segunda-feira, dezembro 20, 2010

O país dos segredos

(imagem daqui)


Governo recusa revelar despesas dos gabinetes

A associação sindical dos juízes interpôs 17 acções no Tribunal Administrativo de Lisboa, para que este obrigue todos os ministros do actual Governo a revelar quanto gastam os respectivos gabinetes em despesas de representação.

Estão em causa os gastos dos ministros, secretários de Estado, chefes de gabinete e assessores com telefones pessoais, subsídios de renda de casa e compras feitas com cartões de crédito, bem como as respectivas resoluções de Conselhos de Ministros que as autorizaram - e que o Executivo recusa revelar.

Tudo começou em Outubro, depois de se saber que os ordenados no sector público iriam sofrer um corte global, bem como as despesas de representação e todos os subsídios.

No caso dos magistrados, o corte no subsídio de renda de casa vai ser de 20%, enquanto a redução global dos subsídios do mesmo tipo no resto do Estado é de 10%. Além disso, o Ministério da Justiça avançou com uma proposta global de alteração aos estatutos das magistraturas, para restringir as condições da reforma e o pagamento daquele subsídio.

Invocando a lei que consagra o direito de acesso aos documentos administrativos, e argumentando que necessita de dados concretos para usar na negociação colectiva com o Ministério da Justiça, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) fez então um pedido formal a todos os 17 ministros e ainda ao secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro.

Onde estão os despachos?

Assim, solicitou «fotocópias» de todos «os seguintes documentos administrativos»: resoluções do Conselho de Ministros (desde que o actual Governo tomou posse, em 2009) a autorizar e regulamentar «a atribuição e utilização de cartões de crédito e uso pessoal de telefones, móveis ou fixos, por membros do Governo», bem como os «documentos de processamento e pagamento» das despesas de representação e subsídios de residência a todos os ministros e respectivos chefes de gabinete.

Os ministérios vieram argumentar que os vencimentos e regalias dos membros do Executivo são os fixados na lei, que os encargos com telefones «estão definidos nos mapas orçamentais da Lei do Orçamento do Estado» e que as resoluções do Conselho de Ministros estão publicadas no Diário da República.

Os juízes avançaram então com 17 acções de intimação no Tribunal Administrativo de Lisboa, uma por cada ministro. «Os documentos em causa não estão acessíveis ao público» e só podem ser fornecidos pelos ministérios - contrapôs a ASJP, salientando que o próprio Tribunal de Contas já constatou em auditorias que nem todas as resoluções são publicadas.

As contestações dos ministérios às intimações são de teor idêntico. A do Ministério da Justiça, a que o SOL teve acesso, alega que o pedido da ASJP «é abusivo, desproporcionado e excessivo». Além disso, «originaria a produção de cópias de um número assinalável de documentos, todos com o mesmo teor».

Os juízes contrapõem que já fizeram as contas e que, no máximo, serão entre 56 a 234 fotocópias por cada ministério - e disponibiliza-se até a pagar o respectivo custo.

Ministro muda de opinião

Esta posição do Ministério da Justiça contradiz o que o próprio titular da pasta defende.

No seu livro Novos Direitos do Cidadão, editado em 1994, quando era deputado, Alberto Martins explica: «A transparência, como regra, e o segredo, como excepção, são as linhas mestras e os vectores mais decisivos do exercício de dois direitos complementares dos cidadãos: o direito à transparência e o direito à participação».

E depois de salientar que estes direitos só têm restrições «em matéria de segurança, de investigação criminal e de privacidade», conclui: «A administração central do Estado, as Regiões Autónomas, as autarquias, os institutos públicos, as empresas públicas e as pessoas colectivas de direito público estão obrigadas a abrir as suas portas a todos os cidadãos para acesso à informação e documentação».

O Ministério da Justiça afirmou entretanto que entregou à Associação Sindical dos Juízes Portugueses uma nota informativa sobre o regime remuneratório aplicável aos membros do Governo e respectivos gabinetes, Uma outra nota sobre os encargos orçamentais decorrentes do regime legal que estabelece a remuneração dos magistrados.

«O Ministério da Justiça baliza a sua actividade pela regra da transparência constitucional e legalmente definida, tendo no caso apresentado as informações e documentos solicitados no âmbito da negociação que decorreu com as Associações do sector da Justiça no âmbito dos trabalhos preparatórios da proposta de Lei que altera o Estatuto dos Magistrados», pode ler-se numa nota de esclarecimento da tutela.

in Sol - ler notícia

Música do aniversariante de hoje

Roubar aos pobres para dar aos ricos

(imagem daqui)
 

Hoje é dia de Pedro Abrunhosa...!



Lua - Pedro Abrunhosa

Mais um dia que acaba
e a cidade parece dormir,
da janela vejo a luz que bate no chão
e penso em te possuir.
Noite após noite, há já muito tempo,
saio sem saber para onde vou,
chamo por ti, na sombra das ruas,
mas só a lua sabe quem eu sou.
Lua, lua,
eu quero ver o teu brilhar,
lua, lua, lua,
Eu quero ver o teu sorrir.


Leva-me contigo,
mostra-me onde estas,
é que o pior castigo
é viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para trás...
Lua, eu quero ver o teu brilhar,
no luar, no luar.


Homens de chapéu e cigarros compridos
vagueiam pelas ruas com olhares cheios de nada,
mulheres meio despidas encostadas à parede
fazem-me sinais que finjo não entender.
Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites.
Os bares estão fechados já não há onde beber,
este silencio escuro não me deixa adormecer.
Loucas são as noites.


Não há saudade sem regresso, não há noites sem
madrugada,
Ouço ao longe as guitarras, nas quais vou partir,
na névoa construo a minha estrada.


Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites.
Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites...

Música para geopedrados

Pedro Abrunhosa - 50 anos!


Pedro Abrunhosa (20 de Dezembro de 1960, Porto), é um cantor e compositor português.

(...)
Inicia cedo os estudos musicais. Termina o Curso de Composição do Conservatório de Música do Porto, após o que estuda e trabalha com os professores Álvaro Salazar e Jorge Peixinho. Faz o Curso de Pedagogia Musical com Jos Wuytack.

Aos dezasseis anos já dava aulas na Escola de Música do Porto. Pouco depois ensinava também no ensino oficial, na Escola do Hot Clube, em Lisboa, e na Escola de Música Caiús. Desenvolve os estudos de Contrabaixo. Funda a Escola de Jazz do Porto e a Orquestra da mesma, que dirige e para a qual escreve.

Trabalha nesta área por toda a Europa com Joe Hunt, Wallace Rooney, Gerry Nyewood, Steve Brown, Todd Coolman, Billy Hart, Bill Dobbins, Dave Schnitter, Jack Walrath, Boulou Ferré, Elios Ferré, Ramon Cardo, Frankie Rose, Vicent Penasse e Tommy Halferty.

Em 1994 é editado o álbum “Viagens”, conjuntamente com os “Bandemónio”. Atinge vendas recorde de 243.000 unidades atingindo a marca de tripla platina. Neste álbum conta com a participação do saxofonista de James Brown, Maceo Parker. Faz mais de duzentos espectáculos em apenas dois anos. Apresenta-se ainda nos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Macau, França, Suíça, Espanha, Luxemburgo, Itália e outros.

Lança em 1995 o Maxi-single F, juntamente com um livro, alcançando com ambos um inesperado impacto.

Em 1996 edita “Tempo”, agora com uma nova formação dos Bandemónio. “Tempo” vende acima das 180.000 unidades, ultrapassando a marca de quádrupla platina. Neste álbum trabalha em Minneapolis, Memphis e Nova Iorque com toda a banda de Prince, os New Power Generation e Tom Tucker, seu engenheiro principal. Participam ainda Carlos do Carmo, Opus Ensemble e Rui Veloso. Com a música Se Eu Fosse Um dia o Teu Olhar, extraída deste disco para o filme Adão e Eva, bate todos os recordes de bilheteira. É editado o disco "Tempo - Versões e Reimixes".

Escreve, compõe e produz o musical “Rapaz de Papel”, encomenda do Festival dos Cem Dias. Posteriormente grava todas estas músicas no álbum “Amanhecer”, interpretado por Diana Basto.

É convidado por Caetano Veloso a realizar um espectáculo conjunto na Expo 98. É convidado pelo realizador Manoel de Oliveira para protagonista masculino do filme “A Carta”, rodado em Paris, Itália, Nova Iorque, Lisboa e Londres. Contracena com Chiara Mastroianni. Com esse filme, laureado no Festival de Cinema de Cannes com o Grande Prémio do Júri, tem a oportunidade de fazer a famosa “subida dos 24 degraus”.

Em 1999 edita Silêncio, um disco de viragem extremamente importante para a carreira dos Bandemónio mas que fica aquém das vendas dos dois discos anteriores: ultrapassa as 40.000 unidades, atingindo a marca de platina.

As suas canções são gravadas e interpretadas no Brasil por artistas como Caetano Veloso, Lenine, Zélia Duncan, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Sandra de Sá, Syang, Rio Soul, Edson Cordeiro, entre outros.

Em 2002 editou Momento, um êxito de vendas e airplay em todas as rádios nacionais, e atingindo novamente a marca de dupla-platina, com vendas superiores a 90.000 unidades. Durante dois anos, a canção “Momento (Uma Espécie de Céu)” foi a mais tocada em Portugal.

Em 2003 edita o álbum triplo, “Palco”, resultado dos emblemáticos concertos ao vivo com os Bandemónio e os HornHeads de Prince. Com o disco palco, dupla platina, atinge vendas de 72.000 unidades. Um discos inclui duetos com Lenine e Zélia Duncan.

Em 2004 encerra o Rock in Rio Lisboa, concerto integrado na sua digressão 2002/2004 com mais de 120 espectáculos realizados.

Entretanto, tem feito palestras, debates e conferências por todo o país, sobretudo em Faculdades, Escolas, Bibliotecas ou afins. Escreveu para a TSF, Magazine Artes, Fórum Estudante e tem trabalhos editados nas mais variadas publicações.

Em 2006 participou numa das músicas do álbum de estreia da banda portuguesa Cindy Kat, música essa - A Saída. Editou ainda o livro Canções, que rapidamente esgota, contendo partituras das suas mais emblemáticas músicas.

Lançou em 3 de Abril de 2007 o single Quem me leva os meus fantasmas, o primeiro single do novo álbum Luz lançado em 25 de Junho de 2007.

O primeiro concerto de Pedro Abrunhosa e Bandemónio após o lançamento do álbum Luz teve lugar no espaço Paradise Garage em Lisboa, na noite de 26 de Junho de 2007. 

Pedro Abrunhosa anunciou um novo álbum já com data de edição que o musico tem vindo a apresentar ao vivo, agora separado dos Bandemónio e com a sua nova banda, os Comité Caviar.

A 7 de Fevereiro de 2010 Pedro Abrunhosa foi protagonista de uma queda durante o programa 'Ídolos' da SIC quando se preparava para uma dupla actuação como convidado. Abrunhosa não sofreu ferimentos e até reagiu com humor. O cantor portuense rapidamente se recompôs e interpretou dois temas com os finalistas.

Desde 12 de Abril de 2010 o seu álbum "Longe" encontra-se disponível nos locais habituais, data em que também foi lançado o seu mais recente website - http://www.abrunhosa.com/. A aparência do site modifica-se conforme a hora do dia em que se visita, acompanhada por efeitos sonoros adaptados à hora e local que as imagens de fundo evocam. 

O álbum "Longe" foi apresentado na Casa da Música, no Porto, a 2 de Maio de 2010, estando nessa altura no 1º lugar no top de vendas.

Adaptado da Wikipédia

Músicas para preparar o Natal - IX

domingo, dezembro 19, 2010

Os próximos eclipses

Post em estereofonia com o blog AstroLeiria:


Este post é só para recordar que na final da noite e início da manhã de 21 de Dezembro de 2010 haverá um eclipse total da Lua cuja parte final será visível em Portugal.

Assim a Lua entra na penumbra às 05.28 horas, na sombra às 06.32 horas e o eclipse total começa às 07.40 horas, pondo-se pouco depois, à hora a que nasce o Sol, aproximadamente às 07.51 horas.

Depois há ainda que recordar que há que em 2011 há seis eclipses:
  • 04 de Janeiro: Eclipse Parcial do Sol
  • 01 de Junho: Eclipse Parcial do Sol
  • 15 de Junho: Eclipse Total da Lua
  • 01 de Julho: Eclipse Parcial do Sol
  • 25 de Novembro: Eclipse Parcial do Sol
  • 10 de Dezembro: Eclipse Total da Lua 
Infelizmente destes só os de 4 de Janeiro e 15 de Junho de 2011 serão razoavelmente visíveis em Portugal - o de 10 de Dezembro de 2011 também será parcialmente visível, mas só na fase penumbral, nada interessante...

Para mais informações, sugere-se a visita aos seguintes sites:

Música para preparar o dia de amanhã

Um texto anónimo e as aldrabices governamentais desmascaradas

Dez estratégias


Há algum tempo que circula pela Internet e pelas caixas de correio electrónico um texto intitulado As 10 Estratégias de Manipulação Mediática, atribuído a Noam Chomsky. Apesar de não ter podido confirmar a autoria, arrisco reproduzi-lo no De Rerum Natura, pois, ainda que não tenha sido escrito pelo línguista americano, parece-me ser uma análise interessante da realidade que nos cerca.

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distracções e de informações insignificantes. A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir o povo de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área das ciências, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à quinta como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, a fim de que este tenha a percepção que participou nas medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público exija novas leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, durante anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconómicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários baixíssimos, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é aplicado imediatamente. Segundo, porque o público - a massa - tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá vir a ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e de aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO SE DE CRIANÇAS SE TRATASSE
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos da debilidade mental, como se cada espectador fosse uma criança de idade reduzida ou um deficiente mental. Quanto mais se pretende enganar ao espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Porquê? "Se você se dirigir a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a dar uma resposta ou reacção também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".

6- UTILIZAR MUITO MAIS O ASPECTO EMOCIONAL DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do discurso emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e pôr fim ao sentido crítico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para incutir ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de eliminar (ver 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover no público a ideia de que é moda o facto de se ser estúpido, vulgar e inculto...

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, de suas capacidades, ou do seu esforço. Assim, ao invés de revoltar-se contra o sistema económico, o indivíduo autocritica-se e culpabiliza-se, o que gera um estado depressivo, do qual um dos seus efeitosmais comuns, é a inibição da acção. E, sem acção, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado um crescente afastamento entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos sobre si próprios.

O país do faz-de-conta e a bancarrota - II

(imagem daqui)
 

O país do faz-de-conta e a bancarrota

(imagem daqui)

E se batessemos todos com a porta?!?

(imagem daqui)

A Voz da Razão
Quem nos salva?

Por razões de saúde, Carlos Encarnação resolveu bater com a porta. ‘Estou farto deste governo’, disse o autarca de Coimbra, embora sem revelar se tenciona mover uma acção contra o eng. Sócrates por danos psicológicos irreparáveis.

Se não tenciona, devia: qualquer português que tenha vivido em Portugal nos últimos cinco anos é um sério candidato a stress pós-traumático. Ou, mais precisamente, a stress pós-socrático, uma estranha maleita que impede o cidadão comum de distinguir a fantasia da realidade. A única coisa que se lamenta na demissão do autarca de Coimbra é os portugueses não poderem ir com ele para o exílio.

Infelizmente, continuaremos a sofrer em silêncio, incapazes de bater com a porta e obrigados a suportar as 50, ou as 100, ou as 1000 medidas para salvar Portugal. Uma tortura de propaganda que irá durar até ao dia em que as tropas do FMI aterrarem na Portela, prontas para resgatar um povo do seu cativeiro. Só espero que, quando esse dia chegar, o dr. Encarnação regresse à pátria e traga com ele os enfermeiros. 

Santa FMI in coming...

(imagem daqui)

O Pai Natal de José Sócrates

José Sócrates inaugurou uma nova linguagem em época de Natal. A União Europeia exigiu a Portugal uma maior flexibilidade nas leis laborais e o primeiro-ministro encontrou uma forma de obedecer às instruções da chanceler alemã Angela Merkel, embrulhando a coisa com papel colorido para português ver: arranjou um nome pomposo e optimista, chamando-lhe ‘Iniciativa para a Competitividade e o Emprego’.

O Natal é tempo de amor ao próximo e esperança no futuro, mas não convém exagerar e muito menos acreditar em tudo o que nos dizem. Aliás, é sempre perigoso acreditar em José Sócrates quando se trata de políticas de emprego. Desde a célebre promessa de criação de 150 mil postos de trabalho nas eleições legislativas de 2005 que o desemprego só tem crescido, ultrapassando a fasquia psicológica dos 10%.

Ainda em Janeiro deste ano, o Governo criava a ‘Iniciativa Emprego 2010’ que deveria abranger 760 mil portugueses. Como também foi notícia esta semana, Portugal conseguiu ser o país onde mais aumentou o desemprego no terceiro trimestre.

Em nova entrevista ao ‘Financial Times’ na terça-feira, o primeiro-ministro garantiu que os mercados estão "a começar a reconhecer" as reformas do Governo. É evidente que os "mercados" não podem acreditar em reformas que não existem. A resposta das agências internacionais às sucessivas promessas de José Sócrates tem sido invariável: mais tarde ou mais cedo, Portugal vai ter de recorrer ao fundo de emergência da União Europeia.

Por tudo isto, é melhor não acreditar se Sócrates disser que o Pai Natal vem aí para a semana – o mais certo é que seja o Fundo Monetário Internacional a chegar. 

José Dias Coelho foi assassinado há 49 anos

A 19 de Dezembro de 1961 a PIDE assassinou a tiro, em pleno dia, numa rua de Lisboa, o pintor José Dias Coelho. Depois o nosso Zeca Afonso quis recordar este senhor, numa belíssima canção que em seguida iremos recordar e que, estranhamente, a Censura deixou passar...


A Morte saiu à Rua

Naquele lugar sem nome p'ra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.

Zeca Afonso (Letra e Música), Eu Vou Ser Como a Toupeira, 1972

NOTA: outras versões da mesma música, neste triste dia:







Músicas para preparar o Natal - VIII

sábado, dezembro 18, 2010

Música actual para celebrar o fim das aulas

O país da vergonha


… caso contrário alinharia.

Expresso, 18 de Dezembro de 2010

in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

Cuba e os Direitos Humanos

Dissidente cubano não pôde ir receber o Prémio Sakharov
Cadeira vazia para Guillermo Fariñas em Estrasburgo

Uma cadeira e a bandeira de Cuba aguardavam por Fariñas

O psicólogo e jornalista cubano Guillermo Fariñas, galardoado pelo Parlamento Europeu com o Prémio Sakharov para a Liberdade de Expressão, aconselhou as autoridades europeias a não se “deixarem enganar pelos cantos de sereia” do Governo de Cuba, que acusou de andar a “simular mudanças económicas imaginárias” apenas para poder beneficiar das ajudas e investimentos dos países da União.

Fariñas enviou uma declaração gravada aos parlamentares europeus, reunidos em sessão plenária em Estrasburgo – o dissidente do regime castrista, que este ano cumpriu uma greve de fome de mais de 130 dias pela libertação dos presos políticos, não foi autorizado a viajar pelas autoridades cubanas. “Peço-vos que não cedam às reivindicações da elite governamental cubana”, apelou, sublinhando que “nada se alterou no sistema autocrático” do seu país.

Descrevendo-se como “uma pequena parcela da rebelião que alimenta o povo cubano”, Guillermo Fariñas pediu aos países europeus para reverem a sua política relativamente a Cuba e manterem a pressão sobre Havana, nomeadamente exigindo a revogação de todas as penas por delitos de consciência e a aceitação de partidos políticos de oposição e de uma imprensa livre e independente.

Fariñas deixou ainda críticas veladas ao acordo negociado pela Igreja Católica de Cuba e mediado pelo governo espanhol que conduziu à libertação – e posterior exílio – de 52 presos políticos. “É um erro pensar que eles foram postos em liberdade. Tanto eles como as suas famílias suportam um exílio psicológico, dado que os seus entes queridos são alvo dos abusos do governo neo-estalinista cubano”, considerou.

A cerimónia de entrega do prémio contou com uma cadeira vazia, “o o melhor exemplo de como a luta pelos direitos humanos é importante”, explicou o Presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek. “Mesmo que activistas como Guillermo Fariñas sejam perseguidos e encarcerados, a sua voz não pode ser silenciada. O papel do Parlamento Europeu é amplificar a sua voz”.

Já em edições anteriores, o prémio foi entregue na ausência do vencedor. A birmanesa Aung San Suu Kyi (1991) e o chinês Hu Jia (2008), cumpriam pena de prisão quando foram homenageados pelo Parlamento Europeu. As “Damas de Branco” cubanas, que receberam o prémio em 2005, também não obtiveram visto de Havana para viajar para a Europa.

Música a pedido...


Hey Soul Sister - Train


Hey, hey, hey


Your lipstick stains on the front lobe of my left side brains
I knew I wouldn't forget you, and so I went and let you blow my mind
Your sweet moon beam, the smell of you in every single dream I dream
I knew when we collided, you're the one I have decided who's one of my kind


Hey soul sister, ain't that Mr. Mister on the radio, stereo, the way you move ain't fair, you know!
Hey soul sister, I don't want to miss a single thing you do...tonight
Hey, hey,hey


Just in time, I'm so glad you have a one-track mind like me
You gave my life direction, a game show love connection we can't deny
I'm so obsessed, my heart is bound to beat right out my untrimmed chest
I believe in you, like a virgin, you're Madonna, and I'm always gonna wanna blow your mind


Hey soul sister, ain't that Mr. Mister on the radio, stereo, the way you move ain't fair, you know!
Hey soul sister, I don't want to miss a single thing you do...tonight


The way you can cut a rug, watching you's the only drug I need
You're so gangsta, I'm so thug, you're the only one I'm dreaming of
You see, I can be myself now finally, in fact there's nothing I can't be
I want the world to see you be with me


Hey soul sister, ain't that Mr. Mister on the radio, stereo, the way you move ain't fair, you know!
Hey soul sister, I don't want to miss a single thing you do tonight,
Hey soul sister, I don't want to miss a single thing you do...tonight
Hey, hey,hey


Tonight


Hey, hey,hey


Tonight

Músicas para preparar o Natal - VII

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Prendas de Natal científicas

Post conjunto dos Blogues AstroLeiria e Geopedrados:

Como noutros anos, este blog sugere algumas prendinhas de cariz científico, baratas e acessíveis na cadeia Lidl.


  • Ocular de 70 mm;
  • Buscador 6x25;
  • 3 oculares (20/12/4 mm) para observação de estrelas, galáxias, lua ou planetas;
  • Inclui: software Astro, manual de instruções e tripé em alumínio regulável em altura.
NOTA: Este artigo só está disponível nos seguintes distritos: Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viseu (exceto concelho de Lamego), Leiria, Portalegre, Santarém e concelhos de Anadia, Águeda, Estarreja, Esgueira, Mealhada, Oliveira do Bairro, Verdemilho e Vagos; Lisboa; Beja, Évora, Faro, Setúbal.


2. Microscópio Escolar Bresser (59 euros)


  • 3 objectivas rotativas de elevada qualidade (4x, 10x e 40x);
  • Lente de Barlow e 2 oculares de ângulo de visão largo (5x/16x);
  • Possibilidade de iluminação LED;
  • Ocular para ligação ao PC através de USB e software;
  • Com mais acessórios.

3. Binóculos Rocktrail (19,99 euros)


  • Reprodução de imagem nítida e de grande contraste;
  • Campo de visão de 60 m de largura e 1000 m de distância;
  • Prisma de vidro BK7 de alta qualidade;
  • Distância interocular regulável de 59-73 mm.

ADENDA: os artigos 1 e 2 já foram por nós testados, quanto ao terceiro, ainda não pudemos experimentar mas temos a certeza de que o Lidl o terá feito...

Poema e música com ligação com a nossa situação actual


EPÍGRAFE PARA A ARTE DE FURTAR

Roubam-me Deus,
outros o Diabo
— quem cantarei?

roubam-me a Pátria;
e a Humanidade

outros ma roubam
— quem cantarei?

sempre há quem roube
quem eu deseje;
e de mim mesmo
todos me roubam
— quem cantarei?

roubam-me a voz
quando me calo,
ou o silêncio
mesmo se falo
— aqui del-rei!


in Fidelidade, Poesia-II - Jorge de Sena

A ética republicana e socialista - versão boys da CP e seus reles empregados

(imagem daqui)

1. Versão Jobs for the Boys:



2. Versão Reles empregados da CP:

Morreu Blake Edwards, o imortal criador dos fimes da pantera cor de rosa


Blake Edwards (July 26, 1922 – December 15, 2010) was an American film director, screenwriter and producer. In 2004, he received an Honorary Academy Award in recognition of his writing, directing and producing an extraordinary body of work for the screen.
Edwards's distinguished career began in the 1940s as an actor but he soon turned to writing radio scripts at Columbia Pictures. He used his writing skills to begin producing and directing, with some of his best films including: Experiment in Terror, The Great Race, and the hugely successful Pink Panther film series with the British comedian Peter Sellers. Often thought of as primarily a director of comedies, he was also renowned for his dramatic work, Breakfast at Tiffany's and Days of Wine and Roses.

Músicas para preparar o Natal - VI

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Sismo nos Açores

 Recebido por e-mail do IM:

Aviso de Sismo no Arquipélago dos Açores 16-12-2010 08:30

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 16-12-2010 pelas 08.30 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 3.6 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 30 km a Oeste-Noroeste dos Mosteiros (S. Miguel). 

Até à elaboração deste comunicado não foi recebida nenhuma informação confirmando que este sismo tenha sido sentido. Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados. 

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros (www.srpcba.pt).

Um grande perda...



Mentira, tudo mentira - Sócrates e a CIA ou o parvo sou eu

(imagem daqui)


Novas revelações da Wikileaks no “El País”
Sócrates aprovou em segredo uso do espaço aéreo e da base das Lajes

O primeiro-ministro português, José Sócrates, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, autorizaram que o território nacional fosse sobrevoado por aviões norte-americanos com prisioneiros repatriados da prisão de Guantánamo, e a utilização da base aérea dos Açores nestas operações, revela o “El País” na sua página na Internet.


O diário espanhol cita diversos telegramas diplomáticos enviados pela embaixada dos Estados Unidos em Lisboa ao Departamento do Estado, que constam dos 251 mil documentos filtrados pela organização Wikileaks, sublinhando que esta autorização nunca foi publicamente reconhecida pelas autoridades portuguesas.

“Sócrates aceitou permitir o repatriamento de combatentes inimigos de Guantánamo através da base das Lajes”, escreve em telegrama de 7 de Setembro de 2007 o chefe da representação diplomática dos EUA em Lisboa, Alfred Hoffman.

“Foi uma decisão difícil devido às críticas constantes dos meios de comunicação portugueses e de elementos esquerdistas do seu próprio partido à actuação do Governo na controvérsia dos voos da CIA”, explica o diplomata.

Esta nota, segundo o “El País” enviada dez dias antes de uma reunião de George W. Bush com o primeiro-ministro português, refere que a autorização de Sócrates nunca foi tornada pública. No documento, Hoffman chama a atenção de que “o Procurador-Geral da República foi obrigado a analisar uma recompilação de notícias de imprensa e de acusações não provadas facilitadas por um membro do Parlamento Europeu sobre as operações da CIA através de Portugal”.

Aversão a Gomes

Noutro telegrama, enviado em 11 de Setembro de 2007 para Washington, o embaixador refere a posição do ministro Luís Amado. Alfredo Hoffman assinala que Amado autorizou o repatriamento através das Lajes sob a mesma premissa, “caso a caso em determinadas circunstâncias”. De acordo com o jornal espanhol, já em Setembro de 2006, o embaixador norte-americano relatara uma reunião com o chefe da diplomacia portuguesa sobre os voos de repatriamento de Guantánamo, na qual o ministro se compromete a fazer todos os esforços para conseguir uma cooperação de Portugal, desde que haja transparência total da parte norte-americana. “Senão o fazemos bem pode ser um tremendo fracasso”, escreve Hoffman, citando uma frase de Amado.

Nos telegramas que “El País” hoje publica, o embaixador dos Estados Unidos também refere a actuação da eurodeputada socialista Ana Gomes. Numa nota de Janeiro de 2007, relata uma reunião na embaixada com os deputados José Lello e Paulo Pisco, do PS. “Lello expressou uma clara aversão a Gomes, embora tenha dito que o PS não pensava em expulsá-la porque seria contraproducente para o partido”, escreve Alfred Hoffman. Na nota, o diplomata sublinha que Lello assegurou que os principais líderes do PS, incluindo o primeiro-ministro, “são claramente pró-americanos”, e minimizou a ala esquerda do partido, que qualificou de “alegristas”, numa referência a Manuel Alegre.

Noutro telegrama, também de Janeiro de 2007, e sempre referente a Ana Gomes, o embaixador norte-americano refere um encontro com Jorge Roza de Oliveira, na altura assessor diplomático do primeiro-ministro português. “É uma senhora muito excitada que é pior que um rottweiler solto”, é a frase que Hoffman atribui a Roza de Oliveira, que deixou o cargo de assessor de Sócrates no início deste ano.

Beethoven nasceu há 240 anos


Ludwig van Beethoven (Bona, 16 de Dezembro de 1770Viena, 26 de Março de 1827) foi um compositor alemão, do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX). É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos. "O resumo de sua obra é a liberdade," observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida".




O Freunde, nicht diese Töne!
Sondern laßt uns angenehmere
anstimmen und freudenvollere.
Freude! Freude!
 
Freude, schöner Götterfunken
Tochter aus Elysium,
Wir betreten feuertrunken,
Himmlische, dein Heiligtum!
Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder,
Wo dein sanfter Flügel weilt.
Wem der große Wurf gelungen,
Eines Freundes Freund zu sein;
Wer ein holdes Weib errungen,
Mische seinen Jubel ein!
Ja, wer auch nur eine Seele
Sein nennt auf dem Erdenrund!
Und wer's nie gekonnt, der stehle
Weinend sich aus diesem Bund!
Freude trinken alle Wesen
An den Brüsten der Natur;
Alle Guten, alle Bösen
Folgen ihrer Rosenspur.
Küsse gab sie uns und Reben,
Einen Freund, geprüft im Tod;
Wollust ward dem Wurm gegeben,
Und der Cherub steht vor Gott.
 
Froh, wie seine Sonnen fliegen
Durch des Himmels prächt'gen Plan,
Laufet, Brüder, eure Bahn,
Freudig, wie ein Held zum Siegen.
 
Seid umschlungen, Millionen!
Diesen Kuß der ganzen Welt!
Brüder, über'm Sternenzelt
Muß ein lieber Vater wohnen.
Ihr stürzt nieder, Millionen?
Ahnest du den Schöpfer, Welt?
Such' ihn über'm Sternenzelt!
Über Sternen muß er wohnen.

Músicas para preparar o Natal - V

Afonso de Albuquerque morreu há 495 anos

(imagem daqui)
Afonso de Albuquerque (Alhandra, 1453Goa, 16 de Dezembro de 1515), nomeado O Grande, César do Oriente, Leão dos Mares, o Terribil e o Marte Português, foi um fidalgo, militar e o segundo governador da Índia portuguesa cujas acções militares e políticas foram determinantes para o estabelecimento do império português no oceano Índico.

Afonso de Albuquerque é reconhecido como um génio militar pelo sucesso da sua estratégia de expansão: procurou fechar todas as passagens navais para o Índico - no Atlântico, Mar Vermelho, Golfo Pérsico e oceano Pacífico - construindo uma cadeia de fortalezas em pontos chave para transformar este oceano num mare clausum português, sobrepondo-se ao poder dos otomanos, árabes e seus aliados hindus.

Destacou-se tanto pela ferocidade em batalha como pelos muitos contactos diplomáticos que estabeleceu. Nomeado governador após uma longa carreira militar no Norte de África, em apenas seis anos - os últimos da sua vida- com uma força nunca superior a quatro mil homens sucedeu a estabelecer a capital do Estado Português da Índia em Goa, conquistar Malaca, ponto mais oriental do comércio Índico, chegar às ambicionadas "Ilhas das especiarias", as ilhas Molucas, dominar Ormuz, entrada do Golfo Pérsico e estabelecer contactos diplomáticos com numerosos reinos da Índia, Etiópia, Reino do Sião, Pérsia e até a China. Áden seria o único ponto estratégico cujo domínio falhou, embora tenha liderado a primeira frota europeia a navegar no Mar Vermelho, a montante do estreito Bab-el-Mandeb. Pouco antes da sua morte foi agraciado com o título de vice-rei e "Duque de Goa" pelo Rei D. Manuel I, que nunca usufruiu, no que foi o primeiro português a receber um título de além-mar e o primeiro duque nascido fora da família real.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

A sete meses da grande limpeza das Escolas

(imagem daqui)


O medo começa a instalar-se nos olhares… Não há resultados do PISA que sarem as feridas que recomeçam a sangrar. E o medo e mágoa são maus conselheiros. Mas há quem promova o medo… porque em ambiente de medo, sobrevivem aqueles que parecem destemidos e falam alto… os que fazem bluff… os que nada arriscam…
Um dia disseram-me que iam despedir os professores provisórios. Não quis saber, não era comigo.
Mais tarde disseram-me que iam pôr 5000 professores de EVT no desemprego. Não quis saber, não era comigo.
Mais tarde disseram-me que iam pôr não sei quantos funcionários das escolas no desemprego. Não quis saber, não era comigo.
Depois soube que iam despedir os professores de EMRC. Não quis saber, não era comigo.
Depois soube que iam despedir todos os professores das artes. Não quis saber, não era comigo.
De seguida foram os professores de educação musical e educação física despedidos. Não quis saber, não era comigo.
Um dia disseram-me que iam acabar com as aulas de História e reduzir o Português, indicando-me a porta de saída. Senti-me mesmo mal e resolvi pedir ajuda aos colegas. Mas não tinha ninguém a quem pedir ajuda e lutar ao meu lado. Tinham sido despedidos debaixo da minha indiferença.
Parece-me que a situação da nossa classe está bem pior do que estava no tempo da D. Lurdes, anestesiados com as falinhas mansas da senhora que está como ministra apenas a colher material para escrever Uma Aventura no Ministério da Educação. Não sei o que vamos fazer, mas temos de fazer algo. Temos que começar a conversar e a lutar.

Um Reitor verdadeiramente Magnífico

Fernando Seabra Santos esteve na Brigada Victor Jara
Reitor da Universidade de Coimbra lança disco

Reitor regressa ao mundo das cantigas

Fernando Seabra Santos, o reitor da Universidade de Coimbra que esteve na fundação da Brigada Victor Jara, decidiu lançar um disco com canções de amor, interpretadas por Camané, Martinho da Vila, Sérgio Godinho, Luís Represas, Vitorino, Cristina Branco, Filipa Pais, Manuel Freire e Paula Oliveira.

‘Hoje’, disco composto por 13 temas e 14 interpretações, está em fase de lançamento e não é um regresso ao passado, assegurou o autor, em entrevista à Lusa.

O trabalho, cujas receitas reverterão para a Liga Portuguesa contra o Cancro, resultou de um conjunto de temas que Fernando Seabra Santos foi produzindo ao longo dos anos, depois de ter deixado a música para se dedicar à carreira académica a 100 por cento.

Afastado da música, em termos públicos, desde 1988, quando saiu da Brigada Victor Jara, voltou a pegar nos instrumentos ao fim de dez anos e a retomar alguma actividade musical em privado.

"Nos últimos dois anos, passou a ser mais regular, o que não significa que passe a ser regular a partir de agora. Não tenho qualquer tipo de compromisso nesse sentido", diz. "Se há alguma coisa que eu sei é que será sempre uma segunda actividade. Nunca passará a assumir um papel de relevo na minha vida normal", reforça.

A escolha dos intérpretes de 'Hoje' resultou maioritariamente de conhecimentos e amizades antigas e de contactos com artistas que passaram por Coimbra.

in CM - ler notícia

Música dos anos oitenta para geopedrados...

Deixámos passar, há 3 dias, os 30 anos do lançamento do álbum Sandinista!, dos The Clash. Como penitência, esta magnífica amostra:

Músicas para preparar o Natal - IV

terça-feira, dezembro 14, 2010

Há 92 anos - mataram o Sidónio!



Tão amado, tão presidente, tão republicano, que o povo chamava-o de rei.

in 31 da Armada - post de Rodrigo Moita de Deus

Notícia no Público sobre ecologia

Associação criou no Vale do Côa a primeira área protegida privada do país

A área protegida situa-se num vale profundo do rio Côa

A criação da primeira área protegida privada do país, Faia Brava, foi hoje reconhecida em Diário da República. Os seus 214 hectares, com habitats protegidos e muito raros num vale profundo do rio Côa, estão nas mãos da Associação Transumância e Natureza (ATN).

Esta é uma história que começou em Abril de 2009 quando a ATN pediu às autoridades de conservação da natureza a criação de uma área protegida privada, nos concelhos de Castelo Rodrigo e de Pinhel. Hoje, o despacho publicado em Diário da República justifica a “luz verde”, ao referir que este é um “contributo importante para a conservação dos valores naturais e da biodiversidade bem como para a valorização do património geológico e paisagístico”.

A área, integrada na Zona de Protecção Especial do Vale do Côa e no Parque Arqueológico do Vale do Côa, abrange valores naturais raros e com valor científico e ecológico que justifica a sua integração na Rede Nacional de Áreas Protegidas. Segundo o Plano de Gestão para a área (2009-2019), ocorrem 149 espécies de vertebrados, nomeadamente seis peixes – uma espécie ameaçada -, nove anfíbios, nove répteis, cem aves (onze das quais ameaçadas) e 25 mamíferos (três ameaçadas).

“Esta é a demonstração de que existem proprietários e gestores que entendem ser benéfico um estatuto de área protegida”, comentou ao PÚBLICO o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, o que leva a um “novo paradigma de envolvimento dos privados”.

Entre os objectivos propostos pela ATN para a Faia Brava estão o aumento em 30 por cento da área de bosques autóctones, o aumento do sucesso reprodutor do abutre do Egipto e da águia de Bonelli em 20 por cento e aumentar o número médio de visitantes da área protegida, chegando às mil pessoas a partir do próximo ano.

O Ministério do Ambiente está “de portas abertas” a outras iniciativas de privados e admite simplificar o processo de apreciação das propostas, acrescentou Humberto Rosa.

A gestão da área protegida privada está nas mãos da ATN mas o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade terá de emitir pareceres quanto a determinadas actividades.

A ATN foi criada em 2000 no âmbito de um projecto de conservação do abutre do Egipto (Neophron percnopterus) e da águia de Bonelli (Aquila fasciata), na região Nordeste do país. A iniciativa levou a associação a adquirir várias propriedades que, com o tempo, se foram interligando e formam hoje uma área contínua de 526 hectares, 214 dos quais classificados como área protegida privada.

E não o podem...?

(imagem daqui)
 

Um grande problema


Mistério resolvido: autismo

O Jorge já alertou, mas reforço. O nosso primeiro ministro sofre de autismo e perdeu em absoluto a relação com os dados e exigências do mundo circundante, só assim se explica esta extraordinária afirmação: “O nosso único problema foi o défice orçamental excessivo devido à crise internacional e que estamos agora a corrigir”.

O nosso principal problema é mesmo José Sócrates e é urgente corrigi-lo.

in O Cachimbo de Magritte - post de Eugénia Gambôa