quarta-feira, fevereiro 22, 2017

Há 385 anos um livro estilhaçou a teoria geocêntrica

Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo (no original em italiano Dialogo sopra i due massimi sistemi del mondo) é um livro, publicado a 22 de fevereiro de 1632 e escrito por Galileu Galilei. Foi uma obra marcante da Revolução científica. Nele, Galileu utiliza três personagens, Salviati, Simplício e Sagredo, que debatem sobre Mecânica. O Diálogo é uma obra de combate, cujo objetivol era o de fazer rever o édito de 1616 da Inquisição romana que proibia o livro De revolutionibus, de Copérnico. Ao afirmar assim o caráter planetário da Terra, Galileu destrói os fundamentos antropocêntricos da visão tradicionalista cristã que defendia o geocentrismo. E, de facto, será condenado, em 1633, por esta obra, que inaugura a ciência moderna e redesenha o mapa da cultura ocidental, mostrar que a teoria heliocêntrica era verdadeira.

George Washington nasceu há 285 anos

George Washington (Condado de Westmoreland, 22 de fevereiro de 1732Mount Vernon, 14 de dezembro de 1799) foi o primeiro Presidente dos Estados Unidos (1789–1797), o comandante em-chefe do Exército Continental durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos, e um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos. Presidiu à convenção que elaborou a Constituição, a qual veio substituir os Artigos da Confederação e estabelecer a posição de Presidente.
Washington foi eleito Presidente unanimemente pelos eleitores em 1788 e prestou serviço durante duas legislaturas. Supervisionou a criação de um governo forte e rico que manteve a neutralidade face às guerras na Europa, fez cessar as revoltas e obteve a aceitação entre todos os americanos. O seu estilo de liderança estabeleceu várias características de governação que, desde então, têm sido adoptadas, como a utilização de um sistema de gabinete e de um discurso inaugural. A forma pacífica de transição da sua presidência para a de John Adams estabeleceu também uma tradição que se manteve até ao século XXI. Washington foi celebrado como "Pai da Nação" ainda durante a sua vida.
 

Savimbi, o líder histórico da UNITA, foi assassinado há 15 anos

Jonas Malheiro Savimbi (Munhango, Moxico, 3 de agosto de 1934 - Lucusse, Moxico, 22 de fevereiro de 2002) foi um político e guerrilheiro angolano e líder da UNITA durante mais de trinta anos.
Tendo, em conjunturas diversas, tido o apoio dos governos dos Estados Unidos da América, da República Popular da China, do regime do apartheid da África do Sul, de Israel, de vários líderes africanos (Félix Houphouët-Boigny da Costa do Marfim, Mobutu Sese Seko do Zaire, do rei Hassan II de Marrocos e Kenneth Kaunda da Zâmbia) e mercenários de Portugal, Israel, África do Sul e França, Savimbi passou grande parte de sua vida a lutar primeiro contra a ocupação colonial portuguesa e, depois da independência de Angola, contra o governo Angolano que era apoiado, em termos militares e outros, pela então União Soviética, por Cuba e pela Nicarágua sandinista.
 
Nascimento e estudos
Savimbi nasceu a 3 de agosto de 1934, em Munhango, uma pequena localidade na província Moxico, de pais originários de Chilesso, na província Bié, pertencentes ao grupo Bieno da etnia Ovimbundu. O pai de Savimbi era funcionário do Caminho de Ferro de Benguela e também pastor da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA). Jonas Savimbi passou a sua juventude em Chilesso, onde frequentou o ensino primário e parte do ensino secundário em escolas da IECA. Como naquele tempo os diplomas das escolas protestantes não eram reconhecidos, repetiu a parte secundária no Huambo, numa escola católica mantida pela ordem dos Maristas. A seguir ganhou uma bolsa de estudos providenciada pela IECA nos Estados Unidos da América para concluir o ensino secundário e estudar medicina em Portugal. Em Lisboa concluiu de facto o ensino secundário, com a excepção da matéria "Organização Política Nacional", obrigatória durante o Salazarismo, não chegando por isso a iniciar os estudos universitários. Entretanto tinha tomado contacto com um grupo de estudantes angolanos que, em Lisboa, propagavam em segredo a descolonização e discutiam a fundação de uma organização de luta anticolonial. Perante a ameaça de uma repressão por parte da PIDE, a polícia política do regime, Jonas Savimbi refugiou-se na Suíça, valendo-se de contactos obtidos por intermédio da IECA que, inclusive, lhe conseguiu uma segunda bolsa. Como a Suíça reconheceu os seus estudos secundários como completos, iniciou os estudos em ciências sociais e políticas, em Lausana e Genebra, obtendo provavelmente um diploma nestas matérias. Savimbi aproveitou a sua estadia na Suíça para aperfeiçoar o seu domínio do inglês e do francês, línguas que chegou a falar fluentemente.

Trajectória política

Posicionamento na guerra anticolonial
No início dos anos 1960, Savimbi saiu da Suíça para juntar-se à Guerra de Independência de Angola, entretanto iniciada pela UPA (posteriormente FNLA) e pelo MPLA. Tentando primeiro, sem sucesso, obter uma posição de liderança no MPLA, ingressou a seguir na FNLA que operava a partir de Kinshasa e onde passou a fazer parte da direcção. Como a FNLA beneficiava na altura do apoio da China, Savimbi teve naquele país uma formação militar adaptada a condições de guerrilha. Logo a seguir saiu da FNLA para formar o seu próprio movimento, a UNITA. Este teve desde o início como principal base social os Ovimbundu, a etnia de origem de Savimbi, e a mais numerosa de Angola, em contraste com a FNLA, enraizada entre os Bakongo, e o MPLA cuja base original eram os Ambundu bem como boa parte dos "mestiços" e uma minoria da população portuguesa local, oposta ao regime colonial.
A UNITA desenvolveu entre 1966 e 1974 acções relativamente limitadas no Leste de Angola, mas em contrapartida conseguiu uma significativa penetração política clandestina entre os Ovimbundu, contando para o efeito com o apoio de boa parte dos catequistas da IECA.

Papel no processo de descolonização
Na sequência da Revolução dos Cravos que derrubou a ditadura de Salazar, Portugal anunciou, em abril de 1974, a sua intenção de abdicar das suas colónias. Em Angola, os três movimentos anticoloniais iniciaram de imediato entre eles uma luta pela conquista do poder. Embora a UNITA fosse à partida o movimento mais fraco, Jonas Savimbi decidiu lançar-se na corrida, confiando na sua base social e nos seus apoios externos.
Numa fase inicial, as forças da FNLA e da UNITA, apoiadas principalmente pelo Zaire e pela África do Sul, obtiveram uma clara vantagem sobre o MPLA que teve apenas um certo apoio da parte de militares portugueses "reconvertidos". A situação mudou radicalmente quando Cuba decidiu intervir militarmente a favor do MPLA, com o suporte logístico da União Soviética. Na data marcada para a independência, a 11 de novembro de 1975, o MPLA dominava a capital e a parte setentrional de Angola, declarou a independência em Luanda sendo imediatamente reconhecido a nível internacional.
Face a esta constelação, Jonas Savimbi fez uma aliança com a FNLA; juntos, os dois movimentos declararam, na mesma data, a independência de Angola no Huambo e formaram um governo alternativo com sede nesta cidade. Porém, as forças conjuntas do MPLA e de Cuba conquistaram rapidamente a parte maior da metade austral de Angola. O governo FNLA/UNITA, que não havia sido reconhecido por nenhum país, dissolveu-se rapidamente. A FNLA retirou-se por completo do território angolano e desistiu de qualquer oposição armada contra o MPLA. Em contrapartida, Jonas Savimbi decidiu não abandonar a luta e, a partir de bases no Leste e Sudeste de Angola, começou de imediato uma guerra de guerrilha contra do governo do MPLA - desencadeando assim uma guerra civil que só terminaria com a sua morte.

Protagonista da Guerra Civil
Em 1992, aquando das primeiras eleições em Angola, Savimbi participou sendo o seu partido, a UNITA, derrotado nas eleições legislativas. Ao não aceitar o resultado das mesmas, optou novamente pelo caminho da guerra, perpetuando a guerra civil. Quanto à eleição presidencial, a segunda volta não se realizou devido ao recomeço do conflito armado.
Em 1994, a UNITA assinou os acordos de paz de Lusaca, depois de meses de negociações, e aceitou desmobilizar as suas forças, com o objectivo de conseguir a reconciliação nacional. O processo de paz prolongou-se durante quatro anos, marcado por acusações e adiamentos. Nesse período, muitos membros da UNITA deslocaram-se para Luanda e integraram o Governo de Unidade Nacional, no entanto, dissidências internas separaram o braço armado do braço politico, surgindo dessa forma a UNITA renovada, pois Jonas Savimbi não se sentia representado pelos representantes do movimento em Luanda, rompendo os acordos de paz e regressando, novamente, aos caminhos da guerra civil.
Morreu a 22 de fevereiro de 2002, perto de Lucusse, na província do Moxico, após uma longa perseguição efectuada pelas Forças Armadas Angolanas.

terça-feira, fevereiro 21, 2017

O record de golos por jogo no Campeonato Nacional de Futebol foi estabelecido há 75 anos

Foi há 75 anos que Peyroteo marcou nove golos pelo Sporting 

Jogo com o Leça acabou com o resultado inédito de 14-0.


Peyroteo foi o melhor marcador de sempre do Sporting

Nove golos de Fernando Peyroteo e uma vitória do Sporting sobre o Leça por 14-0 conjugaram-se numa tarde de futebol de há 75 anos e ainda hoje são recordes na primeira divisão portuguesa. A 22 de fevereiro de 1942, um domingo, os 'leões' receberam os leceiros no antigo Campo do Lumiar, na sexta jornada do campeonato da primeira divisão, e estabeleceram uma marca inigualada que cumpre três quartos de século na quarta-feira. Para este desfecho muito contribuíram os nove tentos anotados por Peyroteo. Nessa tarde, aquele que é um dos maiores nomes da história do Sporting, e que tinha então 24 anos, tornou-se o futebolista a marcar mais golos num só jogo. "O Sporting marcou pela medida grande", titulava no dia seguinte o jornal desportivo Os Sports, dando especial destaque ao volumoso resultado dos 'verdes e brancos', mas também ao feito do internacional luso: "Dos 14 'goals' sofridos pelo Leça, 9 pertenceram a Peyroteo". À entrada para sexta ronda, até então a mais profícua em golos na prova, o Sporting dividia a liderança com Benfica, Académica e Barreirense, enquanto o Leça era sétimo, com os mesmos pontos do FC Porto. O conjunto 'leonino', comandado pelo húngaro Joseph Szabo, fez alinhar Azevedo, Araújo, Cardoso, Paciência, Daniel, Marques, Mourão, Soeiro, Peyroteo, Canário e Cruz, enquanto a formação de Leça da Palmeira entrou em campo com Jaguaré, Godinho, Valdemar, Juca, Elísio, Lino, Chelas, Nini, Lúcio, Quecas e Joaquim. Num campo "em mau estado", com "água e lama", devido à "chuva que caiu quase sempre", segundo escreveu o jornalista Alberto Freitas na crónica do Os Sports, os 'leões' deram poucas hipóteses e, aos 10 minutos, já venciam por 3-0, com um golo de Soeiro e dois de Peyroteo. Os mesmos jogadores voltariam a fazer o 'gosto ao pé' no primeiro tempo, levando os sportinguistas com seis golos à maior para o intervalo, ainda que a vantagem pudesse ter sido mais dilatada, não houvesse um "'goal' de Peyroteo recusado pelo árbitro e uma avançada de João Cruz em que um leceiro incorreu em 'penalty', mas sem sofrer castigo". Para a etapa complementar estavam reservados mais oito golos, cinco dos quais da autoria de Peyroteo. O avançado marcou aos 47, 49 e 65 minutos, antes de Daniel, aos 65, alcançar a dezena de tentos para o Sporting. Canário, Peyroteo e Cardoso continuaram a dar expressão ao marcador, sendo que, no último minuto, o melhor marcador da história do Sporting (526 golos em 325 encontros) apontou o nono da conta pessoal e fechou as contas de um jogo que ficou para a história do futebol nacional. "Uma partida em que uma das equipas acaba vencedora com catorze tentos tem pouca história. O resultado encerra tudo. Não há palavras que digam melhor o que foi o desafio", escreveu Alberto Freitas.

Os cinco violinos do Sporting: Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travaços e Albano

in CM - ler notícia

A única filha de El-Rei D. João I nasceu há 620 anos

Isabel de Portugal (Évora, 21 de fevereiro de 1397 - Dijon, 17 de dezembro de 1471) foi uma princesa portuguesa da dinastia de Avis, única filha do rei João I de Portugal e de sua mulher, Filipa de Lencastre.

Isabel nasceu em Évora e passou a sua juventude na corte em Lisboa.
Em 1430, casou-se com Filipe III, Duque da Borgonha, com quem teve 3 filhos: António e José (que faleceram durante a infância) e Carlos, o Temerário. Isabel foi sua terceira e última esposa, pois antes fora casado com Micaela de Valois, princesa de frança, e Bona de Artois.
Isabel era uma mulher muito refinada e inteligente, que gostava de se rodear de artistas e poetas, e foi uma mecenas das artes. Também na política exerceu a sua influência sobre o filho e, em especial, sobre o marido, que representou em várias missões diplomáticas.
Por sua influência que os Açores se tornaram residência de inúmeras pessoas de origem flamenga.
Faleceu em Dijon, na Borgonha, em 1471.

 Isabel e Filipe

Há 45 anos o Presidente dos Estados Unidos iniciou uma visita histórica à China

U.S. President Richard Nixon's 1972 visit to the People's Republic of China was an important step in formally normalizing relations between the United States and China. It marked the first time a U.S. president had visited the PRC, which at that time considered the U.S. one of its foes, and the visit ended 25 years of separation between the two sides.
Before even being elected president, Nixon had talked of the need for better relations with the PRC, with which the U.S. did not maintain diplomatic relations as it recognized the government of the Republic of China on Taiwan as the government of China. Early in his first term, Nixon and National Security Adviser Henry Kissinger began sending subtle overtures hinting at warmer relations to the PRC government. After a series of these overtures by both countries, Kissinger flew on secret diplomatic missions to Beijing, where he met with Premier Zhou Enlai. On July 15, 1971, the President announced that he would visit the PRC the following year.
Occurring from February 21 to 28, 1972, the visit allowed the American public to view images of China for the first time in over two decades. Throughout the week the President and his most senior advisers engaged in substantive discussions with the PRC, including a meeting with Chairman Mao Zedong, while First Lady Pat Nixon toured schools, factories and hospitals in the city of Beijing, Shanghai and Hangzhou with the large American press corps in tow. Nixon dubbed the visit "the week that changed the world."
The repercussions of the Nixon visit were vast, and included a significant shift in the Cold War balance, putting the PRC with the U.S. against the Soviet Union. "Nixon going to China" has since become a metaphor for an unexpected or uncharacteristic action by a politician.

A sonda Luna 20 chegou à Lua há 45 anos

Luna 20 foi a designação da segunda missão robótica bem sucedida, conduzida pela União Soviética, com o objetivo de pousar na Lua e regressar com uma amostra do solo lunar para a Terra. O foguetão usado nessa missão era do tipo E-8-5.

O foguetão consistia de duas partes interligadas: um de descida e um de subida montada sobre o primeira. Aparte de descida era um cilindro montado sobre um conjunto de tanques esféricos com quatro "pernas", um motor principal e jatos auxiliares para atuar durante a descida diminuindo a velocidade. O estágio de subida, era um cilindro menor com o topo arredondado. Ele carregava um recipiente hermeticamente fechado para a amostra de solo dentro de uma cápsula de reentrada esférica.
A missão 


Local de pouso da Luna 20, fotografado pelo LRO
 
Lançamento
O lançamento da Luna 20, ocorreu a 14 de fevereiro de 1972 as 03:27:59 UTC, através de um foguete Proton-K, a partir da plataforma 81/24 do Cosmódromo de Baikonur que a levou a uma órbita de espera intermediária e em seguida impulsionada em direção à Lua.

Percurso e órbita
Depois de quatro dias e meio de voo em direção à Lua, que incluíram uma única manobra de correção de curso, realizada em 15 de fevereiro, a Luna 20 entrou em órbita circular a 100 km da superfície da Lua com 65° de inclinação, em 18 de fevereiro de 1972. Nessa órbita foram efetuados estudos sobre a gravidade lunar.

Pouso 
Três dias depois de entrar em órbita, em 21 de fevereiro, às 19:13:00 UTC a sonda disparou o seu foguete principal 267 segundos, para iniciar a descida para a superfície lunar. Um segundo disparo diminuiu a velocidade antes que a Luna 20 pousasse com sucesso na Lua, às 19:19:00 UTC de 21 de fevereiro de 1972, a 3°32' de latitude Norte e 56°33' de longitude Leste, numa região montanhosa conhecida como Terra Apollonius (ou serra Apollonius) próxima do Mare Fecunditatis (Mar da Fertilidade), a apenas 1,8 km do local de queda da Luna 18.

Recolha
Alguns minutos depois do pouso a sonda começou a transmitir imagens da superfície lunar. Uma broca automatizada perfurou alguns centímetros do solo lunar recolhendo amostras em seu interior. Em seguida suspendeu o recipiente com as amostras, depositando-o no interior da cápsula de reentrada esférica localizada no módulo de subida, no topo da sonda.

Regresso
Finalmente, depois de pouco menos de 28 horas na superfície lunar, o módulo de subida foi acionado partindo a Lua em direção à Terra, às 22:58:00 UTC de 22 de fevereiro de 1972. Três dias depois, sem necessidade de correção de curso, numa trajetória direta, a cápsula com 55 gramas de amostra de solo lunar reentrou na atmosfera terrestre. O paraquedas foi acionado e a cápsula pousou a 40 km ao Norte da cidade de Dzhezkazgan, no Cazaquistão, às 19:19 UTC de 25 de fevereiro de 1972.

segunda-feira, fevereiro 20, 2017

Kurt Cobain nasceu há 50 anos

Kurt Donald Cobain (Aberdeen, 20 de fevereiro de 1967 - Seattle, 5 de abril de 1994) foi um cantor, compositor e músico estadunidense, mais conhecido como o vocalista e guitarrista da banda de grunge Nirvana.
Com o single "Smells Like Teen Spirit" do segundo álbum do Nirvana, Nevermind (1991), o Nirvana encontrou o sucesso, popularizando um subgénero do rock alternativo chamado grunge. Outras bandas grunge de Seattle, como Alice in Chains, Pearl Jam e Soundgarden ganharam também um vasto público e, como resultado, o rock alternativo tornou-se um género dominante no rádio e na televisão nos Estados Unidos do início à metade da década de 1990. O Nirvana foi considerada a banda "carro-chefe da Geração X", e seu vocalista, Kurt Cobain, viu-se com ungido pelos media como porta-voz da geração, mesmo contra sua vontade. Cobain estava desconfortável com a atenção que recebeu, e colocou seu foco na música da banda, acreditando que a mensagem da banda e sua visão artística tinham sido mal-interpretadas pelo público, desafiando a audiência da banda com o seu terceiro álbum In Utero (1993).
Durante os últimos anos de sua vida, Cobain lutou contra o vício em heroína, doenças, depressão, fama e imagem pública, bem como as pressões ao longo da vida profissional e pessoal em torno a si mesmo e de sua esposa, a cantora Courtney Love. Em 8 de abril de 1994, três dias depois de sua morte, Cobain foi encontrado morto em sua casa em Seattle, vítima do que foi oficialmente considerado um suicídio por um tiro de espingarda na cabeça. As circunstâncias de sua morte, por vezes, tornam-se um tema de fascínio e debate. 
A vida do cantor já foi retratada de várias maneiras e diversas vezes após a sua morte, seja no cinema, em livros ou em documentários televisivos. A primeira delas foi em 1998, com o documentário Kurt & Courtney. Em seguida, em 2005, foi produzido o filme "Últimos Dias", um filme do género drama que narrava, de forma fictícia, os últimos dias de vida de Kurt. O documentário Kurt Cobain - Retrato de uma Ausência, lançado em 2006, continha entrevistas de amigos, parentes e do próprio Cobain. Em 2006, doze anos após a sua morte, a revista Forbes listou as treze celebridades mortas que mais lucraram nos últimos doze meses do respectivo ano. O cantor ficou em primeiro lugar na lista, com ganhos estimados em cinquenta milhões de dólares estadunidenses. Em 2014, no seu primeiro ano elegível, o cantor, juntamente com os seus companheiros de banda Krist Novoselic e Dave Grohl, foi colocado no Rock and Roll Hall of Fame.
 
  

domingo, fevereiro 19, 2017

Música (duplamente) adequada à data...



A lei que criou campos de concentração para nipo-americanos foi assinada há 75 anos

Os campos de concentração nos Estados Unidos alojaram cerca de 120.000 pessoas, na sua maior parte de etnia japonesa, e sendo mais da metade delas cidadãos norte-americanos. Os campos, situados no interior do país, foram desenhados para esse fim e estiveram ocupados de 1942 até 1948.

O objetivo foi deslocá-los da sua residência habitual, maioritariamente na Costa Oeste, para instalações construídas sob medidas extremas de segurança; os campos estavam fechados com arame farpado, e vigiados por guardas armados, e situados em paragens afastadas dos centro populacional. As tentativas de abandono do campo resultaram ocasionalmente no abatimento dos reclusos.

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A 19 de fevereiro, Roosevelt assinou a ordem executiva Nº 9066, autorizando o Departamento de Guerra a delimitar áreas militares onde a permanência das pessoas seria decidida pelo Secretário da Guerra, Henry Stimson. Este último aclarou a DeWitt que os descendentes de italianos não deveriam ser molestados, e que somente alguns refugiados alemães deviam ser considerados.


Falco nasceu há 60 anos!

(imagem daqui)

Falco (Viena, 19 de fevereiro de 1957 - Puerto Plata, 6 de fevereiro de 1998) era o nome artístico que o cantor austríaco Johann (Hans) Hölzel usava. 
Estudou no Conservatório de Música de Vienna. Antes de obter sucesso internacional, tocava baixo na banda de hard rock austríaca Drahdiwaberl, onde também tocava bateria, piano, guitarra, violão, além de cantar e tocar baixo. Como artista a solo, Falco interessava-se pelos sons e ritmos da música rap, tornando-se um dos primeiros na Europa a incorporar tal estilo nas músicas pop e rock. Ele é mais conhecido internacionalmente pela canção "Rock Me Amadeus", inspirada pelo filme Amadeus, do seu álbum Falco 3, que se tornou um "hit" mundial em 1986, atingindo o número 1 na lista dos singles mais vendidos nos Estados Unidos da Revista Billboard.
Outros hits conhecidos internacionalmente incluem: "Der Kommissar", do seu álbum de 1982 Einzelhaft, "Vienna Calling", de Falco 3, e "Titanic". Uma versão em inglês de "Der Kommissar" foi feita pela banda After the Fire, que acabou se tornando um hit ao atingir o top 5 da Revista Billboard em 1983. A canção de Falco "Jeanny" causou controvérsia ao ser lançada como um single na Alemanha, já que contava a história de um estuprador. Várias estações de rádios e DJs recusaram a tocar a canção por toda a Europa, mas nem isso a impediu de se tornar um grande "hit" em vários países europeus. Por isso, pode-se considerar que foi um grande artista, um dos melhores da Áustria. Em algumas de suas músicas, misturava inglês e alemão, como "Männer des western" e "crime time"
Falco morreu com várias fraturas na cabeça após o seu carro colidir com um autocarro perto da estância turística de Puerto Plata, na República Dominicana, aos 40 anos de idade. Antes de morrer, ele estava a considerar voltar ao mundo da música. Foi sepultado no Cemitério Central de Viena.
 

Passam hoje 20 anos sobre a morte de António Gedeão

(imagem daqui)

Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de novembro de 1906 - Lisboa, 19 de fevereiro de 1997) foi um químico, professor de Físico-Química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
Académico efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e Director do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa. O dia do seu nascimento foi, em 1997, adoptado em Portugal como Dia Nacional da Cultura Científica.

 
Poema do coração

Eu queria que o Amor estivesse realmente no coração,
e também a Bondade,
e a Sinceridade,
e tudo, e tudo o mais, tudo estivesse realmente no coração.
Então poderia dizer-vos:
"Meus amados irmãos,
falo-vos do coração",
ou então:
"com o coração nas mãos".

Mas o meu coração é como o dos compêndios
Tem duas válvulas (a tricúspida e a mitral)
e os seus compartimentos (duas aurículas e dois ventrículos).
O sangue a circular contrai-os e distende-os
segundo a obrigação das leis dos movimentos.

Por vezes acontece
ver-se um homem, sem querer, com os lábios apertados,
e uma lâmina baça e agreste, que endurece
a luz dos olhos em bisel cortados.
Parece então que o coração estremece.
Mas não.
Sabe-se, e muito bem, com fundamento prático,
que esse vento que sopra e que ateia os incêndios,
é coisa do simpático.Vem tudo nos compêndios.

Então, meninos!
Vamos à lição!
Em quantas partes se divide o coração?

 

in Linhas de Força (1967) - António Gedeão

sábado, fevereiro 18, 2017

Carlos Lopes nasceu há 70 anos

Carlos Alberto de Sousa Lopes (Viseu, São Salvador, Vildemoinhos, 18 de fevereiro de 1947) é um ex-atleta e campeão olímpico português, um dos melhores da sua geração e uma referência mundial do atletismo de longa distância.
Lopes sobressaiu tanto nas provas de pista, como nas de estrada e no corta-mato (cross-country). Foi vencedor da Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1973.

A família Lopes era modesta e Carlos começou a trabalhar como servente de pedreiro, ainda não tinha onze anos, para ajudar a sustentar a casa de família. Mais tarde, foi empregado de mercearia, relojoeiro e contínuo. Enquanto adolescente, Lopes ambicionava jogar futebol no Lusitano de Vildemoinhos, o clube da sua aldeia, no entanto clube rejeitou-o por ser excessivamente magro.
Como ele próprio contou mais tarde, o atletismo surgiu por acaso numa correria com amigos, durante a noite, ao voltar de um baile (correndo em parte para afastar o medo que o vento uivante lhes fazia), Carlos Lopes foi o primeiro, batendo um grupo de rapazes da sua idade que treinavam regularmente e já se dedicavam ao atletismo. Foi nesse grupo de adolescentes que nasceu a ideia de criar um núcleo de atletismo no Lusitano de Vildemoinhos.
A primeira prova oficial de Lopes foi numa corrida de São Silvestre; tinha dezasseis anos. Lopes ficou em segundo lugar, pese embora a presença de corredores bem mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o campeonato distrital de Viseu de crosse, e quase de seguida foi terceiro no Campeonato Nacional de Corta-mato para juniores. Essa classificação, levou-o pela primeira vez ao Cross das Nações, em Rabat, Marrocos. Lopes foi o melhor português, em 25º lugar. Lopes tinha então dezassete anos.
Em 1967, Carlos Lopes foi recrutado pelo Sporting Clube de Portugal, de Lisboa. A ida para Lisboa, deveu-se tanto a razões desportivas, como à promessa de um melhor emprego como serralheiro. É no Sporting que encontra o treinador da sua vida, Mário Moniz Pereira. Moniz Pereira foi o mentor de várias gerações de atletas portugueses de fundo e meio-fundo.
Em 1975, Carlos Lopes e alguns outros atletas do Sporting passam a treinar duas vezes por dia. Lopes era dispensado do seu emprego (entretanto foi contínuo no jornal Diário Popular e num banco) na parte da manhã. Entrava-se assim, na era do semi-profissionalismo.
Em 1976, Lopes ganha pela primeira vez o Campeonato do Mundo de Corta-Mato, que nesse ano se realizava em Chepstown, no País de Gales. Como mais tarde viria a demonstrar, Lopes fez uma corrida demonstrando uma enorme auto-confiança, mostrando resistência, sentido táctico e muito boa ponta final (sprint).
Carlos Lopes, que já tinha estado sem glória nos Jogos de Munique em 1972, era uma das maiores esperanças portuguesas para os Jogos Olímpicos de Montreal, no Verão de 1976. Lopes teve, aliás, a honra de ser o porta-bandeira da equipa portuguesa durante a cerimónia inaugural.
Na final dos 10 000 metros, Carlos Lopes forçou o andamento desde o início. Seguindo as instruções de Moniz Pereira, a táctica era a de rebentar com a concorrência (ou com ele próprio). De facto, Carlos Lopes iniciou o último meio quilómetro bem adiantado do pelotão. Mas não ia só, Lasse Viren da Finlândia, tinha sido o único a conseguir acompanhar Lopes. Nas últimas centenas de metros, Viren atacou forte, ultrapassou Lopes e ganhou a medalha de ouro. Lopes foi segundo e teve de se contentar com a prata. O finlandês era um atleta de excepção, e ganhou também o ouro nos 5 000 metros.
Era a primeira vez, desde há décadas, que Portugal conquistava uma medalha olímpica, e a primeira vez no atletismo.
A 23 de dezembro de 1977 foi feito Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique e, a 4 de julho de 1984, foi elevado a Oficial da mesma Ordem.
Em 28 de julho de 1984, 16 dias antes da maratona olímpica, foi atropelado quando corria na Segunda Circular, em Lisboa, pelo candidato à presidência do Sporting, o comandante da TAP Lobato de Faria.
Em 12 de agosto, Carlos Lopes venceu a prova de maratona nos Jogos de 1984, tornando-se o primeiro português a ser medalhado com o ouro nos Jogos Olímpicos. A prova foi rápida, e a marca atingida (2h9m21s) foi recorde olímpico até aos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.
A 26 de outubro de 1984 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, a 24 de agosto de 1985, a Grã-Cruz da mesma Ordem.

Hoje é dia de recordar o Prof. Doutor João Manuel Cotelo Neiva

Nasceu a 18 de fevereiro de 1917 na freguesia de Cedofeita, Porto, foi nomeado Professor Catedrático da Universidade de Coimbra em 1949 e seu Reitor entre 1971 e 1974, tendo-se Jubilado como Professor Catedrático do Departamento de Ciências da Terra em 1987.

Licenciado em Ciências Geológicas com distinção, pela Universidade do Porto, em 1938, onde foi contratado em 1939 como assistente do Grupo de Ciências Geológicas. Doutorado nesta Universidade em 1944, com a tese “Jazigos Portugueses de Cassiterite e Volframite”, onde passou a exercer funções de 1º assistente de 1945 a 1948. Prestou provas públicas para professor extraordinário com a tese “Rochas e minérios da região de Bragança-Vinhais”, em 1948, na Universidade do Porto. Foi Professor Extraordinário nesta Universidade de 1948 a 1949. Em 1949, prestou provas públicas para Professor Catedrático na Universidade de Coimbra, tendo dado a lição “Geologia dos minérios de ferro portugueses – seu interesse para a siderurgia”.

Entre 1950 e 1974, dirigiu o Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra. Foi director dos Centro de Estudos Geológicos (1950-1975), do Agrupamento de Estudos Geológicos do Ultramar (1954-1974) e do Centro de Estudos de Mineralogia e Geologia de Coimbra (1958-1974).

Colaborou com os Serviços Geológicos de Portugal desde 1940, Serviço de Fomento Mineiro (1945-1963) e Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1962-1964). Foi membro do Conselho Superior de Minas e Serviços Geológicos (1958-1974), do Centro de Investigação Científica do Instituto de Alta Cultura (1964-1973) e da Junta Nacional de Educação (1971-1974).

Foi director da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, entre 1963 e 1971, onde se destacou pela reforma das várias licenciaturas, pelo desenvolvimento da investigação e pelo apetrechamento didáctico.

Entre 1971 e 1974, assumiu o cargo de Reitor da Universidade de Coimbra, tendo protagonizado o crescimento físico e orgânico da Universidade, com a transformação da Faculdade de Ciências em Faculdade de Ciências e Tecnologia, a criação da Faculdade de Economia e deixou organizado o processo de criação da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Desenvolveu os Serviços Sociais para os funcionários e estudantes, tendo sido responsável pela instalação de serviços de benefícios múltiplos.

A sua atividade académica é marcada pela investigação nos domínios dos recursos geológicos, nomeadamente, das mineralizações e dos jazigos minerais e dos processos geoquímicos associados, bem como da geologia de engenharia, relacionada com a cartografia geológica e geotécnica e com o comportamento geomecânico dos materiais.

Realizou estudos geológicos e petrográficos em Portugal continental, Porto Santo, Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Macau e Timor. Estudou jazigos minerais e pedreiras em Portugal, Angola, Moçambique e Goa.

Foi consultor dos principais projetos hidroelétricos em Portugal e nas ex-colónias, desde 1957, onde marcou as equipas multidisciplinares de projeto e construção das principais barragens, tendo mantido essa atividade até 2002.

A sua bibliografia é composta por 203 trabalhos científicos publicados e 334 relatórios de Geologia Económica e de Geologia Aplicada, os quais tiveram impacto nacional e internacional.

Foi um dos fundadores da Sociedade Geológica de Portugal (1941) e da Sociedad Española de Cristalografia e Mineralogia (1975).

Na Academia das Ciências de Lisboa, foi Membro Correspondente de 1983 a 1987, Membro Efectivo de 1987 a 2013 e Sócio Emérito de 2013 a 2015. Foi Sócio Emérito da Academia de Engenharia de 2009 a 2015.

Foi-lhe concedido o grau da Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública por Sua Excelência o Presidente da República, em 2003.

Em 2015, a Sociedade Geológica de Portugal instituiu o prémio Cotelo Neiva destinado a homenagear e distinguir a carreira científica e/ou profissional de um geólogo português.

Notícia sobre Paleontologia e Extinções

Era uma vez a vida há muito, muito tempo, após a pior extinção em massa
Ilustração científica do ecossistema

Um ecossistema fossilizado nos Estados Unidos veio mostrar que a vida recuperou rapidamente após a extinção de 90% das espécies da Terra.

Exemplo de uma laje

Fósseis de animais como tubarões, répteis marinhos e criaturas parecidas com lulas revelaram um ecossistema marinho próspero a recuperar depois da pior extinção em massa na Terra, há mais de 250 milhões de anos, contrariando uma noção já antiga de que a vida demorou muito tempo a reconverter-se depois desta calamidade.

Uma equipa de cientistas descreveu a surpreendente descoberta destes fósseis num artigo, publicado na quarta-feira, na revista Science Advances, no qual mostraram que as criaturas prosperam no rescaldo de uma mortandade global no fim do período geológico do Pérmico, há cerca de 252 milhões de anos, que atingiu cerca de 90% das espécies. Ainda que um asteróide tenha provocado uma extinção em massa há 66 milhões de anos, que condenou os dinossauros, não foi tão destrutiva como a extinção do Pérmico.

Fósseis de cerca de 30 espécies foram descobertos no condado de Bear Lake, perto da cidade de Paris, no estado do Idaho (Estados Unidos), revelaram a ocorrência de uma recuperação rápida e dinâmica do ecossistema marinho, ilustrando uma assinalável resiliência da vida.

“A nossa descoberta foi totalmente inesperada”, disse um dos autores do artigo científico, o paleontólogo Arnaud Brayard, da Universidade Franche-Comté de Borgonha, em França. O ecossistema deste período geológico importante inclui predadores como tubarões (com cerca de dois metros de comprimento), répteis marinhos, peixes ósseos, criaturas parecidas com lulas, algumas com conchas cónicas e outras com conchas encaracoladas, crustáceos necrófagos com grandes olhos e garras finas, estrelas-do-mar, esponjas e outros animais.

A extinção no Pérmico ocorreu há 251,9 milhões de anos e o ecossistema do Idaho já estava a florescer 1,3 milhões de anos mais tarde, no início do período Triásico, “uma escala geológica muito rápida”, de acordo com Arnaud Brayard.

A causa da extinção em massa ainda é matéria de debate. Muitos cientistas defendem que as enormes erupções vulcânicas no Norte da Sibéria lançaram na atmosfera uma grande quantidade de gases tóxicos com efeito de estufa, provocando assim um grande aquecimento global do planeta e grandes flutuações químicas nos oceanos, incluindo a acidificação e a falta de oxigénio.

Esponjas fossilizadas (escala de cinco milímetros)

O ecossistema do Idaho, já no Triásico Inferior, período em que surgiram os primeiros dinossauros, incluía algumas criaturas inesperadas. Havia também um tipo de esponja que se pensava que se teria extinguindo 200 milhões de anos mais cedo, e um grupo parecido com as lulas que se pensava que tinha surgido 50 milhões de anos mais tarde.

Os investigadores encontraram também ossos do que pode ser um dos primeiros ictiossauros, um grupo de répteis marinhos que prosperou durante 160 milhões de anos, ou de um antepassado directo deles.

“O Triásico Inferior é complexo e uma altura altamente conturbada, mas certamente não tão devastadora como muitas vezes se pensa e ainda não foram descobertos todos os seus segredos”, disse Arnaud Brayard.

in Público - ler notícia

Oppenheimer morreu há 50 anos

Julius Robert Oppenheimer (Nova Iorque, 22 de abril de 1904 - Princeton, 18 de fevereiro de 1967) foi um físico norte-americano.
Oppenheimer nasceu no seio de uma família judia. Estudou na Ethical Culture Society, onde chegou a realizar uma formação completa, tanto em matemáticas e ciências como em literatura grega e francesa.
Filho de um imigrante alemão que enriqueceu com a importação de produtos têxteis, formou-se na Universidade de Harvard em 1925. Depois mudou-se para o Reino Unido para pesquisar no Laboratório Cavendish, dirigido por Ernest Rutherford. Foi convidado por Max Born para ingressar na Universidade de Göttingen, onde obteve um doutoramento em 1927 e conheceu outros físicos eminentes, como Niels Bohr e Paul Dirac. Depois de uma curta visita às universidades de Leiden e Zurique, regressou aos Estados Unidos para dar aulas de física na Universidade de Berkeley e no Instituto de Tecnologia da Califórnia.
No princípio centrou sua atenção nos processos energéticos das partículas subatómicas, incluídos os eletrões, positrões e raios cósmicos. Cedo se envolveu em assuntos políticos, preocupado pelo auge dos nazis na Alemanha. Em 1936 mostrou ser partidário dos republicanos depois do início da guerra civil espanhola.
Ao herdar a fortuna do pai, falecido em 1937, não perdeu nenhuma oportunidade de subvencionar diversas organizações antifascistas. Decepcionado pelo comportamento dispensado aos cientistas pela ditadura estalinista, acabou por separar-se das associações comunistas a que esteve vinculado. Em 1939 Albert Einstein e Leo Szilard advertiram-no a respeito da terrível ameaça que tinha suposto para a humanidade sobre a possibilidade de que o regime nazi fosse o primeiro a dispor de uma bomba atómica. Oppenheimer começou então a pesquisar tenazmente sobre o processo de obtenção de urânio-235, a partir de minerais de urânio, ao mesmo tempo que determinava a massa crítica de urânio requerida para a bomba.
Em 1942 integrou o Projeto Manhattan, destinado a gerir a investigação e o desenvolvimento por parte de cientistas britânicos e norte-americanos da energia nuclear com fins militares. A sede central, o laboratório secreto de Los Alamos, no Novo México, foi escolhida pelo próprio Oppenheimer. Depois do sucesso da prova efetuada em Alamogordo, em 1945, demitiu-se de diretor do projeto.
Dois anos depois foi eleito presidente da Comissão para a Energia Atômica do país, cargo que exerceu até 1952. Um ano mais tarde, devido a sua antiga vinculação com os comunistas, foi vítima da caça às bruxas de McCarthy, e foi destituído da presidência da comissão. Participou da 8ª e 10ª Conferência de Solvay, e foi presidente da 13ª conferência, em 1964.
Os últimos anos de sua vida foram dedicados à reflexão sobre os problemas surgidos da relação entre a ciência e a sociedade. Morreu de cancro na garganta, aos 62 anos de idade.

Regina Spektor - 37 anos

Regina Spektor (Moscovo, 18 de fevereiro de 1980), é uma cantora, compositora e pianista russa radicada nos Estados Unidos. Sua música é associada ao cenário antifolk de Nova Iorque localizado no East Village.
 
in Wikipédia
  

sexta-feira, fevereiro 17, 2017

Thelonious Monk morreu há 35 anos

Thelonious Monk foi um pianista único, e considerado um dos mais importantes músicos do jazz. Monk tinha um estilo único de improvisar e tocar e era famoso pelos seus improvisos de poucas e boas notas. Preciso, fazia com duas ou três notas o que outros pianistas faziam com nove ou dez. Cada nota entrava perfeitamente no contexto da música, numa mistura melódica e rítmica, com somente notas necessárias e muito bem trabalhadas. Sentado ao piano, tocava-o encurvado, com uma má postura, além de ter um dedilhado ruim, com os dedos rígidos, que ficavam perfeitamente eretos e batiam nas teclas tal qual uma baqueta faria em um tambor. Excêntrico, Thelonious não era muito bem visto pela crítica da época, porém gerava unanimidade entre os jazzistas. Compunha melodias e criava ritmos nada usuais. Compôs vários temas que hoje são considerados standards, como "Epistrophy", "'Round Midnight", "Blue Monk", "Straight No Chaser" e "Well, You Needn't".
Apesar de ser lembrado como um dos fundadores do bebop, o seu estilo, com o passar do tempo, evoluiu para algo único, próprio, de composições com harmonias dissonantes e guinadas melódicas combinadas a linhas de percussão desenvolvidas com abruptos ataques ao piano e uso de silêncios e hesitações.


O homem que idealizou a Linha Maginot nasceu há 140 anos

André Louis René Maginot, né à Paris 9e le et mort à Paris le , est un homme politique français connu notamment pour avoir permis la construction de la ligne Maginot.

Né à Paris, il est l'aîné de quatre enfants. Ses parents sont originaires de Lorraine (Revigny-sur-Ornain dans la Meuse).
Ses études l'amènent au doctorat de droit qu'il reçoit en 1897. Il entre ensuite dans l'administration. Il commence sa carrière politique en tant que conseiller général de Revigny-sur-Ornain et est élu député de Bar-le-Duc en 1910, mandat qu'il conservera jusqu'à sa mort2.
En 1913, il devient sous-secrétaire d'État à la Guerre. Lorsque la Première Guerre mondiale éclate, il s'engage comme soldat (44e régiment territorial) et demande à rejoindre une compagnie sur les Hauts de la Meuse. Il y crée des patrouilles régulières. Son courage et son attitude le font accéder au grade de sergent3.
Blessé le 9 novembre 1914, il ne rejoindra plus le front et reçoit la Médaille militaire. Blessé par deux balles à la cuisse gauche, il subira plusieurs opérations du genou et de longs mois de souffrances. Son genou le fera d'ailleurs souffrir jusqu'à la fin de ses jours4. En 1917, il devient ministre des Colonies puis est fait chevalier de la Légion d’honneur le 12 mars 1919 pour ses actes au front.
Nommé ministre des Pensions en 1920, il s'attache à rendre la bureaucratie plus humaine dans l'intérêt des anciens combattants. Le 10 novembre 1920, il préside dans la citadelle de Verdun à la désignation du soldat inconnu. En 1922 il est nommé ministre de la Guerre sous le gouvernement de Raymond Poincaré. Il se préoccupe alors de la défense des frontières françaises et fait réaliser des forts. Remplacé en 1924 par Paul Painlevé, il travaille avec lui pour lever des fonds dans le but d'améliorer la défense du pays. Les travaux de la ligne Maginot démarrent en 1928.
Il redevient ministre de la Guerre en 1929 et poursuit les fortifications à l'est de la France. Persuadé que des défenses fixes sont la meilleure solution il redynamise le projet expérimental qui n'a que peu avancé. Son objectif est de pallier la remilitarisation le long du Rhin qui doit être possible dès 1935. Son activisme permet de boucler le financement de la ligne Maginot: 3,3 milliards de francs sur quatre ans qui est voté par 274 voix contre 26. Bien que la ligne défensive appelée ligne Maginot soit principalement due à Paul Painlevé son édification n'aurait pu être possible sans les démarches et la volonté de Maginot.
Il meurt dans la nuit du de fièvre typhoïde et est inhumé à Revigny-sur-Ornain le 10 janvier après célébration d'un deuil national. Les obsèques nationales ont eu lieu aux Invalides, le même jour.
Son nom a été donné à la place Maginot, anciennement place Saint-Jean à Nancy.
Et à Paris, la rue du Sergent-Maginot (16e arrondissement) rappelle son grade obtenu lors de la Grande Guerre.
La Fédération nationale des mutilés, victimes de guerre et anciens combattants se renomme Fédération nationale André Maginot (FNAM) en 1961.