terça-feira, dezembro 11, 2018

O realizador Manoel de Oliveira nasceu há 110 anos

Manoel de Oliveira, de nome completo Manoel Cândido Pinto de Oliveira (Porto, Cedofeita, 11 de dezembro de 1908Porto, Foz, 2 de abril de 2015) foi um cineasta português.

Alexander Soljenítsin nasceu há um século!

Alexander Issaiévich Soljenítsin (Kislovodsk, 11 de dezembro de 1918 - Moscovo, 3 de agosto de 2008) foi um romancista, dramaturgo e historiador russo cujas obras consciencializaram o mundo quanto aos gulags, sistema de campos de trabalhos forçados existente na antiga União Soviética. Recebeu o Nobel de Literatura de 1970. A sua postura crítica sobre o que considerava o esmagamento da liberdade individual pelo Estado omnipresente e totalitário implicou a expulsão do autor do país natal e a retirada da respectiva nacionalidade em 1974.
Foi um gigante da história russa e um enorme escritor. Era na juventude um marxista-leninista convicto mas tornou-se nacionalista e monárquico, queria restaurar a Mãe Rússia em todo o seu esplendor mítico. Considerava a democracia uma péssima forma de governo; admirava Franco e Pinochet e só em Putin julgou ter encontrado um chefe à altura para governar a Rússia.
 
Infância e juventude
Alexander Soljenítsin nasceu em Kislovodsk, pequena cidade do sul da Rússia, na região localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, filho póstumo de Isaac Soljenítsin, um oficial do exército do Czar, e da sua jovem viúva, Taisia Soljenítsina. O seu avô materno havia superado as suas origens humildes e adquirido uma grande propriedade na região de Kuban, no sopé da grande cadeia de montanhas do Cáucaso. Durante a Primeira Guerra Mundial, Taisia fora estudar em Moscovo, onde conhecera o seu futuro marido. Soljenítsin relataria vividamente a história de sua família em suas obras "Agosto de 1914" e "A Roda Vermelha".
Em 1918 Taisia encontrou-se grávida, mas pouco depois receberia notícia da morte do seu marido num acidente de caça. Esse facto, o confisco da propriedade do seu avô pelas novas autoridades comunistas, e a Guerra Civil Russa, levaram às circunstâncias bastante modestas da infância de Aleksander. Mais tarde ele diria que sua mãe lutava pela mera sobrevivência, e que os elos de seu pai com o antigo regime tinham que ser mantidos em segredo. O menino exibia conspícuas tendências literárias e científicas, que a sua mãe incentivava como bem podia. Esta viria a falecer no fim de 1939.
Soljenítsin estudou matemática na Universidade Estatal de Rostov, ao mesmo tempo que fazia um curso por correspondência do Instituto de Filosofia, Literatura e História de Moscovo. Durante a Segunda Guerra Mundial participou de acções importantes como comandante de uma companhia de artilharia do Exército Soviético, obtendo a patente de capitão e sendo condecorado em duas ocasiões.
 
Segunda Guerra Mundial Durante a Segunda Guerra Mundial Solzhenitsyn serviu como comandante no Exército Vermelho, estando envolvido em ação na frente de batalha, e foi duas vezes condecorado. Uma série de textos publicados no final de sua vida, incluindo o inacabado romance Love the Revolution! narra sua experiência de guerra e suas dúvidas crescentes sobre os fundamentos morais do regime soviético.
 
Prisão e início da carreira literária Algumas semanas antes do fim do conflito, já havendo alcançado território alemão na Prússia Oriental, foi preso por agentes da NKVD por fazer alusões críticas a Estaline em correspondência a um amigo. Ele foi acusado de propaganda anti-soviética, sob o artigo 58º, parágrafo 10 do Código Penal soviético, e de fundar uma organização hostil, sob o parágrafo 11º.
Foi condenado a oito anos num campo de trabalhos forçados, a serem seguidos por exílio interno perpétuo. Esta era a pena normal para a maioria dos crimes previstos no artigo 58 na época.
A primeira parte da pena de Soljenítsin foi cumprida em vários campos de trabalhos forçados; a "fase intermediária", como ele viria a referir-se a esta época, passou-a em uma sharashka, um instituto de pesquisas onde os cientistas e outros colaboradores eram prisioneiros. Dessas experiências surgiria o livro "O Primeiro Círculo", publicado no exterior em 1968. Em 1950 foi enviado a um "campo especial" para prisioneiros políticos em Ekibastuz, Cazaquistão onde trabalharia como pedreiro, mineiro e metalúrgico. Esta época inspiraria o livro "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich". Neste campo retiraram-lhe um tumor, mas seu cancro não chegou a ser diagnosticado.
A partir de março de 1953, iniciou a pena de exílio perpétuo em Kol-Terek, no sul do Cazaquistão. O seu cancro, ainda não detetado, continuou a espalhar-se, e no fim do ano Soljenítsin encontrava-se próximo à morte. Porém, em 1954 finalmente recebeu tratamento adequado em Tashkent, Uzbequistão, e curou-se. Estes eventos formaram a base de O Pavilhão dos Cancerosos. Foi durante esta década de prisão e exílio que Solzhenitsyn abandonou o marxismo e desenvolveu as posições filosóficas e religiosas de sua vida posterior, gradualmente tornando-se cristão, como resultado da sua experiência na prisão e nos campos. Este por sua vez é semelhante ao que aconteceu a Fyodor Dostoyevsky durante os seus anos na Sibéria e a sua busca por fé.
Durante os seus anos de exílio, e após sua libertação e retorno à Rússia Europeia, Soljenítsin, enquanto leccionava em escolas secundárias durante o dia, passava as noites escrevendo em segredo. Mais tarde, na breve autobiografia que escreveria ao receber o Nobel de Literatura, relataria que "durante todos os anos até 1961, eu não estava apenas convencido que sequer uma linha por mim escrita jamais seria publicada durante a minha vida, mas também raramente ousava permitir que os meus íntimos lessem o que eu havia escrito, com medo de que o facto se tornasse conhecido".
Publicou ainda nos EUA uma obra sobre um gigantesco tabu que é a proeminência dos judeus russos no Partido Comunista e na polícia secreta soviética, sendo apelidado de antissemita e desmoralizado no seu exílio.
Soljenítsin regressou à Rússia a 27 de maio de 1994, depois de vinte anos de exílio e morreu em Moscovo em 3 de agosto de 2008, segundo o seu filho, em consequência de uma insuficiência cardíaca aguda.
Está sepultado no Cemitério do Mosteiro de Donskoi, em Moscovo, na Rússia.

segunda-feira, dezembro 10, 2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU há setenta anos

Eleanor Roosevelt exibe cartaz contendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1949)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que delineia os direitos humanos básicos, foi adotada pela Organização das Nações Unidas a 10 de dezembro de 1948 (A/RES/217) no Palais de Chaillot, em Paris. Esboçada principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá, mas também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo.
Abalados pela barbárie recente e com o intuito de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por URSS e Estados Unidos estabeleceram na Conferência de Yalta, na Ucrânia, em 1945, as bases de uma futura paz, definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de uma organização multilateral que promovesse negociações sobre conflitos internacionais, para evitar guerras e promover a paz e a democracia, e fortalecer os Direitos Humanos.
Embora não seja um documento que representa obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU, de força legal, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais. Continua a ser amplamente citado por académicos, advogados e cortes constitucionais. Especialistas em direito internacional discutem com frequência quais de seus artigos representam o direito internacional usual.
"A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios estados-membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Segundo o Guinness Book of World Records, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento traduzido no maior número de línguas. Em dezembro de 2012, o site oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos refere a existência de 403 traduções disponíveis.
  

Há 120 anos a Espanha perdeu os restos do seu império americano e do Pacífico

O Tratado de Paris de 1898, assinado em 10 de dezembro de 1898, terminou a Guerra Hispano-Americana.
Os delegados americanos e espanhois reuniram-se em Paris, em 1 de outubro de 1898 para elaborar um tratado que iria pôr termo à guerra, após seis meses de hostilidades. A delegação americana era constituída por William R. Day, Cushman K. Davis, William P. Frye, George Gray, e Whitelaw Reid. A espanhola incluía a Eugenio Montero Ríos, Abarzuza de Buenaventura, José de Garnica, Wenceslao Ramírez de Villa-Urrutia, e Rafael Cerero, bem como um diplomata francês, Jules Cambon.
O Tratado de Paris previa que Cuba se tornasse independente de Espanha, mas o Congresso dos Estados Unidos assegurou o controle deste país pelos Estados Unidos, com a Emenda Platt.
Especificamente, a Espanha renunciou a qualquer reivindicação de soberania sobre Cuba. Após a evacuação pela Espanha, Cuba seria ocupada pelos Estados Unidos, e os Estados Unidos iriam assumir e respeitar todas as obrigações de direito internacional que resultassem deste facto.
O Tratado também garantiu que a Espanha cedia aos Estados Unidos, a ilha de Porto Rico e outras ilhas, então sob soberania espanhola nas Índias Ocidentais, bem como a ilha de Guam.
O maior conflito dizia a respeito à situação das Filipinas. Os comissários espanhóis alegaram que Manila fora entregue após o armistício e, portanto, as Filipinas não poderiam ser exigidas como uma conquista de guerra, pois renderam-se depois do fim da guerra; finalmente, os Estados Unidos decidiram pagar 20 milhões de dólares à Espanha pela posse das Filipinas. O Tratado especificava que a Espanha iria ceder aos Estados Unidos, o arquipélago das Filipinas, e abrangendo as ilhas situadas dentro duma linha especificada.
O tratado foi tema de debate polémico no Senado dos Estados Unidos durante o inverno de 1898-1899, e foi aprovado a 6 de fevereiro de 1899.
De acordo com o tratado, a Espanha, desistia de todos os direitos de Cuba, renunciava a Porto Rico e às suas possessões nas Índias Ocidentais e entregava as ilhas Filipinas, mais a ilha de Guam, aos Estados Unidos.
A derrota pôs fim ao Império espanhol na América e, um ano mais tarde, no Oceano Pacífico (depois do Tratado Germano-Espanhol de 1899) e marcou o início dos Estados Unidos como potência colonial.

Olivier Messiaen nasceu há 110 anos

Autor de vasta produção, que se estende pela música para órgão, piano, de câmara, vocal (com ou sem instrumentos), concertante, sinfónica, coral-sinfónica e uma ópera - Sétimo Quadro do São Francisco de Assis.
Vida e obra
Olivier Eugène Prosper Charles Messiaen nasceu em Avinhão, França, numa família com tendência para a literatura. A mãe de Messiaen publicou uma sequência de poemas, L'âme bourgeon en ("A Alma de brotamento"), em que o último capítulo, Tandis que la terre tourne ("À medida que a Terra roda"), trata do nascimento do seu filho. Messiaen disse, mais tarde, que essa sequência de poemas o influenciou profundamente e citou-o como profético sobre a sua futura carreira artística.
Ele era o mais velho dos dois filhos de Cécile Sauvage, um poeta, e Messiaen Pierre, uma professora de Inglês, que traduziu as peças de William Shakespeare para francês. Entrou no Conservatório de Paris aos 11 anos, e, entre os seus professores, contaram-se Paul Dukas, Maurice Emmanuel, Charles-Marie Widor e Marcel Dupré.
Foi designado organista na Igreja da Trinité de Paris em 1931, posto que ocupou até à sua morte. Durante a Batalha de França, Messiaen foi feito prisioneiro de guerra, e enquanto estava aprisionado compôs o Quatuor pour la fin du temps ("Quarteto pelo fim do tempo") para os únicos quatro instrumentos disponíveis na prisão: piano, violino, violoncelo e clarinete. A obra foi estreada por Messiaen e os seus amigos prisioneiros, perante uma audiência de reclusos e guardas prisionais. Ao sair da prisão, em 1941, Messiaen foi nomeado professor de harmonia, e, em 1966, professor de composição no Conservatório de Paris, até à sua reforma, em 1978. Compôs ainda uma sinfonia (Turangalîla-Symphonie) que utiliza o instrumento denominado Ondas Martenot. Na sua obra, de inspiração mística, a linguagem musical caracteriza-se por um ritmo novo e elementos exóticos. Outras obras são As cores da cidade celeste, Vinte olhares sobre o menino Jesus, Cronocromia, Et expectro ressurrection em mortuorum, Cantéyodjayâ.
 

Otis Redding morreu há 51 anos

Otis Redding (Dawson, Geórgia, 9 de setembro de 1941 - Madison, Wisconsin, 10 de dezembro de 1967) foi um cantor de soul norte-americano conhecido por seu estilo passional e pelo sucesso póstumo "(Sittin' On) the Dock of the Bay". Foi considerado pela revista Rolling Stone o 8° maior cantor de todos os tempos e, pela mesma, o 21° maior artista de todos os tempos (pelo conjunto da obra).
 
Otis Redding nasceu na pequena cidade de Dawson, Geórgia. Quando tinha cinco anos, a sua família mudou para Macon, também na Geórgia, onde Otis começou a cantar no coral de uma igreja e, na adolescência, ganhou o show de talentos do "Douglass Theatre" durante 15 semanas consecutivas. A sua primeira influência musical foi Little Richard, que também havia morado em Macon. Ainda na adolescência resolveu sair da cidade, dizendo que se aquele não tinha sido o lugar para Little Richard, não seria o lugar para ele também.
 
Em 1960, Otis Redding começou uma turnê pelo sul dos Estados Unidos com Johnny Jenkins and the Pinetoppers. Além de cantar, Otis trabalhava como motorista de Jenkins. No mesmo ano fez as suas primeiras gravações, "Fat Gal" e "Shout Bamalama", com seu grupo com o nome "Otis Redding and the Pinetoppers", lançado pelos selos musicais "Confederate" e "Orbit".
Em 1962 fez a sua primeira marca no mundo da música, durante uma sessão de Johnny Jenkins, quando o estúdio ficou vago, ele gravou "These Arms of Mine", uma balada de sua autoria. A música virou um pequeno hit pela "Volt Records", uma subsidiária do famoso selo sulista Stax Records, que tinha sede em Memphis, Tennessee.
Redding compunha a maioria das suas músicas, prática não muito comum na época, às vezes em parceria com Steve Cropper (do grupo Booker T. & the MG's). Em julho de 1967 ele apresentou-se no influente Festival Pop de Monterey.
"(Sittin' On) the Dock of the Bay" tornou-se famosa um ano depois da morte de Redding, num acidente de avião no Wisconsin, juntamente com a sua banda de apoio, The Bar-Kays.
 
 

domingo, dezembro 09, 2018

Jack, o Estripador matou a sua quinta e última vítima canónica há 130 anos

Jack, o Estripador (em inglês: Jack the Ripper) foi o pseudónimo dado a um assassino em série não-identificado que agiu no distrito de Whitechapel, em Londres, na segunda metade de 1888. O nome foi tirado de uma carta, enviada à Agência Central de Notícias de Londres por alguém que se dizia o criminoso.
As suas vítimas eram mulheres que ganhavam a vida como prostitutas. Duas delas tiveram a garganta cortada e o corpo mutilado. Teorias sugerem que, para não provocar barulho, as vítimas eram primeiro estranguladas, o que talvez explique a falta de sangue nos locais dos crimes. A remoção de órgãos internos de três vítimas levou oficiais da época a acreditarem que o assassino possuía conhecimentos anatómicos ou cirúrgicos.
Os jornais, cuja circulação crescia consideravelmente durante aquela época, deram ampla cobertura ao caso, devido à natureza selvagem dos crimes e ao fracasso da polícia em efetuar a captura do criminoso - que tornou-se notório justamente por conseguir escapar impune.
Devido ao mistério em torno do assassino nunca ter sido desvendado, as lendas envolvendo os seus crimes tornaram-se um emaranhado complexo de pesquisas históricas genuínas, teorias conspiratórias e folclore duvidoso. Diversos autores, historiadores e detetives amadores apresentaram hipóteses acerca da identidade do assassino e de suas vítimas.
  
Antecedentes
Em meados do século XIX, a Inglaterra experimentou um rápido influxo de imigrantes irlandeses, que incharam a população de desfavorecidos tanto no interior quanto nas principais cidades inglesas. A partir de 1882, refugiados judeus, escapando dos pogroms da Rússia czarista e do leste europeu, aumentaram ainda mais os índices de superpopulação, desemprego e falta de moradia. Londres, particularmente nas regiões do East End e Whitechapel, tornou-se cada vez mais sobrepovoada, resultando no desenvolvimento de uma imensa sub-classe económica. Esta situação de pobreza endémica levou várias mulheres à prostituição. Em outubro de 1888, a Polícia Metropolitana de Londres estimou a existência de 1.200 prostitutas de "classe muito baixa" vivendo em Whitechapel e em aproximadamente 62 bordéis. Os problemas económicos vieram acompanhados por uma elevação contínua das tensões sociais. Entre 1886 e 1889, manifestações de famintos e desempregados eram uma constante nas ruas londrinas.
Os assassinatos geralmente atribuídos a Jack o Estripador ocorreram na metade final de 1888, apesar da série de mortes brutais em Whitechapel persistirem até 1891. Parte dos assassinatos envolveram atos extremamente pavorosos, como mutilação e evisceração, narrados em detalhes pelos media. Rumores de que os crimes poderiam estar conectados intensificaram-se em setembro e outubro, quando diversos órgãos de imprensa e a Scotland Yard receberam uma série de cartas perturbadoras de um remetente ou vários, assumindo responsabilidade por todos ou alguns dos assassinatos. Uma carta em particular, recebida por George Lusk do Comité de Vigilância de Withechapel, incluía metade de um rim humano preservado. Principalmente devido à natureza excessivamente brutal dos crimes e a cobertura mediática dos eventos, o público passou a crer cada vez mais em um único assassino em série a aterrorizar os moradores de Whitechapel, apelidado de "Jack o Estripador" após a assinatura de um cartão-postal recebido pela Agência Central de Notícias. Apesar de as investigações não terem sido capazes de conectar as mortes posteriores aos assassinatos de 1888, a lenda de Jack o Estripador já havia se consolidado.
   
Vítimas
Os arquivos da Polícia Metropolitana mostram que a investigação teve início em 1888, eventualmente abrangendo onze assassinatos ocorridos entre 3 de abril de 1888 e 13 de fevereiro de 1891. Além destes, escritores e historiadores conectaram pelo menos sete outros assassinatos e ataques violentos a Jack o Estripador. Entre as onze mortes investigadas ativamente pela polícia, chegou-se a um consenso de que cinco foram praticadas por um único criminoso, vítimas que são, conjuntamente, chamadas de "cinco canónicas":
  • Mary Ann Nichols (nome de solteira: Mary Ann Walker; alcunha: Polly), nascida em 26 de agosto de 1845 e morta em 31 de agosto de 1888, uma sexta-feira.  (...)
  • Annie Chapman (nome de solteira: Eliza Ann Smith; alcunha: Dark Annie), nascida em setembro de 1841 e morta em 8 de setembro de 1888, um sábado. (...)
  •  Elizabeth Stride (nome de solteira: Elisabeth Gustafsdotter; alcunha: Long Liz), nascida na Suécia a 27 de novembro de 1843 e morta a 30 de setembro de 1888, um domingo. (...)
  • Catherine Eddowes (usava os nomes “Kate Conway” e “Mary Ann Kelly”, com os sobrenomes obtidos dos seus dois ex-maridos, Thomas Conway e John Kelly), nascida em 14 de abril de 1842 e morta a 30 de setembro de 1888, no mesmo dia da vítima anterior (...)
  • Mary Jane Kelly (passou a usar o nome “Marie Jeanette Kelly” depois de uma viagem a Paris; apelido: Ginger), supostamente nascida na Irlanda em 1863 e morta a 9 de novembro de 1888, uma sexta-feira. O corpo terrivelmente mutilado de Kelly foi descoberto pouco depois das 10.45 horas da manhã, deitado na cama do quarto onde ela vivia, na Dorset Street, em Spitalfields. A garganta foi cortada até à coluna vertebral, e o abdómen quase esvaziado dos seus órgãos. O coração também foi retirado.
A autenticidade desta lista baseia-se não apenas na opinião dos pesquisadores, mas também em anotações feitas em particular por Sir Melville Macnaghten enquanto chefe do Departamento de Investigação Criminial no Serviço Metropolitano de Polícia, em papéis que só viriam à tona em 1959. As notas de Macnaghten refletiam apenas opiniões policiais da época, embora ele só tenha se juntado ao esquadrão um ano após os assassinatos, e suas anotações continham diversos erros factuais sobre os possíveis suspeitos. Os escritores Stewart P. Evans e Donald Rumbelow alegam que as "cinco canónicas" seria um "mito do Estripador", e que o provável número de vítimas pode variar de três (Nichols, Chapman e Eddowes) a seis (as três citadas mais Stride, Kelly e Martha Tabram). Os palpites de Macnaghten sobre quais crimes teriam sido cometidos pelo mesmo assassino não era compartilhada por outros oficiais investigadores, como o inspetor Frederick Abberline.
Com exceção de Stride, cujo ataque pode ter sido interrompido, as mutilações nas cinco vítimas foram tornando-se cada vez mais sérias a medida que os crimes progrediam. Nichols e Stride não tiveram nenhum órgão removido, mas o útero de Chapman foi retirado, e Eddowes teve o seu útero e rim levados, além de ser deixada com mutilações faciais. Apesar de somente o coração de Kelly ter sido removido da cena do crime, o restante de seus órgãos internos foram retirados e deixados no seu quarto.
Os cinco assassinatos citados foram geralmente cometidos na escuridão, nas últimas horas da madrugada e sempre perto ou do final do mês ou de uma semana. Ainda assim cada caso diferia deste padrão de alguma maneira. Além das diferenças já citadas, Eddowes foi a única a ser assassinada na cidade de Londres, embora próxima dos limites de Whitechapel. Nichols foi a única vítima encontrada numa rua aberta, apesar de ser uma via escura e deserta. Muitas fontes indicam que Chapman foi morta depois do nascer do sol, embora esta não tenha sido a opinião da polícia e dos legistas que examinaram o corpo. A morte de Kelly pôs fim a seis semanas de inatividade do assassino (passou uma semana entre as mortes de Nichols e Chapman, e três entre Chapman e o "evento duplo").
A principal dificuldade em definir quem foi ou não uma vítima do Estripador foi o facto de ocorrer um número espantoso de ataques contra mulheres naquela mesma época. A maioria dos especialistas apontam o corte profundo na garganta, a mutilação do abdómen e dos genitais, a remoção de órgãos internos e a gradual intensidade das mutilações faciais sofridas pelas vítimas como o modus operandi do assassino.
   

La Pasionaria nasceu há 123 anos

Isidora Dolores Ibárruri Gómez (também conhecida como La Pasionaria) foi uma líder comunista espanhola. O seu nome verdadeiro era Isidora Ibárruri Gómez e nasceu em Gallarta, uma localidade da província de Biscaia, no País Basco, em Espanha, a 9 de dezembro de 1895 e faleceu em Madrid, a 12 de novembro de 1989.
Ibárruri casou-se aos 21 anos de idade com Julián Ruiz, com a oposição de seus pais, que desaprovavam as ideias socialistas do futuro genro e, no mesmo ano, nasce a sua primeira filha, Esther, que morre muito pequena. No mesmo ano começa a sua militância comunista. Em 1918 escreve o seu primeiro artigo assinando sob o pseudónimo de La Pasionaria, que a acompanharia a vida toda.
Em 15 de abril de 1920 filia-se no Partido Comunista Espanhol e, pouco após, no seu sucessor, o Partido Comunista de Espanha, no qual ficaria por toda a sua vida, e ao qual presidiria a partir de 1960.
Em 1920 nasce o seu filho Rubén, e em 1923 dá a luz a trigémeas, das quais apenas uma sobrevive, Amaya. Alguns anos depois separa-se de seu marido, um marido e pai ausente pela sua militância no Partido Comunista, do qual era um dos principais dirigentes.
Celebrizou-se durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), ao instigar os republicanos contra as tropas do General Franco com a frase: «¡Para vivir de rodillas, es mejor morir de pié!» e «¡No pasarán!» ("Para viver de joelhos, é melhor morrer de pé!" e "Não passarão!").

Após a vitória de Franco em 1939, exilou-se na URSS, tendo regressado a Espanha em 1977, após a morte do Generalíssimo e restauração da democracia. Foi eleita deputada do Congresso dos Deputados, a câmara baixa das Cortes, e permanece líder honorária do Partido Comunista de Espanha até à sua morte, em 1989, que coincide com o ano em que caiu o Muro de Berlim.

António Pedro nasceu há 109 anos

(imagem daqui)

António Pedro da Costa (Cidade da Praia, Cabo Verde, 9 de dezembro de 1909 - Caminha, Moledo, 17 de agosto de 1966) foi um encenador, escritor e artista plástico português.

Biografia
Filho de José Maria da Costa (Lisboa, 27 de setembro de 1880 - ?) e de sua mulher Isabel Savage de Paula Rosa (Lisboa, Santos-o-Velho, 1884 - Cidade da Praia, circa 1930), filha de mãe inglesa, era primo-irmão da mãe de António Sousa Lara.
Mudou-se aos 4 anos para Portugal e frequentou o Liceu Pedro Nunes em Lisboa até ao 2.º ano, mudando-se depois para o Instituto Nuno Álvares, da Companhia de Jesus, em La Guardia - Galiza, onde foi membro do grupo de teatro, tendo participado em várias dezenas de peças. O 6.º ano acabou-o em Santarém e o 7.º ano em letras no Liceal de Coimbra, onde dirigiu o jornal O Bicho. Ingressou na Universidade de Lisboa, tendo frequentado a Faculdade de Direito e a Faculdade de Letras, não concluindo nenhum dos cursos. Viveu em Paris entre 1934 e 1935 onde chegou a estudar no Instituto de Arte e Arqueologia da Universidade de Sorbonne e onde assinou o Manifeste Dimensioniste.
Casou com Maria Manuela Possante, de quem não teve descendência.
Em 1933 cria a galeria UP (1933-1936), onde apresenta a primeira exposição de Maria Helena Vieira da Silva em Portugal (1935).
O surrealismo surge nos horizontes culturais portugueses a partir de 1936, em grande parte pela sua mão, em experiências literárias «automáticas» que realiza com alguns amigos. Em 1940 realiza, com António Dacosta e Pamela Boden (Casa Repe, Lisboa) aquela que é considerada a primeira exposição surrealista em Portugal: " A exposição reunia dezasseis pinturas de Pedro, dez de Dacosta e seis esculturas abstratas de Pamela Boden [...]. O surrealismo de que se falara até então vagamente, desde 1924, [...] irrompia nesta exposição, abrindo a pintura nacional para outros horizontes que ali polemicamente se definiam". Nesse mesmo ano cria a revista Variante.
Em 1941 António Pedro visitou o Brasil. Esteve no Rio de Janeiro e em São Paulo, tendo exposto os seus quadros em concorridas mostras em ambas as cidades. Permaneceu no país uns quatro ou cinco meses, o bastante para formar um largo círculo de amizades entre a nata da intelectualidade brasileira, partindo deixando um rastro de amizades e sinceros admiradores.
Entre 1944 e 1945 vive e trabalha em Londres na British Broadcasting Corporation (B.B.C.), tendo feito parte do grupo surrealista de Londres.
Precursor do movimento surrealista português, fez parte do Grupo Surrealista de Lisboa, criado em 1947 por Cândido Costa Pinto (expulso ainda na fase inicial de formação do grupo), Marcelino Vespeira, Fernando Azevedo e Mário Cesarini, entre outros, tendo participado na I Exposição Surrealista em Lisboa (1949).
Com uma forte ligação ao teatro, foi diretor do Teatro Apolo (Lisboa) em 1949 e diretor, figurinista e encenador do Teatro Experimental do Porto entre 1953 e 1961. Entre 1944 e 1945, foi crítico de arte e cronista da BBC em Londres.
Viveu os últimos anos em Moledo, uma praia junto a Caminha.
Grande parte da sua obra como pintor perdeu-se em 1944, aquando dum incêndio no seu atelier onde ficara a viver o seu amigo António Dacosta.

A Ilha do Cão, 1941, óleo sobre tela
   
in Wikipédia
Ode ao Almada Negreiros
  
Maravilhosa plástica das coisas!
Tudo no seu lugar, as cores e os olhos
Lá no lugar de cada coisa, a vê-la
Com seu aspecto natural e próprio.
  
(Tudo para cada um, na variedade
Dos olhos de quem se admite na paisagem,
Ou como espectador,
Ou como actor,
Ambas as coisas uma, no concerto
Magnífico do mundo.)
  
...Sem memória, ou com memória a sê-la
Nos olhos a olhar completamente
Sem nenhum pensamento reservado:
- Olhos dados a cada coisa, ou tida
Cada coisa p’los olhos que se deram!...
  
Vaivém de tudo e nada, desse nada
Profético de tudo - e o tudo enorme
De cada nada afeiçoado e olhado
À feição de quem olha possuindo
E possuído, na maravilhosa
Cópula grande dos Artistas todos...
  
Maravilha de ter-se e ter-se dado,
Em cada olhar olhado,
E em cada cor e em cada flor mantido,
Bolindo e vendo
O sonho de se ir tendo
Realizado.
    
   in Primeiro Volume - Canções e Outros Poemas (1936) - António Pedro

sábado, dezembro 08, 2018

Hoje recordamos o nascimento e morte de Florbela Espanca

(imagem daqui)
   
Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894 - Matosinhos, 8 de dezembro de 1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo.
  
(...)
  
Florbela tentou o suicídio por duas vezes mais, em outubro e novembro de 1930, na véspera da publicação da sua obra-prima, Charneca em Flor. Após o diagnóstico de um edema pulmonar, a poetisa perdeu definitivamente a vontade de viver. Não resistiu à terceira tentativa do suicídio. Faleceu em Matosinhos, no dia do seu 36º aniversário, a 8 de dezembro de 1930. A causa da morte foi uma sobredose de barbitúricos.
A poetisa teria deixado uma carta confidencial com as suas últimas disposições, entre elas, o pedido de colocar no seu caixão os restos do avião pilotado por Apeles quando sofreu o acidente. O corpo dela jaz, desde 17 de maio de 1964, no cemitério de Vila Viçosa, a sua terra natal.
Leia-se a quadra desse "admirável soneto que é o seu voo quebrado e que principia assim":
Não tenhas medo, não! Tranquilamente,
Como adormece a noite pelo outono,
Fecha os olhos, simples, docemente,
Como à tarde uma pomba que tem sono…
  
 
  
Versos

Versos! Versos! Sei lá o que são versos...
Pedaços de sorriso, branca espuma,
Gargalhadas de luz, cantos dispersos,
Ou pétalas que caem uma a uma...

Versos!... Sei lá! Um verso é o teu olhar,
Um verso é o teu sorriso e os de Dante
Eram o teu amor a soluçar
Aos pés da sua estremecida amante!

Meus versos!... Sei eu lá também que são...
Sei lá! Sei lá!... Meu pobre coração
Partido em mil pedaços são talvez...

Versos! Versos! Sei lá o que são versos...
Meus soluços de dor que andam dispersos
Por este grande amor em que não crês...

 

in Sonetos Completos (1934) - Florbela Espanca

Hoje é o dia da Rainha e Padroeira de Portugal!

Interior do Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa
   
O Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa é também conhecido por Solar da Padroeira, por nele se encontrar a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal.
A igreja, que é simultaneamente Matriz de Vila Viçosa, fica situada dentro dos muros medievais do castelo da vila, não se podendo porém precisar a data exacta da sua fundação, sendo que a existência da matriz é já assinalada na época medieval. O edifício actual resulta da reforma levada a cabo em 1569, reinando D. Sebastião, sendo um amplo templo de três naves, onde o mármore regional predomina como material utilizado na construção.
Segundo a tradição, a imagem da padroeira terá sido oferecida pelo Condestável do Reino, D. Nuno Álvares Pereira (São Nuno de Santa Maria), que a terá adquirido em Inglaterra.
A mesma imagem teve a honra de, por provisão régia de D. João IV, referendada em cortes gerais, ter sido proclamada Padroeira de Portugal, a 25 de março de 1646. A partir de então não mais os monarcas portuguesas da Dinastia de Bragança voltaram a colocar a coroa real na cabeça.
A notável imagem, em pedra de ançã, encontra-se no altar-mor da igreja, estando tradicionalmente coberta por ricas vestimentas (muitas delas oferecidas pelas Rainhas e demais damas da Casa Real).
Ainda em 6 de fevereiro de 1818 o Rei D. João VI concedeu nova benesse ao Santuário, erigindo-o cabeça da nova Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, agradecendo à Padroeira a resistência nacional às invasões francesas.
Neste Santuário nacional estão sediadas as antigas Confrarias de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e dos Escravos de Nossa Senhora da Conceição.
O Papa João Paulo II visitou este Santuário durante a sua primeira visita a Portugal, a 14 de maio de 1982.
Há uma grande peregrinação anual ao Santuário de Vila Viçosa que se celebra todos anos a 8 de dezembro, dia da solenidade da Imaculada Conceição, Padroeira Principal de Portugal.
      
     
(imagem daqui)
  
(imagem daqui)

Corey Taylor - 45 anos!

Corey Taylor (Des Moines, 8 de dezembro de 1973) é um compositor, produtor cinematográfico e vocalista das bandas Slipknot e Stone Sour.
Na banda Slipknot, Corey é o #8. É conhecido por ter uma voz extremamente rouca e grave. Nos palcos, Corey é como se fosse outra pessoa, quando está utilizando a sua máscara, mas garante que, fora do palco, é uma pessoa muito tranquila. Taylor é o número 69 no ranking do Top 100 Metal Vocalists of All Time 2012.

Taylor com os Slipknot em 2011

Máscara
Era, originalmente, uma máscara de couro com dreads verdadeiros que praticamente cobriam o seu cabelo; essa máscara moldada com látex e dreads falsos teve várias versões. Com a máscara do Vol. 3, que no lado esquerdo está sorrindo e no direito está triste, os dreads sumiram e é seu próprio cabelo, vermelho e roxo, que se vê. Atualmente, Corey usa uma máscara toda de látex, somente com abertura para nariz e boca, uma tela preta cobre seus olhos que são de tamanhos diferentes, pequenos furos para os ouvidos e aberta em cima, na região dos cabelos.

"Nós não estamos nos escondendo atrás dessas máscaras, estamos nos revelando mais do que vocês podem imaginar. A máscara que eu uso põe para fora toda as coisas más que há dentro de mim. Mesmo se não usássemos máscaras, a nossa música ainda seria de boa qualidade."

Vida pessoal
Corey Taylor é o mais velho de três irmãos, foi criado por pouco tempo em Orlando pelo seu tio George Robinson, mas Corey foi criado principalmente com a sua a mãe em Waterloo, num lugar descrito por Corey como um "buraco no chão com edifícios ao redor dele". Corey tem ascendência belga, polaca e dinamarquesa, por parte de pai.
Taylor foi criado por sua mãe solteira. Ele desenvolveu um sentimento apaixonado pelo rock clássico depois que sua avó lhe permitiu que ouvisse música desse estilo.
Em 1981, ele e a sua mãe assistiram à série de ficção científica Buck Rogers in the 25th Century. Antes da série, assistiram ao filme de terror Halloween. Taylor disse que isso "desenvolveu algum sentido próprio dos Slipknot". Inspirado nesse filme, Taylor se identificou com máscaras e temas de terror, enquanto a avó de Taylor lhe permitia conhecer o rock, mostrando-lhe uma coleção de LP's de Elvis Presley. Ele, especialmente, começou gostar de algumas músicas, como "Teddy Bear", "In The Ghetto" e "Suspicious Minds", por apelarem aos seus interesses, descrevendo-os como "bons tempos". Taylor também começou a ouvir Black Sabbath desde pequeno, começando assim com a sua aprendizagem musical.
Taylor, com a sua mãe e irmã, moravam numa "velha quinta em ruínas", que em dias de outono lhe lembrava as capas de discos dos Black Sabbath. Aos 15 anos, Corey tinha desenvolvido dependência de drogas e teve duas overdoses de cocaína, quando isso aconteceu, Corey estava a viver em Waterloo. Depois foi morar em uma roulotte com a sua avó, no Ohio. Ela ficou com a custódia legal dele e ajudou-o a comprar os seus primeiros instrumentos musicais. Quando Taylor completou os 18 anos, ele deixou a avó e foi morar em vários lugares, achando que a sua cidade natal, Des Moines, era o melhor lugar para viver.
Taylor também teve problemas de abuso de álcool, que a sua ex-esposa, Scarlett, ajudou-o, tendo-o impedido de cometer suicídio. Em 2006, Taylor disse à MTV que ele tentou pular de uma varanda do oitavo andar do Hyatt, na Sunset Boulevard, em 2003, mas "de alguma forma [Scarlett] me parou". Isso foi mais tarde Corey se retratou desta afirmação, em entrevista à Kerrang! e disse, na verdade, que fora o seu amigo Thom Hazaert que o impediu de saltar. Scarlett então disse-lhe que teria que ficar sóbrio ou que se separavam.

Casamentos
Taylor divorciou-se de Scarlett Stone – com quem se casou a 11 de março de 2004, numa cerimónia pequena, no Botanical Center, em Des Moines, Iowa, no começo de 2007. Na edição de novembro de 2008 da revista Revolver, ele foi citado como tendo dito: “Depois que fiquei sóbrio, descobri que o meu relacionamento já não estava bom para mim. A minha esposa e eu tínhamos nos afastado demais.” Corey casou pela segunda vez com Stephanie Luby no dia 13 de novembro de 2009, no Palm's Hotel, em Las Vegas. A noiva caminhou até o altar ao som de “For Whom The Bell Tolls“, dos Metallica. Foram convidados 350 pessoas, que encheram o Pearl Concert Theater do Hotel, incluindo Mark McGrath, dos Sugar Ray, e também Dave Navarro, dos The Panic Channel e Billy Morrison (que fez a cerimónia) dos Camp Freddy. Depois, o noivo e todos os músicos presentes subiram ao palco, para cantar três músicas. Coincidentemente, nesse ano o dia 13 de novembro foi numa sexta-feira 13.
 
Reencontro com o pai
Corey cresceu sem conhecer o seu pai, que partiu pouco antes do seu nascimento e, a pedido da sua mãe, ficou longe da sua vida. Os dois finalmente encontraram-se, muitos anos depois, em 2006, quando Scarlett Stone (ex-esposa de Corey) persuadiu a mãe de Taylor para que contasse tudo que sabia sobre o pai, e quando ela concordou, Scarlett contratou um detetive particular para encontrar o pai de Corey Taylor.
 
Slipknot
Em Des Moines, Iowa, Joey Jordison, Shawn Crahan, Mick Thomson foram até Corey pedindo-lhe para se juntar Slipknot. Ele concordou em ir para um dos ensaios, e acabou cantando na frente deles. Pediram-lhe para entrar na banda, por causa de seus vocais melódicos. Taylor tornou-se vocalista da banda, quando o vocalista anterior, Anders Colsefini, saiu, por causa de problemas com o seu desempenho nos shows. Dos nove membros do Slipknot, Corey foi o sexto a entrar na banda.
Sentindo que poderia se expandir mais nos Slipknot do que nos Stone Sour, Taylor entrou em hiato com os Stone Sour. O primeiro show de Corey com os Slipknot foi a 22 de agosto de 1997, que, de acordo com os restantes membros da banda, não correu muito bem. Durante o seu primeiro show, Corey cantou sem usar uma máscara, no entanto, no seu segundo show, quase um mês depois, Corey usava uma máscara que lembra a máscara do álbum de estreia. A máscara atual de Taylor foi descrita por Chris como "se fosse feita de carne apodrecida como Leatherface.
Taylor grava com Slipknot desde o lançamento do Slipknot Demo, o CD demo utilizado para a banda conseguir um produtor. Já como vocalista permanente, gravou com os Slipknot no Indigo Ranch em Malibu, Califórnia o álbum Slipknot. Taylor foi acusado de violação de direitos de autor, sobre a letra da música "Purity", mas esta acusação acabou por rejeitada pelos tribunais. Taylor começou a gravar o seu segundo álbum de estúdio, Iowa, em 2001 no Sound City, Sound Image, em Los Angeles, Califórnia. Taylor decidiu não falar palavrões nas músicas do Vol. 3: (The Subliminal Verses) por querer que todos pudessem ouvi-lo, mas no quarto álbum o All Hope Is Gone há uma classificação indicativa que apenas permite que as crianças ouçam o disco por critério dos pais.
 
Stone Sour
A Banda Stone Sour foi originalmente formada por James Root e Corey Taylor em 1992. Conheceram-se através de um amigo dos dois na época, conhecido como Danny, que os apresentou, tomando assim a decisão de formarem uma banda. Josh entrou como guitarrista, mas não deu certo. Logo depois, Shawn entrou como guitarrista, mas Joel viu o seu talento quando o viu a tocar baixo, trocando de instrumento. Esta época foi marcada pelas várias mudanças entre os seus membros. Até 1994, passaram mais de 10 guitarristas. Neste mesmo ano, Shawn tocava numa banda com James Root, e convidou-o para ver um ensaio do seu projeto paralelo. Ele não queria muito ir, já tinha ouvido algum material da banda no ano anterior, mas acabou por comparecer. Entretanto, entrou na banda, deixando o "Atomic Opera" de Des Moines. Em 1997, Corey saiu da banda para participar num projeto paralelo, (Slipknot), e foi então que os outros foram para outras bandas. Em 1998, James também entrou para os Slipknot. Mas eles nunca declararam o final da banda, voltando em 2002, gravando o seu primeiro álbum, homónimo da banda (Stone Sour). Em 2005 o baterista Joel deixou a banda, porque o seu filho, de acordo com exames médicos, tinha uma doença no cérebro, dando o seu lugar para Roy Mayorga, ex-Soulfly. No ano de 2011, participaram do festival de música "Rock In Rio", tocando no segundo dia de apresentações, no palco principal. Nessa apresentação especial, o baterista Roy Mayorga foi substituído pelo então ex-baterista dos Dream Theater, Mike Portnoy, por causa do nascimento da sua filha. A banda voltou em 2006 para lançar o seu segundo álbum de estúdio, Come What(ever) May O single Sillyworld, chegou à 2ª posição nas paradas do Mainstream Rock. Through Glass provou ser um sucesso atingindo a 1ª posição do Mainstream Rock, a 2ª posição do Modern Rock Tracks, a 12ª posição do Hot Adult Top 40 e a 39ª posição no Billboard Hot 100, todos em 2006. Eles lançaram mais 2 singles em 2007, Made of Scars e Zzyzx Rd.. Em 2006 foram nomeados para o Grammy de Best Peformance Hard Rock/Metal pela música 30/30-150.
 
Estilo e influências
Os dois primeiros álbuns dos Slipknot com Corey, o Slipknot e o Iowa, ambos contêm conteúdo explícito (para maiores de idade). O estilo vocal de Corey, que contém às vezes canto melódico, guturais, o levou a ficar no número 86 na Hit Parader do Top 100 dos Vocalistas de Metal de Todos os Tempos.
Corey tem duas bandas cheias de contrastes: os Slipknot são considerado como banda de heavy metal, nu metal e metal alternativo e mostram diversos tipos de humores, como depressão, hostilidade, raiva e rebeldia. Os Stone Sour são classificados como banda de hard rock, metal alternativo, heavy metal, e post-grunge e expressam desolação, raiva e rebelião. Taylor cita Mötley Crüe, Iron Maiden, Metallica, Nine Inch Nails, Dokken, Misfits, Black Sabbath, Black Flag, Slayer, Def Leppard, Sex Pistols, Lynyrd Skynyrd, Cheap Trick, Pearl Jam, The Damned, The Cramps e Bob Dylan como influências.