segunda-feira, janeiro 16, 2017

O maestro Arturo Toscanini morreu há 60 anos

Arturo Toscanini (Parma, 25 de março de 1867 - Riverdale, 16 de janeiro de 1957) foi um maestro italiano. Um dos mais aclamados músicos do século XIX e XX, era famoso pela sua brilhante intensidade, o seu inquieto perfeccionismo, o seu fenomenal ouvido para detalhes e sonoridade da orquestra e pela sua memória fotográfica. Era especialmente considerado como um excecional intérprete das obras de Giuseppe Verdi, Ludwig van Beethoven, Johannes Brahms e Richard Wagner.

Toscanini morreu com 89 anos de idade, devido a um acidente vascular cerebral (AVC) em sua casa, em Riverdale, na cidade de Nova Iorque, no dia 16 de janeiro de 1957. O seu corpo foi trazido para Itália e foi enterrado no Cemitério Monumental em Milão. No seu testamento, ele deixou a sua batuta para a sua protegida, a soprano Herva Nelli. Toscanini foi postumamente premiado com o Grammy Lifetime Achievement Award, em 1987.
  
Estreias
Toscanini conduziu estreias mundiais de muitas óperas (incluindo Pagliacci, La Bohème, La Fanciulla del West e Turandot). As suas estreias, com locais e datas, foram:
  • Pagliacci (Ruggiero Leoncavallo) - Milão, 21 de maio, 1892
  • Guglielmo Swarten (Gnaga) - Roma, 15 de novembro, 1892
  • Savitri (Natale Canti) - Bolonha, 1 de dezembro, 1894
  • Emma Liona (Antonio Lozzi) - Veneza, 24 de maio, 1895
  • La Bohème (Giacomo Pucci)ni - Turim, 1 de fevereiro, 1896
  • Forza d'Amore (Arturo Buzzi-Peccia) - Turim, 6 de março, 1897
  • La Camargo (Enrico de Leva) - Turim, 2 de março, 1898
  • Anton (Cesare Galeotii) - Milão, 17 de dezembro, 1900
  • Zaza (Leoncavallo) - Milão, 10 de novembro, 1900
  • Le Maschere (Pietro Mascagni) - Milão, 17 de janeiro, 1901
  • Mosè (Don Lorenzo Perosi) - Milão, 16 de novembro, 1901
  • Germania (Alberto Franchetti) - Milão, 11 de março, 1902
  • Oceana (Antonio Smareglia) - Milão, 22 de janeiro, 1903
  • Cassandra (Vittorio Gnecchi) - Bolonha, 5 de dezembro, 1905
  • Gloria (Francesco Cilea) - Milão, 15 de abril, 1907
  • La Fanciulla del West (Puccini) - Nova Iorque, 10 de dezembro, 1910
  • Madame Sans-Gène (Umberto Giordano) - Nova Iorque, 25 de janeiro, 1915
  • Debora e Jaele (Ildebrando Pizzetti) - Milão, 16 de dezembro, 1922
  • Nerone (Arrigo Boito - acabada por Toscanini e Vincenzo Tommasini) - Milão, 1 de maio, 1924
  • La Cena delle Beffe (Giordano) - Milão, 20 de dezembro, 1924
  • I Cavalieri di Ekebu (Riccardo Zandonai) - Milão, 7 de março, 1925
  • Turandot (Puccini) - Milão, 25 de abril, 1926
  • Fra Gherado (Pizzetti) - Milão, 16 de maio, 1928
  • Il Re (Giordano) - Milão, 12 de janeiro, 1929
  • Adagio for Strings and First Essay for Orchestra (Samuel Barber) - Nova Iorque, 5 de novembro, 1938
  • Western Suite (Elie Siegmeister) - Nova Iorque, novembro de 1945.

Paul Webb, o baixista dos Talk Talk, faz hoje 55 anos!

(imagem daqui)

Paul Douglas Webb (16 de janeiro de 1962, Essex, Inglaterra) é um musico britânico. Foi o baixista da banda Talk Talk, entre 1981 e 1988.
Webb foi colega, no ensino secundário, de Lee Harris e os dois tornaram-se grandes amigos. Eles tocaram juntos na banda de reggae Eskalator, antes de serem selecionados para a banda Talk Talk, em 1981. Webb tocava baixo nos Talk Talk até 1988.
No início dos anos 90 ele e Harris formaram os .O.rang. No início do decénio de 2000 ele adotou o nome de "Rustin Man" e colaborou com Beth Gibbons no álbum Out of Season (2002).
Mais recentemente, em 2006, ele produziu o álbum The Year of the Leopard, de James Yorkston.


domingo, janeiro 15, 2017

Play It Again, Sam...


Está dada licença para matar o litoral alentejano - bora lá algarvizar mais um pedaço de costa

Está dada licença para construir no litoral alentejano

Critérios utilizados na delimitação da Reserva Ecológica Nacional nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola reduziram a área demarcada aos leitos e margens dos cursos de água e a uma faixa muito restrita da zona litoral, deixando lacunas graves nas zonas de recarga de aquíferos.


Com a abertura dada por uma revisão da lei em 2008, as autarquias estão a reduzir as áreas dos seus concelhos que até agora estavam a salvo da construção devido à sua sensibilidade ambiental - ora porque protegiam linhas de água, ora porque defendiam a costa da erosão, para dar alguns exemplos. É a Reserva Ecológica Nacional (REN), que muitos autarcas vêem como um espartilho do desenvolvimento dos seus concelhos. No Alentejo litoral, já começou a drástica redução destas zonas. Espera-se que a mesma onda varra o país. A oposição à REN fez o seu caminho e está a impôr-se.

O preâmbulo do Decreto-Lei n.º 166/2008 que alterou o regime jurídico da REN, é claro: “[Esta] (...) tem contribuído para proteger os recursos naturais, especialmente água e solo, para salvaguardar processos indispensáveis a uma boa gestão do território e para favorecer a conservação da natureza e da biodiversidade (...).” No entanto, não têm faltado vozes críticas, de diferentes matizes, que apresentam um cenário pouco abonatório sobre a eficácia deste instrumento na preservação dos ecossistemas naturais.
E as consequências no terreno começam a tomar corpo: A Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) denunciou, no final de Dezembro, “a retirada de uma área de 68% à REN no concelho de Alcácer do Sal e de 76% em Grândola, tomando como referência a extensão que estava anteriormente delimitada nos dois concelhos do Alentejo Litoral”. A associação ambientalista refere que a REN em Alcácer do Sal “passou de 55.340 hectares para 17.999 hectares e, em Grândola, a reserva ecológica que era de 37.905 hectares, foi reduzida para 9150 hectares.
E as consequências no terreno começam a tomar corpo: A Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) denunciou, no final de Dezembro, “a retirada de uma área de 68% à REN no concelho de Alcácer do Sal e de 76% em Grândola, tomando como referência a extensão que estava anteriormente delimitada nos dois concelhos do Alentejo Litoral”. A associação ambientalista refere que a REN em Alcácer do Sal “passou de 55.340 hectares para 17.999 hectares e, em Grândola, a reserva ecológica que era de 37.905 hectares, foi reduzida para 9150 hectares.
Em declarações ao PÚBLICO, Francisco Ferreira, dirigente da Zero, considerou “escandaloso” que, entre 2013 e 2014, “tivesse desaparecido uma tão extensa área de reserva ecológica”. Mais preocupante poderá ser o cenário da área desafectada “se fosse possível compará-la com a REN original”, ou seja, quando Gonçalo Ribeiro Teles propôs a aprovação deste instrumento de gestão territorial em 1983.
Na informação facultada ao PÚBLICO pela Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) é referido que a área da REN em Alcácer do Sal correspondia a 37% do concelho “na antiga delimitação”. Actualmente, abrange 17% da área total do município. No concelho de Grândola, os números “são ainda mais expressivos”, tendo-se passado de 46% de área ocupada na anterior delimitação para uns escassos 11% da área total do concelho. “São valores absurdos que revelam fortes suspeitas de substituição de uso de território da REN para fins imobiliários e turísticos”, resume João Branco, presidente da Quercus, vincando que se trata de uma “flagrante de ilegalidade, mas que não é caso único no país”. 

Aquíferos esquecidos
A organização ambientalista acentua que nas delimitações à REN definidas pelos dois municípios não existe “uma única referência a valores verdadeiramente ecológicos”, nem foram identificados “quaisquer comunidades de seres vivos”. Esta constatação vem “mais uma vez colocar em causa o poder arbitrário das autarquias para a aprovação de actividades em zonas que eventualmente deveriam ser de salvaguarda dos valores ecológicos”.
É o caso da protecção dos aquíferos, que garante muito do abastecimento de água às populações. Numa análise que a Quercus fez ao actual “mapa” da reserva ecológica nos dois concelhos, é referido que os critérios utilizados na sua demarcação acabaram por restringir a área protegida “aos leitos e margens dos cursos de água, numa faixa muito restrita da zona litoral”. São ainda realçadas “lacunas importantíssimas quanto às zonas de recarga de aquíferos e zonas vulneráveis à poluição”.
Olhando para os valores divulgados pela Zero sobre as Áreas Estratégicas de Protecção e Recarga de Aquíferos, verifica-se que no concelho de Alcácer do Sal se passou dos 28.755 hectares para 0 hectares e em Grândola dos 19.185 hectares para os 2970 hectares. Quanto às Áreas de Elevado Valor de Erosão Hídrica do Solo, em Alcácer do Sal passou-se dos 15.925 hectares para os 5052 hectares e em Grândola dos 13.325 hectares para 0 hectares.
Francisco Ferreira recorda que a publicação do Decreto-Lei n.º 166/2008 foi considerado, “pela comunidade ambientalista, como sendo o princípio de uma municipalização da REN, viabilizada pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional”, cuja aplicabilidade “levantava enormes dúvidas para o futuro”, concretamente em relação à inevitável redução da área da reserva, como se está a verificar. 
Porém, são várias as vozes que tecem críticas à REN. Além dos autarcas, que a vêem como um impecilho, o arquitecto paisagista Sidónio Pardal não tem poupado esta figura de ordenamento do território. O seu argumento reside no facto de que, fora da REN, tudo é permitido quando um correcto ordenamento do território, advoga, deveria ser feito ao contrário: é necessário urbanizar? Defina-se uma área específica para o fazer de uma forma planeada, deixando o resto intocado.
Nos esclarecimentos prestados ao PÚBLICO, o especialista assinala que o documento “não identifica qualquer ecossistema” e que o seu articulado “não observa nem atende a nenhum ser vivo, a qualquer comunidade animal ou vegetal nem às relações entre si e com o meio físico”. Incisivo, define a matriz programática da REN como uma “fraude congeminada com o propósito de exercer um poder obscuro e dogmático sobre a economia do território”, que diz ter sido “concebida e administrada com base num preconceito antiurbano”.
Sidónio Pardal propõe a “revogação total” do regime da REN e a criação de uma Carta de Valores e de uma Carta de Riscos. Em síntese, defende que o critério a seguir teria como base a definição precisa do território, “onde poderia haver intervenção urbana e onde estaria interdita”, frisando que apesar das “sucessivas reformulações da REN” já antevia que “ia dar o resultado que se constata”.    

Cumpriu-se a lei, não se conhecem razões     
Os responsáveis autárquicos dos municípios de Alcácer do Sal e Grândola são taxativos num ponto: a alteração da área da REN “cumpriu todas as exigências e opções estratégicas de nível nacional ou regional” constantes da Resolução do Conselho de Ministros de 2012 e a legislação de 2008.
O vereador da Câmara de Alcácer do Sal, Manuel de Jesus, responsável pelo pelouro do Urbanismo, adiantou ao PÚBLICO que todo o trabalho técnico de alteração da delimitação da área da REN no seu município “foi desenvolvido pela Universidade Técnica de Lisboa, sob coordenação do professor Sidónio Pardal” no mandato anterior. E acrescenta que o processo “obteve pareceres favoráveis da CCDRA (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo), da APA (Agência Portuguesa do Ambiente)” e incorporou parecer “favorável incondicionado” do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e Florestas) e da REN.”
O autarca recorre a uma frase de Sidónio Pardal para definir a interpretação que faz da REN: “A Reserva Ecológica Nacional é um embuste que não identifica nem atende a qualquer ecossistema.”  Alega que o território do município continua abrangido pela “Rede Natura” numa área de quase 40%, PROT (Plano Regional de Ordenamento do Território) e outras restrições inscritas em PDM (Plano Director Municipal). Sobre as razões que justificaram a desafectação de uma tão extensa área da reserva ecológica não foi dado qualquer esclarecimento.
António Figueira Mendes, presidente da Câmara de Grândola, refere igualmente que o processo de “redelimitação” da REN coube aos responsáveis autárquicos em exercício no mandato anterior, mas garante que o mesmo “respeitou a tramitação técnico-administrativa”. Acentua que “foram salvaguardados todos os interesses públicos, administrativos e colectivos que estivessem em questão”.
As razões que presidiram à “redelimitação” da REN não foram apresentadas ao PÚBLICO. O autarca de Grândola optou por frisar as “inúmeras e diversificadas potencialidades” turísticas que o concelho a que preside oferece, entre elas, uma “frente atlântica com 45 quilómetros de praias acessíveis com uma cuidada preservação ambiental.”
Figueira Mendes sustenta que o “equilíbrio” entre desenvolvimento económico, turismo e preservação natural e ambiental dos habitats “deve continuar a ser um factor chave e diferenciador da estratégia de desenvolvimento sustentado deste território” (de Grândola). E salienta que “os diversos planos de ordenamento do território asseguram que assim seja”.
Também a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) garante que exerceu correctamente as suas atribuições, “no âmbito do processo de delimitação da REN”, através da emissão de pareceres técnicos, tendo por base as metodologias definidas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 81/2012.      

Construção de grandes empreendimentos turísticos está parada
Sem excepção, os responsáveis autárquicos que presidiram aos destinos dos municípios de Alcácer do Sal e de Grândola ao longo das últimas duas décadas fizeram da oferta turística o instrumento motor do desenvolvimento económico e social das suas regiões. Basearam as suas expectativas nos empreendimentos turísticos de tipo resort, com hotelaria, componente residencial e campos de golfe.
Os projectos anunciados e apresentados apontavam para a instalação de 30 mil camas turísticas nos dois concelhos.  
Em 2008, o Conselho de Ministros aprovou uma nova proposta de delimitação da Reserva Ecológica Nacional (REN) na Herdade da Comporta, que se estende por 12.500 hectares dos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola. Neste imenso território, lado a lado com a costa atlântica, o Grupo Espírito Santo propunha-se construir o seu megaempreendimento turístico que ocupava uma área de 744 hectares nos dois municípios alentejanos, para onde estava projectada a instalação de oito mil camas residenciais, três mil turísticas, 14 aldeamentos turísticos, 250 moradias e três campos de golfe. Deste projecto restam hoje destroços, terras esventradas, coberto vegetal destruído, num território de grande sensibilidade ambiental.
À semelhança deste, outros projectos que garantiam a criação de milhares de postos de trabalhos aguardam por melhores dias: O projecto de loteamento da Herdade da Costa Terra previa a construção de 204 moradias, três aparthotéis com 560 camas, quatro aldeamentos turísticos com 775 camas, quatro conjuntos de apartamentos turísticos com 823 camas, uma estalagem com 40 camas e um campo de golfe de 18 buracos; o projecto da Herdade do Pinheirinho, composto por 204 lotes para moradias, dois hotéis e quatro para aparthotéis, três para aldeamentos de apartamentos turísticos e outros lotes para equipamentos complementares, num total de 2912 camas, bem como um campo de golfe de 27 buracos, com cerca de 90 hectares. As obras destes dois empreendimentos estão paradas por decisão do tribunal, na sequência das acções judiciais apresentadas pela Quercus e o GEOTA. A sua construção fora autorizada pelo Governo e abrangia extensas áreas da Rede Natura 2000.
Para além dos empreendimentos já referidos, existe um conjunto de outros anunciados ou projectados para o concelho de Alcácer do Sal: Alcácer Vineyard Resort (1010 Camas), Aldeamento Turístico das Casas do Montado do Sobreiro (223 camas) e Aldeamento Turístico de Lazer e Desporto do Alentejo (100 camas). A lista prolonga-se com o projecto de instalação de aldeamentos turísticos na Herdade do Laranjal (3100 camas), Aldeia de Santiago (910 camas), Herdade da Lança (200 camas), Herdade da Barrosinha (8000 camas), empreendimento turístico da Herdade da Alápega (4420 camas) e Turismo Rural da Herdade da Boavista e Sampaio (1540 camas). 

in Público - ler notícia

NOTA: em poucos anos o poder (o central e o autárquico) deram cabo da quase totalidade do litoral algarvio - passemos então ao litoral alentejano - e Deus nos ajude...

El-Rei D. Afonso V nasceu há 585 anos

D. Afonso V (Sintra, 15 de janeiro de 1432Lisboa, 28 de agosto de 1481), apelidado de "o Africano" pelas suas conquistas em África, foi o Rei de Portugal e Algarves de 1438 até à sua morte. Era o filho mais velho do rei D. Duarte I e da sua esposa Leonor de Aragão. Afonso ascendeu ao trono com apenas seis anos de idade, com uma regência sendo estabelecida e inicialmente liderada pela sua mãe, porém pouco depois foi passada para o seu tio, D. Pedro, Duque de Coimbra. Este procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas.

Em 1448, D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo D. Afonso I, Duque de Bragança declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes da Mina, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 à Mina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista.

Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha D. Joana de Trastâmara assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após não obter uma clara vitória na Batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou da coroa para o filho, D. João II de Portugal, morrendo em 1481.

Molière nasceu provavelmente há 395 anos

Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière (Paris, 15 de janeiro de 1622 - Paris, 17 de Fevereiro de 1673), foi um dramaturgo francês, além de actor e encenador, considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel de destaque na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega. Molière usou as suas obras para criticar os costumes da época. É considerado o fundador indirecto da Comédie-Française

sábado, janeiro 14, 2017

Humphrey Bogart morreu há 60 anos...

Humphrey DeForest Bogart (Nova Iorque, 25 de dezembro de 1899 - Hollywood, 14 de janeiro de 1957) foi um ator de cinema e teatro dos Estados Unidos, eleito pelo American Film Institute como a maior estrela masculina do cinema norte-americano de todos os tempos.
Conhecido pelo público como Bogie ou Bogey (preferia ser chamado de Bogie), é considerado um dos grandes mitos do cinema e ganhou o Óscar de melhor ator de 1951, pelo seu papel no filme A Rainha Africana. Morreu em 1957, vítima de cancro.
De entre os seus filmes de maior sucesso estão Relíquia Macabra, O Tesouro de Sierra Madre e Casablanca.


A Batalha de Rivoli foi há 220 anos

Napoleão em Rivoli, por Felix Philipoteaux (1845)

A Batalha de Rivoli (1415 de Janeiro de 1797) foi uma vitória-chave na primeira campanha francesa na Itália contra a Áustria. Os 23.000 franceses de Napoleão Bonaparte derrotaram um ataque de 28.000 austríacos sob as ordens do general Alvinczy, finalizando a quarta e última tentativa da Áustria para socorrer a sua fortaleza sitiada de Mântua. Além do mais, Rivoli demonstrou o brilhantismo de Napoleão e levou à ocupação francesa da Itália setentrional.

Início
O plano de Alvinczy era subjugar o General Barthélemy Joubert nas Montanhas a leste do Lago Garda com a concentração de cinco colunas separadas e assim obter acesso ao campo aberto ao Norte de Mântua onde poderia derrotar facilmente o pequeno exército de Napoleão na Itália. No entanto, com Joubert detido, Napoleão foi capaz de trazer elementos da divisão de André Masséna e de formar uma linha defensiva em terreno favorável a norte de Rivoli, em Trambasore. A batalha seria um disputa entre as tentativas de Alvinczi de reunir as suas colunas separadas e a chegada de reforços franceses.

A batalha 
A manhã do dia 14 viu combates ferozes em Trambasore. Uma outra coluna austríaca, sob o comando do príncipe Heinrich de Reuss-Plauen, tentou lançar o flanco direito francês contra o desfiladeiro de Rivoli. Às 11 horas, as coisas estavam bastante más para Napoleão: dragões austríacos haviam forçado o seu caminho através do desfiladeiro, outra coluna, sob o comando do Coronel Franz Lusignan, tinha cortado a sua retirada pelo sul e Alvinczi estava em Trambasore exortando os seus batalhões vitoriosos a seguirem, embora eles ainda não estivessem preparados para combater em terreno acidentado.
Com uma série de ações os franceses conseguiram aproveitar esse erro crucial. Bonaparte, Joubert, e Louis Alexandre Berthier comandaram um bem coordenado ataque. Uma bateria de 15 armas liquidou os Dragões, enquanto 2 colunas de infantaria apoiadas pela cavalaria comandada por Charles Leclerc e Antoine Lasalle dirigiram-se para o desfiladeiro e para Trambasore. Os austríacos do desfiladeiro fugiram depois que os seus próprios dragões foram lançados sobre eles, em pânico. Da mesma forma aconteceu com a infantaria em Trambasore. Por fim a coluna sul de Lusignan matou 3.000 soldados.

Resultados
No dia seguinte Joubert conduziu com sucesso uma perseguição a Alvinczi, destruindo todas as suas colunas, os sobreviventes fugiram em direção ao vale do Rio Adige, em total confusão. A vitória de Rivoli foi a maior vitória de Bonaparte naquela época. Os Franceses sofreram 2.200 mortes e 1.000 feridos ou capturados, enquanto os austríacos sofreram 4.000 mortes, mais de 8.000 feridos ou capturados, além de terem capturado 8 canhões .

Zakk Wylde - 50 anos!

Zakk Wylde (nome artístico de Jeffrey Phillip Wiedlandt; Bayonne, 14 de janeiro de 1967) é um músico e ator americano, célebre por ter sido guitarrista da banda de Ozzy Osbourne, ícone do heavy metal que o ajudou a se projetar como um dos mais famosos músicos do género na atualidade. Zakk também encontrou o sucesso com a sua própria banda, o Black Label Society, onde exerce a função de frontman, compondo e cantando as suas próprias músicas, sendo presença frequente no Tour do Ozzfest e recentemente em festivais europeus.


sexta-feira, janeiro 13, 2017

O naufrágio do Costa Concordia foi há cinco anos

O Naufrágio do Costa Concordia foi um acidente ocorrido com o navio de cruzeiro Costa Concordia no dia 13 de janeiro de 2012. Navegando junto à costa da ilha de Giglio, na região da Toscânia, a embarcação abalroou rochas sub-aquáticas, devido ao seu calado. O acidente causou 32 mortes.
Após um solavanco e um corte de corrente elétrica, o comandante comunicou que havia uma avaria no gerador e que em breve a energia seria restabelecida; na sequência, foi dada a ordem de abandonar o navio, uma vez que o comando da embarcação estava na responsabilidade do imediato do comandante; Naquele momento, e da inspeção do imediato, observou-se que estava entrando água no navio. Segundo comunicado do armador, o navio bateu num banco de areia. Fotos indicam que embarcação também bateu em rochas, ficando um pedaço de pedra preso ao casco rompido do navio. O navio adernou a estibordo, ficando com aproximadamente dois terços dentro da água.
Alguns sobreviventes relataram que a música My Heart Will Go On, de Céline Dion, da banda sonora do filme Titanic, foi a última canção ouvida pelos passageiros do navio Costa Concordia quando afundou. O capitão Francesco Schettino foi um dos primeiros a abandonar seu navio. Segundo informações dele junto à comunicação social internacional, o mesmo justificou que fora arremetido na hora do choque e caíra no mar, e que já tinha outro comandante (o imediato), em seu lugar. Dessa forma se recusou a retornar a ele para organizar a retirada dos passageiros e tripulantes. Mesmo assim foi suspenso pela Costa Crociere e ficou em prisão domiciliar, até 5 de julho de 2012.

Mapa de localização do naufrágio 

O navio naufragou após colisão com rocha junto ao porto da ilha de Giglio. O barco estava inclinado num ângulo de 80º. No naufrágio 32 pessoas faleceram (com o último corpo sendo localizado apenas em novembro de 2014). O Costa Concordia, naquela noite, estava com 3.229 passageiros e 1.023 tripulantes.


quinta-feira, janeiro 12, 2017

Há seis anos, enchentes e deslizamentos de terra no Rio de Janeiro mataram centenas de pessoas

Enchentes e deslizamentos de terra atingiram o estado do Rio de Janeiro, localizado no Sudeste do Brasil, em 12 de janeiro de 2011. Os municípios mais afetados foram Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim na Região Serrana e Areal na Região Centro-Sul do estado. Os serviços governamentais contabilizaram 916 mortes e cerca de 345 desaparecidos. A Secretaria de Estado da Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, reportou que 428 pessoas morreram em Nova Friburgo, 382 em Teresópolis, 71 em Petrópolis, 21 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim. Já as desaparecidas foram 180 em Teresópolis, 85 em Nova Friburgo, 45 em Petrópolis e 2 em Sumidouro. Ainda de acordo com o MP, outras 32 pessoas não foram encontradas em outras localidades da Região Serrana, até aquele momento, nos quatro municípios. Por último, cerca de 35 mil pessoas ficaram desalojadas em consequência dos desastres naturais.
A tragédia foi considerada como o maior desastre climático da história do país, superando os 463 mortos do temporal que atingiu o município paulista de Caraguatatuba, em 1967. No entanto, a maior tragédia natural da história do Brasil ainda é a grande inundação ocorrida na Serra das Araras, em janeiro de 1967, que, entre mortos e desaparecidos, vitimou cerca de 1700 pessoas.
No dia 14 de janeiro, a notícia de queda de caixa de água causou pânico entre moradores de Nova Friburgo, assustando moradores da cidade, e da Região Serrana do Rio. Com medo, boa parte da população chegou a pensar que uma represa do município havia rompido. A região voltou a receber precipitação dias posteriores. Até mesmo a cidade do Rio de Janeiro entrou em estado de atenção no dia 15 de janeiro por fortes chuvas nas zonas norte e oeste, segundo o Centro de Operações Rio. Alerta para o dia 16 e 17 de janeiro foi repassado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), tendo a possibilidade de mais chuvas para toda a região, decorrente das condições favoráveis.

quarta-feira, janeiro 11, 2017

Os dois sonetos de amor da hora triste

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I
Quando eu morrer - e hei-de morrer primeiro
do que tu - não deixes fechar-me os olhos 
meu Amor. Continua a espelhar-te nos meus olhos
e ver-te-ás de corpo inteiro

como quando sorrias no meu colo.
E, ao veres que tenho toda a tua imagem
dentro de mim, se, então, tiveres coragem,
fecha-me os olhos com um beijo.

Eu, Marco Pólo,

farei a nebulosa travessia
e o rastro da minha barca
segui-lo-ás em pensamento. Abarca

nele o mar inteiro, o porto, a ria...
E, se me vires chegar ao cais dos céus,
ver-me-ás, debruçado sobre as ondas, para dizer-te adeus.

II
Não um adeus distante
ou um adeus de quem não torna cá,
nem espera tornar. Um adeus de até já,
como a alguém que se espera a cada instante.

Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar
de novo para ti, no mesmo barco
sem remos e sem velas, pelo charco
azul do céu, cansado de lá estar.

E viverei em ti como um eflúvio, uma recordação.
E não quero que chores para fora,
Amor, que tu bem sabes que quem chora

assim, mente. E, se quiseres partir e o coração
to peça, diz-mo. A travessia é longa... Não atino
talvez na rota. Que nos importa, aos dois, ir sem destino.

Álvaro Feijó, lido na evocação de Mário Soares, pela voz de Maria Barroso

in Cibertúliapost de Miguel Marujo

terça-feira, janeiro 10, 2017

Música adequada à data...



Hoje é Dia de São Gonçalo de Amarante...!

Gonçalo de Amarante (Arriconha, 1187 - Amarante, 10 de janeiro de 1262), membro da Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, foi um eclesiástico português. Gozando de grande devoção popular que irradiou a partir do norte do país, é popularmente conhecido como São Gonçalo de Amarante, mas, na realidade, é considerado beato pela Igreja Católica, pelo que a forma correta de o denominar é Beato Gonçalo de Amarante.

Mano Solo morreu há sete anos

Mano Solo, nome artístico de Emmanuel Cabut (Châlons-sur-Marne, 24 de abril de 1963 - Paris, 10 de janeiro de 2010), foi um cantor, desenhador, guitarrista e pintor francês.
Era filho do caricaturista Cabu, morto no massacre do Charlie Hebdo, em 7 de janeiro de 2015.
Morreu aos 46 anos, vítima de derrames de múltiplos aneurismas cerebrais, sofridos em novembro de 2009, agravados pela SIDA.
 
 

David Bowie partiu há um ano...

David Bowie (nome artístico de David Robert Jones, Londres, 8 de janeiro de 1947 - Manhattan, Nova Iorque, 10 de janeiro de 2016) é um músico, ator e produtor musical inglês. Por vezes referido como "Camaleão do Rock", pela capacidade de sempre renovar sua imagem, tem sido uma importante figura na música popular há cinco décadas e é considerado um dos músicos populares mais inovadores e ainda influentes de todos os tempos, sobretudo pelo seu trabalho nas décadas de 70 e 80, além de ser distinguido por uma voz característica e pela profundidade intelectual da sua obra.
Embora ainda cedo tenha realizado o álbum David Bowie e diversas canções, Bowie só chamou a atenção do público em 1969, quando a canção "Space Oddity" alcançou o quinto lugar no UK Singles Chart. Após um período de três anos de experimentação, que incluem a realização de dois significativos e influentes álbuns, The Man Who Sold the World (1970) e Hunky Dory (1971), ele retorna em 1972, durante a era glam rock, com um alter ego extravagante e andrógino chamado Ziggy Stardust, sustentado pelo sucesso de "Starman" e do aclamado álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. O seu impacto na época foi tal que esta personagem é um dos maiores vultos já criados na cultura popular. Em 1973, o disco Aladdin Sane levou Ziggy aos Estados Unidos. A vida curta da personagem revelaria apenas uma das muitas facetas de uma carreira marcada pela reinvenção contínua, pela inovação musical e pela apresentação visual.
Em 1974, o álbum Diamond Dogs previa, com o seu som e a sua temática caótica, a revolução punk que surgiria anos depois. Em 1975, Bowie finalmente conseguiu o seu primeiro grande sucesso em território americano com a canção "Fame", em co-autoria com John Lennon, do álbum Young Americans. O som constitui uma mudança radical no estilo que, inicialmente, alienou muitos de seus devotos no Reino Unido. Nessa etapa, a carreira musical de Bowie renovou-se e seguiu novos rumos. Após a criação de uma nova personagem, Thin White Duke, apresentada no aclamado Station to Station (1976), que traz um Bowie interessado em misticismo, cabala e nazismo, ele confundiu as expectativas do seu público americano e da sua gravadora com a produção do minimalista Low (1977) - a primeira das três colaborações com Brian Eno durante os seguintes dois anos. A chamada "Trilogia de Berlim" (com "Heroes" e Lodger) trouxe álbuns introspectivos que lograram o topo nas paradas britânicas e que ganharam admiração crítica duradoura.
Seguindo o sucesso comercial irregular no final dos anos 70, a canção "Ashes to Ashes" do álbum de 1980 Scary Monsters (and Super Creeps) alcançou o primeiro lugar no Reino Unido e lançou bases para um novo movimento chamado New Romanticism. No ano seguinte, em conjunto com a banda Queen, escreveu e cantou a canção "Under Pressure" e em seguida atingiu novo pico comercial com o álbum Let's Dance (1983), que rendeu sucessos com a canção homónima e o fez cativar nova audiência. Ao longo dos anos 90 e decénio de 2000, Bowie continuou a experimentar novos estilos musicais, incluindo os géneros industrial, drum and bass, e adult contemporary. O  último álbum de inéditas foi por muito tempo Reality, uma mistura de melancolia e humor, suportado pela A Reality Tour de 2003–2004. Após um período de quase dez anos em hiato, divulga The Next Day em 2013 e recebe boas avaliações da crítica e público. Após comemorar cinquenta anos de carreira com a coletânea Nothing Has Changed em 2014, o cantor produziu o seu último trabalho ainda vivo, o álbum Blackstar (2016).
A influência de David Bowie é única, musical e socialmente. Como escreveu o biógrafo David Buckley, "ele penetrou e modificou mais vidas do que qualquer outra figura comparável." De facto, grande é sua influência no mundo da música entre artistas e bandas mais antigas e a nova geração (Ver Influência), e, além de ter auxiliado movimentos como a libertação gay e a recriação de uma nova juventude independente, introduziu novos modos de se vestir na cena musical e tem uma carreira prestigiada no cinema. Em 2002, ficou em 29º lugar na lista popular 100 Greatest Britons e já vendeu mais de 136 milhões de álbuns ao longo de sua carreira. Foi premiado no Reino Unido com 9  álbuns de platina, 11 de ouro e 8 de prata, e, nos Estados Unidos, 5 de platina e 7 de ouro. Em 2004, a Rolling Stone colocou-o na 39ª posição em sua lista dos "100 Maiores Artistas do Rock de Todos os Tempos" e em 23º lugar na lista dos "Melhores Cantores de Todos os Tempos".

(...)

Na noite do dia 10 de janeiro, dois dias após o seu sexagésimo nono aniversário e o lançamento do álbum Blackstar, Bowie morreu no seu apartamento em Nova York, vítima de cancro de fígado. O músico foi diagnosticado com a doença dezoito meses antes, mas optou não anunciar o seu estado de saúde para o público. O diretor de teatro belga Ivo van Hove, com quem trabalhou no musical Off-Broadway Lazarus, disse que Bowie evitou assistir aos ensaios pelo avanço da doença. Hove observou que David estava trabalhando constantemente durante o diagnóstico.
Tony Visconti, produtor musical de Bowie, disse:
Ele sempre fez o que quis. E ele queria fazer as coisas do jeito dele, e da melhor maneira possível. A sua morte não foi diferente da sua vida - uma obra de arte. Ele fez Blackstar para nós, é o seu presente final. Eu sabia por um ano que isso aconteceria dessa forma. Não estava, entretanto, preparado. Ele era um homem extraordinário, cheio de amor e vida. Ele sempre estará connosco. Por ora, é apropriado chorar.
Após a morte de Bowie, fãs fizeram homenagens e memoriais. Foram distribuídas flores num mural de Brixton, sul de Londres, onde o cantor nasceu. A fotografia da capa do álbum Aladdin Sane serviu de ilustração, enquanto fãs cantavam as suas músicas. Outras homenagens ocorreram em Nova York, Los Angeles e Berlim. Bowie foi cremado em Nova York.

Gabriela Mistral morreu há 60 anos...

Gabriela Mistral, pseudónimo de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga (Vicuña, 7 de abril de 1889 - Nova Iorque, 10 de janeiro de 1957), foi uma poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena, agraciada com o Nobel de Literatura de 1945.
Os temas centrais nos seus poemas são o amor, o amor de mãe, memórias pessoais dolorosas, mágoa e recuperação. Lucila nasceu na cidade de Vicuña, Chile, em 7 de abril de 1889. O seu pai abandonou a família quando Lucila completou três anos de idade. A mãe de Lucila faleceu no ano de 1929 e a escritora dedicou-lhe a primeira parte de seu livro Tala, a que chamou Muerte de mi Madre. Educada em sua cidade natal, começou a trabalhar como professora primária (1904) e ganhou renome ao vencer os Juegos Florales de Santiago, em 1914, com Sonetos de La muerte, sob o pseudónimo de Gabriela Mistral, cuja escolha foi uma homenagem aos seus poetas prediletos: o italiano Gabriele D'Annunzio e o provençal Frédéric Mistral. Em 1922 é convidada pelo Ministério da Educação do México a trabalhar nos planos de reforma educacional daquele país.
Em 1945 era membro do corpo diplomático chileno, Mistral residia na cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, quando recebeu a notícia de que fora agraciada com o Prémio Nobel de Literatura, tornando-se o primeiro escritor latino-americano a receber tal honraria. O Prémio Nobel transformou-a em figura de destaque na literatura internacional e a levou a viajar por todo o mundo e representar o seu país em comissões culturais das Nações Unidas, até falecer em 1957, em Hempstead, no estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
A notoriedade a obrigou a abandonar o ensino para desempenhar diversos cargos diplomáticos na Europa. Tida como um exemplo de honestidade moral e intelectual e movida por um profundo sentimento religioso, a tragédia do suicídio do noivo (1907) marcou toda a sua poesia com um forte sentimento de carinho maternal, principalmente nos seus poemas em relação às crianças. Em sua obra aparecem como temas recorrentes o amor pelos humildes e um interesse mais amplo por toda a humanidade.


Miedo

Yo no quiero que a mi niña
golondrina me la vuelvan;
se hunde volando en el Cielo
y no baja hasta mi estera;
en el alero hace el nido
y mis manos no la peinan.
Yo no quiero que a mi niña
golondrina me la vuelvan.

Yo no quiero que a mi niña
la vayan a hacer princesa.
Con zapatitos de oro
¿cómo juega en las praderas?
Y cuando llegue la noche
a mi lado no se acuesta...
Yo no quiero que a mi niña
la vayan a hacer princesa.

Y menos quiero que un día
me la vayan a hacer reina.
La subirían al trono
a donde mis pies no llegan.
Cuando viniese la noche
yo no podría mecerla...
¡Yo no quiero que a mi niña
me la vayan a hacer reina!

segunda-feira, janeiro 09, 2017

O Dia do Fico foi há 195 anos

O Dia do Fico deu-se a 9 de janeiro de 1822 quando o então príncipe regente D. Pedro de Alcântara foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam o seu regresso a Lisboa, ficando no Brasil.

Por volta de 1821, quando as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa mostraram a ideia de transformar o Brasil de novo numa colónia, os liberais radicais uniram-se ao Partido Brasileiro tentando manter a autoridade do Brasil. As Cortes mandaram uma nova decisão, enviada para o príncipe regente D. Pedro de Alcântara. Uma das exigências era o seu regresso imediato a Portugal.

Os liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, pressionariam D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas. Foi então que, contrariando as ordens emanadas por Portugal para seu retorno à Europa, declarou para o público: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".

A partir daí, D. Pedro entrou em conflito direto com os interesses portugueses, para romper o vínculo que existia entre Portugal e o Brasil.

Este episódio culminou com a declaração de independência do Brasil, que viria a ser proclamada em 7 de setembro de 1822.

Otto Glória nasceu há um século

Otaviano Martins Glória, mais conhecido por Otto Glória (Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 1917 - Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1986), foi um técnico brasileiro de futebol.

Dirigiu as equipas da Portuguesa de São Paulo e do Vasco do Rio de Janeiro, o Benfica, o Belenenses, o FC Porto e Sporting em Portugal, assim como a própria Selecção Portuguesa, em França o Olímpico de Marselha e em Espanha o Atlético de Madrid. Foi o técnico da seleção portuguesa que disputou o Mundial de Futebol de 1966, alcançando o 3º lugar na prova.

Mas, antes de ir para o futebol, Oto estava mais ligado com o basquetebol.

É-lhe atribuída a frase, sobre o trabalho de treinador em Portugal: «Naquele país, quando se perde o treinador é chamado de "Besta". Quando vence, de "Bestial"».

A 2 de setembro de 1966 recebeu a Medalha de Prata da Ordem do Infante D. Henrique.

Dave Matthews - 50 anos!

David John Matthews (Joanesburgo, 9 de janeiro de 1967) é um músico sul-africano. É o vocalista, compositor e guitarrista da banda Dave Matthews Band. David também trabalhou como artista a solo e com outros músicos como Tim Reynolds, The Blue Man Group e Trey Anastasio. David já recebeu um Grammy Award de melhor cantor-compositor. Também trabalhou ocasionalmente como ator, aparecendo em filmes de destaque.