NOTA: este é o post 20.000 do nosso Blog...!
O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas. Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
quarta-feira, julho 31, 2019
Antoine de Saint-Exupéry desapareceu há 75 anos
Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry (Lyon, 29 de junho de 1900 - Mar Mediterrâneo, 31 de julho de 1944) foi um escritor, ilustrador e piloto francês, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.
Biografia
Apaixonado desde a infância pela mecânica, começou por estudar no colégio jesuíta de Notre-Dame de Saint-Croix, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano da Primeira Guerra Mundial, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, em Friburgo, na Suíça,
onde permanece até 1917. Quatro anos mais tarde, em abril de 1921,
Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.
Em 17 de junho, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevet de piloto civil. No ano seguinte, 1922, já é piloto militar com brevet, com o posto de subtenente
da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido
na Sociedade Latécoère de Aviação (depois conhecida como Aéropostale), onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dakar, na mesma equipa dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros. Foi por essa época, quando chefiou o posto de Cabo Juby, no sul de Marrocos e então uma colónia espanhola, que os mouros lhe deram o cognome de senhor das areias. Permaneceu 18 meses no Cabo Juby, durante os quais escreveu o romance Courrier sud ("Correio do Sul")
e negociou com as tribos mouras insubmissas a libertação de pilotos que
tinham sido detidos após acidentes ou aterragens forçadas.
Após quase 25 meses na América do Norte, Saint-Exupéry regressou à Europa para voar com as Forças Francesas Livres e lutar com os Aliados num esquadrão do Mediterrâneo.
Então com 43 anos, ele era mais velho que a maioria dos homens
designados para funções, e sofria de dores, devido às suas muitas fraturas. Ele foi designado com um número de outros pilotos para pilotar aviões P-38 Lightning.
A última tarefa de Saint-Exupéry foi recolher informação sobre os movimentos de tropas alemãs em torno do Vale do Ródano antes da invasão aliada do sul da França ("Operação Dragão"). Na noite de 31 de julho de 1944, ele descolou de uma base aérea na Córsega
e não regressou. Uma mulher relatou ter visto um acidente de avião em
torno de meio-dia de 1 de agosto, perto da Baía de Carqueiranne, Toulon. Um corpo não identificável, usando cores francesas foi encontrado vários dias depois a leste do arquipélago Frioul ao sul de Marselha e enterrado em Carqueiranne em setembro.
O alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis
pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry. Em 3 de novembro, em homenagem póstuma, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilómetros da costa de Marselha. O seu corpo nunca foi encontrado.
Obra
As suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e
a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da
França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.
Destaca-se Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe, no Brasil ou O Principezinho, em Portugal) de 1943, livro de grande sucesso de Saint-Exupéry.
Le Petit Prince pode parecer simples, porém apresenta
personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a
raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O
personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.
O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor
quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos
levar à solidão. O livro nos leva à reflexão sobre a maneira de nos
tornarmos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.
| Aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós. |
| A perfeição não é alcançada quando não há mais nada a ser incluído, mas sim quando não há mais nada a ser retirado. |
| O essencial é invisível aos olhos. |
Livros
- L'Aviateur (O aviador) - 1926
- Courrier sud (Correio do Sul) - 1929
- Vol de nuit (Voo Noturno) - 1931
- Terre des hommes (Terra dos Homens) - 1939
- Pilote de guerre (Piloto de Guerra) - 1942
- Le Petit Prince (O Principezinho) - 1943
- Lettre à un otage (Carta a um refém) - 1943/1944
- Citadelle (Cidadela) - 1948
in Wikipédia
Will Champion, o baterista dos Coldplay, faz hoje 41 anos
William "Will" Champion (Southampton, 31 de julho de 1978) é um músico inglês, conhecido pelo seu trabalho como baterista da banda Coldplay.
in Wikipédia
Franz Liszt morreu há 133 anos
Franz Liszt (Doborján, 22 de outubro de 1811 - Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor húngaro, pianista, maestro e professor e membro da ordem terceira franciscana do século XIX. O seu nome em húngaro é Liszt Ferenc.
Liszt ganhou fama na Europa durante o início do século XIX, pela sua habilidade como pianista virtuoso. Foi citado por seus contemporâneos como o pianista mais avançado de sua idade, e em 1840 ele foi considerado por alguns como, talvez, o maior pianista de todos os tempos. Liszt foi também um compositor bem conhecido e influente, professor e maestro. Ele foi um benfeitor para outros compositores, incluindo Richard Wagner, Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg e Alexander Borodin.
Como compositor, ele foi um dos representantes proeminentes da "Neudeutsche Schule" ("Nova Escola Alemã"). Deixou para trás um corpo extenso e diversificado de trabalho em que ele influenciou seus contemporâneos sobre o futuro e antecipou algumas ideias e tendências do século XX. Algumas de suas contribuições mais notáveis foram a invenção do poema sinfónico, desenvolvendo o conceito de transformação temática, como parte de suas experiências em forma musical e fazer rupturas radicais em harmonia. Ele também desempenhou um papel importante na popularização de uma grande variedade de música de transcrição para piano.
in Wikipédia
Jim Corr - 55 anos!
James Steven Ignatius Corr, mais conhecido como Jim Corr (Dundalk, 31 de julho de 1964), é um músico e ativista da República da Irlanda, conhecido por ser o guitarrista da banda de folk rock formada por irmãos, os The Corrs. Ele também toca piano e por vezes assume o vocal de apoio. Jim também é bastante ativo na produção dos álbuns da banda, trabalhando com David Foster e Olle Romo.
Jim é bastante envolvido com causas de caridade, tocando em concertos para arrecadar fundos para organizações. Os The Corrs estiveram envolvidos no Live 8 em uma série de concertos, apresentando-se em Edimburgo em meados de 2005, em conjunto com Bono, Annie Lennox, Eddie Izzard e Bob Geldof.
Em novembro de 2005 ele anunciou o seu noivado com a ex-miss Irlanda do Norte Gayle Williamson. Em 10 de maio de 2006, Gayle deu à luz o primeiro filho do casal, Brandon.
in Wikipédia
Inácio de Loyola morreu há 463 anos
Santo Inácio de Loyola ou Loiola, nascido Íñigo López (Azpeitia, 31 de maio de 1491 - Roma, 31 de julho de 1556) foi o fundador da Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como os jesuítas, uma ordem religiosa católica romana, que teve grande importância na Reforma Católica. Em 2009, a Companhia de Jesus era a ordem religiosa masculina mais numerosa na Igreja Católica.
AD MAIOREM DEI GLORIAM
in Wikipédia
Francisco José morreu há 31 anos
(imagem daqui)
Francisco José Galopim de Carvalho (Évora, 16 de agosto de 1924 - Lisboa, 31 de julho de 1988), mais conhecido como Francisco José, foi um cantor português.
Biografia
Iniciou a sua carreira no liceu no qual estudava quando se apresentou no Teatro Garcia de Resende e se profissionalizou aos 24 anos de idade, sendo obrigado a interromper o curso de Engenharia quando estava no terceiro ano.
Teve os seus maiores sucessos na balada romântica Olhos Castanhos, lançada em 1951, e Guitarra Toca Baixinho, em 1973.
Quando começou a cantar, já finalista do curso, foi inscrito num programa da rádio que existia na altura, de Igrejas Caeiro, por colegas de curso.
Foi professor universitário, cargo que tinha na altura da sua morte. Era irmão do famoso geólogo, o Professor Doutor Galopim de Carvalho, conhecido pela atuação em defesa dos vestígios (icnofósseis) de Dinossáurios.
in Wikipédia
terça-feira, julho 30, 2019
Porque os Poetas têm memória...
(imagem daqui)
Elegia para Mário Quintana, vivo
Antes que escape
e não adivinhe o exacto momento,
antecipo-me a Sua Ex.ª
e auguro-lhe, tarde, a vida eterna.
Já agora, continue os seus
Apontamentos de História Sobrenatural:
por porta travessa faça chegar
o Manual do Perfeito Abismo.
E fale dessa história obsessiva
do cricrilar dos grilos
(parecido com o cantarolar
dos seus vermes?)
Diga ao menos se conseguiu
encontrar Botticelli,
de quem o senhor descende:
entreajudem-se.
E, se a coisa o não embaraçar,
ilumine-nos com a enormidade
da sapiência divina.
Peça-lhe (é preciso audácia
com Deus) que assine
a sua ordem de expulsão
– e volte, gestante,
pelo túnel de outra vida.
in A Ignorância da Morte (1978) - António Osório (2ª Edição, revista - 1982)
Eunice Muñoz - 91 anos!
Eunice do Carmo Muñoz (Amareleja, Moura, 30 de julho de 1928) é uma atriz portuguesa
de referência do teatro, televisão e cinema português, considerada
unanimemente uma das melhores actrizes portuguesas de todos os tempos.
in Wikipédia
Kate Bush - 61 anos
Catherine "Kate" Bush (Bexleyheath, Inglaterra, 30 de julho de 1958) é uma cantora e compositora inglesa. É filha de um médico inglês, Robert John Bush, e de uma enfermeira irlandesa, Hannah Bush.
in Wikipédia
Mário Quintana nasceu há 113 anos
Monumento a Mário Quintana (à direita) e Carlos Drummond de Andrade, na Praça da Alfândega de Porto Alegre
Mário de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de julho de 1906 - Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.
Mário Quintana fez os primeiros estudos na sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali as suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia paterna, é considerado o "poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia,
pela profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como
jornalista quase toda a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras
da literatura universal, entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini.
Em 1953, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo,
como colunista da página de cultura, que saía aos sábados, e em 1977
saiu do jornal. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar os seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, da sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prémio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar setenta anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o Prémio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.
in Wikipédia
Os Poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Mário Quintana
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Mário Quintana
segunda-feira, julho 29, 2019
A última Princesa Herdeira da Coroa Imperial do Brasil nasceu há 173 anos
Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon (Rio de Janeiro, 29 de julho de 1846 - Eu, França, 14 de novembro de 1921), popularmente conhecida como princesa Isabel, foi a última princesa imperial e regente do Império do Brasil por três ocasiões, na qualidade de herdeira de seu pai, o imperador Dom Pedro II, e da imperatriz Dona Teresa Cristina. Foi a terceira chefe de Estado e chefe de governo brasileira após sua avó Leopoldina e sua trisavó Maria I.
Foi cognominada a Redentora, pois quando regente do Império brasileiro assinou a Lei Áurea que aboliu a escravidão no Brasil. Assim como, inclusivamente, escreveu que defendia a indemnização de ex-escravos, a reforma agrária e o sufrágio feminino.
Após seu casamento com Gastão de Orléans, conde d'Eu (neto do último rei da França, Luís Filipe I), em 1864, ocorreu uma junção matrimonial entre a Casa de Bragança e a de Orléans, originando o nome Orléans e Bragança, que foi passado, exclusivamente, aos descendentes do casal. Também, por a mesma ter sido a última herdeira do trono imperial brasileiro, os seus descendentes - os Orléans e Bragança - seriam os herdeiros da extinta coroa imperial do Brasil.
A princesa Isabel foi também a primeira senadora do Brasil, cargo a que tinha direito como herdeira do trono a partir dos 25 anos de idade conforme a Constituição de 1824, primeira carta constitucional do Brasil. Com a morte do seu pai, em 1891, tornou-se a chefe da Casa Imperial e a primeira na linha sucessória, sendo considerada, de jure, Sua Majestade Imperial, Dona Isabel I, Imperatriz Constitucional e Defensora Perpétua do Brasil.
É bisavó do atual Duque de Bragança, D. Duarte, Chefe da Casa Real Portuguesa, cuja mãe era uma neta da Princesa Imperial, D. Maria Francisca de Orleães-Bragança.
É bisavó do atual Duque de Bragança, D. Duarte, Chefe da Casa Real Portuguesa, cuja mãe era uma neta da Princesa Imperial, D. Maria Francisca de Orleães-Bragança.
Brasão do Imperador do Brasil
in Wikipédia
Vincent van Gogh morreu há 129 anos
Vincent Willem van Gogh (Zundert, 30 de março de 1853 - Auvers-sur-Oise, 29 de julho de 1890) foi um pintor pós-impressionista neerlandês, frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos.
A sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos
importantes para o seu mundo, na sua época. Foi incapaz de constituir
família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contactos
sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio.
A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, a 17 de março de 1901.
Van Gogh é considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstraccionismo.
O Museu Van Gogh em Amesterdão é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.
(...)
Em maio de 1890, Vincent deixou a clínica e mudou-se de novo para perto de Paris (em Auvers-sur-Oise),
onde podia estar mais perto do seu irmão e frequentar as consultas do
doutor Paul Gachet, um especialista habituado a lidar com artistas,
recomendado por Camille Pissarro. Gachet não conseguiu melhorias no estado de espírito de Vincent, mas foi a inspiração para o conhecido Retrato do Doutor Gachet. Em Auvers Van Gogh produz cerca de oitenta pinturas.
Entretanto, a depressão agravou-se, e a 27 de julho de 1890, depois de semanas de intensa atividade criativa (nesta época Van Gogh pinta, em média, um quadro por dia),
Van Gogh dirige-se ao campo onde disparou um tiro contra o peito.
Arrastou-se de volta à pensão onde se instalara e onde morreu dois dias
depois, nos braços de Theo. As suas últimas palavras, dirigidas a Theo, teriam sido: "La tristesse durera toujours" (em francês, "A tristeza durará para sempre").
A Noite Estrelada, 1889
in Wikipédia
O Rei Humberto I de Itália foi assassinado há 119 anos
Humberto Rainiero Carlos Emanuel João Maria Fernando Eugénio de Saboia (em italiano: Umberto Rainerio Carlo Emanuele Giovanni Maria Ferdinando Eugenio di Savoia) (Turim, 14 de março de 1844 - Monza, 29 de julho de 1900), cognominado "o Rei Bom", foi o segundo rei da Itália. Era irmão da Rainha de Portugal, Maria Pia de Saboia, e do Rei Amadeu I de Espanha.
(...)
Em 29 de julho de 1900, Humberto I foi convidado a Monza para participar de uma cerimónia de entrega de prémios organizada pela Società Ginnastica Monzese Forti e Liberi, evento que contou com equipas de atletas de Trento e Trieste.
Embora ele costumasse usar uma cota de malha de proteção sob a camisa,
decidiu não usá-la naquele dia, em virtude do calor, atitude que
contrariava as instruções dos seus agentes de segurança. Entre os
populares que o saudavam também se encontrava Gaetano Bresci, com um revólver no bolso.
O rei permaneceu no local por cerca de uma hora e, segundo testemunhas, estava de bom humor: "Entre estes jovens inteligentes me sinto rejuvenescido.", teria declarado. Ele decidiu retornar ao palácio da Villa Reale di Monza por volta de 22.30 horas, caminhando entre a multidão e a banda de música, que iniciava a "Marcha Real".
Aproveitando-se da confusão, Bresci postou-se à frente do rei e
disparou três tiros. Humberto, baleado no ombro, pulmão e coração,
dirigiu-se ao general Ponzio Vaglia: "Vamos, acho que estou ferido!" .
Logo após, a polícia prendeu Brescia (que não ofereceu nenhuma
resistência), livrando-o do linchamento pela multidão. Enquanto isso, a
carruagem chegava à Villa Reale onde a rainha, já avisada do ocorrido gritava: "Façam algo, salvem o rei!" Mas nada mais podia ser feito, o rei já estava morto.
O seu corpo foi sepultado Panteão de Roma, em 13 de agosto. Bresci foi julgado e condenado à morte, por regicídio, a 29 de agosto, mas a condenação foi comutada em prisão perpétua pelo novo rei, Vítor Emanuel III.
in Wikipédia
Mama Cass, dos The Mamas & The Papas, morreu há 45 anos
Cass Elliot, nome artístico de Ellen Naomi Cohen (Baltimore, 19 de setembro de 1941 - Londres, 29 de julho de 1974), também conhecida como Mama Cass, foi uma cantora dos Estados Unidos integrante do The Mamas & The Papas. Antes de pertencer a este famoso grupo fez parte das bandas The Big 3, de 1963 a 1964, e The Mugwumps, em 1964. Com o fim do grupo The Mamas & The Papas, deu início a uma bem-sucedida carreira a solo, lançando nove álbuns.
Cass morreu em 29 de julho de 1974, de degeneração gordurosa do miocárdio, no auge da sua carreira a solo, apesar de ser mais divulgada a lenda urbana que atribuia a sua morte a ter-se engasgado com um sanduíche. Foi casada duas vezes: com o então colega de banda The Big 3 James Hendricks, (de 1963 a 1968, sendo o casamento sido anulado, por nunca ter sido consumado, visto o colega ser homossexual) e com o Barão Donald von Wiedenman (1971 a 1974). Deixou uma filha, Owen Vanessa Elliot, nascida a 26 de abril de 1967. Foi sepultada no Mount Sinai Memorial Park, Los Angeles, Califórnia no Estados Unidos.
Discografia
The Big 3
- 1963: The Big 3
- 1964: Live at the Recording Studio
- 1965: The Mugwumps
The Mamas and the Papas
Álbuns a solo
- If You Can Believe Your Eyes and Ears (1966)
- The Mamas and the Papas (1966)
- Deliver (1967)
- The Papas & the Mamas (1968)
- People Like Us (1971)
Álbuns a solo
- 1968: Dream a Little Dream
- 1969: Bubblegum, Lemonade, and... Something for Mama
- 1969: Make Your Own Kind of Music
- 1970: Mama's Big Ones
- 1971: Dave Mason & Cass Elliot
- 1972: Cass Elliot
- 1972: The Road Is No Place for a Lady
- 1973: Don't Call Me Mama Anymore
in Wikipédia
Da esquerda para a direita: M. Phillips, Elliot, Doherty e J. Phillips no Ed Sullivan Show, 1967
O nome The Mamas & The Papas surgiu inspirado por um programa de televisão, em que seus integrantes assistiam a uma entrevista com alguns Hell's Angels e um deles disse que chamavam suas mulheres de 'mammas', o que bastou para que Cass e Michelle quisessem ser 'mammas também, sobrando então para John e Denny serem os 'papas'.
Em 1966, o grupo lançou seu primeiro álbum, If You Can Believe Your Eyes and Ears, que trazia dois dos seus maiores sucessos, "California Dreaming" e "Monday, Monday", e atingiu o primeiro lugar nas paradas americanas. Em 2003, a revista especializada em música Rolling Stone listou este álbum na 127ª posição entre os 500 melhores de todos os tempos.
John Phillips casou-se com Michelle Gillian em 1962. Depois do início do sucesso do grupo, Michelle e Denny Doherty, o principal vocalista, começaram um romance que mativeram em segredo dos outros membros do grupo, até ser descoberto pelo marido John. Posteriormente, Michelle acabou se envolvendo com Gene Clark do grupo The Byrds. Com isso, John Philips consultou advogados, e Michelle acabou sendo formalmente demitida do grupo em 1966. Para seu lugar foi contratada Jill Gibson, antes do lançamento do segundo álbum chamado The Mamas & The Papas.
O álbum trouxe os sucessos Dancing in the Street, Words Of Love e Dedicated To The One I Love e atingiu o quarto lugar nas paradas de sucesso americanas. Como os fãs não aceitaram muito Jill, o grupo aceitou Michelle de volta ainda em 1966. John e Michelle acabaram se reconciliando pouco tempo depois.
Em 1967, lançaram o álbum Deliver, que foi segundo lugar nas paradas dos mais vendidos e trouxe alguns sucessos como "My Girl" e "Creeque Alley". Neste mesmo ano, John Philips ajudou a organizar o Festival de Monterey Pop, no qual o grupo se apresentou, uma de suas últimas apresentações ao vivo.
Em 1966, o grupo lançou seu primeiro álbum, If You Can Believe Your Eyes and Ears, que trazia dois dos seus maiores sucessos, "California Dreaming" e "Monday, Monday", e atingiu o primeiro lugar nas paradas americanas. Em 2003, a revista especializada em música Rolling Stone listou este álbum na 127ª posição entre os 500 melhores de todos os tempos.
John Phillips casou-se com Michelle Gillian em 1962. Depois do início do sucesso do grupo, Michelle e Denny Doherty, o principal vocalista, começaram um romance que mativeram em segredo dos outros membros do grupo, até ser descoberto pelo marido John. Posteriormente, Michelle acabou se envolvendo com Gene Clark do grupo The Byrds. Com isso, John Philips consultou advogados, e Michelle acabou sendo formalmente demitida do grupo em 1966. Para seu lugar foi contratada Jill Gibson, antes do lançamento do segundo álbum chamado The Mamas & The Papas.
O álbum trouxe os sucessos Dancing in the Street, Words Of Love e Dedicated To The One I Love e atingiu o quarto lugar nas paradas de sucesso americanas. Como os fãs não aceitaram muito Jill, o grupo aceitou Michelle de volta ainda em 1966. John e Michelle acabaram se reconciliando pouco tempo depois.
Em 1967, lançaram o álbum Deliver, que foi segundo lugar nas paradas dos mais vendidos e trouxe alguns sucessos como "My Girl" e "Creeque Alley". Neste mesmo ano, John Philips ajudou a organizar o Festival de Monterey Pop, no qual o grupo se apresentou, uma de suas últimas apresentações ao vivo.
O Fim
Ainda em 1967, após uma discussão com John Phillips, Mama Cass abandonou o grupo e só uniu-se ao grupo um ano mais tarde para gravação do último álbum por exigência contratual. O quarto álbum do grupo atingiu o décimo quinto lugar nas paradas e conseguiu algum sucesso com "Dream a Little Dream of Me", que foi creditado como sendo gravado por Mama Cass with The Mamas and The Papas e é cantada apenas por ela.
Em 1971, a gravadora do grupo exigiu a gravação de mais um disco, People Like Us, que pode ser considerado como um quase-retorno do grupo.
Em 1971, a gravadora do grupo exigiu a gravação de mais um disco, People Like Us, que pode ser considerado como um quase-retorno do grupo.
in Wikipédia
domingo, julho 28, 2019
Jacqueline Kennedy nasceu há noventa anos
Jacqueline Lee "Jackie" Bouvier Kennedy Onassis (Southampton, Nova Iorque, 28 de julho de 1929 - Nova Iorque, Nova Iorque, 19 de maio de 1994) foi a esposa do 35.º Presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, e serviu como primeira-dama dos Estados Unidos durante a presidência do seu marido, de 1961 até 1963, quando ele foi assassinado. Cinco anos depois, casou-se com o magnata grego Aristoteles Onassis;
continuaram casados até à morte deste. Nas últimas duas décadas de sua
vida, Jacqueline Kennedy Onassis teve uma carreira de sucesso como
editora de livros. É lembrada por suas contribuições para a arte e
preservação da arquitetura histórica, o seu estilo, elegância, e
graça. Um ícone da moda, o seu famoso casaco rosa da Chanel tornou-se um símbolo do assassinato de seu marido e uma das últimas imagens da década de 60.
Juventude e educação
Jacqueline Lee Bouvier nasceu no Condado de Suffolk, no estado de Nova Iorque. Era a filha mais velha de John Vernou Bouvier III (1891–1957), um corretor da Wall Street, e de Janet Norton Lee Bouvier Auchincloss Morris (1907–1989). Jacqueline tinha ascendência irlandesa, escocesa e inglesa; a sua ascendência francesa era distante, sendo seu último ancestral francês Michel Bouvier, um marceneiro que foi para Filadélfia e que havia sido seu trisavô. Em Washington, DC, ela foi educada por pouco tempo na Holton-Arms School, uma escola preparatória e particular para meninas (ela mudou-se para Bethesda, Maryland, posteriormente). Em 1933 nasceu a sua irmã Caroline Lee.
Seu pai, apelidado de Black Jack, era um corretor de ações na Bolsa com fama de playboy, cujos casos extraconjugais com várias mulheres causaram o divórcio
entre ele e Janet quando Jackie ainda era uma menina. Black Jack
permaneceu um homem divorciado, enquanto que Janet desposou, em 1942, Hugh D. Auchincloss,
filho de Emma Jennings, filha do fundador da Standard Oil. Hugh era o
rico herdeiro de uma companhia de produção, transporte, refinação e
venda de petróleo. Em 1979 Janet casou-se pela terceira vez com Bingham Morris.
Na sua infância quase aristocrática, Jacqueline tornou-se uma praticante de hipismo
e desenvolveu grande entusiasmo por cavalos e competições. Essa paixão
a acompanharia por toda sua vida, ganhando troféus e medalhas. Na
fazenda Hammersmith,
que pertencia ao seu padrasto, ela pôde apreciar melhor a equitação.
Ela adorava ler, pintar, escrever poemas e tinha uma relação bem mais
fácil com o seu pai do que com a sua mãe.
Jackie teve educação excelente, iniciou seu ensino fundamental e médio na exclusiva The Chapin School (Manhattan, Nova York), e em Miss Porter's School (Farmington, Connecticut). Em Vassar College (Poughkeepsie),
começou a sua educação académica e foi votada "debutante do ano" entre
1947 e 1948. No final da década de 40 realizou uma viagem de intercâmbio para Sorbonne, em Paris.
Anos mais tarde, Jackie lembraria essa época como a mais feliz de sua
vida. Quando regressou, decidiu não voltar a Vassar e transferiu-se
para a Universidade George Washington, em Washington D.C., onde fez uma graduação em Literatura francesa.
Em 1951 Jacqueline conseguiu o seu primeiro emprego, trabalhando para o jornal Washington Times-Herald.
O seu trabalho consistia em interrogar pessoas a respeito de temas
polémicos e escrever uma coluna. As perguntas e divertidas respostas
então apareciam ao lado da fotografia dos entrevistados no jornal. Uma
das matérias de Jacqueline para essa tarefa foi uma entrevista com jovem
senador de Massachusetts, John F. Kennedy.
Casamento com JFK
Jacqueline estava comprometida com John Husted em dezembro de 1951.
Entretanto, o relacionamento acabou, em março de 1952, por conselho da
mãe de Jackie, que acreditava que Husted não era suficientemente rico.
Em 10 de maio de 1952, Jacqueline conheceu o senador John F. Kennedy
numa festa em Washington, realizada por um casal amigo de ambos: Martha e
Charles Bartlett. John e Jackie só se reencontrariam nove meses
depois, noutra festa realizada pelos Bartlett. Kennedy convidou Jackie
para saírem no fim de semana e foram a um parque de diversões em Georgetown. Depois de se reencontrarem, eles começaram um namoro, que terminou em noivado pouco tempo depois.
O anúncio do noivado do casal não agradou todos os membros da família Bouvier. De acordo com um artigo do Time Magazine,
"[Jacqueline] telefonou-me para contar a notícia" - explicou a irmã
Black Jack, Maude Bouvier Davis - "mas ela disse, 'Você não pode dizer
nada sobre isso porque o Saturday Evening Post vai trazer um artigo sobre Jack chamado "O Jovem Solteirão do Senado", e isso estragaria tudo".
Jacqueline Bouvier e John F. Kennedy casaram-se a 12 de setembro de 1953 em Newport (Rhode Island).
Os vestidos da noiva e das damas-de-honra foram feitos por Ann Lowe, e
a cerimónia, com duas mil pessoas, ocorreu na fazenda Hammersmith.
Depois do casamento, eles regressaram a Washington DC. No entanto, John
realizou duas operações para acabar com a dor nas costas proveniente
de um acidente nos tempos de guerra. Com a recuperação da cirurgia,
Jackie encorajou Kennedy a escrever Profiles in Courage, um livro que descreve os atos de bravura e de integridade por oito senadores dos Estados Unidos durante toda a história do Senado. A obra recebeu o prémio Pulitzer para Biografias em 1957.
Filhos e vida familiar
Depois de um aborto acidental em 1955, eles tiveram quatro filhos
juntos: Arabella Kennedy (natimorta, 1956), Caroline Bouvier Kennedy
(1957), John Fitzgerald Kennedy Jr (1960-1999) e Patrick Bouvier Kennedy
(7 de agosto - 9 de agosto de 1963).
O casamento tinha os seus problemas, resultantes dos casos amorosos de
John F. Kennedy e dos seus problemas de saúde, os quais foram
escondidos do público. Jacqueline passava muito tempo no começo de seu
casamento redecorando a casa e comprando roupas. Eles passaram os
primeiros anos de casamento numa residência no centro de Georgetown,
Washington, mais especificamente na N Street.
Jacqueline era muito amiga do seu sogro, Joseph P. Kennedy, e do seu cunhado, Robert "Bob" Kennedy.
Contudo, ela não era uma mulher competitiva e desportiva e,
definitivamente, não pertencia à natureza competitiva do clã dos
Kennedy. Quieta e reservada, Jacqueline foi apelidada de "the deb" por
suas cunhadas e sempre permaneceu relutante ao ser convidada para os
tradicionais jogos da família. Uma vez, partiu uma perna num jogo de basebol.
Primeira Dama
Em janeiro de 1960 o senador John F. Kennedy anunciou a sua candidatura
à presidência dos Estados Unidos e começou a trabalhar longas horas e a
viajar por todo o país. Poucas semanas antes da campanha de seu
marido, Jacqueline soube que estava grávida, e os médicos a instruíram
para ficar em casa. Mesmo assim, ela ajudou o seu marido respondendo a
centenas de cartas de campanha, fazendo anûncios de televisão, dando
entrevistas e escrevendo uma coluna semanal num jornal, Campaign Wife, distribuída em todo o país. Na eleição geral em 8 de novembro de 1960, John Kennedy venceu à tangente o republicano Richard Nixon
e tornou-se o 35° Presidente dos Estados Unidos em 1961. Jackie
tornou-se uma das mais jovens primeiras-damas da história. Ela teve um
papel bastante ativo na campanha.
Como primeira-dama, ela foi forçada a entrar no foco público com tudo
em sua vida sob esquadrinhamento. Jacqueline sabia que seus filhos
estariam no olho público, contudo ela estava determinada a protegê-los
da imprensa e a dar-lhes uma infância normal. Permitiu que poucas
fotografias deles fossem tiradas, mas, enquanto estava fora, o
presidente Kennedy deixava o fotógrafo da Casa Branca Cecil Stoughton tirar fotos.
Devido à sua ascendência francesa, Jackie Kennedy sempre sentiu um laço entre ela e a França,
reforçado pelo facto de ter estudado lá. Esse amor logo seria
refletido em muitos aspectos de sua vida, como nos menus que ela
preparava para os jantares de estado na Casa Branca e o bom gosto ao se
vestir.
Jacqueline convidava artistas, escritores, cientistas, poetas e músicos
para se mesclarem com os políticos, diplomatas e estadistas. Ela
falava fluentemente francês, espanhol e italiano e tinha uma forte
preferência por roupas francesas, que eram caras, mas temia que
pensassem que fosse desleal a designers de moda norte-americana. Para o seu "guarda-roupa de estado", Jackie escolhia o designer de Hollywood Oleg Cassini.
Durante os seus dias como primeira-dama, ela tornou-se um ícone da
moda doméstica e internacionalmente. Quando os Kennedy visitaram a
França, ela impressionou Charles de Gaulle e o público com o seu francês. Na conclusão da visita, a revista Time
ficou encantada com a primeira-dama e escreveu: "Havia também aquele
senhor que veio com ela". Até mesmo o presidente John Kennedy brincou:
"Eu sou o homem que acompanhou Jacqueline Kennedy a Paris - eu gostei
muito!". Quando o presidente da União Soviética Nikita Khrushchov
foi solicitado para apertar a mão do presidente dos Estados Unidos, o
líder comunista disse: "Eu gostaria de apertar a mão dela primeiro".
Restauração da Casa Branca
O principal projeto de Jacqueline Kennedy foi a restauração da Casa Branca.
Com a ajuda da decoradora Sister Parish, Jacqueline transformou os
quartos destinados à família presidencial em quartos agradáveis e
convenientes para a vida em família e construiu uma cozinha e quartos
para as suas crianças. Ela estabeleceu um Comité de Artes para
supervisionar e financiar o processo de restauração e contratou o
especialista em móveis norte-americano Henry du Pont e o designer de
interiores francês Stephane Boudin para aconselhar o processo. Jackie
propôs um projeto de lei, aprovado pelo Congresso, que estabelecia que
as mobílias da Casa Branca seriam propriedade do Instituto Smithsonian,
para acabar com as reivindicações dos móveis de ex-presidentes. Ela
escreveu pessoalmente cartas para pessoas que possuíam peças
históricas, pedindo para que fossem doadas à Casa Branca. Em 14 de
fevereiro de 1962, a Sra. Kennedy apresentou os resultados de seu
trabalho à televisão norte-americana num tour pela Casa Branca com o jornalista Charles Collingwood da CBS.
Assassinato do Presidente
Depois da morte do filho Patrick Kennedy em agosto de 1963, Jackie
manteve um comportamento discreto na Casa Branca. O presidente sugeriu
que ela visitasse a sua irmã na Europa, como uma maneira de
recuperar-se da morte do filho. Jackie passou considerável tempo
relaxando na região do Mediterrâneo durante o outono. Ela e a sua irmã foram convidadas para um cruzeiro no iate do magnata Aristóteles Onassis durante este período. Ela fez a sua primeira aparição oficial em novembro, quando John Kennedy pediu que ela o acompanhasse ao Texas, com a finalidade de ajudá-lo a apaziguar ânimos. No dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, Jackie estava sentada ao lado de Kennedy numa limousine quando
ele foi alvejado e morto. O bom senso de Jacqueline veio a tona. Com
força e altivez, ela organizou cada detalhe do funeral do marido, o
enterro no Cemitério Nacional de Arlington, e a flama eterna, que ela
acendeu no túmulo do seu falecido marido. O tablóide britânico Evening
Standard escreveu: "Jacqueline Kennedy deu ao povo americano uma coisa
da qual eles sempre careceram: majestade."
Foi forçada a ficar longe do olhar público. Ela foi poupada da experiência penosa de aparecer no julgamento de Lee Harvey Oswald, que morreu a 24 de novembro de 1963, às mãos de Jack Ruby,
um dono de discoteca que matou Oswald enquanto o assassino estava
sobre a custódia da polícia. Jacqueline fez uma breve aparição em
Washington em honra do agente de Serviço Secreto, Clint Hill, que heroicamente pulou na limousine em Dallas, para proteger a primeira-dama e o presidente.
Viúva
Uma semana depois do assassinato de Kennedy, ela foi entrevistada por
Theodore White da revista Life. Naquela entrevista, Jacqueline comparou
os anos de John Kennedy na Casa Branca com o mítico Camelot do Rei Artur.
"Agora ele é uma lenda, enquanto que ele queria ser um homem" - disse
Jackie para White. Também salientou que John havia adorado o show
musical dos Lerner and Loewe, que estava a estrear na Broadway.
A coragem de Jacqueline Kennedy perante o assassinato e o funeral do
marido trouxe admiração de muitos em todo o mundo, e muitos
norte-americanos lembram-se de sua coragem e dignidade naqueles quatro
dias de novembro de 1963. Jacqueline e seus dois filhos continuaram na
Casa Branca ainda por duas semanas, preparando-se para a mudança. Depois
de viverem em Georgetown, Washington por algum tempo, Jackie decidiu
comprar um apartamento luxuoso de 15 divisões na Fifth Avenue
em Nova York, com a esperança de ter mais privacidade. Durante esse
tempo, a sua filha Caroline contou aos seus professores de escola que a
sua mãe chorava com frequência.
Jacqueline perpetuou a memória do marido visitando o seu túmulo em
datas significativas e comparecendo a dedicações memoriais, como ao
batizado do porta-avião da Marinha USS John F. Kennedy, em Virgínia (1967) e a um serviço memorial em Hyannis, Massachusetts. Em maio de 1965, Jacqueline Kennedy e a Rainha Isabel II dedicaram-se ao serviço memorial oficial do presidente Kennedy, ocorrido em Runnymede, Inglaterra.
Os planos para o estabelecimento da Biblioteca John F. Kennedy, onde
ficariam guardados os papéis oficiais da administração Kennedy, foram
supervisionados por ela. O plano original era construir a biblioteca em Cambridge, próxima da Universidade de Harvard, mas por várias razões esse plano tornou-se problemático. A biblioteca, projetada por Ieoh Ming Pei, possui um museu e foi dedicada em Boston em 1979 pelo presidente Jimmy Carter, dezasseis anos depois do assassinato de Kennedy. Os governos de muitas nações doaram dinheiro para erguer a biblioteca.
Casamento com Onassis
Em 20 de outubro de 1968, Jacqueline Kennedy casou-se com Aristóteles Onassis, um magnata grego, em Skorpios, Grécia. Quatro meses e meio antes, o seu cunhado, o senador Bob Kennedy, fora assassinado em Los Angeles. Naquele momento, Jacqueline acreditava que ela e seus filhos tinham-se tornado "alvos" e que deveriam deixar os Estados Unidos.
O casamento com Onassis parecia fazer sentido: ele tinha dinheiro e
poder para garantir a proteção que ela quisesse, enquanto que ela tinha o
status social que ele almejava. Aristóteles Onassis havia terminado o seu romance com a diva da ópera Maria Callas para desposar Jackie, que desistiu da proteção que, como viúva de um presidente, recebia do Serviço Secreto.
Por um tempo, o casamento arranhou a reputação de Jackie, pois para
muitos ela abandonara a imagem de "eterna viúva presidencial".
Entretanto, outros entenderam este casamento como o símbolo da "mulher
norte-americana moderna", que lutava por seus interesses financeiros e
por proteger sua família. O casamento inicialmente pareceu ser
bem-sucedido, mas o stress logo se tornou aparente. O casal
raramente passava tempo junto. Embora Onassis tenha tido uma boa
relação com os seus enteados Caroline e John, Jr. (o filho de
Aristóteles, Alexander, incentivou John a pilotar aviões; ironicamente,
ambos morreram em acidentes aéreos), porém Jacqueline não se dava com a
sua enteada Christina Onassis, que passava a maior parte de seu tempo viajando e fazendo compras.
Onassis estava planeando divorciar-se de Jacqueline quando morreu, a 15
de março de 1975; Jacqueline estava com os seus filhos em Nova York. A
sua herança havia sido substancialmente diminuída por causa de um acordo
pré-nupcial e por uma legislação que Onassis fez o governo grego
aprovar, a qual limitava a fortuna que uma esposa não-grega e
sobrevivente poderia herdar. Jacqueline entretanto negociou com
Christina que acabou concordando em dar a Jackie cerca de 26 milhões de
dólares, em troca de que ela abrisse mão de qualquer reivindicação do
Império Onassis.
Final da vida
Com a morte de Onassis em 1975, Jacqueline ficou viúva pela segunda vez
e, com o amadurecimento dos seus filhos, Jackie pode voltar a trabalhar
e aceitou um emprego como editora na casa editora Doubleday,
porque sempre havia gostado de literatura e de escrever. No final dos
anos 70, até aos seus últimos momentos, o industrial e mercador de
diamantes Maurice Tempelsman, um belga que vivia separado da sua esposa, foi o seu companheiro. Ela normalmente corria e fazia ginástica perto do Central Park. Em janeiro de 1994, Jacqueline foi diagnosticada com um cancro linfático.
O seu diagnóstico veio ao público em fevereiro. A família estava
inicialmente otimista, e Jackie parou de fumar, com a insistência da sua
filha, mas continuou a trabalhar. Em abril de 1994, o cancro avançou, e
ela saiu do Hospital Cornell e foi para a sua casa, a 18 de maio do
mesmo ano. Muitos fãs, turistas e repórteres ficaram na rua, junto do
seu apartamento na 1040 Fifth Avenue, até que ela morreu, durante o
sono, às 10.15 horas da manhã numa quinta-feira, a 19 de maio, com
apenas 64 anos.
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