terça-feira, março 19, 2019

Mercalli morreu há 105 anos

Giuseppe Mercalli (Milão, 21 de maio de 1850 - Nápoles, 19 de março de 1914) foi um sacerdote, vulcanólogo e sismólogo italiano.
Foi professor de mineralogia na Universidade de Catânia e de vulcanologia na Universidade de Nápoles. Em 1911 sucedeu a Raffaele Vittorio Matteucci no cargo de director do Observatório do Vesúvio. Os seus estudos na área da sismologia e da vulcanologia granjearam-lhe reputação internacional. Notabilizou-se pelo desenvolvimento da Escala de Mercalli para avaliação da intensidade dos sismos, uma das escalas sísmicas com maior aceitação durante quase todo o século XX, e pela publicação de um sistema de classificação das erupções vulcânicas.
  
Biografia
Nascido em Milão no seio de uma família de meios modestos, Giuseppe Mercalli ingressou no Seminário de Milão imediatamente após os estudos elementares e ali fez os seus estudos secundários e preparatórios. Foi ordenado em 1871 sacerdote católico.
Entre 1871 e 1874 foi aluno da Escola Normal anexa ao Instituto Técnico Superior de Milão, frequentando o curso destinado à formação de professores de Ciências Naturais. Nesse curso estudou geologia com Antonio Stoppani, obtendo a laurea em Ciências Naturais no ano de 1874. Pouco depois foi nomeado professor de Ciências Naturais no Seminário de Monza e no Liceo católico de Domodossola, mas em 1888 foi obrigado a abandonar o ensino em estabelecimentos católicos depois de ter apoiado a construção de um monumento nacional em homenagem ao sacerdote e filósofo Antonio Rosmini-Serbati, o que fez dele suspeito de aderente ao ideário do liberalismo. Dedicou-se ao estudos geológicos, iniciando-se com o estudo dos glaciares alpinos da Lombardia, publicando várias notícias sobre as suas características e os depósitos associados.
Depois de ter feitos exames pedagógicos em Monza, obtendo habilitação para o ensino liceal, foi nomeado em concurso feito pelo governo italiano para um lugar em Reggio di Calabria como professor liceal. Primeiro no concurso, a escolha de Reggio di Calabria deveu-se ao desejo de Mercalli de estar presente na região da Calábria, ao tempo atingida por uma crise sísmica e onde se esperava um terramoto. Manteve activa investigação no campo da geologia, dedicando-se progressivamente à sismologia e à vulcanologia.
Concorreu a professor de mineralogia e geologia da Universidade de Catânia, mas ficou em terceiro lugar, concorrendo então para um lugar de professor liceal em Nápoles, o que conseguiu em 1892. No período de 1892 a 1911 foi professor no Reggio Liceo Vittorio Emanuele de Nápoles, onde contou entre os seus alunos Giuseppe Moscati. Entre os colegas e colaboradores estava Achille Ratti, que posteriormente seria o papa Pio XI, que fora seu aluno no Seminário de Milão e com quem manteve uma sólida amizade. A partir do ano seguinte (1893) passou a acumular com aulas de vulcanologia na Universidade de Nápoles.
Em 1911 foi escolhido para o lugar de director do Observatório Vesuviano, cargo em que sucedeu a Raffaele Vittorio Matteucci e que manteve até falecer. Passa então a dedicar-se em exclusivo ao estudo da vulcanologia e projecta uma reforma do Observatório, com base num programa de investigação que previa o estudo do vulcão e das suas erupções, o registo da actividade sísmica e pré-sísmica (precursores), para além das observações e das análise dos resultados do trabalho de campo que deveria ser feito no vulcão e suas proximidades.
Giuseppe Mercalli notabilizou-se pelo desenvolvimento, em 1902 da escala de Mercalli, uma escala destinada à avaliação da intensidade sísmica, que com algumas modificações ainda se mantém em uso, mais de um século após a sua publicação. Aquela escala, apesar de não medir a magnitude dos sismos, mas apenas os seus efeitos sobre as pessoas e os edifícios, sendo por isso pouco adequado para uso em áreas pouco povoadas, mostrou-se ideal para comparar os danos produzidos pelos terramotos e para fins de engenharia sísmica e de proteção civil.
Mercalli faleceu em 1914, vítima de um incêndio que deflagrou na sua casa na Via Sapienza (Nápoles), alegadamente por ter entornado uma lâmpada de parafina que utilizava para trabalhar durante a noite. Pensa-se que teria estado a trabalhar durante a noite, algo que fazia rotineiramente, contando-se que uma vez foi encontrado a trabalhar às 11 horas da manhã e sendo informada da hora terá exclamado: Seguramente que ainda não é dia!. O seu cadáver foi encontrado carbonizado, próximo da sua cama, agarrando um cobertor que utilizara para tentar apagar o fogo. Apesar disso parecer indicar um acidente, as autoridades policiais informaram, alguns dias mais tarde, que Mercalli fora provavelmente assassinado, por estrangulamento, e o seu cadáver regado com petróleo e queimado, para esconder o crime. Teria desaparecido da casa uma importante quantia em dinheiro.
Giuseppe Mercalli observou a erupção vulcânica das ilhas Eólias, do vulcão de Stromboli e do Vulcano, publicando descrições que continuam a ser importante material de estudo para os vulcanólogos. Para além da investigação no campo de vulcanologia, também estudou os glaciares da Lombardia.
Foi autor de mais de uma centena de publicações científicas (pelo menos 115), com destaque para a obra I vulcani attivi della Terra (Os vulcões activos da Terra), publicada em 1889, considerada um clássico da vulcanologia e que se mantém actual. Em 1903 publicou uma escala destinada à categorização das erupções vulcânicas. Realizou a primeira carta sísmica do território italiano. Estudou o comportamento dos animais antes e durante os sismos, detectando reacções de nervosismo e de tremor que apelidou de síndrome cinestéstica inexplicável, depois conhecido como Síndrome de Mercalli. Também publicou informação pioneira sobre os bradissismos.
Foi membro de importantes sociedades científicas e foi cavaleiro da Ordine della Corona d'Italia por mérito científico. No Cemitério Monumental de Milão, onde está sepultado, foi-lhe erigido um busto em bronze da autoria de Michele Vedani. Em Nápoles existe em sua homenagem o Liceo Scientifico Statale "Giuseppe Mercalli".

Hoje é dia de José de Nazaré...

São José, o Carpinteiro, de Georges de La Tour, 1640
   
São José ou José de Nazaré ou José, o Carpinteiro é, segundo o Novo Testamento, o esposo de Maria e o pai de Jesus. O nome José é a versão lusófona do hebraico Yosef, por meio do latim Iosephus. Descendente da casa real de David, é venerado como santo pela Igreja Ortodoxa, Igreja Anglicana, e Igreja Católica, que o celebra como seu padroeiro universal. A Liturgia Luterana também dedica um dia - 19 de março - à sua memória, sob o título de "Tutor de Nosso Senhor". Operário, é tido como "Padroeiro dos Trabalhadores", e, pela fidelidade a sua esposa e dedicação paternal a Jesus, como "Padroeiro das Famílias", emprestando o seu nome a muitas igrejas e lugares em todo o mundo.
  

segunda-feira, março 18, 2019

Rimsky-Korsakov nasceu há 175 anos!

Retrato de Rimsky-Korsakov por Ilya Repin
   
Nikolay Andreyevich Rimsky-Korsakov (Tikhvin, 18 de março de 1844 - Lyubensk, 21 de junho de 1908) foi um militar, professor, e compositor russo. Um mestre em orquestração. A sua mais conhecida composição orquestral Capriccio Espagnol, e a suíte sinfónica Scheherazade são considerados básicos do reportório de música clássica. Foi membro nacionalista do Grupo dos Cinco, juntamente com Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Modest Mussorgsky.
   
Biografia
Rimsky-Korsakov, nascido numa família aristocrática, manifestou um talento musical desde muito cedo: aos 6 anos de idade começou a ter aulas de piano e aos 9 anos já compunha. Aos 12 anos ingressou no Colégio Naval Imperial Russo de São Petersburgo e, posteriormente, na Marinha Russa.
Em 1861 conhece Mily Balakirev e, com ele os outros membros do Grupo dos Cinco, retoma os estudos musicais. Ainda na Marinha, parcialmente durante uma viagem de circum-navegação, escreveu sua Sinfonia No. 1 (1861-65), que foi muito bem recebida. Antes de deixar seu posto em 1873, compôs a primeira versão da peça orquestral Sadko (1867) e a ópera A donzela de Pskov (1872).
Em 1871 é nomeado professor de composição e orquestração do Conservatório de São Petersburgo. Entre seus alunos figuram nomes como Glazunov, Liadov, Prokofiev, Respighi e Stravinsky. No ano seguinte, casa-se com Nadezhda Nikolayevna Purgol'd (1848-1919), pianista e compositora. Durante os anos seguintes, estuda assiduamente instrumentação, harmonia e contraponto.
É nomeado professor de bandas da armada. Entre 1874 e 1881 é diretor de concertos do Conservatório Livre e regente de concertos fundados por Mitrofan Belyayev. Entre 1883 e 1894 trabalha com Balakirev na Capela da Corte, onde estuda a música da Igreja Ortodoxa Russa. Nesse tempo também se dedica a natação que apreciava treinar no verão dos mares siberianos.
Apresentou-se como maestro por toda a Europa, inclusive em Paris, durante a Exposição Universal de 1899. Em 1905 é demitido de suas funções pedagógicas, após publicar uma carta de protesto em que critica as autoridades que administravam o Conservatório. Este ato gera uma série de demissões imediatas, como as de Liadov e Glazunov. Com o escândalo, a instituição é completamente reorganizada sob o comando de Glazunov, que foi readmitido para comandar o novo Conservatório de São Petersburgo. Nos anos seguintes Rimsky-Korsakov causa nova polémica com a publicação da ópera O galo de ouro (1906-07), em que critica a monarquia russa de tal forma que só pôde ser apresentada em 1909, após a sua morte. Relacionado a isso, Korsakov também era famoso por seus hábitos excêntricos como jogar futebol no auge do inverno russo, nos lagos congelados de São Petersburgo.
Vítima de angina, Nikolai Rimsky-Korsakov veio a falecer em Lyubensk, em 1908. Encontra-se enterrado no Cemitério Tikhvin, no Mosteiro Aleksandr Nevsky, em São Petersburgo.
Teve sete filhos da sua esposa: Mikhail (1873), Sofia (1875), Andrey (1878-1940), Vladimir (1882), Nadezhda (1884), Margarita (1888-1893) e Slavchik (1889-1890). Nadezhda casou-se com o compositor Maximilian Steinberg em 1908. Andrey Rimsky-Korsakov foi musicólogo, tendo inclusive escrito vários estudos sobre a vida e obra de seu pai, e um capítulo sobre a sua mãe. Um sobrinho, Georgy Mikhaylovich Rimsky-Korsakov (1901-1965), também foi compositor.

Lápide do compositor no Cemitério Tikhvin

Obra
Rimsky-Korsakov foi um compositor prolífico. Os seus maiores êxitos foram obtidos com óperas – foram quinze no total, incluindo Kashchei, o imortal e O conto do czar Saltan. Os motivos das óperas são os mais diversos: de melodramas históricos, como A noiva do czar, a temas folclóricos, como Noite de maio, e lendas como A donzela de neve. Os mais conhecidos excertos no Ocidente são a Procissão dos Nobres de Mlada, Canção da Índia de Sadko e O voo do besouro de Czar Saltan, assim como as suítes de O galo de ouro e A lenda da cidade invisível de Kitezh.
Não obstante, a fama de Rimsky-Korsakov no Ocidente foi conquistada com as suas composições orquestrais, principalmente o Capricho Espanhol, a abertura A grande Páscoa russa e a suíte sinfónica Scheherazade.
As suas outras composições incluem dezenas de canções, arranjos de músicas folclóricas, música de câmara e piano e obras corais.
   

Um horrível crime ocorreu há 705 anos

(imagem daqui)
  
Jacques de Molay (Vitrey, 1243/1244 ou 1249/1250 - Paris, 18 de março de 1314) nasceu no Condado da Borgonha e pertencia a uma família da pequena nobreza franca.
  
(...) 
  
Na sexta-feira de 13 de outubro de 1307, os templários no reino da França são presos em massa por ordem de Filipe, o Belo. O grão-mestre Jacques de Molay é capturado em Paris. Imediatamente após a prisão, Guillaume de Nogaret proclama publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações contra a ordem.
  
Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio grão-mestre, o qual interno à Igreja, discreto e desenvolvido com base no direito canónico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna.
 
A prisão, as torturas, as confissões do grão-mestre, criam um conflito diplomático com a Santa Sé, sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação. Depois de uma guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre Filipe, o Belo e Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o grão-mestre e o Preceptor da Normandia, Geoffroy de Charnay sob custódia dos agentes do rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não podendo ser considerados heréticos.
 
Em 1314 o rei pressiona para uma decisão relativa à sorte dos prisioneiros. Já num estado terminal da sua doença, com violentas hemorragias internas que o impedem de sair do leito, Clemente V ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas ordens seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão perpétua sob custódia apostólica e assegurando ao rei que a temida recuperação da ordem não será efectuada. Perante a comissão Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay proclamam a inocência de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela, a comissão pára o processo e decide consultar a vontade do papa neste assunto. 
 
Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente, Filipe, o Belo decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada, ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados na fogueira na Ile de la Cité pouco depois das vésperas em 18 de março de 1314.
 
(...) 
  
Jacques DeMolay durante a sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do Rei da França, Filipe o Belo. O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o Chefe da guarda e conselheiro real Guilherme de Nogaret e no dia 27 de novembro de 1314 morreu o rei Filipe IV, com 46 anos de idade.
 
in Wikipédia 
  

O veterano astronauta e geólogo James Reilly faz hoje 65 anos!

James Reilly                 

James Reilly
                  Astronauta da NASA
Nacionalidade Estados Unidos norte-americano
Nascimento 18 de março de 1954
Base Aérea de Mountain Home, EUA
Missões STS-89, STS-104, STS-117
Insígnias
da missões
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James Francis Reilly II (Base Aérea de Mountain Home, Idaho, 18 de março de 1954) é um astronauta e geólogo norte-americano, veterano de três missões no espaço do programa do Vaivém Espacial.
Com os graus académicos de Licenciado, Mestre e Doutor em Geociências, Reilly é oficial da reserva da Marinha dos Estados Unidos. Como geólogo, participou de expedições científicas à Antártica e trabalhou para empresas particulares de exploração de minérios e prospecção de gás e petróleo do fim dos anos 1970 ao começo dos anos 1990. Paralelamente, participou de projetos de pesquisa biológica em águas profundas, passando 22 dias submerso em veículos de pesquisa marinha em grande profundidade, operados por institutos oceanográficos e pela marinha americana.
Selecionado pela NASA em 1994, Reily completou um ano de treino no Centro Espacial Johnson, em Houston, e foi qualificado como especialista de missão em voos orbitais. Foi ao espaço pela primeira vez em 1998, na nave Endeavour, e novamente em 2001 na missão STS-104, trabalhando tanto na Estação Espacial Internacional quanto na estação russa Mir. Nestas duas primeiras missões, acumulou um total de 517 horas em órbita, incluindo tres caminhadas no espaço.
Em 8 de junho de 2007 subiu ao espaço pela terceira vez na missão STS-117 Atlantis, para uma missão de treze dias na ISS, que instalou os grandes painéis solares da estação.

A cantora Irene Cara faz hoje sessenta anos!


(imagem daqui)
   
Irene Cara (nome artístico de Irene Escalera; Nova Iorque, 18 de março de 1959) é uma cantora, compositora e atriz dos Estados Unidos.
Foi a vencedora de um Óscar de melhor canção, além de ter diversos outros prémios, incluindo o Grammy e o Globo de Ouro.
 
Nascimento
O pai de Irene, Gaspar Escalera (falecido em 1994) era afro-porto riquenho. A sua mãe, Louise Escalera, é de ascendência francesa e cubana. Tem duas irmãs e dois irmãos.
Durante as gravações do filme Busted Up envolveu-se com o diretor Conrad Palmisano, vinte anos mais velho. Os dois casaram-se na cidade costeira de Palos Verdes, Califórnia, no dia 13 de abril de 1986. O seu divórcio aconteceu em 1991.
 
Infância
Irene chamou a atenção dos pais quando, aos três anos de idade, foi uma das cinco finalistas do concurso Little Miss America. Aprendeu a tocar piano apenas ouvindo e rapidamente começou a estudar música, dramaturgia e dança. Em 1968, com nove anos, foi contratada pela GEMA Records e gravou o disco Esta Es Irene, com canções em espanhol.
A sua carreira começou num canal de língua latina, profissionalmente cantando e dançando. Uma de suas primeiras aparições foi no programa Ted Mack Original Amateur Hour cantando "Ola Ola Ola", o primeiro single do álbum Esta Es Irene, e logo em seguida nos programas The Ed Sullivan Show e The Tonight Show, de Johnny Carson. Em 1969 foi convidada para participar num concerto em tributo a Duke Ellington, com Stevie Wonder, Sammy Davis Jr. e Roberta Flack. Ainda contratada da GEMA gravou, em 1970, um disco de músicas natalícias.
Durante esse tempo participou de musicais dentro e fora da Broadway, como Maggie Flynn (1968), com Shirley Jones e Jack Cassidy; de The Me Nobody Knows (1970), com o qual ganhou um Obie Award e gravou a música "This World"; de Via Galactica (1973), com Raul Julia; de The Wiz (1975), que arrebatou sete Tony Awards incluindo o de melhor musical; de Ain't Misbehavin (1978), com Nell Carter, Andre De Shields, Armelia McQueen, Ken Page e Got Tu Go Disco (1979) com Jerry Brandt, que estreou no Minskoff Theatre, o primeiro musical disco a apresentar-se na Broadway.
 
Anos 70: Sparkle

Nos anos 70, Irene foi a estrela de The Everything Show, um programa transmitido somente em Nova Iorque. Foi a original Daisy Allen na anterior série diária Love of Life, em 1974, e substituída por Sharon Brown, e que deixou para fazer um programa educativo de nome The Electric Company, interpretando uma integrante da banda The Short Circus (ela foi ao show durante a primeira temporada somente). Da série também participou Bill Cosby, Rita Moreno, Morgan Freeman, Mel Brooks, Joan Rivers e Gene Wilder.
Em 1975 estreou no cinema, protagonizando a romântica Angela do filme Aaron Loves Angela, uma versão pós-moderna de Romeu e Julieta. Veio em seguida o papel em Sparkle (1977), onde interpretou a personagem de mesmo nome e conquistou grande sucesso de crítica e de público a nível internacional. A televisão aproveitou o sucesso conquistado por Irene no exterior em duas mini produções: Raízes II, outra adaptação aclamada pela crítica, e o filme A História de Jim Jones, baseado em um best-seller de Alex Haley, baseado na tragédia ocorrida na Guiana alguns anos antes.
John Willis' Screen World, Vol. 28, nomeou Irene como uma das 20 Mais promissoras atrizes de 1976. No mesmo ano, uma votação dos leitores na revista Right On! nomeou-a como Top Atriz.
Cara é formada na Professional Children's School em Manhattan, uma concorrente da LaGuardia High School of Music & Art. Ironicamente, LaGuardia High foi a inspiração para a escola de artes do seu terceiro filme, Fama, em 1980.
  
Anos 80: Fama
O filme Fame de 1980, fez com que Irene se tornasse conhecida no mundo inteiro. Como Coco Hernandez ela cantou os dois maiores hits do filme, que brilharam nas paradas de sucesso naquele início dos anos 80: a canção título Fame, que ficou em primeiro lugar da Billboard por várias semana, e a canção Out Here On My Own, que chegou ao Top #10 das paradas americanas em 1981. Irene teve a oportunidade de ser uma das pouquíssimas cantoras até hoje a cantar mais de uma canção durante a cerimónia de entrega dos Óscares. Fame, composta por Michael Gore e Dean Pitchford, levou uma estatueta nesse mesmo ano.
Também o filme garantiu a Irene algumas nomeações para o Grammy, em 1980, para melhor atriz novata e melhor artista pop, assim como uma nomeação ao Globo de Ouro como melhor atriz de cinema em musical. A Billboard Magazine nomeou Irene como nova artista top, enquanto a Cashbox Magazine premiou-a em duas categorias: vocalista mais promissora e vocalista top.
Quando Fame passou a série de televisão, alguns anos mais tarde, Irene Cara foi procurada pelos produtores para retomar seu papel como Coco Hernandez. Porém, ela recusou, sentindo que já havia feito tudo o que podia pela Coco no filme e, diante da possibilidade de abandonar o papel a qualquer momento, se a série de televisão falhasse. Como resultado, Erica Gimpel atuou em seu lugar, devido à sua semelhança física com Irene. Entretanto, Irene fez uma participação especial num episódio de 1983, como uma aluna de sucesso da escola de artes, cantando Why Me?, o seu single do momento.
Em 1982, Irene levou um Image Award de melhor atriz quando fez, com Diahann Carroll e Rosalind Cash, um filme da NBC, chamado Maya Angelou's Sister. Irene foi Myrlie Evers-Williams num filme da PBS TV sobre a líder dos direitos civis Medgar Evers, em For Us the Living: The Medgar Evers Story, e ainda foi nomeada para melhor atriz no NAACP Image Award.
O seu outro filme de sucesso relevante após Fame foi Killing 'em Softly (Prazer à Toda Prova), com participação de Nicholas Campbell e George Segal. Para o filme, Irene gravou duas canções: City Nights e Killing Em' Softly, num dueto com George Segal.
Irene também foi convidada para estrelar sua própria série de televisão, intitulada Irene, na NBC, em 1981. Mesmo recebendo críticas favoráveis, a série perdeu audiência para outros espetáculos e foi cancelado. O elenco contava com as atrizes veteranas Kaye Ballard e Teddy Wilson, além das estreantes Julia Duffy e Keenan Ivory Wayans.
Em 1983, à convite de Giorgio Moroder, Irene Cara atuou, como ela própria, no filme D.C. Cab, sobre um grupo de amigos que eram motoristas de táxi, estrelando Mr T. como um fã obsessivo de Irene, a ponto transformar o porta-malas do táxi num santuário para ela.
Além de cantar e atuar em filmes, Irene continuou a se apresentar ao vivo e promovendo espetáculos durante esse período.
  
Flashdance... What A Feelin'
Em 1983, Irene alcançou o topo da sua carreira musical com Flashdance…What A Feelin', canção-tema do filme Flashdance, composta em parceria com Giorgio Moroder e Keith Forsey. Irene compôs as letras da canção com Keith Forsey enquanto dirigia o carro, a caminho do estúdio em Nova Iorque e, sozinha, compôs a música.
Irene admitiu mais tarde que no início esteve relutante em trabalhar para Giorgio Moroder, com receio de que as pessoas estabelecessem comparações entre ela e Donna Summer, com quem Giorgio havia trabalhado até então. O resultado foi um álbum que conquistou diversos prémios. Irene levou o Óscar por melhor canção em 1983, o Grammy Award por melhor performance pop vocal feminino em 1984, o Globo de Ouro por melhor canção original, melhor cantora pop feminina de singles, melhor cantora pop negra contemporânea de singles, melhor artista pop negra crossover contemporânea de singles, canção pop do ano e o American Music Awards, como melhor artista feminina de R&B e melhor canção pop do ano.
Em março de 2007, a United World Chart posicionou Flashdance... What a Feeling como a 22º canção de maior sucesso na história da música. Flashdance também foi avaliada na lista como a quarta canção mais bem sucedida por uma cantora feminina, apenas estando atrás de Cher (com Believe), Celine Dion (com My Heart Will Go On) e Whitney Houston (com I Will Always Love You).
  
Era pós-Flashdance
Em 1984, Irene foi convidada para atuar ao lado de Clint Eastwood e Burt Reynolds na comédia western City Heat (Cidade Ardente), outra produção que lhe valeu grande sucesso de público. Para a banda sonora, ela compôs a canção-título City Heat, em parceria com Bruce Roberts e cantada por Joe Williams, além de cantar Embraceable You (clássico de George Gershwin) e Get Happy.
Em 1985 atuou, ao lado de Tatum O'Neal, no filme de ação Certain Fury (Choque Mortal), para o qual gravou o tema romântico A Certain Fury, de sua autoria com Tony Prendatt. A produção contou com a participação de Peter Fonda e conquistou a simpatia do público.
No ano seguinte protagonizou, ao lado de Paul Coufos, o drama Busted Up, dirigido por Conrad Palmisano, com quem veio a se casar nesse mesmo ano. A banda sonora do filme contou com três canções de Irene: Busted Up, um dueto com Gordon Grody, Dying For Your Love e I Can't Help Feeling Empty, também da sua autoria. Apesar da produção excelente, o filme não obteve o êxito de bilheteira esperado e acirrou ainda mais os atritos entre ela e a gravadora.
O facto é que a Network Records, gravadora pela qual Irene trocou a Elektra em 1982, foi vendida para a Geffen em 1984, após o dono se tornar um dos sócios maioritários e levá-la consigo sem consultá-la antes. Na verdade, houve quebra de contrato e a Geffen quis pagar-lhe somente 183 dólares pelo sucesso de What a Feelin'. Irene, descontente, resolveu deixar a Geffen para ingressar numa outra gravadora, a EMI. A partir daí a questão se tornou judicial: Geffen alegava que Irene era contratada sua e não podia assinar com mais ninguém. Irene, por sua vez, alegava que havia sido enganada. O facto é que Irene não pôde assinar com a EMI e sofreu embargo da Geffen por vários anos, que impediu o lançamento de suas canções nas bandas sonoras de fílmes, assim como a gravação de um terceiro álbum.
Em 1987 obteve concessão da justiça para que voltasse à Elektra. Produzido por George Duke, o seu terceiro álbum Carasmatic fracassou nas vendas, e o hit Girlfriends não teve sucesso.
Pelo mesmo caminho seguiu a sua última produção hollywoodiana, o filme Caged in Paradiso (Presas em Paradiso), que estreou em 1990 e foi um fracasso de bilheteira.
Vindo o divórcio com Conrad Palmisano, em 1991, Irene passou a se dedicar apenas ao teatro, gravações esporádicas em filmes e dobragens de desenhos animados. Na Broadway, interpretou Maria Madalena na peça Jesus Christ Superstar, de Andrew Lloyd Webber, em 1993, ano em que também dobrou a Branca de Neve no longa-metragem Happily Ever After, uma espécie de continuação do clássico da Disney.
Em 1995, após dez anos de espera, saiu o resultado do processo movido por Irene, e a justiça lhe concedeu-lhe uma indemnização milionária pelo prejuízo na carreira.
  
Atualmente
Irene nunca parou de cantar, embora a maioria das suas apresentações fossem relegadas somente a países da Europa e Ásia, nos anos 90. Em 1997, o sucesso All My Heart, composto exclusivamente para ela por Michele Vice, ganhou diversas remisturas e chegou ao Top Ten dance hits nas rádios da França, Itália e Alemanha, sucessivamente.
No ano seguinte, Irene Cara fundou a sua própria gravadora, a Caramel Records, cujo selo foi inaugurado com a criação do grupo Hot Caramel, desde então vindo a trabalhar na produção de um CD independente e apresentando-se em diversas cidades americanas. Com a nova roupagem dada ao sucesso What a Feeling pelo DJ Bobo, e a gravação de um clip no qual os dois cantam juntos no verão de 2001, Irene voltou novamente às paradas de sucesso e teve a oportunidade de viajar com a Hot Caramel por diversos países da Europa, apresentando o repertório do que ainda será o primeiro CD do grupo.
Irene recebeu duas homenagens pela sua carreira, em março de 2004, com a inclusão de seu nome no Ciboney Cafe's Hall of Fame, e um Lifetime Achievement Award, concedido no 6º Prestige Awards anual.
Em junho de 2005, Irene foi a vencedora do terceiro círculo da série da NBC Hit Me Baby One More Time, que transmitiu ao vivo para todo os Estados Unidos, a sua performance de Flashdance (What a Feeling) e o cover I'm Outta Love, da cantora Anastacia, à frente do grupo Hot Caramel.
Atualmente vive na Flórida e continua a trabalhar na produção de um novo álbum, chamado Irene Cara Featuring Hot Caramel, em que parte do reportório já foi gravado.
 
 

Othniel Charles Marsh, um dos responsáveis pela Guerra dos Ossos do final do século XIX, morreu há 120 anos


Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se graduou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
 
Allosaurus sp.
 

domingo, março 17, 2019

Música adequada à data...!



O Tratado de Amizade e Não Agressão Luso-Espanhol foi assinado há oitenta anos

(imagem daqui)
   
O Tratado de Amizade e Não Agressão Luso-Espanhol, ou Pacto Ibérico, foi um tratado assinado em 17 de março de 1939, pelo Presidente do Conselho de Ministros de Portugal, António de Oliveira Salazar, e o embaixador de Espanha, Nicolau Franco.
   
História
Na Guerra Civil Espanhola, deflagrada em julho de 1936, estava fundamentalmente em causa a implantação de um regime republicano parlamentar ou por um fascista em Espanha, que poderia influenciar toda a Península Ibérica, e até mesmo o resto da Europa. Por esta razão, o Estado Novo, liderado pelo antiparlamentarista António de Oliveira Salazar, alinhou-se com o General nacionalista Francisco Franco, sendo discutido pelos historiadores se foram ou não enviadas forças militares portuguesas para Espanha (o que nunca foi reconhecido oficialmente).
A posição e acção (sobretudo diplomática), a nível regional e internacional, de Portugal sobre o conflito espanhol contribuíram muito significativamente para que a causa não-parlamentar republicana vencesse em Espanha. Esta grande ajuda do Estado Novo aos nacionalistas/fascistas espanhóis levou com que Portugal e Espanha assinassem mutuamente o tratado, em 17 de março de 1939.
Nos termos do documento, os dois países estabeleciam relações de amizade e comprometiam-se a efectuar consultas diversas entre si, com vista a uma acção concertada. Implicitamente, o que ficava consagrado era uma identidade de interesses e um pacto entre dois regimes essencialmente análogos, o Estado Novo e a ditadura do general Francisco Franco, que estava prestes a emergir da guerra civil.
Curiosamente, as negociações que conduziram à assinatura do tratado tiveram o apoio activo da diplomacia do Reino Unido, que via nesta aliança um vantajoso contraponto, no próprio continente, às tentações expansionistas da Alemanha e da Itália, potências que já marcavam presença forte na Guerra Civil de Espanha.
Os termos da aliança de 1939 foram precisados num protocolo adicional em 29 de julho de 1940, que instituía com valor obrigatório certas consultas mútuas entre os Estados ibéricos.
Terá sido em parte devido a estes compromissos com Portugal que a Espanha manteve a sua posição de não-beligerância ao longo da Segunda Guerra Mundial, embora alguns sectores políticos espanhóis se inclinassem para a intervenção no conflito.
Com a queda dos regimes salazarista e franquista, foi assinado entre os dois países, em 1978, um novo tratado de amizade e cooperação, mas sem a mesma componente militar do tratado original.
   

Paul Kantner, dos Jefferson Airplane, nasceu há 78 anos

Paul Lorin Kantner (São Francisco, 17 de março de 1941São Francisco, 28 de janeiro de 2016) foi um um músico de rock dos Estados Unidos, conhecido por ter co-fundado a banda de rock psicadélico Jefferson Airplane.
   
  

Billy Corgan, o vocalista e guitarrista dos Smashing Pumpkins, faz hoje 52 anos

Billy Corgan, nome artístico de William Patrick Corgan (Elk Grove Village, 17 de março de 1967) é um vocalista, guitarrista e compositor dos Estados Unidos. É o vocalista e guitarrista da banda de rock alternativo Smashing Pumpkins.
  
  

Nat King Cole nasceu há um século

Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, (Montgomery, 17 de março de 1919 - Santa Mónica, 15 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole. A alcunha de "King Cole" veio de uma popular cantiga de roda inglesa conhecida como Old King Cole.
A sua voz marcante imortalizou várias canções, como: Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.
As suas músicas românticas tinham um toque especial, que, em conjunto com a sua voz associada ao piano, tornando-o assim um artista de grande sucesso.
A sua então revolucionária formação, com piano, guitarra e baixo, no tempo das big bands, tornou-se popular para trios de jazz.
Nat King Cole aprendeu a tocar piano na igreja onde seu pai era pastor. Desde criança ele esteve ligado à música, tocando junto ao coral da mesma igreja. Cole lutou contra o racismo durante toda a sua vida, sempre recusando-se a cantar em platéias com segregação racial.
Por ter o hábito de fumar diariamente três maços de cigarro, o cantor morreu vítima de cancro. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos. Um de seus últimos trabalhos foi no filme Cat Ballou, onde canta a balada da personagem título, interpretada por Jane Fonda.
  
Infância em Chicago
O seu pai, Dwon Edard Coles, era talhante e pastor da Igreja Batista. A sua família mudou-se para Chicago quando Nat ainda era criança. Lá, o pai tornou-se pastor e a mãe, Perlina Adams, ficou encarregada de tocar o órgão da igreja. Foi a única professora de piano que Nat teve em toda sua vida. Aprendeu tanto jazz como música gospel, sem esquecer alguma música clássica.
  
Início da carreira de cantor
O seu primeiro sucesso como cantor foi a gravação em 1943 pela Capitol Records de "Straighten Up and Fly Right" baseada num conto popular negro que seu pai havia usado como tema para um sermão. Vendeu mais de 500 mil cópias. Embora Cole nunca viesse a ser considerado um músico de rock, a canção pode ser vista como antecipando os as primeiras gravações de rock. De fato, Bo Didley, que fez semelhantes transformações de materiais folclóricos, creditava Cole como uma influência.
  
Fazendo a história da televisão
Em 5 de novembro de 1956, The Nat King Cole Show estreou na NBC-TV. Foi o primeiro programa deste tipo comandado por um afro-americano, causando controvérsia na época. Ficou no ar por um ano e pouco, mas teve de ser encerrado, por iniciativa do próprio Nat King Cole, por não ter conseguido nenhum patrocínio de âmbito nacional.
    
Racismo
Cole lutou contra o racismo toda sua vida e raramente se apresentou em lugares segregacionistas. Em 1956 foi atacado no palco durante um show em Birmingham, Alabama, enquanto cantava "Little Girl", por três membros do North Alabama White Citizens Council que aparentemente tentavam sequestrá-lo. Os três agressores avançaram pelos corredores da plateia. Embora a segurança tenha rapidamente acabado com a invasão, Cole foi derrubado do seu banco e magoou as costas. Ele não acabou o show e nunca mais se apresentou no Sul dos EUA. Os agressores foram julgados e condenados.
Em 1948 comprou uma casa em um condomínio só de brancos nos arredores de Los Angeles. A KKK ateou fogo numa cruz em frente à sua casa. O conselho do condomínio disse-lhe que não queriam indesejáveis mudando-se para lá. Ele concordou e disse "Eu também não, se eu vir alguém indesejável mudando-se, serei o primeiro a reclamar".
Em 1956 foi contratado para se apresentar em Cuba e quis ficar no Hotel Nacional de Cuba, mas não lhe foi permitido porque tinham restrição (color bar) para negros. Cole honrou seu contrato e seu show no Tropicana foi um grande sucesso. No ano seguinte voltou a Cuba para outro show, cantando várias músicas em espanhol. Hoje existe um tributo a ele na forma de um busto e uma jukebox no Hotel Nacional.