domingo, fevereiro 23, 2020

Zeca Afonso deixou-nos há 33 anos...

(imagem daqui)
  
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de agosto de 1929 - Setúbal, 23 de fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português. É também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, apesar de nunca ter utilizado este nome artístico.
   
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Os seus últimos espectáculos terão lugar nos Coliseus de Lisboa e do Porto, em 1983, numa fase avançada da sua doença. No final desse mesmo ano é-lhe atribuída a Ordem da Liberdade, mas o cantor recusa a distinção.
Em 1985, é editado o seu último álbum de originais, Galinhas do Mato, no qual, devido ao estado da doença, Zeca não consegue interpretar todas as músicas previstas. O álbum acaba por ser completado por José Mário Branco, Sérgio Godinho, Helena Vieira, Fausto e Luís Represas.
Faleceu em 23 de fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às três horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica.
     
 

sábado, fevereiro 22, 2020

Savimbi, o líder histórico da UNITA, foi assassinado há dezoito anos

   
Jonas Malheiro Savimbi (Munhango, Moxico, 3 de agosto de 1934 - Lucusse, Moxico, 22 de fevereiro de 2002) foi um político e guerrilheiro angolano e líder da UNITA durante mais de trinta anos.
Tendo, em conjunturas diversas, tido o apoio dos governos dos Estados Unidos da América, da República Popular da China, do regime do apartheid da África do Sul, de Israel, de vários líderes africanos (Félix Houphouët-Boigny da Costa do Marfim, Mobutu Sese Seko do Zaire, do rei Hassan II de Marrocos e Kenneth Kaunda da Zâmbia) e mercenários de Portugal, Israel, África do Sul e França, Savimbi passou grande parte de sua vida a lutar primeiro contra a ocupação colonial portuguesa e, depois da independência de Angola, contra o governo Angolano que era apoiado, em termos militares e outros, pela então União Soviética, por Cuba e pela Nicarágua sandinista.
  
Nascimento e estudos
Savimbi nasceu a 3 de agosto de 1934, em Munhango, uma pequena localidade na província Moxico, de pais originários de Chilesso, na província Bié, pertencentes ao grupo Bieno da etnia Ovimbundu. O pai de Savimbi era funcionário do Caminho de Ferro de Benguela e também pastor da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA). Jonas Savimbi passou a sua juventude em Chilesso, onde frequentou o ensino primário e parte do ensino secundário em escolas da IECA. Como naquele tempo os diplomas das escolas protestantes não eram reconhecidos, repetiu a parte secundária no Huambo, numa escola católica mantida pela ordem dos Maristas. A seguir ganhou uma bolsa de estudos providenciada pela IECA nos Estados Unidos da América para concluir o ensino secundário e estudar medicina em Portugal. Em Lisboa concluiu de facto o ensino secundário, com a excepção da matéria "Organização Política Nacional", obrigatória durante o Salazarismo, não chegando por isso a iniciar os estudos universitários. Entretanto tinha tomado contacto com um grupo de estudantes angolanos que, em Lisboa, propagavam em segredo a descolonização e discutiam a fundação de uma organização de luta anticolonial. Perante a ameaça de uma repressão por parte da PIDE, a polícia política do regime, Jonas Savimbi refugiou-se na Suíça, valendo-se de contactos obtidos por intermédio da IECA que, inclusive, lhe conseguiu uma segunda bolsa. Como a Suíça reconheceu os seus estudos secundários como completos, iniciou os estudos em ciências sociais e políticas, em Lausana e Genebra, obtendo provavelmente um diploma nestas matérias. Savimbi aproveitou a sua estadia na Suíça para aperfeiçoar o seu domínio do inglês e do francês, línguas que chegou a falar fluentemente.
  
Trajectória política
Posicionamento na guerra anticolonial
No início dos anos 1960, Savimbi saiu da Suíça para juntar-se à Guerra de Independência de Angola, entretanto iniciada pela UPA (posteriormente FNLA) e pelo MPLA. Tentando primeiro, sem sucesso, obter uma posição de liderança no MPLA, ingressou a seguir na FNLA que operava a partir de Kinshasa e onde passou a fazer parte da direcção. Como a FNLA beneficiava na altura do apoio da China, Savimbi teve naquele país uma formação militar adaptada a condições de guerrilha. Logo a seguir saiu da FNLA para formar o seu próprio movimento, a UNITA. Este teve desde o início como principal base social os Ovimbundu, a etnia de origem de Savimbi, e a mais numerosa de Angola, em contraste com a FNLA, enraizada entre os Bakongo, e o MPLA cuja base original eram os Ambundu bem como boa parte dos "mestiços" e uma minoria da população portuguesa local, oposta ao regime colonial.
A UNITA desenvolveu entre 1966 e 1974 acções relativamente limitadas no Leste de Angola, mas em contrapartida conseguiu uma significativa penetração política clandestina entre os Ovimbundu, contando para o efeito com o apoio de boa parte dos catequistas da IECA.
  
Papel no processo de descolonização
Na sequência da Revolução dos Cravos que derrubou a ditadura de Salazar, Portugal anunciou, em abril de 1974, a sua intenção de abdicar das suas colónias. Em Angola, os três movimentos anticoloniais iniciaram de imediato entre eles uma luta pela conquista do poder. Embora a UNITA fosse à partida o movimento mais fraco, Jonas Savimbi decidiu lançar-se na corrida, confiando na sua base social e nos seus apoios externos.
Numa fase inicial, as forças da FNLA e da UNITA, apoiadas principalmente pelo Zaire e pela África do Sul, obtiveram uma clara vantagem sobre o MPLA que teve apenas um certo apoio da parte de militares portugueses "reconvertidos". A situação mudou radicalmente quando Cuba decidiu intervir militarmente a favor do MPLA, com o suporte logístico da União Soviética. Na data marcada para a independência, a 11 de novembro de 1975, o MPLA dominava a capital e a parte setentrional de Angola, declarou a independência em Luanda sendo imediatamente reconhecido a nível internacional.
Face a esta constelação, Jonas Savimbi fez uma aliança com a FNLA; juntos, os dois movimentos declararam, na mesma data, a independência de Angola no Huambo e formaram um governo alternativo com sede nesta cidade. Porém, as forças conjuntas do MPLA e de Cuba conquistaram rapidamente a parte maior da metade austral de Angola. O governo FNLA/UNITA, que não havia sido reconhecido por nenhum país, dissolveu-se rapidamente. A FNLA retirou-se por completo do território angolano e desistiu de qualquer oposição armada contra o MPLA. Em contrapartida, Jonas Savimbi decidiu não abandonar a luta e, a partir de bases no Leste e Sudeste de Angola, começou de imediato uma guerra de guerrilha contra do governo do MPLA - desencadeando assim uma guerra civil que só terminaria com a sua morte.
  
Protagonista da Guerra Civil
Em 1992, aquando das primeiras eleições em Angola, Savimbi participou sendo o seu partido, a UNITA, derrotado nas eleições legislativas. Ao não aceitar o resultado das mesmas, optou novamente pelo caminho da guerra, perpetuando a guerra civil. Quanto à eleição presidencial, a segunda volta não se realizou devido ao recomeço do conflito armado.
Em 1994, a UNITA assinou os acordos de paz de Lusaca, depois de meses de negociações, e aceitou desmobilizar as suas forças, com o objectivo de conseguir a reconciliação nacional. O processo de paz prolongou-se durante quatro anos, marcado por acusações e adiamentos. Nesse período, muitos membros da UNITA deslocaram-se para Luanda e integraram o Governo de Unidade Nacional, no entanto dissidências internas separaram o braço armado do braço politico surgindo dessa forma a UNITA renovada, onde Jonas Savimbi não se sentia representado, rompendo com os acordos de paz e retornando, novamente, ao caminho da guerra.
Morreu a 22 de fevereiro de 2002, perto de Lucusse na província do Moxico, após uma longa perseguição efectuada pelas Forças Armadas Angolanas.


NOTA: a morte de Savimbi acabou com a Guerra Civil (e com alguns proveitos para certos partidos e políticos portugueses) mas gerou o monopólio do MPLA, com as consequências financeiras para nomenklatura desse partido por nós conhecidas...
Já agora, era escusada a exibição de Savimbi, como troféu de caça, já depois de morto:
  
(imagem daqui)

Um sismo devastou a Ilha Sul da Nova Zelândia há nove anos

Edifício destruído em Christchurch
   
O Sismo de Canterbury de 2011 (também conhecido como sismo de Christchurch) foi um sismo de 6,3 graus de magnitude que atingiu a Ilha Sul da Nova Zelândia às 12.51 horas de 22 de fevereiro de 2011 (hora local), que corresponde às 23.51 horas de 21 de fevereiro UTC. O número de mortes provocadas pelo sismo foi inicialmente estimado em 159 (em 2 de março de 2011), passando depois para 185.
A região mais afectada foi província de Canterbury, em particular a cidade de Christchurch, situada a 10 km do epicentro do sismo. Essa mesma região já tinha sido atingida por um sismo de 7,1 MW em 4 de setembro de 2010 (mais forte mas, dada a localização do epicentro, sem causar vítimas mortais).

Mapa de intensidade do terremoto, mostrando o epicentro, próximo de Christchurch

O pintor Jean-Baptiste Camille Corot morreu há 145 anos

Auto-retrato com paleta
  
Jean-Baptiste Camille Corot (Paris, 16 de julho de 1796 - Ville-d'Avray, 22 de fevereiro de 1875) foi um pintor realista francês.
Filho de uma família de comerciantes abastados, Jean-Baptiste Camille Corot, teve uma infâcia confortável e estável, tendo trabalhado numa loja do pai. Corot fez seus estudos na cidade de Rouen, onde foi hospedado pela família Sennegon, uns vendedores de tecidos, amigos do seu pai.
Denis Sennegon casou-se com a irmã de Camille Corot, Annette-Octavie.
Corot, fez retratos de vários membros da família Sennegon. Destes, onze são conhecidos e dois estão expostos no Museu do Louvre. Nesses retratos, Corot (que nessa época raramente pintava figuras ou paisagens), teve oportunidade de se sentir à vontade com os modelos. Tais obras estão entre as mais notáveis de suas figuras.
Durante viagem à Itália pintou "O Coliseu" (1825), mostrando a sua formação essencialmente clássica e algumas inovações a nível da luz.
De volta à França, abandonou o academicismo em favor de um estilo paisagístico realista. Construiu então, uma pintura puramente paisagista, rural e citadina e marcada pela mestria na gradação tonal de luzes e sombras e pelo rigor construtivo da composição. As suas obras apresentavam-se expressivas e possuidoras de uma linguagem muito própria, caracterizadas pela serenidade. Fato este devido à sua anterior permanência em Itália.
Após várias exposições sem muito sucesso no Salão de Paris, começou a receber a atenção da crítica (1840), devido a quadros como "O Bosque de Fontainebleau" e "O Pastorzinho", e ganhou a cruz da Legião de Honra (1846).
Pintou, também, monumentos de variadas cidades européias, entre os quais se destacam da Catedral de Chartres (é feita referência a esta conhecida pintura no romance Caminho de Swann de Marcel Proust, em que o jovem narrador descreve a obsessão de sua avó em não dar-lhe nunca fotografias de monumentos, mas fotografias de pinturas de monumentos, como é o caso do quadro de Corot). A evolução da paisagem clássica para a realista deve-se, em parte, ao seu trabalho em Itália.
Tornou-se grande amigo de vários pintores, entre eles Théodore Rousseau e Charles-François Daubigny. Também foi amigo e discípulo de Corot o pintor Henri Nicolas Vinet que se mudou para o Brasil e aqui permaneceu até o final de sua existência. Excelente paisagista, deixou trabalhos da melhor qualidade, mostrando o quanto foi proveitoso o seu aprendizagem com o insigne mestre francês.
Com uma carreira artística recheada com as melhores coisas que a vida nos pode dar, Corot morreu em Paris, em 1875.
  
Vista de Volterra (Museu do Louvre - Paris)
     

Andy Warhol morreu há 33 anos

Andy Warhol, nascido Andrej Varhola, Jr. (Pittsburgh, 6 de agosto de 1928 - Nova Iorque, 22 de fevereiro de 1987), foi um empresário, pintor e cineasta norte-americano, bem como uma figura maior do movimento de pop art.
  
Campbell's Soup Cans
   

Hoje é dia de B-P!

   
Robert Stephenson Smyth Baden-Powell (Londres, 22 de fevereiro de 1857 - Nyeri, 8 de janeiro de 1941) foi um tenente-general do Exército Britânico e fundador do escutismo.
  
Brasão do I Barão de Baden-Powell de Gilwell
   
  
Lady Olave Baden-Powell
     
Olave St. Clair Soames (Chesterfield, 22 de fevereiro de 1889 - Surrey, 25 de junho de 1977). O seu pai Harold Soames e sua mãe Katherine Hill tiveram mais dois filhos, um menino chamado Arthur e uma outra menina chamada Auriol, quando nasceu Olave, puseram este nome porque esperavam um filho homem que se chamaria Olaf.
     
(...)
    
Ao atingir a maturidade, Olave achou que a vida da sociedade de sua época era bastante monótona e, por isso, resolveu dedicar-se aos meninos inválidos, que ela recolhia em Bornemouth, onde cuidava deles. Em 1912, quando tinha 23 anos, seu pai que a cada ano viajava ao exterior, convidou-a a acompanha-lo em uma viagem às Índias Ocidentais. Embarcaram no "Arcadian" sem imaginar que o seu futuro ia mudar totalmente durante aquela viagem. Neste barco viajava, acompanhado de vários oficiais, Lord Robert Baden-Powell, fundador do Escutismo, que nesta época já ostentava o título de Lord, e gozava de grande popularidade e reputação em muitos países do mundo. Um amigo de seu pai apresentou Olave a Robert. Ele tinha 55 anos naquela época, o que não impediu que entre os dois nascesse um grande amor, já que possuíam as mesmas ideias e aspirações. O curto tempo da viagem, foi suficiente para compreender que haviam nascido um para o outro e seus futuros lhe preparavam uma grande missão.
Quando deixaram a Jamaica, Baden-Powell e Olave estavam noivos e, em outubro do mesmo ano, casaram-se, indo passar a sua lua-de-mel em África, iniciando uma vida em comum que foi enriquecida por três filhos: Peter, que nasceu em 1913, Heather, em 1915 e Betty, em 1917.
  
  
     
in Wikipédia

sexta-feira, fevereiro 21, 2020

O ditador Mugabe nasceu há 96 anos

Robert Gabriel Mugabe (Salisbúria, 21 de fevereiro de 1924 - Singapura, 6 de setembro de 2019) foi um político do Zimbábue. Teve um papel de liderança na Guerra Civil da Rodésia à frente da União Nacional Africana do Zimbábue, comandando o país após a guerra, inicialmente como primeiro-ministro, de 1980 a 1987, e depois como presidente, com poderes executivos totais, até novembro de 2017, quando foi afastado do cargo pelos militares.
  
    

Nina Simone nasceu há 87 anos

   
Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar blues, nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida dos seus pais (a mãe, pastora metodista e o pai barbeiro). "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, a sua preferida.
Nina Simone, quando jovem foi impedida a ingressar em um conservatório de música na Filadélfia, mesmo tendo afrontado o racismo e cursado piano clássico na severa Juilliard School, em Nova York. Também se destacou e foi perseguida por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. O seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. Casada com um polícia nova-iorquino, Nina também sofreu com a violência do marido, que a espancava. E tudo isso, dizia ela, que tinha acontecido, as portas tinham-se fechado, por ser negra.
Depois de fracassar na tentativa de ser uma grande pianista, através do conservatório, Nina ficou algum tempo em Nova Yorque até ir para Atlantic City, e lá, trabalhando como pianista num bar, foi obrigada a cantar, para não perder o emprego, e tocar piano era o que ela fazia. Foi então que se tornou a Nina Simone, como se batizou naquela ocasião. Cantou músicas clássicas e imortalizou hits como "Feeling Good", "Aint Got No - I Got Life", "I Wish I Know How It Would Feel To Be Free", e "Here Comes The Sun", além de "My Baby Just Cares For Me" que gravou e apareceu numa propaganda de perfume francês.
Num breve contato com a sua obra, aqueles que não a conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na famosa Juilliard School of Music, em Nova Iorque. A sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham, em 1963. Ao apresentar-se num evento militar em Forte Dix, New Jersey, em 1971, em plena Guerra do Vietname, Nina Simone deu voz àqueles que eram contrários ao conflito ao soltar a portentosa voz, após 18 minutos poderosos de My Sweet Lord, de George Harrrison. Nina esteve duas vezes no Brasil, gravou com Maria Bethânia e o seu último show ocorreu em 1997, no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu, enquanto dormia, em Carry-le-Rouet, em 2003.
   
  

O Monumento a Washington foi inaugurado há 135 anos


   
O Monumento de Washington (em inglês: Washington Monument) é um obelisco localizado no centro do Constitution Gardens, em Washington, D.C., Estados Unidos. Foi construído como um memorial a George Washington, entre 1848 a 1885. Possui 169,7 metros de altura e é a estrutura mais alta da cidade. Foi dedicado em 21 de fevereiro de 1885 e permaneceu como a mais alta estrutura construída pelo homem, até 1889, quando a Torre Eiffel foi inaugurada.
É constituído de mármore, granito e arenito. Foi concebido pelo arquiteto Robert Mills em meados da década de 1840, porém a construção só viria a ser concluída em 1885, por causa do desvio de recursos para a Guerra Civil Americana. Há, inclusive, uma delineação na cor do mármore, visível aproximadamente 150 pés (45 m) acima, distinguindo a porção inicial e a construção definitiva.
O reflexo do Monumento de Washington pode ser visto no chamado Espelho d'água, uma piscina rectangular no Constitution Gardens que se estende a oeste até ao Lincoln Memorial.
O obelisco foi designado, em 15 de outubro de 1966, uma estrutura do Registo Nacional de Lugares Históricos.

Andrés Segovia nasceu há 127 anos

Andrés Segovia, primeiro Marquês de Salobreña (Linares, Espanha, 21 de fevereiro de 1893 - Madrid, 3 de junho de 1987) foi um guitarrista espanhol. Considerado o pai da guitarra clássica moderna pela maioria dos estudiosos de música, muitos diziam que ele "resgatou a guitarra clássica das mãos dos ciganos flamencos" e construiu um reportório clássico para dar lugar ao instrumento em salas de concerto. Muitos compositores fizeram obras especificamente para ele, como Turina, Villa-Lobos, Castelnuovo-Tedesco e Pedrell. Pablo Casals foi um grande admirador e apoiante de Segovia.
    
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Segovia ganhou o prémio Grammy pelo Melhor Trabalho Erudito - Instrumental em 1958, pela sua gravação Segovia Golden Jubilee.
Em reconhecimento pela sua enorme contribuição cultural, foi elevado à nobreza espanhola em 1981, com o título de Marquês de Salobreña.
Andrés Segovia continuou a apresentar-se, já idoso e vivendo uma semi-reforma, durante os anos 70 e 80, na Costa del Sol. Dois filmes foram feitos sobre a sua vida e obra - um quando tinha 75 anos e outro 9 anos depois, que estão disponíveis no DVD Andres Segovia - in Portrait.
(imagem daqui)
        
  

Malcolm X foi assassinado há 55 anos...

Malcolm X numa conferência em 1964
  
Al Hajj Malik Al-Shabazz, mais conhecido como Malcolm X (originalmente registado como Malcolm Little; Omaha, 19 de maio de 1925 - Nova Iorque, 21 de fevereiro de 1965), foi um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista. Ele era um defensor dos direitos dos afro-americanos, um homem que conseguiu mobilizar os brancos americanos sobre seus crimes cometidos contra os negros. Em 1998, a influente revista Time nomeou a Autobiografia de Malcolm X um dos 10 livros não fictícios mais importantes do século XX.
     
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Viagem a Meca e morte
Patrocinado pela sua meia-irmã Ella, Malcolm viajou para Meca com o objetivo de conhecer melhor o Islão. Agora admitia que Elijah Muhammad havia deturpado esta religião nos Estados Unidos. Ao voltar de sua viagem, estava para iniciar uma nova fase em sua vida. Numa entrevista coletiva, perguntaram-lhe: “Você ainda acredita que os brancos são demónios?” E ele respondeu: “Os brancos são seres humanos na medida em que isto for confirmado pelas suas atitudes em relação aos negros”.
Movido pelas suas novas ideias, Malcolm fundou a Organização da Unidade Afro-Americana: grupo não religioso e não sectário e criado para unir os afro-americanos. Contudo, em 21 de fevereiro de 1965, na sede da sua organização, Malcolm foi atingido por 16 tiros de balas de calibre 38 e 45, com a maioria deles a atingi-lo no coração. Malcolm foi assassinado – com apenas 39 anos – em frente da sua esposa Betty, que estava grávida, e das suas quatro filhas, por três membros da Nação do Islão. Escreveu MS Handler: “Balas fatais acabaram com a carreira de Malcolm X antes que ele tivesse tempo para desenvolver as suas novas ideias”.
  
   

Jennifer Love Hewitt faz hoje 41 anos

Jennifer Love Hewitt (Waco, 21 de fevereiro de 1979) é uma atriz, escritora, produtora, diretora de televisão, cantora e compositora norte-americana. É conhecida por sua atuação nos filmes Sei o que fizeste no verão passado, Antes que Termine o Dia, Vestido a Rigor e Matadoras. E também de séries famosos como Party of Five, Ghost Whisperer e The Client List. Em 2008, Hewitt venceu um Saturno Awards de "Melhor Atriz de Televisão", pela série Ghost Whisperer, e em 2011, foi nomeada para o Globo de Ouro de Melhor atriz em minissérie ou filme para televisão pelo telefilme The Client List, que mais tarde se tornou uma série. De 2014 a 2015, atuou como agente especial Kate Callahan na série Criminal Minds. Desde 2018, Hewitt atua como Maddie Buckley, na série 9-1-1.
     
  

quinta-feira, fevereiro 20, 2020

Os portugueses votaram para um novo parlamento há quinze anos

(imagem daqui)
  
As eleições legislativas portuguesas de 2005 realizaram-se a 20 de fevereiro de 2005, e delas resultaram a vitória, com maioria absoluta, do Partido Socialista, liderado por José Sócrates, o que levou à formação do XVII Governo Constitucional de Portugal.
  
  
NOTA: um dia trágico para Portugal - bastaram poucos anos para se perceber a asneira que tínhamos feito:
(imagem daqui)

O poeta António Salvado faz hoje 84 anos

António Forte Salvado (Castelo Branco, 20 de fevereiro de 1936) é um poeta e escritor português. Além de ser autor de uma extensa obra poética, é também autor de ensaios e antologias, tendo sido a sua obra reconhecida várias vezes com prémios nacionais e internacionais.
  
Biografia
António Forte Salvado nasceu a 20 de fevereiro de 1936 em Castelo Branco, na zona antiga desta cidade, mais concretamente na Rua d'Ega. Foi o mais novo de cinco filhos.
Desde cedo se interessou pela literatura e poesia, tendo publicado o seu primeiro livro aos dezoito anos.
Licenciou-se em Filologia Românica na Universidade de Lisboa.
Em 6 de fevereiro de 2010 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Por ocasião do 30º aniversário da Universidade da Beira Interior, a mesma atribuiu a António Salvado o grau de Doutor Honoris Causa.
Vive actualmente em Castelo Branco.
 

A Poesia
 
Difícil, estreita passagem,
força quente perscrutada,
corpo de névoa, de imagem,
com sulcos de tatuagem,
voz absoluta escutada...
 
Destino de aranha, tece
com fios vários da vida
alegria se amanhece
ou chora se a luz fenece
pela noite perseguida.
 
Intimidade exterior,
pureza de impuras formas,
conhecimento e amor,
água límpida, estertor,
sem regras feita de normas.
   
   

in Difícil Passagem (1962) - António Salvado

O poeta António Correia de Oliveira morreu há sessenta anos

(imagem daqui)
António Correia de Oliveira (São Pedro do Sul, 30 de julho de 1878 - Belinho, Antas, Esposende, 20 de fevereiro de 1960) foi um poeta português.
   
Biografia
António Correia de Oliveira nasceu em São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, em 1879.
Estudou no Seminário de Viseu, indo depois para Lisboa, onde trabalhou brevemente como jornalista no Diário Ilustrado. Tendo publicado a sua primeira obra aos 16 anos, Ladainha em 1897, foi companheiro de Raul Brandão e mostrou influências de Antero de Quental e de Guerra Junqueiro. Em 1912, tendo casado com uma rica proprietária minhota, fixa-se na freguesia de Antas, concelho de Esposende, indo viver para a Quinta do Belinho, também chamada Casa de Belinho.
Poeta neogarrettista, foi um dos cantores do saudosismo, juntamente com Teixeira de Pascoaes e outros. Ligado aos movimentos culturais do Integralismo Lusitano e das revistas Águia, Atlântida (1915-1920), Ave Azul (1899-1900) e Seara Nova, de Correia de Oliveira também se encontram colaborações nas revistas O Occidente (1877-1915), Serões (1901-1911) e Contemporânea (1915-1926), e ainda na Mocidade Portuguesa Feminina: boletim mensal (1939-1947).
Convictamente monárquico, transforma-se num dos poetas oficiosos do Estado Novo, com inúmeros textos escolhidos para os livros únicos de língua portuguesa do sistema de ensino primário e secundário.
   


Pela Pátria

Ouve, meu Filho: cheio de carinho,
Ama as Árvores, ama. E, se puderes,
(E poderás: tu podes quanto queres!)
Vai-as plantando à beira do caminho.
 
Hoje uma, outra amanhã, devagarinho.
Serão em fruto e em flor, quando cresceres.
Façam os outros como tu fizeres:
Aves de Abril que vão compondo o ninho.
 
Torne fecunda e bela cada qual,
a terra em que nascer: e Portugal
Será fecundo e belo, e o mundo inteiro.
 
Fortes e unidos, trabalhai assim...
- A Pátria não é mais do que um jardim
Onde nós todos temos um canteiro.
 
 
António Correia de Oliveira

Vitorino Nemésio morreu há 42 anos


Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva (Praia da Vitória, 19 de dezembro de 1901 - Lisboa, 20 de fevereiro de 1978) foi um poeta, escritor e intelectual de origem açoriana que se destacou como romancista, autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
(...)
Faleceu a 20 de fevereiro de 1978, em Lisboa, no Hospital da CUF, e foi sepultado em Coimbra. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra. Mas pediu mais: que os sinos tocassem o Aleluia, em vez do dobre a finados. O seu pedido foi respeitado.
A 30 de agosto de 1978 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a título póstumo.
 
Obra artística realizada na Escola Secundária Vitorino Nemésio - Praia da Vitória
  

Tenho uma Saudade tão Braba

Tenho uma saudade tão braba
Da ilha onde já não moro,
Que em velho só bebo a baba
Do pouco pranto que choro.

Os meus parentes, com dó,
Bem que me querem levar,
Mas talvez que nem meu pó
Mereça a Deus lá ficar.

Enfim, só Nosso Senhor
Há-de decidir se posso
Morrer lá com esta dor,
A meio de um Padre Nosso.

Quando se diz «Seja feita»
Eu sentirei na garganta
A mão da Morte, direita
A este peito, que ainda canta.


in Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (2003) - Vitorino Nemésio

Santa Jacinta Marto morreu há um século

Jacinta de Jesus Marto (Aljustrel, Fátima, 5 de março de 1910 - Lisboa, 20 de fevereiro de 1920) foi uma dos três pastorinhos que afirmou ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria, em Fátima, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917.
Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 13 de maio de 2000 no Santuário de Fátima, e foi canonizada pelo Papa Francisco no mesmo local no dia 13 de maio de 2017, por ocasião das celebrações do Centenário das Aparições de Fátima.
Biografia
Filha mais nova de Manuel Pedro Marto e de sua esposa Olímpia de Jesus dos Santos, Jacinta foi baptizada na Igreja Paroquial de Fátima no dia 19 de março de 1910 e era uma criança típica do Portugal rural da época. Como de início não frequentava a escola, Jacinta trabalhava como pastora em conjunto com o seu irmão Francisco Marto e a sua prima Lúcia dos Santos. Mais tarde, logo após as aparições na Cova da Iria e segundo as mensagens recebidas, por recomendação de Nossa Senhora entrou na escola primária. De acordo com as memórias da Irmã Lúcia, Jacinta era uma criança afectiva e muito afável e emocionalmente frágil. 
Na sequência das aparições, os dois irmãos foram influenciados porque terão visto o inferno, durante a terceira aparição (em julho de 1917). Deslumbrada com a triste sorte dos pecadores, na sua simplicidade, decide responder ao apelo da Virgem Maria e fazer penitência e sacrifício pela conversão dos pecadores.
As três crianças, mas particularmente Jacinta, praticavam mortificações e penitências. É possível que prolongados jejuns a tenham enfraquecido ao ponto de ter sucumbido à epidemia gerada pela pneumónica que varreu a Europa em 1918, em consequência da Primeira Guerra Mundial. Jacinta, que sofria de pleurisia e não podia ser anestesiada devido à má condição do seu coração, foi assistida em vários hospitais, esteve acolhida temporariamente no Orfanato de Nossa Senhora dos Milagres, na Rua da Estrela n.º 17, em Lisboa (atual Mosteiro do Imaculado Coração de Maria, junto ao Jardim da Estrela), o qual foi fundado e dirigido pela Madre Maria da Purificação Godinho, acabando por falecer a 20 de fevereiro de 1920, no Hospital de Dona Estefânia da mesma cidade.
Jacinta Marto foi beatificada, juntamente com o seu irmão Francisco, pelo Papa João Paulo II a 13 de maio de 2000; é a cristã mais nova não-mártir a ser beatificada. O seu dia festivo é 20 de fevereiro; no dia 11 de março de 2010 celebrou-se o Centenário do nascimento da Beata Jacinta Marto, com a audiência do Papa Bento XVI. A sua canonização foi realizada pelo Papa Francisco no dia 13 de maio de 2017, por ocasião das celebrações do Centenário das Aparições de Fátima.

As aparições particulares a Jacinta
De acordo com As Memórias da Irmã Lúcia, Jacinta Marto, posteriormente às aparições de Fátima, terá recebido ainda algumas aparições particulares de Nossa Senhora. Dessas aparições marianas particulares, a Irmã Lúcia destacou as seguintes:
  • Jacinta vê o Santo Padre - Lúcia assim relata na sua Terceira Memória: "Um dia, fomos passar as horas da sesta para junto do poço de meus pais. A Jacinta sentou-se nas lajes do poço; o Francisco, comigo, foi procurar o mel silvestre nas silvas dum silvado duma ribanceira que aí havia. Passado um pouco de tempo, a Jacinta chama por mim: – Não viste o Santo Padre? – Não! – Não sei como foi! Eu vi o Santo Padre em uma casa muito grande, de joelhos, diante de uma mesa, com as mãos na cara, a chorar. Fora da casa estava muita gente e uns atiravam-Ihe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre! Temos que pedir muito por Ele. Em outra ocasião, fomos para a Lapa do Cabeço. Chegados aí, prostrámo-nos por terra, a rezar as orações do Anjo. Passado algum tempo, a Jacinta ergue-se e chama por mim: – Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo Padre em uma Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com Ele?
  • Visões da guerra - "Um dia fui a sua casa, para estar um pouco com ela. Encontrei-a sentada na cama, muito pensativa. – Jacinta, que estás a pensar? – Na guerra que há-de vir. Há-de morrer tanta gente! E vai quase toda para o inferno! Hão-de ser arrasadas muitas casas e mortos muitos Padres (tratava-se da Segunda Guerra Mundial). Olha: eu vou para o Céu. E tu, quando vires, de noite, essa luz que aquela Senhora disse que vem antes, foge para lá também! – Não vês que para o Céu não se pode fugir? – É verdade! Não podes. Mas não tenhas medo! Eu, no Céu, hei-de pedir muito por ti, por o Santo Padre, por Portugal, para que a guerra não venha para cá, e por todos os Sacerdotes.
  • Visitas de Nossa Senhora - A 23 de dezembro de 1918, Francisco e Jacinta adoeceram ao mesmo tempo. Indo visitá-los, Lúcia encontrou Jacinta no auge da alegria. Na sua Primeira Memória, Lúcia conta: "Um dia mandou-me chamar: que fosse junto dela depressa. Lá fui, correndo. – Nossa Senhora veio-nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito breve para o Céu. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-Lhe que sim. Disse-me que ia para um hospital, que lá sofreria muito; que sofresse pela conversão dos pecadores, em reparação dos pecados contra o Imaculado Coração de Maria e por amor de Jesus. Perguntei se tu ias comigo. Disse que não. Isto é o que me custa mais. Disse que ia minha mãe levar-me e, depois, fico lá sozinha! Em fins de dezembro de 1919, de novo a Santíssima Virgem se dignou visitar a Jacinta, para Ihe anunciar novas cruzes e sacrifícios. Deu-me a notícia e dizia-me: – Disse-me que vou para Lisboa, para outro hospital; que não te torno a ver, nem os meus pais; que, depois de sofrer muito, morro sozinha, mas que não tenha medo; que me vai lá Ela buscar para o Céu. Durante a sua permanência de 18 dias no hospital em Lisboa, Jacinta foi favorecida com novas visitas de Nossa Senhora, que lhe anunciou o dia e a hora em que haveria de morrer. Quatro dias antes de a levar para o Céu, a Santíssima Virgem tirou-lhe todas as dores. Nas vésperas da sua morte, alguém lhe perguntou se queria ver a mãe, ao que ela respondeu: - A minha família durará pouco tempo e em breve se encontrarão no Céu… Nossa Senhora aparecerá outra vez, mas não a mim, porque com certeza morro, como Ela me disse".
 
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