terça-feira, dezembro 14, 2010

Os maravilhosos resultados PISA 2009 - um contributo para a sua compreensão

(imagem daqui)

Exmos. Srs.: Jornalistas:
Cansada de ouvir elogios aos resultados do PISA 2009, transcrevo abaixo carta com aviso de recepção enviada aos serviços centrais do PISA em Bruxelas, que questiona a seleção aleatória de alunos que deveria ter acontecido, e que nunca mereceu qualquer resposta. Na altura tentei também fazer chegar esta minha preocupação aos media, sem sucesso.
Confrontada com os resultados agora divulgados estou firmemente convencida que houve manipulação dos alunos selecionados, ou seja, estando o Ministério da Educação na posse informatizada das classificações anteriores dos alunos, selecionou os que entendeu por melhor. Desafio os srs. jornalistas a ir junto das turmas e dos alunos selecionados no 10º ano, na Escola ****************, em ************, confirmarem que as amostras escolhidas para serem analisadas estão longe de aleatórias; e junto do Secretariado do PISA confirmar se alguma medida de fiscalização foi tomada.
Possuo ainda o aviso de recepção.
Obrigada pela vossa atenção
.
Eis a carta:
“Lisbon, May 25, 2009
Subject: Portugal students selection for Pisa 2009
Dear Sir/Madam:
Having sent the email below on May 7th, and getting no answer, I’ve decided to write you to make sure that some checking procedures were taken to evaluate whether or not, students were chosen by chance, on the 10th grade, to perform Pisa tests 2009 in Portugal.
The reason why I’m writing directly to you, and not through any Portuguese authorities, is that the person chosen to lead Pisa process in Portugal is the same which is been widely criticized, by teachers organizations in subjects such as maths, physics, and Portuguese, over the last two or three years, because of lack of quality – specially scientific level of questions asked (too low) – of Portuguese internal nacional tests performed by GAVE (the organism this person represents).
This organism has actively manipulated internal tests results, and might be preparing to do the same to external tests, such as Pisa. Although this might improve Portugal image externally, it’s irresponsible and leads to disaster in productivity results and general achievements of future generations.
Kind regards,
********************************
.

From: ***********************
Sent: Thursday, May 07, 2009 4:00 PM
To: edu.pisa@oecd.org
Subject: Portugal students selection for Pisa 2009
Dear Sir/Madam:
My name is ******************** and I’m a teacher in a secondary level scholl in Portugal, in a city called ******************. The scholl name is *****************************
I teach to three of the six 10th grade classes where students where pick to do the Pisa test on April 29th. When I was consulting the list of students invited to do the test, I was surprised by the fact that none of the students where low level students, and more, in fact best students in each of the three classes where always invited. This made me wonder wether or not portuguese autorities where in fact respecting the instructions and procedures regardind students selection.
Considering Pisa is the only precious external evaluation of its type taken by portuguese school system, I would appreciate if the Secretariat could check that in fact random criteria where taken, and not, for instance, school results in the last school year.
Kind regards

in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

São a mentira, o curto-prazo e a anarquia que nos governam

(imagem daqui)








Lutar contra as aldrabices do Ministério da Educação

Reunião nacional marcada para 8 de Janeiro
Directores de escolas públicas unem-se contra "instabilidade criada pelo Governo"

Directores das escolas públicas estão a pressionar o Governo

Os presidentes das duas associações de directores escolares existentes no país uniram-se hoje para convocar todos os dirigentes de escolas públicas para uma reunião nacional, a 8 de Janeiro, a fim de decidirem “as medidas a tomar face à instabilidade criada pelo Governo nos estabelecimentos de ensino”, explicou um dos organizadores, Manuel Pereira.

O encontro, que se vai realizar em Coimbra, funciona como uma demonstração de força, no imediato, mas também como um ensaio para a fusão formal das duas associações, num futuro próximo. “O caminho que privilegiamos é sempre o do diálogo com a administração central e tenho muita esperança de que, até ao dia 8 de Janeiro, ele possa verificar-se. Se assim não for, lamento, mas teremos mesmo de, juntos, forçar a abertura de novos caminhos que permitam encontrar soluções…”, afirmou o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adalmiro da Fonseca.

Também em declarações ao PÚBLICO, Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), sublinhou que a decisão de unir esforços surge “porque a situação se está a tornar insustentável”. “Compreendemos que é preciso fazer sacrifícios, mas o ministério não pode pedir sucesso escolar e ao mesmo tempo criar esta permanente instabilidade nas escolas. Pura e simplesmente não sabemos o que é o dia de amanhã", criticou, frisando que a opinião de quem dirige as escolas e conhece "de perto a sua realidade não é tida em conta".

Ambas as associações reclamam que antes da criação de novos agrupamentos de escolas sejam analisadas as vantagens e desvantagens dos já existentes, dos pontos de vista pedagógico e administrativo. Mostram-se também preocupadas com a diminuição do número elementos nas direcções e com a conflitualidade alegadamente criada pelo actual modelo de avaliação de desempenho dos professores. Contestam, ainda, a obrigatoriedade de recurso à Central de Compras, a partir de Janeiro, “e a carga burocrática que esse procedimento vai envolver”.

in Público - ler notícia

Músicas para preparar o Natal - III

Volta - estás perdoado...!

O regresso do Estudo Acompanhado

Os leitores estarão lembrados: recentemente foi retirada do plano curricular do Ensino Básico (publicado ainda não há uma década) a área não disciplinar designada por Área de Projecto e, de seguida, a de Estudo Acompanhado.

Ora, ouvi no final da passada semana o próprio Primeiro Ministro, ufano com a subida dos resultados dos alunos portugueses no Pisa (2009), afirmar que o Estudo Acompanhado era para manter. Mais: imputava-lhe as virtudes, que cerca de um mês antes eram tidas por defeitos.


Devo dizer que as razões da inclusão destas áreas não disciplinares no currículo me parecem tão frágeis e algumas delas tão erradas quanto as da sua retirada, porém, mais do que a sua inclusão, retirada e nova inclusão, é a instabilidade curricular que me preocupa e que está longe de se ficar por este caso do Estudo Acompanhado: quando as escolas e, em especial, os professores começam a conhecer e a adaptar as decisões da tutela às necessidades de aprendizagem dos alunos, aos recursos que têm, etc., a tutela resolver tomar mais decisões, que, logo a seguir, retira, para mais adiante...

De notar, ainda, que neste caso do Estudo Acompanhado, a lógica que agora (e não antes) lhe foi atribuída pelo poder político já estava, de resto, a ser desenvolvida em muitas escolas: aprofundar o estudo de áreas disciplinares fundamentais, que acresce estarem em evidência em avaliações internacionais, como é o caso da Matemática, ou da Língua Portuguesa.

in De Rerum Natura - post de Helena Damião

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Uma resposta à altura para uma reles provocação da menina Câncio

A Eminência Prada


jean-baptiste_Greuze_la_paresseuse_italienne.jpg
A douta Fernanda Câncio deu-me a honra de me citar (parcialmente) a partir do Twitter, publicando a referência a abrir a sua coluna no jornal do Sr. Oliveira.

Conheci inicialmente a citada senhora por ser a namorada de um medíocre político. Posteriormente, soube dela por importantes comentários políticos, tais como a relevância dos fatos de Pacheco Pereira. Depois, chegou-me ao conhecimento pela defesa que fez do pagamento das viagens a Paris da deputada Inês de Medeiros.

Os seus afazeres jornalísticos impediram-na de verificar que, para além de doutorado em Paleontologia, sou de formação inicial professor de Biologia e Geologia, quiçá com mais anos de ensino que aqueles que a senhora passou nos bancos da escola. Ainda assim, a preparadíssima escriba apelidou-me depreciativamente de "Luís Azevedo Rodrigues (que se apresenta como paleontólogo)..."

Câncio, que se apresenta no Twitter não como jornalista mas como "etc. e tal", transcreveu apenas um dos vários comentários que fiz, a saber:

"Os resultados do PISA 2009 são uma bofetada de luva branca dos professores na ministra que os maltratou. Aos enxovalhos, responderam com trabalho. A qualidade dos professores é a mesma, antes e depois."

A senhora Câncio contemplou-me com a sua verve relativamente aos resultados do PISA, atribuindo-os totalmente aos bons serviços da ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues, agora na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

O que discuti no Twitter com a senhora foi que, apesar da imagem pública dos professores ter sido posta em causa pela ex-ministra da Educação, nunca os bons professores deixaram de exercer as suas funções de forma competente e profissional. Afinal, os bons professores trabalham em primeiro lugar para os seus alunos e só em segundo lugar para (ou apesar de) o Ministério da Educação.

A colunista Câncio esqueceu-se de referir, na sua apologia Mariana, que:
1 - não coloquei em causa as melhorias relativas dos resultados;
2 - se desconhecem quais as escolas analisadas pelo referido estudo, impossibilitando desta forma uma eventual validação socioeconómica dos resultados;
3 - a avaliação dos professores ainda não estava totalmente implementada no momento em que foram compilados os resultados para o PISA;
4 - se os bons resultados são fruto da aplicação do modelo de avaliação de professores proposto por Maria de Lurdes Rodrigues, baseado (ou copiado) num modelo de avaliação chileno, como é que os resultados dos alunos chilenos são inferiores aos dos alunos portugueses;
5 - que qualquer pessoa minimamente abonada de espírito sabe que efectivas melhorias nos resultados educativos, ou seja, um verdadeiro incremento nas capacidades dos alunos, se materializam vários anos após terem sido implementadas, impedindo assim a responsabilização de Maria de Lurdes Rodrigues. Para o melhor e para o pior, o efeito Lurdes Rodrigues só se contabilizará daqui a uns tempos.
Imbuída no espírito político vigente, em que uma vã imagem é mais forte que qualquer ideia, a senhora Câncio continua a sua missão de dourar toda e qualquer pílula deste governo.

Se a senhora Câncio:
- me tivesse perguntado se acho que a avaliação de professores é fundamental para o desempenho docente, ter-lhe-ia dito que sim;
- me tivesse perguntado se acho que a ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues foi uma boa ministra, ter-lhe-ia dito que não;
- me tivesse perguntado se o modelo avaliativo proposto pela ex-ministra era um bom modelo, ter-lhe-ia dito que não;
- me tivesse perguntado se fui avaliado na componente da avaliação que acho fundamental, a observação de aulas, ter-lhe-ia dito que sim.
Entre muitas outras perguntas que poderia ter feito, mas que não fez.

Apenas escreveu indolentemente, empurrada pela pressa de opinar sobre tudo e todos, que assim as avenças exigem, corroborando as suas opiniões escritas da mesma forma como deve escolher sapatos: para tapar o desencanto, por impulso compensatório ou apenas porque lhe apetece.

P.S. Aproveito para alvitrar que os pontos acima poderão ser utilizados livremente para um estudo, e possível tese patrocinada pela FLAD, por quem demonstra tamanho interesse pelas questões educativas.

Imagem - Jean-Baptiste Greuze - La paresseuse italienne, daqui

in Ciência ao Natural - post de Luís Azevedo Rodrigues

Notícia sobre extinções holocénicas

Extinção de répteis pode ajudar a prever o que as alterações climáticas vão fazer ao planeta

Os animais serão forçados a atravessar áreas naturais cada vez mais fragmentadas

A vaga de extinções de répteis nas ilhas gregas nos últimos 15 mil anos pode ser uma previsão de como vão os animais e as plantas responder a um mundo mais quente, segundo um estudo da Universidade de Michigan a publicar na edição de Janeiro da revista “American Naturalist”.

Quando as temperaturas aumentaram no final da última Idade do Gelo, o nível médio dos oceanos subiu e formou as ilhas no mar Egeu, território anteriormente parte da Grécia continental que se viu rodeado de água. Na mesma altura, zonas florestais húmidas deram lugar a zonas mais áridas. Como consequência das mudanças, muitas populações de répteis extinguiram-se.

Para compreender as consequências das alterações climáticas passadas, Johannes Foufopoulos, daquela universidade, calculou as taxas de extinção da população de 35 espécies de répteis – lagartos, cobras e tartarugas – em 87 ilhas gregas, no Mar Mediterrânico.

O investigador e os seus colegas - Anthony Ives (Universidade de Wisconsin) e A. Marm Kilpatrick (Universidade da Califórnia) - descobriram um padrão nas extinções insulares. Na maioria dos casos, as populações de répteis desapareceram primeiro nas ilhas mais pequenas, ou seja, onde as possibilidades de habitat eram mais limitadas. Foram especialmente atingidos os répteis especializados num determinado habitat e aqueles que viviam em zonas mais frescas e húmidas. Os cientistas concluíram que um padrão semelhante de extinções vai emergir em vários locais por todo o mundo, à medida que as temperaturas aumentarem nas próximas décadas.

Estudo mostra importância dos corredores ecológicos

As plantas e animais serão forçadas a atravessar áreas naturais cada vez mais fragmentadas se quiserem sobreviver e adaptar-se às alterações climáticas.

Em muitos locais, pequenas fracções de habitat natural estão hoje rodeadas de solos agrícolas ou urbanos, assim como as recém-formadas ilhas do Mar Egeu estavam rodeadas por água quando o nível do mar subiu há milhares de anos.

“A cada vez maior fragmentação dos habitats naturais exacerba os efeitos das alterações climáticas e enfraquece a capacidade das espécies se adaptarem a novas condições”, comentou Foufopoulos, em comunicado da Universidade de Michigan.

“As lições que podemos aprender com as extinções de répteis sugerem que para as espécies sobreviverem às alterações climáticas, já em curso, teremos que criar mais áreas protegidas. Mas mais do que isso, essas áreas vão precisar de estar ligadas através de um corredor de habitats, em rede, para permitir a sua migração”, acrescentou.

Hoje é dia de olhar para o céu

(imagem daqui)

Geminídeas atingem o pico de actividade
Hoje é a madrugada do ano com a maior chuva de estrelas

O céu desta madrugada oferece o maior espectáculo anual de meteoros. A chuva de meteoros Geminídeas está na sua actividade máxima e podem ser observadas especialmente na região da constelação Gémeos. A melhor altura para aproveitar o espectáculo é durante as horas antes do amanhecer.

A Geminídeas é a chuva de meteoros com a maior actividade anual. Ao contrário dos outros fenómenos semelhantes que ocorrem anualmente, como as Perseidas em Agosto, estas estrelas cadentes não são derivadas da passagem de um cometa perto do Sol, mas devido à fragmentação do objecto rochoso 3200 Phaethon.

O fenómeno tem vindo a ganhar intensidade nas últimas décadas. Ontem, segundo o El Mundo, a frequência foi de 120 estrelas cadentes por hora.

O Spacedex, um site sobre espaço, diz que a melhor hora para olhar para o céu em Portugal é entre a meia-noite e as 04.30. Segundo o site, a Lua – que está em meio queijo – não vai ser um problema para apreciar os meteoros, porque põe-se horas antes do amanhecer.

Uma vantagem da Geminídeas é a forma como os meteoros caem. A velocidade de cada estrela cadente é mais lenta do que o normal, o que permite seguir o risco feito, que pode durar até cinco segundos.


Uma entrevistinha descodificada

(imagem daqui)



Josésucatas (JS): "Tenho muita confiança em que o Manuel Alegre ganhará as eleições"
Sucatastraduktor (ST): O Alegre não tem hipótese. Vai perder as eleições.

JS: "nós temos hoje sistemas públicos de saúde e educação dos mais eficientes".
ST: Os nossos sistemas públicos de saúde e educação são piores e mais caros que os sistemas privados homólogos.

JS: "Eu sou um reformista"
ST: As minhas "reformas" têm o condão de deixar os meus amigos sempre bem de finanças, por mero acaso, claro.

JS: "O que me motiva é servir bem o meu país e defender os meus pontos de vista".
ST: O que me motiva é servir bem o PS e defender os meus interesses

ST: Os portugueses são masoquistas. Desde que lhe dêm a mama, não se importam de ser intrujados.

JS: "Violar a Constituição, por exemplo, isso não fazemos. Nem propomos nenhuma lei que viole princípios constitucionais"
ST: Por mero acaso, note-se, o sistema judicial está quase sempre de acordo com as nossas posições. Algum socialista dos que estavam indiciados por violarem crianças, no célebre caso da pedofilia, foi preso? Claro que não. E, mesmo que tivessem sido, não se esqueça que aliviámos as penas dos crimes continuados... Não, nós não violamos a Constituição. Irra, fique lá com a sua. Se a sodomizámos ou não, que seja o TC a dizê-lo.

JS: "Isso não é verdade, é pura e simplesmente uma intriga interna contra o André Figueiredo. "
ST: Isso é verdade. Por certo houve marosca nas eleições internas do PS.

Quem quiser saber mais, que a leia toda.

in Educação S. A. - post de Reitor

Há 489 anos morreu na capital D. Manuel I


D. Manuel I de Portugal (Alcochete, 31 de Maio de 1469Lisboa, 13 de Dezembro de 1521) foi o 14.º Rei de Portugal, cognominado O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado tanto pelos eventos felizes que o levaram ao trono, como pelos que ocorreram no seu reinado. D. Manuel I ascendeu inesperadamente ao trono em 1495, em circunstâncias excepcionais, sucedendo ao seu primo direito João II de Portugal, de quem se tornara protegido. Prosseguiu as explorações portuguesas iniciadas pelos seus antecessores, o que levou à descoberta do caminho marítimo para a Índia, do Brasil e das ambicionadas "ilhas das especiarias", as Molucas. Foi o primeiro rei a assumir o título de Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegação da Arábia, Pérsia e Índia. Em 1521 promulgou uma revisão da legislação conhecida como Ordenações Manuelinas, que divulgou com ajuda da recente imprensa. No seu reinado, apesar da sua resistência inicial, cumprindo as cláusulas do seu casamento com Maria de Aragão, viria a autorizar a instalação da inquisição em Portugal. Com a prosperidade resultante do comércio, em particular o de especiarias, realizou numerosas obras cujo estilo arquitectónico ficou conhecido como manuelino.

Hoje é dia de Santa Luzia


Santa Lúcia de Siracusa283 - 304), também conhecida por Santa Lúcia, foi, segundo as lendas da Igreja Católica, uma jovem siciliana, venerada pelos católicos como virgem e mártir, que, segundo conta-se, morreu por volta de 304 durante as perseguições de Diocleciano em Siracusa.
Na antiguidade cristã, juntamente com Santa Cecília, Santa Águeda e Santa Inês, a veneração à Santa Lúcia foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter 20 templos em Roma dedicados ao seu culto. Sua festa é celebrada em 13 de Dezembro. Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protectora dos olhos, janela da alma, canal de luz.






Pôr a andar...


O mentiroso capacho português

(imagem daqui)

Telegrama agradece repatriamento de presos

De acordo com o El Pais, que teve acesso a um telegrama datado de Setembro de 2007, os diplomatas americanos em Portugal agradecem a José Sócrates por ter "permitido aos EUA usar a Base das Lajes, nos Açores, para repatriar detidos em Guantánamo", "uma decisão difícil que nunca foi tornada pública".

De facto, em Janeiro de 2008, o primeiro-ministro assegurou no Parlamento que nunca tinha recebido qualquer pedido dos EUA "para sobrevoo do nosso espaço aéreo ou para aterragem na Base das Lajes de aviões que se destinassem ao transporte ou à transferência de prisioneiros". Na altura, Sócrates chegou mesmo a garantir que "nenhum membro do Governo faltou à verdade sobre este caso".

A questão já tinha sido levantada esta semana quando a WikiLeaks divulgou um outro telegrama, de Outubro de 2006, que dava conta de "diligências" dos Estados Unidos junto de Portugal para usar o espaço aéreo português. Perante a Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, o ministro Luís Amado confirmou as diligências dos americanos mas voltou a afirmar que "não houve aviões com detidos de Guantánamo a sobrevoar Portugal". "Pura e simplesmente não houve voo nenhum. (...) Se tivesse havido operação [de repatriamento] teria sido pública, para ficar sob escrutínio público", garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Até à hora de fecho desta edição, o jornal espanhol não tinha ainda publicado o telegrama em causa, mas citava os diplomatas americanos tecendo elogios à actuação de Amado - a quem "Washington agradece ter tomado a iniciativa na Europa para levar outros países a ajudar os EUA com o encerramento de Guantánamo acolhendo presos" - e ainda do Presidente da República Cavaco Silva, que se mostrou "colaborador com este caso" e que em 2008 terá tranquilizado os americanos quanto à polémica dos voos da CIA dizendo, entre outras coisas, que Portugal tem "uma imprensa muito suave".

in DN - ler notícia

A ética republicana e socialista - versão boy do PS patrão do BCP


Carlos Santos Ferreira queria passar informações do Irão aos EUA

O presidente do Millennium BCP, Carlos Santos Ferreira, ofereceu-se para passar informações sobre o sistema financeiro iraniano aos Estados Unidos. A informação foi ontem revelada pela organização WikiLeaks que divulgou um conjunto de documentos da embaixada norte-americana em Lisboa.

Num desses documentos, datado de Fevereiro de 2010, a embaixada americana diz que a "operação" era do conhecimento do primeiro-ministro, José Sócrates, e de vários membros do seu governo.

De acordo com o site do jornal espanhol ‘El País’ que também divulgou os documento, tudo terá começado em Abril de 2009, quando uma delegação do maior banco privado português foi convidada pela embaixada iraniana em Lisboa a visitar Teerão, de modo a avaliar oportunidades de negócio naquele país do Médio Oriente.

A delegação do Millennium BCP foi composta por José João Guilherme, membro do Conselho da Direcção, e Duarte Pitta Ferraz, director da unidade de assuntos internacionais. Durante cinco dias aqueles dois responsáveis mantiveram reuniões com representantes do Banco Central do Irão, sete bancos comerciais a operar naquele país e com a Organização de Investimento e Assistência Técnica e Económica do Irão, para discutir a possibilidade de realizar negócios com o país sem violar as restrições impostas pela União Europeia e as sanções da ONU. Todos estes encontros tiveram o conhecimento e a participação da embaixada portuguesa em Teerão.

Dez meses depois, Santos Ferreira conversa com a encarregada de negócios da embaixada americana e propõe que os Estados Unidos controlem as contas de iranianos no Millennium. O CM contactou fonte oficial do Millennium BCP que disse que "o banco não faz qualquer comentário".

PR QUERIA SER RECEBIDO NA SALA OVAL

A embaixada dos EUA em Lisboa, segundo um despacho de 29 de Agosto de 2008, refere que o Presidente da República Cavaco Silva ficou desagradado por não ter sido recebido na Sala Oval da Casa Branca pelo homólogo americano George W. Bush durante a sua visita a Washington, em 2007. Tanto mais que, segundo a mesma fonte, Cavaco se considera amigo pessoal de Bush pai.

Embora do ponto de vista político seja improvável, os americanos referem que este facto poderá estar na base do atraso do reconhecimento da independência do Kosovo por parte de Portugal e ainda na redução do contingente militar no Afeganistão. Em 2007, o embaixador americano Thomas Stephenson afirmou: "Os nossos interlocutores referem que [os problemas no Afeganistão e Kosovo] estão relacionados com este mal-estar de Cavaco Silva."

PAULO PORTAS É "ÁSPERO"

Num telegrama datado de 2 de Junho de 2009, Paulo Portas é descrito como sendo um "líder áspero mas altamente respeitado", que conseguiu colocar o partido "no centro do debate político, preenchendo um vazio deixado pelo PS e pelo PSD". Os EUA dizem ainda que estabilizou o CDS-PP após o seu regresso à liderança, em 2007.

MANUELA FERREIRA LEITE É "CAPAZ E RESPEITADA"

A ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite é descrita num dos telegramas da embaixada dos EUA em Lisboa, datado de 26 de Abril de 2008, como uma pessoa "capaz", "amplamente respeitada pelo seu intelecto e experiência", mas "sem carisma". O telegrama, assinado pelo então embaixador Alfred Hoffman, refere-se a Ferreira Leite como "a protegida de Cavaco Silva, o político mais popular de Portugal", e indica que seria um adversário "muito mais formidável" para José Sócrates do que Pedro Santana Lopes, com quem na altura se preparava para disputar a liderança do PSD, e que é descrito como "um político agressivo, adepto do confronto" e "polarizador". O telegrama faz ainda uma breve menção a outros possíveis candidatos, incluindo um "antigo líder juvenil [Pedro Passos Coelho]".

SÓCRATES É "TEIMOSO"

O primeiro-ministro José Sócrates é referido pela diplomacia norte-americana, segundo os documentos divulgados pela WikiLeaks, como um político "carismático", "pragmático", "teimoso" e a quem desagrada partilhar o poder, ou seja, que gosta de centralizar as decisões e evita tomar medidas que dividam a opinião pública.

Os americanos, segundo a mesma fonte, ficaram agradecidos por o chefe do Governo português (e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado) ter permitido, em 2007, aos Estados Unidos da América usarem a base aérea das Lajes, nos Açores, para o repatriamento dos prisioneiros de Guantanamo. "Foi uma decisão difícil que nunca foi tornada pública", refere um despacho da diplomacia dos EUA datado de Setembro de 20o7. Note-se que não há para já referência ao uso da base das Lajes para transportar os detidos com destino aos EUA.

Os norte-americanos manifestaram porém algumas reservas em relação a José Sócrates na medida em que consideram que o primeiro-ministro é "demasiado amigável" com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

in CM - ler notícia

Mentiroso...


Músicas para preparar o Natal - II

sábado, dezembro 11, 2010

O triste caso do PM chocado

(imagem daqui)






NOTA: e faz muito bem em ficar chocado - se ele próprio se aproveitou das oportunidades ("licenciatura" tirada ao domingo, casa comprada barata, assinatura de favor de projectos, amizade com gente curiosa, projectos megalómanos atribuídos a amigos, os freeports e covas da beira, entre muitas outras coisas...) porque não os outros?!?

É pena é que as Novas Oportunidades não façam nada para diminuir a nossa vergonhosa taxa de analfabetismo, de ensinar algo aos diplomados, de fazer baixar o desemprego ou endividamento do país - mas quem vier depois que apague a luz e feche a porta.

Os funcionários públicos que paguem a crise

(imagem daqui)




NOTA: este funcionário está mal habituado - eu conheço um professor que muitas vezes paga o pequeno almoço a alunos, que usa o seu carro em serviço oficial, que paga, por vergonha, aquilo que a sua Escola lhe irá pagar meio ano depois. E é para quem quer, que para o ano milhares de professores irão para a rua.

A ética republicana e socialista - versão boy do PS amigo de sucateiro

(imagem daqui)

Já chegámos aos Açores?!?



A Sócrates o que é de César


O Primeiro Ministro declarou lamentar e não concordar com a norma aprovada pela Assembleia Regional dos Açores, que atribui complementos salariais aos funcionários públicos dos Açores, de montante igual aos cortes dos salários, manifestando também dúvidas sobre a sua constitucionalidade.

Também o Presidente da República levantou dúvidas sobre a constitucionalidade da norma.

O problema é que os argumentos utilizados para defender a inconstitucionalidade da norma aprovada pela Assembleia Regional dos Açores, são os mesmos argumentos que são utilizados pelos que defendem a inconstitucionalidade da norma que reduz os salários aos funcionários públicos.

Ou seja, se o Tribunal Constitucional declarar a inconstitucionalidade da norma aprovada pela Assembleia Regional dos Açores, acolhendo este entendimento do Presidente da República, dificilmente poderá deixar, mais tarde, de julgar inconstitucional a norma do Orçamento Geral do Estado que reduz os salários aos funcionários públicos.

Ao contrario do que se tem defendido, a questão é essencialmente política e não jurídico-constitucional. Assim sendo, o adequado é um veto político e não um pedido de fiscalização preventiva da constitucionalidade.

Se o Presidente da República discorda da medida então dê indicações ao Representante da República que nomeou para usar o seu direito de veto, devolvendo o diploma à Assembleia Regional dos Açores.

Seria bonito ver se os 30 deputados do PS da Assembleia Regional confirmam o diploma contra a vontade do Secretário Geral do PS e Primeiro Ministro.

in O Cachimbo de Magritte - post de Pedro Pestana Bastos

Os direitos humanos, o Nobel da Paz e a China

Comité norueguês pediu libertação do dissidente chinês em Oslo
Uma cadeira vazia recebeu o Nobel por Liu Xiaobo

Liu Xiaobo esteve representado por uma cadeira vazia e uma grande fotografia

Entre críticas ao regime chinês e ovações a Liu Xiaobo, repetiram-se na cerimónia de atribuição do Nobel da Paz os apelos à libertação do dissidente e à democratização na China. Numa cadeira vazia, o Comité norueguês colocou a medalha e o diploma que o académico chinês receberia se estivesse presente em Oslo.

Por várias vezes a plateia levantou-se para aplaudir o discurso do presidente norueguês do Comité, Thorbjorn Jagland, que exigiu a libertação de Liu e voltou o discurso para as críticas ao regime de partido único na China e para pedir a abertura de Pequim ao Ocidente.

Na cerimónia Liu Xiaobo esteve representado por uma cadeira vazia e uma grande fotografia colocada junto do púlpito onde Thorbjorn Jagland discursava.

Enquanto da China chegam relatos de protestos a favor dos direitos humanos, e face à pressão de Pequim nos últimos dias para as representações diplomáticas em Oslo boicotarem a cerimónia, Jagland fez questão de frisar o primeiro parágrafo do discurso do Comité quando, em Outubro, atribuiu o galardão a Liu.

Disse acreditar numa “ligação entre os direitos humanos e a paz” para, a seguir, acrescentar: Esta é uma atribuição “apropriada e necessária”. E logo a plateia arrancava uma longa salva de palmas, levantando-se em homenagem ao académico chinês.

Mas grande parte do discurso serviu para deixar recados ao regime de Hu Jintao.

Jagland disse que este é o momento para a China se democratizar, face ao “rápido crescimento económico”. Momento, sublinhou, que é uma “oportunidade” para fazer cumprir os direitos humanos e aceitar a crítica externa e interna.

Lembrou que as tecnologias da informação são uma oportunidade para abrir o regime e disse em nome do Comité que foi o isolamento da antiga União Soviética nos anos 1970 que levou à queda do regime comunista. E deu, depois, exemplos do processo de abertura democrática à Europa e ao Ocidente, falando na Turquia e na Tunísia.

O elogio ao pensador

A Liu, o Comité referiu-se como homem de “grandes riscos”. Elogiou-lhe a “humildade”, o optimismo e a “dignidade” nas críticas ao regime e lamentou a sua prisão por ter expressado a “sua opinião” sobre o caminho a seguir pelo seu país.

“Liu só exerceu direitos civis”. Por isso, avançou, “tem de ser libertado”, disse Jagland. De novo, arrancou uma longa salva de palmas da assistência.

Da longa descrição do percurso académico de Liu, destacou o papel de conciliador nos protestos de Tiananmen, em Pequim em 1989, quando preveniu o confronto entre as forças da ordem e os estudantes – “tornou-se um ponto importante na vida de Liu”.

No final, o presidente do Comité colocou a medalha e o certificado do Nobel sob a cadeira vazia de Liu, enquanto a plateia aplaudia mais uma vez.

Foi a segunda vez nos 109 anos de história do Nobel da Paz que o Comité colocou simbolicamente uma cadeira vazia para pontuar a impossibilidade de o galardoado – ou de familiares directos ou próximos – poderem receber o prémio.

Para terminar a cerimónia, a actriz Liv Ullmann leu o discurso "Não tenho inimigos", que Liu Xiaobo proferiu durante o seu julgamento a 23 de Dezembro do ano passado.

Para além da China, outros 16 países recusaram estar presentes na cerimónia de Oslo. Os representantes da Rússia, Arábia Saudita, Paquistão, Iraque, Irão, Afeganistão, Ucrânia, Cazaquistão, Venezuela, Filipinas, Vietname, Colômbia, Egipto, Sudão, Marrocos e Cuba, todos declinaram os convites invocando “razões variadas”.

Mentiroso, estúpido ou intelectualmente desonesto?

(imagem daqui)






Comunicado do Conselho de Ministros de 14 de Outubro de 2010

6. Decreto-Lei que permite a organização dos tempos lectivos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico em períodos de 45 ou 90 minutos e elimina a área de projecto do elenco das áreas curriculares não disciplinares, procedendo à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro

Este Decreto-lei, aprovado na generalidade, estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular do ensino básico, bem como da avaliação das aprendizagens e do processo de desenvolvimento do currículo nacional.
No âmbito da melhoria e aperfeiçoamento na organização do currículo e das aprendizagens, e do desenvolvimento da autonomia das escolas, possibilita-se que, no âmbito da respectiva autonomia, expressa no seu projecto curricular de turma, estas possam organizar a carga horária semanal em períodos de 45 ou 90 minutos.
O diploma procede, ainda, à eliminação da área de projecto do elenco das áreas curriculares não disciplinares, decorrente, quer da experiência da sua aplicação, quer das opiniões expressas pela comunidade educativa que o consideram ineficaz.
As opções de organização que agora são conferidas às escolas pressupõem, dada a sua repercussão na vida da escola mas também dos seus alunos e encarregados de educação, que seja plenamente partilhada entre todos os agentes educativos, para o que se exige, na sua aplicação, a audição do Conselho Geral e do Conselho Pedagógico.


O que esperar de um rapaz que assinava projectos arquitectonicamente medonhos de amigos ,que se formou numa manhã de nevoeiro de um domingo, que geriu como se sabe os casos dos ATS da Cova da Beira e Freeport, que nos enterrou na bancarrota, que mente todos os dias? A título de curiosidade, aqui fica o link da proposta legislativa que acaba com Estudo Acompanhado, área que o PM quer usar para se estudar Matemática...

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A Feira dos Minerais de 2010 de Coimbra - resenha no GeoMinerais

Feira Internacional de Minerais e Fósseis de Coimbra

Realizou-se no passado fim de semana a XVI Feira Internacional de Minerais e Fósseis de Coimbra. Apesar do tempo de crise em que vivemos deslocaram-se ao Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra inúmeros curiosos e coleccionadores destas preciosidades que a Terra nos dá.

O evento foi divulgado de diversas maneiras, quer por meio da Internet, Cartazes e uma entrevista que foi dada à Antena 1.














Ficamos à espera da XVII Feira...

in GeoMinerais - post de Igor Morais de 05.12.2010

Os animais são todos iguais, mas uns têm betadine azorica



sexta-feira, dezembro 10, 2010

A ética republicana e socialista - versão ex-presidente da concelhia do PS de Coimbra

(imagem daqui)

Condenado a três anos e meio de prisão
Ex-dirigente do PS com pena suspensa por corrupção

Antigo vereador e ex-presidente da comissão política concelhia do PS de Coimbra foi condenado à pena única de três anos e meio de prisão, suspensa por igual período

Luís Vilar, antigo vereador e ex-presidente da comissão política concelhia do PS de Coimbra, foi esta sexta-feira condenado à pena única de três anos e meio de prisão, suspensa por igual período.

O antigo vereador da Câmara de Coimbra, que estava acusado de cinco crimes, cometidos entre 2002 e 2006, foi condenado a 22 meses de prisão pela prática de corrupção passiva para ato lícito, por abuso de poder (18 meses), angariação de fundos não identificados para campanha eleitoral (14 meses) e por tráfico de influências (três meses).

Luís Vilar foi absolvido da acusação de outro crime de abuso de poder de que era acusado.

O tribunal de Coimbra condenou ainda o arguido ao pagamento de cerca de 338 mil euros ao fisco, por vantagens patrimoniais obtidas nos cinco anos anteriores a ser constituído arguido (2006), e à entrega de 25 mil euros a duas instituições de solidariedade social, equitativamente distribuídos.

Embora sublinhe que só depois de ler o acórdão tomará uma decisão, em sintonia com o seu constituinte, o advogado de Luís Vilar admite recorrer da decisão.

in CM - ler notícia

Os suspeitos do costume

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Tudo boa gente


"Sabemos quem foi Confúcio, mas não sabemos nada do prémio", disse à BBC o porta-voz de Lien Chan, antigo vice-presidente de Taiwan, a quem a China atribuiu o Prémio Confúcio da Paz, um Nobel da Paz "made in China" já que, segundo o governo chinês, o original se desprestigiou junto da "esmagadora maioria das pessoas do mundo" ao ser atribuído a Liu Xiaobo, que o regime de Pequim meteu 11 anos na cadeia por defender a democracia e os direitos humanos (em tradução directa do mandarim, por "subversão").

"Não sabendo nada", o premiado não apareceu na cerimónia, tendo sido substituído por uma menina de 6 anos. (Uma criança fica sempre bem em acontecimentos do género, mas é recomendável que, no futuro, o prémio seja atribuído a pessoas mais bem informadas; talvez, quem sabe? Ahmadinejad ou Chavez).

Liu Xiaobo também não comparecerá hoje em Oslo para receber o original. Não porque não saiba "nada sobre o prémio", mas pela comezinha razão de que os seus carcereiros não o deixam ir (nem a ele, nem à mulher, nem a nenhum amigo).

Não comparecerão igualmente, além da China, mais 18 países: Afeganistão, Arábia Saudita, Cazaquistão, Colômbia, Cuba, Egipto, Filipinas, Irão, Iraque, Marrocos, Paquistão, Rússia, Sérvia, Sudão, Tunísia, Ucrânia, Vietname e Venezuela. Tudo boa gente, justamente reputada por ser grande consumidora de direitos humanos (de direitos humanos "made in China", naturalmente).

Seminário em Évora


SAND SIZE VERSUS BEACHFACE SLOPE – A POSSIBLE APPLICATION TO BEACH NOURISHMENT

CRISTINA GAMA

Centro de Geofísica de Évora – Departamento de Geociências da Universidade de Évora


Horário: 14.30 horas

Data: 15 de Dezembro de 2010 (4ª feira)

Local: Anfiteatro 1 (Colégio Luís António Verney)

Promove: Centro de Geofísica de Évora - Universidade de Évora (CGE/UE)


Abstract

Here we present a technique based on theoretical grounds for dealing with beachface dynamics in response to wave forcing. Previous work has provided a relationship involving mean sand grain size, wave height, and beachface slope for a broad range of Iribarren number. The key aspect of beach morphodynamics was shown to be the permeability of the sand bed, which may be correlated to sand grain size and sphericity, and bed porosity, through the Kozeny-Cárman equation.

Therefore, we show how beach nourishment aiming at beach profile recovering must be carried out with the use of sand beds of appropriate mean grain size. The theory also illuminates beach dynamics, namely the reshaping of sandy beachfaces in response to changes in wave height.

Sócrates e os Provérbios

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Socravérbios: Provérbios muito originais


1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires Sócrates, põe-te a chorar.

2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Sócrates, mais cedo se enterra.

3) Sócrates a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.

4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Sócrates lixa-se.

5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Sócrates, tem cem anos de aflição.

6) Gaivotas em terra temporal no mar; Sócrates em Belém, o povinho a penar

7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Sócrates quem se quer afogar.

8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Sócrates, Soarão, manhã de Inverno tarde de inferno.

9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Sócrates é burro mesmo.

10) Peixe não puxa carroça; voto em Sócrates, asneira grossa.

11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Sócrates empossado, povinho atropelado.

12) A ocasião faz o ladrão, e de Sócrates um aldrabão.

13) Antes só que mal acompanhado, ou com Sócrates ao lado.

14) A fome é o melhor cozinheiro, Sócrates o melhor coveiro.

15) Olhos que não vêem, coração que não sente, mas aturar o Sócrates, não se faz à gente.

16) Boda molhada, boda abençoada; Sócrates eleito, pesadelo perfeito.
 
17) Casa roubada, trancas na porta; Sócrates eleito, ervas na horta.

18) Com Sócrates e bolos se enganam os tolos.

19) Não há regra sem excepção, nem Sócrates sem confusão.

Humor - pular a cerca...

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NOTA: e depois digam que as vacas são burras... É pena que não se possa dizer o mesmo de certos políticos.

A Bancarrota Sócrates bem explicada

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Opinião - O Cronista Indelicado
Senhor FMI - é este o novo nome de Sócrates

Se o caro leitor quiser saber hoje aquilo que se vai passar no país nos tempos mais próximos, não precisa de consultar as secções de astrologia dos jornais portugueses – basta-lhe consultar as secções de economia dos jornais estrangeiros.

O anúncio da revisão do Código do Trabalho é a prova definitiva de que já não é José Sócrates e os seus ministros quem manda em Portugal: essa notícia já tinha sido dada pela imprensa internacional há um par de semanas. Neste momento, o ministro das Finanças alemão tem mais informações sobre o nosso futuro do que Teixeira dos Santos. Até porque, indirectamente, é ele quem anda a pagar parte das nossas contas.

Mas atenção: se este primeiro parágrafo lhe deu vontade de correr para a estante à procura da biografia da Padeira de Aljubarrota, peço-lhe caridosamente que pare um pouco e pense duas vezes. Esta não é a melhor altura para defender a independência da pátria, até porque nós já deixámos de ser independentes há muito tempo – e foi isso, aliás, que nos permitiu passar a ir para o Algarve de auto-estrada. Assim sendo, a transformação de José Sócrates numa versão light do FMI não só não é nenhuma tragédia, como é bem capaz de ser a grande prenda de Natal de 2010. Quanto menos o primeiro-ministro pensar pela sua pobre cabecinha e mais fizer aquilo que a Europa e o mundo lhe ordenam, melhor.

O cinto apertou em todo o lado e os nossos credores fecharam a torneira. A única forma de continuarmos a viver como nos últimos 20 anos era se o proletário da Baviera continuasse a subsidiar o proletário do Barreiro. Só que o proletário da Baviera cansou-se disso. E agora temos o Cobrador do Fraque a bater-nos à porta. José Sócrates é hoje apenas o mordomo que roda a fechadura e faz o que lhe mandam – e o papel assenta-lhe na perfeição. 

this is the end...

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