degeneração urbana. Tais temas recorrentes levaram os fãs e a esposa de Ian, Deborah, a acreditar que Ian escrevia sobre sua própria vida. Ian certa vez comentou a respeito numa entrevista: "Escrevo sobre as diferentes formas que diferentes pessoas lidam com certos problemas, e como essas pessoas podem se adaptar e conviver com eles".
Ian cantava com um estranho timbre baixo-barítono, o que fazia com que sua voz parecesse pertencer a alguém muito mais velho que ele realmente era. Ele também era fascinado pela escaleta Hohner, um instrumento que foi mostrado a ele pela esposa de Tony Wilson, Lindsey Reade, pouco tempo antes da morte de Ian. Ele utilizou o instrumento ao vivo pela primeira vez durante uma passagem de som do Leigh Rock Festival em 1979, após o que ele adquiriu uma coleção de oito desses instrumentos. A fascinação de Ian Curtis pela escaleta levaria Bernard Sumner a utilizar o instrumento tempos depois, nos New Order.
Os Joy Division, e, em particular, Ian Curtis, tiveram o seu estilo de gravação desenvolvido pelo produtor Martin Hannett. Alguns de seus trabalhos mais inovadores foram criados no Cargo Recording Studios em 1979, um estúdio que fora desenvolvido por John Peel e seus investimentos financeiros. John Peel era um grande fã dos Joy Division e de Ian Curtis.
Ian Curtis foi fortemente influenciado pelos escritores William Burroughs, J. G. Ballard e Joseph Conrad — os títulos das canções "Interzone", "Atrocity Exhibition" e "Colony" vieram dos três autores, respetivamente. Ian também foi influenciado pelos vocalistas Jim Morrison, Lou Reed, Iggy Pop e David Bowie.
     
Morte
A última apresentação ao vivo de Ian Curtis aconteceu no dia 2 de maio de 1980, na Universidade de Birmingham, e aconteceu no mesmo mês de sua morte. Essa apresentação incluiu a primeira e última performance da música "Ceremony" pelos Joy Division - música que foi depois usada pelos New Order. A última música que Ian Curtis executou frente ao público foi "Digital". A gravação da apresentação pode ser encontrada no álbum de compilações Still.
Os problemas pessoais de Ian Curtis, como o divórcio conturbado da sua esposa e um caso extra-conjugal com a jornalista belga Annik Honoré, poderão ter contribuído para o suicídio de Ian, que se enforcou aos 23 anos de idade. De acordo com o livro Touching From A Distance, Ian ingeriu uma overdose de medicamentos para epilepsia e foi parar num hospital poucos meses antes de sua morte. Acredita-se que tal overdose tenha sido um "pedido de socorro", mas Ian disse aos seus companheiros de banda que não havia ingerido uma overdose. O livro conta que Bernard Sumner levou Ian a um cemitério após a sua saída do hospital, para lhe mostrar onde ele poderia ter ido parar caso a overdose tivesse sido fatal.
Na noite do dia 17 de maio, dias antes do início da primeira turnê dos Joy Division nos Estados Unidos, Ian assistiu a um de seus filmes favoritos, Stroszek, de Werner Herzog, enquanto ouvia Weeping, momentos antes de se enforcar falou por telefone com Genesis P-Orridge. E nas primeiras horas da manhã do dia 18 de maio, Ian enforcou-se na cozinha, utilizando uma corda que sustentava o varal de roupas, segundo se conta, ouvindo o disco The Idiot, primeiro lançamento do cantor norte-americano Iggy Pop. Os pontos de vista e as preferências de Ian Curtis continuam a gerar especulações sobre as reais razões pelas quais ele resolveu tirar a própria vida. Alguns dizem que ele simplesmente desejou morrer jovem. Mas o facto é que Ian já tinha uma mente conturbada desde a sua adolescência, com pensamentos e ideologias de contracultura, uma mente provavelmente já farta do mundo ao seu redor.
Ian Curtis foi cremado e as suas cinzas foram enterradas em Macclesfield, com uma lápide com a inscrição "Love Will Tear Us Apart" ("O Amor Vai Nos Separar"). O epitáfio, escolhido por sua esposa Deborah, é uma referência à canção mais conhecida do Joy Division. Em 2008, a polícia britânica anunciou que essa lápide foi roubada do cemitério de Macclesfield. As autoridades locais buscam testemunhas e investigam, mas, como não havia câmaras de segurança no local, não foi descoberto o autor.
   
Lápide do pequeno túmulo de Curtis
      
Legado
Os membros remanescentes dos Joy Division formaram a banda New Order após a morte de Ian Curtis. A banda havia feito um acordo de que os Joy Division não continuariam se um dos membros deixasse a banda ou morresse. O primeiro álbum dos New Order, Movement, possui uma canção intitulada I.C.B., que significa "Ian Curtis Buried" ("Ian Curtis Enterrado").
Em maio de 2007, um filme britânico sobre a vida e a morte de Ian Curtis, intitulado Control, estreou no Festival de Cannes. No papel de Ian Curtis está o ator britânico Sam Riley (no seu primeiro filme como ator principal), que nasceu em 1980, cerca de quatro meses antes do suicídio de Ian Curtis. O filme é dirigido pelo neerlandês Anton Corbijn. Recentemente a revista inglesa New Musical Express (NME), elegeu a música Love Will Tear Us Apart como a melhor música já escrita nos últimos 60 anos, título dado por uma das mais tradicionais revistas de música no ano de 2012.
     
Vida 
Ian Curtis casou a 23 de agosto de 1975 com a colega de colégio, Deborah Woodruff. Ele tinha 19 anos e ela 18. A única filha do casal, Natalie, nasceu a 16 de abril de 1979. Ela é fotógrafa e revelou que Ian era adepto do Manchester City.
   

 


Su(b)tilmente...


Sutilmente - Skank


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste

E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce, é
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti
Dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste

E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce, é
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti
Dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti, yeah

Rembrandt nasceu há 418 anos

Autorretrato (1642)
     
Rembrandt Harmenszoon van Rijn (Leida, 15 de julho de 1606 - Amesterdão, 4 de outubro de 1669) foi um pintor e gravador holandês. É geralmente considerado um dos maiores nomes da história da arte europeia e o mais importante da história holandesa. É considerado, por alguns, como o maior pintor de todos os tempos. As suas contribuições para a arte surgiram num período denominado pelos historiadores de "Século de Ouro dos Países Baixos", na qual a influência política, a ciência, o comércio e a cultura holandesa - particularmente a pintura - atingiram seu ápice.
Tendo alcançado sucesso na juventude como um pintor de retratos, os seus últimos anos foram marcados por uma tragédia pessoal e dificuldades financeiras. No entanto, as suas gravuras e pinturas foram populares em toda a sua vida e a sua reputação como artista manteve-se elevada, e durante vinte anos ele ensinou quase todos os importantes pintores holandeses. Os maiores triunfos criativos de Rembrandt são exemplificados especialmente nos retratos de seus contemporâneos, autorretratos e ilustrações de cenas da Bíblia. Os seus autorretratos formam uma biografia singular e intimista em que o artista pesquisou a si mesmo sem vaidade e com a máxima sinceridade.
Tanto na pintura como na gravura, ele expõe um conhecimento completo da iconografia clássica, que ele moldou para se adequar às exigências da sua própria experiência; assim, a representação de uma cena bíblica era baseada no conhecimento de Rembrandt sobre o texto específico, na sua assimilação da composição clássica, e em suas observações da população judaica de Amesterdão. Devido a sua empatia pela condição humana, ele foi apelidado de "um dos grandes profetas da civilização".
 
              

O explorador polar Jean-Baptiste Charcot nasceu há 157 anos

   
Jean-Baptiste Charcot (Neuilly-sur-Seine, 15 de julho de 1867 – Islândia, 16 de setembro de 1936) foi um cientista francês, médico e cientista polar. O seu pai foi o neurologista Jean-Martin Charcot (1825–1893).
Jean-Baptiste Charcot foi nomeado líder da Expedição Antártica Francesa com o navio Français explorando a costa oeste da Terra de Graham de 1904 até 1907. A expedição alcançou a ilha Adelaide em 1905 e tirou fotos do Arquipélago Palmer e da Costa Loubet. De 1908 a 1910, participou numa outra expedição, seguindo no navio Pourquoi-Pas?, explorando o Mar de Bellingshausen e o Mar de Amundsen e descobrindo a Terra de Loubet, a Baía Marguerite e a Ilha Charcot, que recebeu o nome do seu pai, Jean-Martin Charcot.
Mais tarde, Jean-Baptiste Charcot explorou Rockall, em 1921, e a Gronelândia oriental e Svalbard, de 1925 a 1936. Morreu quando o Pourquoi-Pas? foi destruído, numa tempestade, ao largo da costa da Islândia, em 1936. Um monumento de homenagem a Charcot foi criado em Reykjavík, Islândia, pelo escultor Ríkarður Jónsson, em 1952.

Rosalía de Castro morreu há 139 anos...


Considerada como a fundadora da literatura galega moderna, o dia 17 de maio, Dia das Letras Galegas, é feriado por causa de ser a data de edição da sua primeira obra em língua galega, Cantares Galegos.

 


Negra Sombra


Cando penso que te fuches,
Negra sombra que m’asombras,
Ó pé d’os meus cabezales
Tornas facéndome mofa. 


Cando maxino que’ês ida
N’o mesmo sol te m’amostras,
Y eres a estrela que brila,
Y eres o vento que zóa. 


Si cantan, ês tí que cantas,
Si choran, ês tí que choras,
Y-ês o marmurio d’o río
Y-ês a noite y ês a aurora. 


En todo estás e ti ês todo,
Pra min y en min mesma moras,
Nin m’abandonarás nunca,
Sombra que sempre m’asombras.

   

 
in Follas Novas (1880) - Rosalía de Castro