sexta-feira, julho 20, 2018

Bruce Lee morreu há 45 anos

Bruce Lee (nascido Lee Jun-fan; 27 de novembro de 194020 de julho de 1973) foi um filósofo, artista marcial, instrutor de artes marciais, ator, roteirista, diretor e produtor cinematográfico sino-americano e honconguês, fundador do movimento de artes marciais Jeet kune do. Ele é amplamente considerado por muitos comentadores, por críticos, pelos media e outros artistas marciais como o lutador de artes marciais mais influente do mundo e um ícone cultural.
Lee nasceu em São Francisco, filho de pais honcongueses, mas cresceu em Hong Kong até à sua adolescência. Emigrou para os Estados Unidos aos 18 anos, para reivindicar a cidadania americana e receber uma sua educação superior. Foi durante esta época que começou a ensinar artes marciais, que logo o levariam para papéis em filmes e séries de televisão.
Os seus filmes produzidos em Hong Kong elevaram os filmes de artes marciais tradicionais honconguesas a um novo patamar de popularidade e consagração, e provocou uma tendência que aumentou o interesse nas artes marciais chinesas no mundo ocidental na década de 1970. A direção e tom dos seus filmes mudaram e influenciaram o cinema de ação de Hong Kong, bem como no resto do mundo. Ele é conhecido pelos seus papéis em cinco longa-metragens: The Big Boss (1971) e Fist of Fury (1972) de Lo Wei; Way of the Dragon (1972), dirigido e escrito por Lee; Enter the Dragon (1973), da Warner Bros., dirigido por Robert Clouse; e Game of Death (1978), dirigido também por Clouse.
Lee tornou-se uma figura icónica em todo o mundo, particularmente entre os chineses, por ter retratado a cultura chinesa nos seus filmes. Inicialmente treinava no estilo Wing Chun, porém posteriormente rejeitou estilos de artes marciais bem definidos, favorecendo, em vez de técnicas de várias fontes, o espírito da filosofia das suas artes marciais pessoais, que ele chamou de Jeet Kune Do.
  
(...)
  
Em 10 de maio de 1973, Lee desmaiou no estúdio Golden Harvest, enquanto fazia o trabalho de dobragem para o filme Operação Dragão. Ele sofreu convulsões e dores de cabeça e foi imediatamente levado para um hospital de Hong Kong, onde os médicos diagnosticaram edema cerebral. Eles foram capazes de reduzir o inchaço com a administração de manitol. Esses mesmos sintomas que ocorreram no seu primeiro colapso depois foram repetidos no dia da sua morte.
Em 20 de julho de 1973, Lee foi a Hong Kong, para um jantar com o ex-James Bond George Lazenby, com quem pretendia fazer um filme. Segundo a sua esposa, Linda Lee, ele encontrou o produtor Raymond Chow às 2 da tarde em casa, para discutir a realização do filme Jogo da Morte. Eles trabalharam até às 4 da tarde e depois dirigiram juntos para a casa da colega de Lee, Betty Ting, uma atriz do Taiwan. Os três passaram o script em casa e, em seguida Chow deitou-se.
Mais tarde, Lee queixou-se de uma dor de cabeça, e Ting deu-lhe um analgésico, Equagesic, que incluía aspirina e um relaxante muscular. Cerca das 19.30 horas, foi deitar-se para dormir. Quando Lee não apareceu para jantar, Chow foi ao apartamento, mas não viu Lee acordado. Um médico foi chamado, que passou dez minutos a tentar reanimá-lo antes de enviá-lo de ambulância ao hospital. Lee foi dado como morto no momento em que chegou ao hospital.
Não houve lesão externa visível, porém de acordo com relatórios da autópsia, o seu cérebro tinha inchado consideravelmente, passando de 1.400 a 1.575 gramas (um aumento de 13%). Lee tinha 32 anos. A única substância encontrada durante a autópsia foi Equagesic. Em 15 de outubro de 2005, Chow declarou numa entrevista que Lee morreu de anafilaxia ao relaxante muscular "Equagesic", que descreveu como um ingrediente comum em analgésicos.
  

quinta-feira, julho 19, 2018

Mayakovsky nasceu há 125 anos!

Vladimir Vladimirovitch Mayakovsky (Baghdati, 7 de julho no calendário juliano e 19 de julho no nosso atual calendário gregoriano de 1893Moscovo, 14 de abril de 1930) foi um poeta, dramaturgo e teórico russo, frequentemente citado como um dos maiores poetas do século XX, ao lado de Ezra Pound e T.S. Eliot, bem como "o maior poeta do futurismo".
  
Vladimir Mayakovsky nasceu e passou a infância na aldeia de Bagdadi, nos arredores de Kutaíssi, na Geórgia, então no Império Russo.  Lá fez o liceu e, após a morte súbita do pai, a família ficou na miséria e transferiu-se para Moscovo, onde Vladimir continuou os seus estudos.
Fortemente impressionado pelo movimento revolucionário russo e impregnado desde cedo de obras socialistas, ingressou aos quinze anos na facção bolchevique do Partido Social-Democrático Operário Russo. Detido em duas ocasiões, foi solto por falta de provas, mas em 1909-1910 passou onze meses na prisão. Entrou na Escola de Belas Artes, onde se encontrou com David Burliuk, que foi o grande incentivador de sua iniciação poética. Os dois amigos fizeram parte do grupo fundador do assim chamado cubo-futurismo russo, ao lado de Khlebnikov, Kamiênski e outros. Foram expulsos da Escola de Belas Artes. Procurando difundir suas concepções artísticas, realizaram viagens pela Rússia.
Após a Revolução de Outubro, todo o grupo manifestou a sua adesão ao novo regime. Durante a Guerra Civil, Mayakovsky se dedicou a desenhos e legendas para cartazes de propaganda e, no início da consolidação do novo Estado, exaltou campanhas sanitárias, fez publicidade de produtos diversos, etc. Fundou em 1923 a revista LEF (de Liévi Front, Frente de Esquerda), que reuniu a “esquerda das artes”, isto é, os escritores e artistas que pretendiam aliar a forma revolucionária a um conteúdo de renovação social.
Fez inúmeras viagens pelo país, aparecendo diante de vastos auditórios para os quais lia os seus versos. Viajou também pela Europa Ocidental, México e Estados Unidos. Entrou freqüentemente em choque com os “burocratas’’ e com os que pretendiam reduzir a poesia a fórmulas simplistas. Foi homem de grandes paixões, arrebatado e lírico, épico e satírico ao mesmo tempo.
Oficialmente, suicidou-se com um tiro, em 1930, sem que isto tivesse relação alguma com a sua atividade literárira e social. Mas o facto é que o poeta estava sendo pressionado pelos programas oficiais, que desejavam instaurar uma literatura simplista e dita realista, dirigidos por Molotov e perseguindo antigos poetas revolucionários como o próprio Maiakovski. Em vista disso, aponta-se a possibilidade real de um suicídio forjado por motivos políticos.
  
 
Brilhar sempre,
brilhar em todo lugar
até os últimos dias do guerreiro
brilhar –
e sem desculpa nenhuma!
Eis o meu lema –
e do sol.

quarta-feira, julho 18, 2018

Porque hoje é preciso celebrar Mandela...



Asimbonanga (Mandela) - Johnny Clegg & Savuka

Asimbonanga (We have not seen him) 
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela) 
Laph'ekhona (In the place where he is) 
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept) 

Oh the sea is cold and the sky is grey 
Look across the Island into the Bay 
We are all islands till comes the day 
We cross the burning water
  
Asimbonanga (We have not seen him) 
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela) 
Laph'ekhona (In the place where he is) 
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)
  
A seagull wings across the sea 
Broken silence is what I dream 
Who has the words to close the distance 
Between you and me 
  
Asimbonanga (We have not seen him) 
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela) 
Laph'ekhona (In the place where he is) 
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)
  
A seagull wings across the sea 
Broken silence is what I dream 
Who has the words to close the distance 
Between you and me
  
 Steve Biko, Victoria Mxenge 
Neil Aggett 
Asimbonanga Asimbonang 'umfowethu thina (We have not seen our brother) 
Laph'ekhona (In the place where he is) 
Laph'wafela khona (In the place where he died) 
Hey wena (Hey you!) 
Hey wena nawe (Hey you and you as well) 
Siyofika nini la' siyakhona (When will we arrive at our destination.

Os afro-americanos provaram o seu valor na Guerra Civil Americana há 155 anos

The Second Battle of Fort Wagner, also known as the Second Assault on Morris Island or the Battle of Fort Wagner, Morris Island, was fought on July 18, 1863, during the American Civil War. Union Army troops commanded by Brig. Gen. Quincy Gillmore, launched an unsuccessful assault on the Confederate fortress of Fort Wagner, which protected Morris Island, south of Charleston Harbor. The battle came one week after the First Battle of Fort Wagner.
Gilmore ordered his siege guns and mortars to begin a bombardment of fort on July 18 and they were joined by the naval gunfire from six monitors that pulled to within 300 yards of the fort. The bombardment lasted eight hours, but caused little damage against the sandy walls of the fort, and in all, killed only about 8 men and wounded an additional 20, as the defenders had taken cover in the bombproof shelter.
The 54th Massachusetts, an infantry regiment sometimes composed of African-American soldiers led by Colonel Robert Gould Shaw, led the Union attack at dusk. They were backed by two brigades composed of nine regiments. The first brigade was commanded by Gen. George Crockett Strong and was composed of the 54th Massachusetts, 6th Connecticut, 48th New York, 3rd New Hampshire, 76th Pennsylvania, and the 9th Maine regiments. The second brigade was commanded by Col. Haldimand S. Putnam of the 7th New Hampshire as acting brigade commander. His brigade consisted of the 7th New Hampshire, 62nd Ohio, 67th Ohio, and the 100th New York regiments. A third brigade under Gen. Stevenson was in reserve, with General Truman Seymour commanding on the field, but did not enter action.
The assault began at 7:45 p.m. and was conducted in three movements. The 54th Massachusetts attacked to the west upon the curtain of Wagner, with the remainder of Gen. Strong's brigade and Col. Putnam's brigade attacking the seaward salient on the south face. As the assault commenced and bombardment subsided, the men of the 1st South Carolina Artillery, Charleston Battalion, and 51st North Carolina Infantry took their positions. The 31st North Carolina, which had been completely captured during the battle of Roanoke Island and later exchanged, remained in the bombproof shelter and did not take its position in the southeast bastion. When the 54th Massachusetts reached about 150 yards from the fort, the defenders opened up with cannon and small arms, tearing through their ranks. The 51st North Carolina delivered a direct fire into them, as the Charleston Battalion fired into their left. The 54th managed to reach the parapet, but after a fierce struggle, including hand-to-hand combat, they were forced back. The 6th Connecticut continued the assault at the weakest point, the southeast, where the 31st had failed to take its position. General Taliaferro quickly rounded up some soldiers to take the position, while the 51st North Carolina and Charleston Battalion fired obliquely into the assailants. Behind the 6th Connecticut, the 48th New York also successfully reached the slopes of the bastion. The remainder of Strong's brigade did not reach that far, as three of the defending howitzers were now in action and firing canister into their flanks, bringing them to a halt. Colonel Putnam quickly brought up his brigade, but only about 100 or 200 men from the 62nd and 67th Ohio reached the bastion. The Confederates attempted to counter-attack twice, but were beaten back after having the officers leading the charge shot down. As the Union assault continued to crumble, due to lack of reinforcements from General Stevenson, Taliaferro was reinforced by the 32nd Georgia Infantry, which had been transported to the island by Brigadier General Johnson Hagood. The fresh troops swept over the bastion, killing and capturing the rest of the Union troops that remained.
By 10 p.m. the bloody struggle had concluded with heavy losses. Gen. George Crockett Strong was mortally wounded in the thigh by grape shot while trying to rally his men. Col. Haldimand S. Putnam was shot in the head and killed in the salient while giving the order to withdraw. Col. John Lyman Chatfield of the 6th Connecticut was mortally wounded. The 54th Massachusetts's colonel, Robert Gould Shaw, was killed upon the parapet early in the action. Some confederate reports claim his body was pierced seven times, with the fatal wound a rifle bullet to his chest.
In all, 1,515 Union soldiers were killed, captured, or wounded in the assault of July 18, although this number has never been accurately ascertained. Gen. Hagood, the commander of Fort Wagner on the morning of July 19, stated in his report to Gen. P.G.T. Beauregard that he buried 800 bodies in mass graves in front of Wagner. Only 315 men were left from the 54th after the battle. Thirty were killed in action, including Col. Shaw and Captains Russel and Simpkins, and buried together in a single grave. Twenty-four later died of wounds, fifteen were captured, and fifty-two were reported missing after the battle and never seen again. The men of the 54th Massachusetts were hailed for their valor. William Carney, an African-American sergeant with the 54th, is considered the first black recipient of the Medal of Honor for his actions that day in recovering and returning the unit's U.S. Flag to Union lines. Their conduct improved the reputation of African Americans as soldiers, leading to greater Union recruitment of African-Americans, which strengthened the Northern states' numerical advantage. Confederate casualties numbered 174.
The fort was reinforced by Brig. Gen. Johnson Hagood's brigade shortly after the assault had ended. The garrison of Fort Wagner was then changed during the night, and Gen. Hagood assumed command. He was relieved by Col. Laurence M. Keitt, who commanded the fort until it was abandoned on September 7. Gen Hagood wrote a book titled Memoirs of the War of Secession, in which he states that the constant bombardment from the Union guns had unearthed such large numbers of the Union dead buried after the assault of July 18, and the air was so sickening with the smell of death, that one could no longer stand to be in the fort. The constant bombardment caused Confederate soldiers who were killed during the siege to be buried in the walls of Wagner, and they were also constantly being unearthed. Following the Union repulse, engineers besieged the fort. The Confederates abandoned the fort on September 7, 1863, after resisting 60 days of shelling, it having been deemed untenable because of the damage from constant bombardment, lack of provisions, and the close proximity of the Union siege trenches to Wagner.
A depiction of the battle is the climax of the 1989 film Glory.
  

Mandela nasceu há cem anos...!

Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prémio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou Tata ('Pai').

Joly Braga Santos morreu há trinta anos

(imagem daqui)

Joly Braga Santos (Lisboa, 14 de maio de 1924 - Lisboa, 18 de julho de 1988) foi um compositor de música erudita e maestro português, condecorado com a Ordem de Sant'Iago da Espada em 1977. Durante a sua vida, que terminou quando estava no máximo da sua criatividade, escreveu seis sinfonias.
  
Inicio de vida
José Manuel Joly Braga Santos nasceu em Lisboa a 14 de maio de 1924. A música, que já ouvia aos dois anos de idade, é a primeira forma artística de que se lembra. Gostava que lhe oferecessem instrumentos musicais e o seu pai, apercebendo-se da sua predilecção pela música, levava-o aos concertos e à opera. Joly gostava especialmente das óperas com muito coro.
Aos cinco anos começou a tocar num violino de brincadeira. O seu apego ao instrumento parecia conduzi-lo a uma carreira de violinista profissional. Na verdade, chegou a estudar violino e composição no Conservatório de Lisboa, onde foi aluno de Luís de Freitas Branco. Provando ser o seu aluno mais talentoso, Joly herdou do mais proeminente compositor da altura a paleta de cores das suas orquestrações. Outra pessoa que muito contribuiu para a sua formação foi o maestro Pedro de Freitas Branco, dando a conhecer a obra de Braga Santos em todo o mundo. O próprio compositor lembra: «Ele ajudou-me de uma forma espantosa e abriu caminho à formação que mais tarde eu viria a ter.»

Música
Durante a sua juventude, o contexto de guerra mundial de então impediu um contacto mais próximo do compositor com a cultura musical europeia. Joly Braga Santos procurou assim inspiração na tradição portuguesa, especialmente na obra do seu mestre Luís de Freitas Branco. O antigo folclore português e o polifonismo renascentista está bem presente no seu primeiro período, durante o qual compõe as suas primeiras quatro sinfonias. O talento de Joly demonstra-se assim a si próprio pelo facto das referidas obras terem sido compostas entre os 22 e os 27 anos e imediatamente executadas pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Mas antes de completar os seus 20 anos, o compositor transpôs para música textos de, Antero de Quental, Fernando Pessoa e Luís de Camões, que voltaria a ser fonte de inspiração da sua 6ª Sinfonia. Contudo já na 4ª sinfonia tinha usado um poema de Vasconcellos Sobral no seu epílogo, tema esse que chegou a ser proposto para Hino Mundial da Juventude.
O contacto com a Europa acontece com a sua ida para Itália, país onde foi bolseiro para musicologia, composição musical e direcção de orquestra. Estudou com Virgílio Mortari, Gioachino Pasqualini, Alceo Galliera e Hermann Scherchen, cujo Curso Internacional de Regência frequentou com Luigi Nono, Bruno Maderna e Fernando Corrêa de Oliveira.
No seu regresso a Portugal, Joly tornou-se uma figura de destaque na direcção de orquestra e durante um longo período de tempo deixou de lado a composição. Refere-se a essa fase como um período "sabático", antes de se voltar, em 1965, para a sua maior criação, a Quinta Sinfonia. Esta obra foi o seu último trabalho puramente orquestral, pois a Sexta Sinfonia foi composta para coro e soprano.
Por esta altura, o compositor português estava já bastante familiarizado com a mudança de estilo musical resultante do período pós-guerra, apoiando aqueles que compunham num idioma mais agressivo e mais moderno. Braga Santos também catapultou a sua carreira nesse sentido, embora sem nunca perder a qualidade melódica que faz a sua música tão brilhante, misturando-a apenas com um pouco daquela aspereza que aparecia então na música mundial. Neste período compôs a ópera Trilogia das Barcas, baseada em Gil Vicente e estreada em 1970 no Festival da Gulbenkian, constituindo umas das grandes obras de sempre do repertório lírico português.
A música de Joly Braga Santos pode ser vista principalmente como uma fusão dos vários estilos Europeus, particularmente da Europa Ocidental. Mas é o próprio quem diz: «Desde sempre entendi que tinha de criar o meu próprio estilo e a minha música devia ser o resultado dessa criação.» A melodia era para ele a razão de ser da música.
Além da vasta obra musical, Braga Santos pertenceu ainda ao Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, foi Director da Orquestra Sinfónica do Porto, Maestro Assistente e de Captação da Orquestra Sinfónica da RDP, professor de Composição do Conservatório Nacional de Lisboa, crítico e articulista, entre outros do Diário de Notícias, e fundou ainda a Juventude Musical Portuguesa.
O musicólogo João de Freitas Branco, autor da obra de referência da história da música portuguesa, salientou a generosidade cultural do maior sinfonista português. «Ele é o inverso do artista que se dirige apenas a minorias privilegiadas. Ele queria que muitas pessoas viessem a usufruir da sua arte.» Comunicar para ele era essencial, contribuindo para isso o seu espírito aberto. Pai de uma família muito unida, adorava as suas filhas, a quem chamava as suas «maravilhas pequeninas»
Eleito pela UNESCO como um dos 10 melhores compositores da música contemporânea de então, Joly Braga Santos disse de si próprio, parafraseando Stravinsky, «Não me considero compositor, mas sim inventor de música.»
Morreu em Lisboa, no ano de 1988.
 
 

terça-feira, julho 17, 2018

Whistler morreu há 115 anos

Arrangement in Gray: Portrait of the Painter (self portrait, c. 1872), Detroit Institute of Arts

James Abbott McNeill Whistler (Lowell, Massachusetts, 10 de julho de 1834 - Londres, 17 de julho de 1903) foi um pintor norte-americano estabelecido na Inglaterra e na França. Os seus pais eram o engenheiro civil George Washington Whistler e a sua segunda esposa, Anna Matilda McNeill.
Whistler passou a infância nos Estados Unidos até 1843, quando se mudou para São Petersburgo, na Rússia, para onde o seu pai havia sido contratado para a construção de uma linha de comboio no ano anterior. Lá, o menino Whistler tinha aulas particulares de arte, ingressando na Academia Imperial de Belas Artes de São Petersburgo, com apenas 11 anos de idade.
Após a morte do seu pai, em 1849, a família retornou para a América. Em 1851, Whistler entrou para a Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point, onde teve aula de artes com o famoso pintor Robert Walter Weir. Porém, um ato de indisciplina, numa aula de Química, levou à expulsão de Whistler da Academia Militar. No ano de 1855, James Whistler viajou para a Europa para estudar artes. Ele nunca mais regressará aos Estados Unidos, apesar de manter a sua cidadania americana.
Chegado a Paris, James Whistler alugou um estúdio no Quartier Latin e rapidamente adotou a vida de um artista boémio. Durante um curto período estudou os métodos tradicionais da arte na Ecole Impériale et Spéciale de Dessin e no atelier de Charles Gleyre. Nesta época, namorou uma costureira francesa chamada Heloísa.
Em 1857 visitou a "Art Treasures Exhibition", em Manchester, passando a ter uma paixão pelos grandes mestres holandeses, que permaneceria ao longo de toda sua vida. No Museu do Louvre conheceu Henri Fantin Latour, e, através dele, entrou no círculo de amizades de Gustave Courbet, líder dos realistas na época. A sua primeira pintura importante, um retrato da sua meia-irmã. Deborah Haden, e a sua filha, foi rejeitado no Salão de 1859, mas admirado por Courbet.
Em agosto de 1858, uma viagem pelo norte da França resultou na série de gravuras "Twelve Etchings from Nature", impressas com a ajuda de Auguste Delâtre, em Paris. As gravuras de Whistler foram aceites no 91º Salão da Royal Academy de Londres, em 1859. O sucesso do seu trabalho incentivou o artista a mudar-se para a capital inglesa.
Entre seus trabalhos mais conhecidos, destaca-se a pintura Arranjo em cinza e preto No.1 (1871), popularmente conhecida como Retrato da Mãe do Artista.
James Abbott McNeill Whistler morreu em Londres, com 69 anos de idade, a 17 de julho de 1903.


segunda-feira, julho 16, 2018

Celia Cruz, a Rainha da Salsa, morreu há quinze anos

Úrsula Hilaria Celia Caridad Cruz Alfonso (Havana, 21 de outubro de 1925- Fort Lee, Nova Jersey, 16 de julho de 2003) foi uma cantora cubana.
Saiu do seu país em 1959, nunca mais regressando, em virtude da oposição ao regime de Fidel Castro. Foi para o México, onde gravou com outros artistas como Tito Puente. Do México mudou-se para Nova York, onde passou a maior parte de sua vida e morou até ao fim dela.
Foi a maior intérprete cubana, tendo recebido vinte discos de ouro e recebendo o título de "Rainha da Salsa".
Participou da novela mexicana, "El alma no tiene color" (1997), exibida no Brasil em 2001 pelo SBT com o título "A Alma não Tem Cor". Foi casada durante 41 anos, com o também cantor cubano Pedro Knight. Em 16 de julho de 2003, morreu, por causa de um tumor maligno no cérebro, na sua casa, em Fort Lee, Nova Jersey.
Depois da sua morte, o seu corpo, embalsamado, foi levado para Miami e Nova York, de tal maneira que todos lhe puderam render homenagens.
O seu funeral reuniu mais de 150 mil pessoas em Miami e em Nova York. O mundo inteiro rendeu-lhe homenagens. A América Latina rendeu-se aos seus pés e a comunidade artística mundial reconhecia-a como um dos seus mais altos expoentes. O funeral, em Nova York, constituiu um dos maiores que essa cidade recorda, superando inclusive o de Judy Garland, em 1969.
Em fevereiro de 2004, o seu último álbum, publicado depois da sua morte, ganhou um prémio póstumo dos Prémios Lo Nuestro como melhor álbum de salsa do ano. Recentemente teve uma música sua inserida no jogo Call of Duty Black Ops, na primeira fase do jogo é possível ouvir Quimbara no fundo do bar.



O poeta Reinaldo Arenas nasceu há 75 anos

(imagem daqui)

Reinaldo Arenas (Holguín, 16 de julho de 1943 - New York, 7 de dezembro de 1990) foi um escritor cubano de poesia, novelas e teatro. Era assumidamente homossexual e passou grande parte da sua vida combatendo o regime comunista e a política de Fidel Castro.
Em 1963, Arenas mudou-se para Havana, para se matricular na Escola de Planificação e, depois, na Faculdade de Letras da Universidade de Havana, onde estudou filosofia e literatura, sem completar o curso. No ano seguinte começou a trabalhar na Biblioteca Nacional José Martí.
Apesar de ter apoiado a revolução cubana nos seus primeiros anos, devido à extrema miséria em que vivia com a sua família nos anos de Fulgêncio Batista, acabou por ser vítima de censura e de repressão, tendo sido várias vezes perseguido, preso e torturado e forçado a abandonar mesmo diversos trabalhos (como conta na obra autobiográfica Antes que anoiteça), mostrando que o governo de Fidel Castro não havia trazido mais democracia à ilha.
Durante a década de 70, tentou, por vário meios, abandonar a ilha, mas não obteve sucesso. Mais tarde, devido a uma autorização de saída de todos os homossexuais e de outras persona non grata e depois de ter mudado de nome, Arenas pôde deixar o país e passou a se estabelecer em New York, onde lhe diagnosticaram o vírus da SIDA. Nessa época, escreveu "Antes que anoiteça" (no original "Antes que anochezca").
Em 1990, terminada a obra, Arenas suicidou-se com uma dose excessiva de álcool e droga. Dez anos mais tarde, em 2000, estreou a versão cinematográfica da sua autobiografia, com Javier Bardem no papel do escritor.
  
  
De modo que Cervantes era manco

De modo que Cervantes era manco;
sordo, Beethoven; Villon, ladrón;
Góngora de tan loco andaba en zanco.
¿Y Proust? Desde luego, maricón.

Negrero, sí, fue Don Nicolás Tanco,
y Virginia se suprimió de un zambullón,
Lautrémont murió aterido en algún banco.
Ay de mí, también Shakespeare era maricón.

También Leonardo y Federico García,
Whitman, Miguel Ángel y Petronio,
Gide, Genet y Visconti, las fatales.

Ésta es, señores, la breve biografía
(¡vaya, olvidé mencionar a san Antonio!)
de quienes son del arte sólidos puntuales.

O Czar Nicolau II e a sua família foram barbaramente assassinados há um século...

Nicolau II e a sua família (da esquerda para a direita): Olga, Maria, Nicolau, Alexandra, Anastásia, Alexei e Tatiana

Czar Nicolau II (Nikolái Alieksándrovich Romanov) foi o último Imperador da Rússia, rei da Polónia e grão-duque da Finlândia. Nasceu no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, próximo de São Petersburgo, em 18 de maio (6 de maio no calendário juliano) de 1868. É também conhecido como São Nicolau o Portador da Paixão pela Igreja Ortodoxa Russa. Quanto ao seu título oficial, era chamado Nicolau II, Imperador e Autocrata de Todas as Rússias.
Filho do czar Alexandre III, governou desde a morte do pai, em 1 de novembro de 1894, até à sua abdicação, em 15 de março de 1917, quando renunciou em seu nome e no nome do seu herdeiro, passando o trono para o seu irmão, o grão-duque Miguel Alexandrovich Romanov. Durante o seu reinado viu a Rússia Imperial decair de um dos maiores países do mundo para um desastre económico e militar. Como Chefe de Estado, aprovou a mobilização de agosto de 1914, que marcou o primeiro passo fatal em direção à Primeira Guerra Mundial, a revolução e consequente queda da Dinastia Romanov.
O seu reinado terminou com a Revolução Russa de 1917, quando, tentando retornar do quartel-general para a capital, o seu comboio foi detido em Pskov e ele foi obrigado a abdicar. A partir daí, o czar e sua família foram aprisionados, primeiro no Palácio de Alexandre, em Tsarskoye Selo, depois na Casa do Governador em Tobolsk e finalmente na Casa Ipatiev, em Ecaterimburgo. Nicolau II, a sua mulher, o seu filho, as suas quatro filhas, o médico da família imperial, um servo pessoal, a camareira da Imperatriz e o cozinheiro da família foram executados na cave da casa pelos bolcheviques na madrugada de 16 para 17 de julho de 1918. É reconhecido que esse evento foi ordenado de Moscovo por Lenine e pelo também líder bolchevique Yakov Sverdlov. Mais tarde Nicolau II, sua mulher e seus filhos foram canonizados como mártires por grupos ligados à Igreja Ortodoxa Russa no exílio.
Um anúncio oficial apareceu na imprensa nacional dois dias após a morte do czar e a sua família em Ecaterimburgo. Informava que o monarca havia sido executado por ordem do Presidium do Soviete Regional dos Urais, sob a pressão da aproximação das tropas Russas Brancas. Embora o Soviete oficial tenha esclarecido que a responsabilidade da decisão era dos superiores locais do Soviete Regional dos Urais, Leon Trotsky, no seu diário, declarou que a execução aconteceu com a autoridade de Lenine e Sverdlov. A execução realizou-se na noite de 16 para 17 de julho, sob a liderança de Yakov Yurovsky e resultou na morte de Nicolau II, da sua esposa, as suas quatro filhas, o seu filho, o seu médico pessoal Eugene Botkin, a empregada de sua mulher Anna Demidova, o cozinheiro da família Ivan Kharitonov e o criado Alexei Trupp. Nicolau foi o primeiro a morrer. Foi baleado múltiplas vezes na cabeça e no peito por Yurovsky. As últimas a morrer foram Anastásia, Tatiana, Olga e Maria, que foram golpeadas por baionetas. Elas vestiam mais de 1,3 quilos de diamantes, o que proporcionou a elas uma proteção inicial das balas e baionetas.
Em janeiro de 1998, os restos mortais escavados debaixo de uma estrada de terra, perto de Ecaterimburgo, em 1991, foram identificados como sendo de Nicolau II e sua família (excluindo uma das filhas e Alexei). As identificações feitas separadamente por cientistas russos, britânicos e americanos usando análises de DNA, concordaram e revelaram serem conclusivas. Em abril de 2008, as autoridades russas anunciaram que haviam encontrado dois esqueletos perdidos dos Romanovs perto de Ecaterimburgo e foi confirmado por testes de DNA que eles pertenciam a Alexei e a uma de suas irmãs. Em 1 de outubro de 2008, a Suprema Corte Russa determinou que o czar Nicolau II e a sua família foram vítimas de repressão política e deveriam ser reabilitados.

Canonização pela Igreja Ortodoxa e reabilitação pela Rússia
Em 1981, a família foi canonizada pela Igreja Ortodoxa Russa no estrangeiro, como Santos Mártires. Em 2000, a Igreja Ortodoxa Russa, dentro da Rússia, canonizou a família como Portadores da Paixão. De acordo com a declaração do sínodo de Moscovo, eles foram glorificados como santos pelas seguintes razões:
No último monarca Ortodoxo e membros de sua família, vemos pessoas que sinceramente aspiraram encarnar em suas vidas, os comandos do Evangelho. No sofrimento suportado pela Família Real na prisão, com humildade, paciência e submissão, e em suas mortes martirizadas em Ecaterimburgo na noite de 17 de julho de 1918, foi revelada a luz da fé de Cristo, que vence o mal.
Em 30 de setembro de 2008 a Suprema Corte da Rússia reabilitou a Família Real Russa e o Czar Nicolau II, 90 anos após a sua morte. A Suprema Corte russa declarou que a sua execução foi ilegal e que a família real russa foi vítima de um crime.
Encontra-se sepultado na Fortaleza de Pedro e Paulo, em São Petersburgo, na Rússia.
 

A missão Apollo XI partiu rumo à Lua há 49 anos

A Apollo XI foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e a primeira a realizar uma alunagem, no dia 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu a meta proposta pelo Presidente John F. Kennedy, em 25 de maio de 1961, quando, perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmou:
Cquote1.svg Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança"
Composta pelo módulo de comando Columbia, o módulo lunar Eagle e o módulo de serviço, a Apollo XI, com os seus três tripulantes a bordo, foi lançada de Cabo Canaveral, na Flórida, às 13.32 horas UTC de 16 de julho, na ponta de um foguetão Saturno V, sob o olhar de centenas de milhares de espectadores que enchiam estradas, praias e campos em redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espectadores pela televisão em todo o mundo, para a histórica missão de oito dias de duração, que culminou com as duas horas de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.
  

domingo, julho 15, 2018

Ian Curtis nasceu há 62 anos

Ian Kevin Curtis (Trafford, 15 de julho de 1956 - Macclesfield, 18 de maio de 1980) foi um músico britânico, vocalista, letrista e guitarrista ocasional da banda de pós-punk Joy Division, a qual ajudou a formar, em 1976, na cidade de Manchester, Inglaterra.
Ian Curtis nasceu no Memorial Hospital, em Old Trafford, Manchester, em 1956, filho de Doreen Elizabeth Curtis e Kevin Curtis. Cresceu na área de Hurdsfield, em Macclesfield e, ainda muito jovem, Ian já demonstrava talento para a composição de músicas e poesia. Embora tenha se formado na King's School de Macclesfield aos 11 anos de idade, Ian nunca demonstrou interesse no sucesso académico, focando os seus interesses e ambições na área da indústria musical.
A sua paixão pela música levou-o a trabalhar numa loja de discos num curto período de tempo. Ian também trabalhou como funcionário público em Manchester e, mais tarde, em Macclesfield.
Ian Curtis decidiu o seu destino após assistir a uma apresentação dos Sex Pistols em 1976, onde se convenceu de que queria estar no palco, e não no meio do público. Ian então conheceu os jovens Bernard Sumner e Peter Hook. Ian tinha visto o cartaz dos dois rapazes que estavam tentando formar uma banda e ele propôs-se a ser o vocalista e escritor das letras - e os três então firmaram um acordo.
Os três recrutaram (e rejeitaram) uma sucessão de bateristas até aceitarem Stephen Morris como o quarto membro da banda, que se chamou Warsaw por um curto período de tempo até mudar o seu nome para Joy Division, em 1978, por causa de conflitos com o nome de uma outra banda, os Warsaw Pact.
Diz-se que a persistência de Ian Curtis ajudou a assegurar à banda um contrato de gravação com a hoje lendária gravadora Factory Records, de Tony Wilson. Ian convenceu Tony Wilson a permitir que a sua banda tocasse "Shadowplay" no Granada Reports - um programa regional de televisão apresentado por Tony. Após criar a Factory Records com Alan Erasmus, Tony Wilson aceitou a banda no seu selo.
Durante as apresentações do Joy Division, Ian Curtis desenvolveu um estilo único de dançar, reminiscente dos ataques epiléticos que sofria, algumas vezes no palco. O efeito era tal que as pessoas que estavam no público não sabiam se ele estava dançando ou tendo um ataque. Ele algumas vezes desmaiou e teve de ter atendimento médico ainda no palco, já que a sua saúde sofria com a intensa rotina de apresentações dos Joy Division. A primeira crise epilética de Ian aconteceu no dia 27 de dezembro de 1978, quando a banda voltava do seu primeiro show realizado em Londres, no pub Hope and Anchor.
Muitas das canções que Ian Curtis escreveu são carregadas com imagens de dor emocional, morte, violência, alienação e degeneração urbana. Tais temas recorrentes levaram os fãs e a esposa de Ian, Deborah, a acreditar que Ian escrevia sobre sua própria vida. Ian certa vez comentou a respeito numa entrevista: "Escrevo sobre as diferentes formas que diferentes pessoas lidam com certos problemas, e como essas pessoas podem se adaptar e conviver com eles".
Ian cantava com um estranho timbre baixo-barítono, o que fazia com que sua voz parecesse pertencer a alguém muito mais velho que ele realmente era. Ele também era fascinado pela melódica Hohner, um instrumento que lhe foi mostrado pela esposa de Tony Wilson, Lindsey Reade, pouco tempo antes da morte de Ian. Ele utilizou o instrumento ao vivo pela primeira vez durante uma passagem de som do Leigh Rock Festival em 1979, após o que ele adquiriu uma coleção de oito desses instrumentos. A fascinação de Ian Curtis pela melódica levaria Bernard Sumner a utilizar o instrumento tempos depois, nos New Order.
Os Joy Division, e em particular Ian Curtis, tiveram o seu estilo de gravação desenvolvido pelo produtor Martin Hannett. Alguns dos seus trabalhos mais inovadores foram criados no Cargo Recording Studios em 1979, um estúdio que fora desenvolvido pelos investimentos financeiros de John Peel. John Peel era um grande fã dos Joy Division e de Ian Curtis.
Ian Curtis foi fortemente influenciado pelos escritores William Burroughs, J. G. Ballard e Joseph Conrad - os títulos das canções "Interzone", "Atrocity Exhibition" e "Colony" vieram dos três autores, respectivamente. Ian também foi influenciado por Jim Morrison, Lou Reed, Iggy Pop e David Bowie.
  
  

Há 35 anos um atentado matou oito pessoas em Orly

(imagem daqui)
 
The Orly Airport attack was the 15 July 1983 bombing of a Turkish Airlines check-in counter at Orly Airport in Paris, France, by the Armenian militant organization ASALA (Armenian Secret Army for the Liberation of Armenia) as part of its campaign for the recognition of and reparations for the Armenian Genocide. The explosion killed eight people and injured 55.
  
Dead by country
Country Dead
 France 4
 Turkey 2
 Sweden 1
 United States 1
Total 8
  
Attack
The bomb exploded inside a suitcase at the Turkish Airlines check-in desk in the airport's south terminal, sending flames through the crowd of passengers checking in for a flight to Istanbul. The bomb consisted of a half kilo of Semtex explosive connected to three portable gas bottles (which explained the extensive burns on the victims).
Three people were killed immediately in the blast and another five died in hospital. Four of the victims were French, two were Turkish, one was American, and one was Swedish. The death toll made the Orly bombing the bloodiest attack in France since the end of the Algerian War in 1962. The dead included a French child, and a man with dual U.S.-Greek citizenship. The dual national was identified as Anthony Peter Schultze, who was studying in Paris and came to the airport to see off his Turkish fiancée. She was out of the check-in area when the bomb exploded, and was uninjured.
ASALA claimed responsibility for the attack.
French Prime Minister Pierre Mauroy came to the airport and condemned the attack, promising to find and punish the perpetrators. Later he visited the hospital where the most seriously injured were being treated.
The Orly bombing came only five days before the second Armenian World Congress was due to open at Lausanne.
 
Investigation
Shortly after the Orly blast, the French police arrested 51 suspected ASALA militants. According to the police, all the arrested came to France within one year and had been under surveillance by intelligence forces. The police confiscated weapons and explosives, including pistols and submachine guns. ASALA threatened with military attacks on the French interests around the world if "the French regime continues its method of terror and terrorism against the Armenian people". A few days after the French arrest of fifty-one Armenians in connection with the Orly bombing, ASALA bombed the Air France office and the French Embassy in Tehran, and threatened more attacks.
French police detained 29-year old Varoujan Garabedian (Varadjian Garbidjian), a Syrian national of Armenian extraction, who confessed to planting the bomb at the airport. Garabedian claimed he was the head of the French branch of ASALA. At the airport, Garabedian said he had too much luggage and gave a passenger $65 to check the bag for him. The bomb was intended to explode aboard a Turkish Airways plane en route from Paris to Istanbul, but it detonated prematurely on a baggage ramp.
Garabedian confessed that the bomb was assembled at the home of an Armenian of Turkish nationality, Ohannes Semerci, in Villiers-le-Bel. In Marseilles, police later arrested another Turkish citizen of Armenian extraction, 22 years old Nayir Soner, an electronics specialist who was suspected of assembling the bomb.
French press alleged that the French Socialist government had struck a secret deal with ASALA in January 1982, in which there would be no further attacks on French soil in return for French recognition that the Turks had attempted genocide against the Armenians in 1915. Under the terms of the deal ASALA members supposedly were also granted unrestricted use of French airports, and four ASALA members charged with the takeover of the Turkish consulate in Paris, in which a security guard was killed, were given light sentences (seven years in jail). Garabedian told French investigators that the violation of the secret pact by ASALA was an accident, and that the suitcase bomb was supposed to detonate on board the Turkish airliner, not on French soil. But the Orly airport attack forced the French government to crack down on ASALA.
 
Trial
During an 11-day jury trial in suburban Créteil, Garabedian, defended by Jacques Vergès, denied his earlier confession. However, he was found guilty and on 3 March 1985 he was given a life sentence. Nayir Soner, accused of buying bottles of gas used to make the bomb, was given a 15-year sentence, and Ohannes Semerci, in whose apartment ammunition and dynamite were found, received a 10-year sentence. The victims were defended by Gide Loyrette Nouel: principal Jean Loyrette argued on terrorism in general and against claims of Armenian genocide; his collaborators Gilles de Poix and Christian de Thezillat argued on the attack itself, to demonstrate the guilt of the three defendants. Several Turkish scholars — Sina Aksin, Türkkaya Ataöv, Avedis Simon Hacinlyian, Hasan Köni, Mümtaz Soysal — testified for the prosecution during the trial.
In 1995, over 1 million people in Armenia signed a petition to the authorities in France calling for the release of Garabedian from prison.
In 2001, after 17 years in jail, Garabedian was released on the condition he was deported to Armenia. He was greeted by Prime Minister of Armenia Andranik Markarian, who expressed happiness at Garabedian's release.
In an interview in 2008, Garabedian explained the Orly bombing was a protest against the hanging execution of Levon Ekmekjian in Istanbul in 1982, and he planned to destroy a Turkish Airlines plane, which was to transport high-ranking representatives of the Turkish secret services, as well as Turkish generals and diplomats. Garabedian claims that as a result of the attack 10 Turks were killed and 60 were injured.