domingo, abril 28, 2013

O Aristides de Sousa Mendes sudeta nasceu há 105 anos

Oskar Schindler (Svitavy, 28 de abril de 1908 - Hildesheim, 9 de outubro de 1974) foi um empresário alemão sudeto célebre por ter salvo 1.200 trabalhadores judeus do Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.

Tornou-se membro do Partido Nazista após a anexação dos Sudetos em 1938. No início da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para a Polónia a fim de ganhar dinheiro aproveitando-se da situação. Em Cracóvia, abre uma fábrica de armas esmaltadas, onde passa a empregar trabalhadores judeus. A origem destes trabalhadores era o Gueto de Cracóvia, local onde todos os judeus da cidade foram escondidos.
Em março de 1943, o gueto foi ativado e os moradores que não foram no local foram enviados para o campo de concentração de Plaszow. Os operários de Schindler trabalhavam o dia todo em sua fábrica e à noite voltavam para Plaszow.
Quando, em 1944, os administradores de Plaszow receberam ordens de desativar o campo, devido ao avanço das tropas russas - o que significava mandar os seus habitantes para outros campos de concentração onde seriam mortos - Oskar Schindler convenceu-os através de suborno que necessitava desses operários "especializados" e criou a famosa Lista de Schindler. Os judeus integrantes desta lista foram transferidos para a sua cidade natal de Zwittau-Brinnlitz, onde foram colocados numa nova fábrica adquirida por ele (Brnenec).
No fim da guerra, 1.200 judeus, entre homens, mulheres e crianças foram salvos de perecer num campo de concentração nazi. Nos últimos dias da guerra, antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. Ele livrou-se de ser preso devido aos depoimentos dos judeus a quem ajudara.
Passada a guerra, ele e a esposa Emilie Schindler foram agraciados com uma pensão vitalícia do governo de Israel,  em agradecimento dos seus atos humanitários. O seu nome foi inscrito, junto a uma árvore plantada no centro da cidade por ele, na avenida dos Justos entre as Nações do Museu do Holocausto do Yad Vashem, em Jerusalém, ao lado do nome de outras cem personalidades não judaicas que ajudaram os judeus durante o Holocausto. Durante a guerra tornou-se próspero, mas gastou o seu dinheiro com a ajuda prestada aos judeus que salvou e com empreendimentos que não deram certo após o término da guerra.
Viveu na Alemanha na cidade de Hildesheim (Rua Goettingstrasse 30 no bairro Weststadt) entre 1971 e 1974 e morreu pobre num hospital em Hildesheim no dia 9 de outubro de 1974, com 66 anos de idade. Foi enterrado no cemitério cristão (ele era católico) no Monte Sião, em Jerusalém, com honras de herói.
A sua história foi contada em livro (Schindler's Ark) por Thomas Keneally e, posteriormente filmada por Steven Spielberg (A Lista de Schindler) no ano de 1993. Este filme é considerado pelo próprio Spielberg e pela crítica como sua obra-prima, e apontado entre os dez melhores filmes da história de Hollywood. O filme foi filmado a preto-e-branco para criar um efeito sombrio e ambientar-se à história retratada. O filme foi o vencedor do Óscar de 1994 e Steven Spielberg levou a estátua Óscar de melhor direção.

Túmulo de Oskar Schindler em Jerusalém

Mussolini foi executado há 68 anos

Benito Amilcare Andrea Mussolini (Predappio, 29 de julho de 1883 - Mezzegra, 28 de abril de 1945) foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo uma das figuras-chave na criação do Fascismo.
Tornou-se o Primeiro-Ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce desde 1925. Após 1936, seu título oficial era "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Fascismo, e Fundador do Império". Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, juntamente com o rei Vítor Emanuel III da Itália, que lhe deu o título, tendo um controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; por um curto período, até a sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana.
Mussolini foi um dos fundadores do Fascismo Italiano, que incluía elementos do nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social e anticomunismo, combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas.
(...)
Com o início da Segunda Guerra Mundial combateu os aliados e, após várias e quase consecutivas derrotas, apesar do apoio militar alemão e sobretudo depois do desembarque aliado na Sicília, caiu em desgraça, vindo a ser derrubado e preso em 1943.
Foi libertado pelos pára-quedistas SS alemães do hotel/prisão de Gran Sasso em 12 de setembro de 1943 em ação de resgate chamada de Operação Carvalho, liderada por Otto Skorzeny, conhecida como Operação Eiche (OAK).
A partir da esquerda, os corpos de Nicola Bombacci, Mussolini, Clara Petacci, Alessandro Pavolini e Achille Starace expostos na Piazzale Loreto (Milão, 29 de abril de 1945)
Fundou depois a República Social Italiana (conhecida como República de Salò), no norte do país, mas pouco depois viria a ser novamente preso por guerrilheiros da Resistência italiana, que o mataram a 28 de abril de 1945, juntamente com a sua amante, Clara Petacci – que embora pudesse fugir, preferiu permanecer ao lado do Duce até o fim. As últimas palavras de Mussolini – em óbvia deferência à sua personalidade egocêntrica – foram:
Atirem aqui (disse ele apontando para o peito) Não destruam o meu perfil.
O seu corpo e o de Clara Petacci ficaram expostos à execração pública durante vários dias, pendurados pelos pés, na Piazza Loreto em Milão. Encontra-se sepultado no Túmulo da Família Mussolini em Emília-Romanha, Predappio na Itália.

O sétimo Duque de Bragança, Teodósio II, o pai de El-Rei D. João IV, nasceu há 445 anos

D. Teodósio II de Bragança (Vila Viçosa, 28 de abril de 1568 -Vila Viçosa, 29 de novembro de 1630) foi o 7° Duque de Bragança. Era filho do Duque João I e da Infanta D.Catarina, neta do rei Manuel I.
Ainda criança, Teodósio foi trazido para a corte e feito pajem do rei Sebastião de Portugal, que o fez Duque de Barcelos, por carta de 5 de Agosto de 1562. O rei estimava o pequeno Bragança e em 1578 insistiu na sua companhia durante a expedição ao Norte de África contra o rei de Marrocos.
Teodósio permaneceu junto do rei na batalha de Alcácer-Quibir até a situação se tornar grave e o rei ordenar a retirada da criança para a segurança da retaguarda. Teodósio não ficou satisfeito e fugiu à primeira oportunidade, apanhando um cavalo e lançando-se a galope em direcção à linha de combate. Como muitos outros homens, acabou por ser ferido e feito prisioneiro pelos marroquinos.
O Duque seu pai ficou estarrecido com os eventos e ofereceu uma fortuna pelo resgate do seu filho, chegando a pedir a Filipe II de Espanha para intervir em seu favor. Não seria necessário tanto alarme. O rei de Marrocos tinha ficado impressionado com a bravura do pequeno Teodósio e deixou-o regressar a casa em agosto de 1579, via Espanha.
Em 1580, por morte do Cardeal-Rei Henrique de Portugal, o jovem Teodósio parecia ser o aspirante ao trono português com mais hipóteses de herdar o trono. Talvez por isso mesmo, Filipe II só permitiu o regresso de Teodósio ao país depois de ver assegurada a sua posição como rei. Esteve retido amigavelmente em casa do duque de Medina-Sidónia. Regressando depois a Vila Viçosa em 1580, quando Filipe II de Espanha subiu ao trono de Portugal (tornando-se no rei Filipe I de Portugal). Em 1582 o Rei nomeou-o 13º Condestável de Portugal.
Teodósio tornou-se Duque de Bragança em 1583, por morte de seu pai, e cresceu para se tornar num fiel servidor dos reis espanhóis de Portugal. No início a sua mãe, D. Catarina, assumiu a chefia da Casa de Bragança, devido à tenra idade do filho. Filipe I de Portugal tinha entretanto proposto casamento a D. Catarina, que esta não aceitou.
O motivo principal para esta recusa foi talvez o de preservar o direito que D. Teodósio tinha à coroa portuguesa, pois se este casamento se realizasse era sinal de que a Casa de Bragança aceitava o facto de Filipe II de Espanha ter sido aclamado rei de Portugal. Foi nomeado pela segurança do reino e defendeu Lisboa dos ataques de outros pretendentes incluindo António I, Prior do Crato, que tinha a ajuda do corsário inglês Francis Drake.

Armas (estilo moderno) da Casa de Bragança, após 1581

sábado, abril 27, 2013

Dinho Ouro Preto, vocalista dos Capital Inicial, faz hoje 49 anos


Dinho Ouro Preto (nome artístico de Fernando de Ouro Preto; Curitiba, 27 de abril de 1964), é um músico brasileiro. É líder e vocalista da banda brasileira Capital Inicial, além de irmão do músico brasileiro Ico Ouro Preto.

Fernando de Ouro Preto nasceu em Curitiba, Paraná, em 27 de abril de 1964, filho do embaixador Afonso de Celso Ouro-Preto - tataraneto do Visconde de Ouro Preto - e a historiadora Marília. Era o terceiro filho, depois de Ico e Ana. A carreira do pai fez a família se mudar para os Estados Unidos Áustria e Suíça antes de se fixar em Brasília. A meio destas viagens, conheceu, em 1974, outro filho de diplomatas, Dado Villa-Lobos, que mais tarde se tornaria seu meio-irmão. Aos 11 anos, teve seus primeiros contatos com o rock através de Herbert Vianna e Bi Ribeiro, que mais tarde fundariam Os Paralamas do Sucesso.
Sai do Brasil e volta aos 16 anos, na época da ditadura, quando o movimento punk começava a invadir as ruas de Brasília. Começou a participar das reuniões da chamada turma da colina, um lugar estratégico, de onde era possível ver toda cidade. Em 1981, Afonso se casou com a mãe de Dado, Lucy, e ambos vão trabalhar na Guiné-Bissau, enquanto Marília se muda para a França. O pai de Dado também sai do país, então Dinho, Dado, o seu irmão Luiz Otávio "Tavo" Villa-Lobos, e o irmão de Bi, Pedro Ribeiro, passam a morar juntos, no mesmo apartamento em Brasília.
Dinho começou a namorar com Helena, que era irmã de Fernando "Fê" e Flávio Lemos, os quais eram integrantes da banda Aborto Elétrico. Lá Dinho virou amigo de Renato Russo, vocalista da banda dos irmãos Lemos, Aborto Elétrico. Dinho tornou-se fã incondicional da banda, frequentando ensaios e shows e conhecendo todas as músicas.

Quando a banda Aborto Elétrico se separou, em maio de 1983, os irmãos Lemos, juntamente com o guitarrista Loro Jones, pretendiam criar um novo grupo. Dinho compareceu numa audição na casa de Fê, e após uma performance da canção "Psicopata", foi aceite como vocalista dos Capital Inicial aos 19 anos. Três meses depois faziam seu primeiro show na Universidade de Brasília, no mesmo dia em que Dinho fez os exames de acesso à Universidade. Um mês depois faziam um show no Circo Voador, no Rio de Janeiro, e outro no SESC Pompeia em São Paulo. Eventualmente o grupo decidiu se mudar de Brasília para São Paulo, onde todos residem até hoje. Os pais de Dinho estavam fora do país e nada sabiam da sua carreira artística, só souberam que ele tinha-se tornado um músico quando ele e a banda já estava fazendo sucesso.
Os Capital Inicial lançaram o seu álbum homónimo de estreia em 1986, com canções escritas ao longo de 3 anos de carreira. A banda então começou a ter um sucesso estrondoso, vivendo uma vida de excessos - sexo, drogas, festas - e discos compostos às pressas. Em 1993, após um show frustrante no Circo Voador, Dinho anunciou sua saída dos Capital. Dinho parou de trabalhar, passando noites em claro em raves, consumindo muitas bebidas alcóolicas e drogas. Quando o dia amanhecia voltava para casa e dormia o dia inteiro. Nessa época Dinho tornou-se irreconhecível, tinha dreadlockss no cabelo, era clubber e estava bêbado diariamente; o seu apartamento estava sempre cheio de pessoas desconhecidas. Numa destas festas que aconteciam no seu apartamento, alguém acabou levando uma quantia considerável de seu dinheiro (cerca de 20.000 de dólares) deixando-o falido . Durante o hiato, Dinho decidiu estudar música, aprendendo a tocar instrumentos e buscando ser artista independente. Lançou dois álbuns na carreira a solo, Vertigo, em 1994, e Dinho Ouro Preto, em 1995, sem sucesso. Para ganhar dinheiro, procurava serviços em tradução e publicidade.
Em março de 1998, Dinho e os ex-companheiros decidiramapital Inicial reencontrar-se para marcar uma série de shows de comemoração dos 15 anos de nascimento dos C. Após a bem-sucedida turnê, dois meses depois receberam proposta para fazerem um novo álbum, e, em novembro daquele ano, lançaram o CD Atrás dos Olhos. O sucesso do disco levou a um show na série Acústico MTV, com o álbum resultante em 2000 vendendo mais de um milhão de cópias e consagrando o regresso dos Capital Inicial.
Em 2012 lançou seu terceiro álbum da carreira a solo, intitulado Black Heart, em que todas as canções são em inglês e o álbum conta apenas com regravações de bandas de rock.

Pequeno sismo sentido no Alentejo

Recebido via e-mail do IPMA:

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informa que no dia 27.04-.2013 pelas 12.09 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 3.5 (Richter) e cujo epicentro se localizou próximo de Viana do Alentejo.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) na região Viana de Alentejo e de Évora.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Proteção Civil (www.prociv.pt).

Prokofiev nasceu há 122 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka - atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia, 23 de abril de 1891Moscovo, 5 de março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é mais conhecido por obras como o ballet Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas bandas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou o mundo em turnês, e voltou à terra local, agora União Soviética. Nos seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Junto com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.


sexta-feira, abril 26, 2013

Há 76 anos a cidade mártir basca de Guernica sofreu um triste e histórico bombardeamento

Guernica tras el bombardeo

El bombardeo de Guernica (Operación Rügen) fue un ataque aéreo realizado sobre esta población española el 26 de abril de 1937, en el transcurso de la Guerra Civil Española, por parte de la Legión Cóndor alemana y la Aviación Legionaria italiana, que combatían en favor de los sublevados contra el gobierno de la Segunda República Española. Las estimaciones actuales de víctimas cifran los fallecidos en un rango que abarca de los 120 a los 300 muertos, 126 según el estudio más reciente y exhaustivo.

Guernica (en una reproducción en azulejos)

El de Guernica no fue el primer bombardeo en alfombra para destruir una población civil, pues de hecho se discute que fuera un objetivo militar vital en ese momento, como alegaron los agresores, con el fin de cortar la retirada y el aprovisionamiento a las tropas del Frente Popular en la campaña de Vizcaya. La repercusión internacional que alcanzó este bombardeo, unido a su utilización propagandística, ha hecho que sea una masacre mundialmente conocida y considerada como un icono antibélico. En un principio los sublevados atribuyeron la destrucción de la ciudad a los republicanos, como había sucedido en Éibar e Irún, pero pronto se reveló al mundo la realidad de los hechos debido a la presencia en Bilbao de varios periodistas ingleses de importancia como George Steer (The Times). El gobierno de Juan Negrín utilizó el bombardeo como insignia del antifascismo, adaptando Pablo Picasso uno de sus cuadros para la Exposición Internacional de París de 1937. Esta obra se convertiría en uno de los iconos más sobresalientes de la pintura del siglo XX y del antibelicismo.

O Rei D. Pedro II nasceu há 365 anos

D. Pedro II de Portugal (Lisboa, 26 de abril de 1648 - Alcântara, 9 de dezembro de 1706). Foi Rei de Portugal, de 1683 até sua morte, sucedendo ao irmão Afonso VI, vindo já exercendo as funções de regente do reino desde 1668, devido à instabilidade mental do irmão, D. Afonso VI. Está sepultado no Panteão dos Braganças em São Vicente de Fora. Morreu na Quinta de Alcântara, ou Palácio da Palhavã, de apoplexia. Tinha 58 anos e estava doente apenas há quatro dias.

Roger Andrew Taylor, o baterista dos Duran Duran, faz hoje 53 anos

Roger Andrew Taylor (Bromwich, Inglaterra, 26 de abril de 1960) é o baterista da banda neo-romântica Duran Duran. É filho de Hugh e Jean Taylor e possui um irmão chamado Steven.
Roger esteve na banda Duran Duran entre 1979 e 1985, regressando após a reunião da formação original da banda, em 2001. Até hoje é considerado como 'Duranie' mais silencioso, apesar de hoje em dia deixar a sua timidez de lado e dar declarações mais abertamente. É de uma personalidade modesta, simples, e, no fundo, profundamente energético. De acordo com Simon Le Bon, é o elo central da banda.
Roger foi casado durante 21 anos com Giovanna Cantone, de quem teve 3 filhos: James (08/1987), Ellea (1992) e Elliott (01/1996). Os dois divorciaram-se em 2005. Em 2007, Roger casou-se novamente, com uma modelo peruana chamada Gisella Bernales, de quem tem um filho, Julian Roger, nascido em 9 de julho de 2011. A sua bebida preferida é chá.


Count Basie morreu há 29 anos

William "Count" Basie (Red Bank, 21 de agosto de 1904 - Hollywood, 26 de abril de 1984) foi um pianista, compositor e bandleader de jazz (swing era) norte-americano.
Foi autor de temas, como "One O'clock Jump" e "Jumpin' at the Woodside" que foram executados, com primor, respectivamente, por Duke Ellington e Benny Goodman, com suas orquestras.
Foi chamado de "Count" (Conde em português), considerando sua importância entre os grandes mestres da Swing era como Benny Goodman (Rei), Duke Ellington (Duque), Lester Young (Presidente) e Billie Holliday (Dama).
 

Mário de Sá-Carneiro suicidou-se há 97 anos

Mário de Sá-Carneiro (Lisboa, 19 de maio de 1890 - Paris, 26 de abril de 1916) foi um poeta, contista e ficcionista português, um dos grandes expoentes do modernismo em Portugal e um dos mais reputados membros da Geração d’Orpheu.

(...)

Uma vez que a vida que trazia não lhe agradava, e aquela que idealizava tardava em se concretizar, Sá-Carneiro entrou numa cada vez maior angústia, que viria a conduzi-lo ao seu suicídio prematuro, perpetrado no Hôtel de Nice, no bairro de Montmartre em Paris, com o recurso a cinco frascos de arseniato de estricnina. Embora tivesse adiado por alguns dias o dramático desfecho da sua vida, numa «cart de despedida» para Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro revela as suas razões para se suicidar:

Meu querido Amigo:

A menos de um milagre na próxima segunda-feira, 3 (ou mesmo na véspera), o seu Mário de Sá-Carneiro tomará uma forte dose de estricnina e desaparecerá deste mundo. É assim tal e qual – mas custa-me tanto a escrever esta carta pelo ridículo que sempre encontrei nas «cartas de despedida»... Não vale a pena lastimar-me, meu querido Fernando: afinal tenho o que quero: o que tanto sempre quis – e eu, em verdade, já não fazia nada por aqui... Já dera o que tinha a dar. Eu não me mato por coisa nenhuma: eu mato-me porque me coloquei pelas circunstâncias – ou melhor: fui colocado por elas, numa áurea temeridade – numa situação para a qual, a meus olhos, não há outra saída. Antes assim. É a única maneira de fazer o que devo fazer. Vivo há quinze dias uma vida como sempre sonhei: tive tudo durante eles: realizada a parte sexual, enfim, da minha obra – vivido o histerismo do seu ópio, as luas zebradas, os mosqueiros roxos da sua Ilusão. Podia ser feliz mais tempo, tudo me corre, psicologicamente, às mil maravilhas, mas não tenho dinheiro. [...]
Mário de Sá-Carneiro, carta para Fernando Pessoa, 31 de março de 1916

Contava tão-só vinte e cinco anos. Extravagante tanto na morte como em vida (de que o poema Fim é um dos mais belos exemplos), convidou para presenciar a sua agonia o seu amigo José de Araújo. E apesar de o grupo modernista português ter perdido um dos seus mais significativos colaboradores, nem por isso o entusiasmo dos restantes membros esmoreceu – no segundo número da revista Athena, Pessoa dedicou-lhe um belo texto, apelidando-o de «génio não só da arte como da inovação dela», e dizendo dele, retomando um aforismo das Báquides (IV, 7, 18), de Plauto, que «Morre jovem o que os Deuses amam» (tradução literal de Quem di diligunt adulescens moritur).


Partida

Ao ver escoar-se a vida humanamente
Em suas águas certas, eu hesito,
E detenho-me às vezes na torrente
Das coisas geniais em que medito.

Afronta-me um desejo de fugir
Ao mistério que é meu e me seduz.
Mas logo me triunfo. A sua luz
Não há muitos que a saibam reflectir.

A minh'alma nostálgica de além,
Cheia de orgulho, ensombra-se entretanto,
Aos meus olhos ungidos sobe um pranto
Que tenho a fôrça de sumir também.

Porque eu reajo. A vida, a natureza,
Que são para o artista? Coisa alguma.
O que devemos é saltar na bruma,
Correr no azul á busca da beleza.

É subir, é subir àlem dos céus
Que as nossas almas só acumularam,
E prostrados resar, em sonho, ao Deus
Que as nossas mãos de auréola lá douraram.

É partir sem temor contra a montanha
Cingidos de quimera e d'irreal;
Brandir a espada fulva e medieval,
A cada hora acastelando em Espanha.

É suscitar côres endoidecidas,
Ser garra imperial enclavinhada,
E numa extrema-unção d'alma ampliada,
Viajar outros sentidos, outras vidas.

Ser coluna de fumo, astro perdido,
Forçar os turbilhões aladamente,
Ser ramo de palmeira, água nascente
E arco de ouro e chama distendido...

Asa longinqua a sacudir loucura,
Nuvem precoce de subtil vapor,
Ânsia revolta de mistério e olor,
Sombra, vertigem, ascensão - Altura!

E eu dou-me todo neste fim de tarde
À espira aérea que me eleva aos cumes.
Doido de esfinges o horizonte arde,
Mas fico ileso entre clarões e gumes!...

Miragem roxa de nimbado encanto -
Sinto os meus olhos a volver-se em espaço!
Alastro, venço, chego e ultrapasso;
Sou labirinto, sou licorne e acanto.

Sei a distância, compreendo o Ar;
Sou chuva de ouro e sou espasmo de luz;
Sou taça de cristal lançada ao mar,
Diadema e timbre, elmo real e cruz...

. . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .

O bando das quimeras longe assoma...
Que apoteose imensa pelos céus!
A cor já não é cor - é som e aroma!
Vem-me saudades de ter sido Deus...

* * *

Ao triunfo maior, avante pois!
O meu destino é outro - é alto e é raro.
Unicamente custa muito caro:
A tristeza de nunca sermos dois...

in
Dispersão (1914) - Mário de Sá-Carneiro

Eugène Delacroix nasceu há 215 anos

Delacroix retratado por Félix Nadar

Ferdinand Victor Eugène Delacroix (Saint-Maurice, 26 de abril de 1798 - Paris, 13 de agosto de 1863) foi um importante pintor francês do romantismo.
Delacroix é considerado o mais importante representante do romantismo francês. Na sua obra convergem a voluptuosidade de Rubens, o refinamento de Veronese, a expressividade cromática de William Turner e o sentimento patético de seu grande amigo Géricault. O pintor, que como poucos soube sublimar os sentimentos por meio da cor, escreveu: "…nem sempre a pintura precisa de um tema". E isso seria de vital importância para a pintura das primeiras vanguardas.


O sismólogo Charles Richter nasceu há 113 anos

Charles Francis Richter (Hamilton, 26 de abril de 1900 - Pasadena, 20 de abril de 1985) foi um sismólogo norte-americano.
Richter ficou famoso ao criar, em colaboração com Beno Gutenberg, uma escala que quantifica a grandeza (energia libertada) pelos terremotos, que ele usou pela primeira vez em 1935. Richter e Gutenberg trabalhavam então no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

Nascido em Hamilton, Ohio, Richter estudou na Universidade Stanford e Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde obteve seu PhD em física teórica em 1928. Trabalhou no Instituto Carnegie de Washington (1927-1936) antes de ser nomeado para o Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde se tornou professor de sismologia em 1952.
Richter desenvolveu sua escala para medir a força dos terremotos em 1935. Escalas anteriores tinham sido desenvolvidas por De Rossi em 1880 e por Giuseppe Mercalli em 1902, mas ambos usavam uma escala descritiva, definida em termos de danos em edifícios bem como o comportamento e a resposta da população. Isso restringia o seu uso para a medição de terremotos em áreas povoadas, e fez escalas em relação ao tipo de técnicas de construção e materiais utilizados.
A escala de Richter é absoluta, com base na amplitude das ondas produzidas pelo terremoto. Ele definiu a magnitude de um terremoto como o logaritmo na base 10 da amplitude máxima das ondas, medido em microns. Isto significa que as ondas cujas amplitudes diferem por um fator de 100 diferem por 2 pontos na escala Richter. Com Beno Gutenberg tentou converter os pontos em sua escala em energia liberada. Em 1956, eles mostraram que a magnitude 0 corresponde a cerca de 1011 ergs (104 joules), enquanto a magnitude 9 é igual a 1024 ergs (1017 joules). Um aumento de uma unidade de energia significa cerca de 30 vezes mais do que está sendo liberado. O maior terremoto registrado até agora tinha um valor na escala Richter, de 8,9. Em 1954, Richter e Gutenberg produziu um dos textos básicos sobre sismologia, sismicidade da Terra.

O acidente nuclear de Chernobil foi há 27 anos

Cidade fantasma de Pripyat com a central nuclear de Chernobil, ao fundo

O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Central Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Ilyich Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e migração de aproximadamente 200 mil pessoas.
Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo a sua expansão durante muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por cancro, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com cancro de tiróide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países. Veja-se o início do comunicado do líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência:
Cquote1.svg Boa tarde, camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na central nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós nos confrontámos com a força real da energia nuclear, fora de controle. Cquote2.svg

quinta-feira, abril 25, 2013

Recordar Ella Fitzgerald

Google Doodle de 25.04.2013 - Ella Fitzgerald nasceu há 96 anos

Marcos, o autor de um dos Evangelhos canónicos, morreu há 1945 anos

São Marcos, por Donatello

São Marcos Evangelista (circa 10 a.c. - Alexandria, 25 de abril de 68) é o nome tradicional do autor de um dos Evangelhos. Ele é também um dos Setenta Discípulos e é considerado o fundador da Igreja de Alexandria, uma das principais sedes do Cristianismo primitivo.

A tradição cristã o identifica com o João Marcos mencionado como companheiro de São Paulo nos Atos dos Apóstolos, e que posteriormente teria se tornado um discípulo de Simão Pedro (São Pedro). Uma tradição anterior, relatada já no século II-III d.C. por Hipólito (obra espúria;"Sobre os Setenta Apóstolos") distingue os dois. De acordo com ele, Marcos, o evangelista, de 2 Timóteo 4:11 é diferente de João Marcos (de Atos 12:12-25, Atos 13:5-13 e Atos 15:37) e Marcos, primo de Barnabé (de Colossenses 4:10 e Filemon 24:1). Todos eles pertenceriam aos "Setenta Discípulos" que foram enviados por Jesus para converter a Judeia com o evangelho (veja-se Lucas 10:1-16).

De acordo com Eusébio de Cesareia (Hist. Ecl. II.9.1-4), Herodes Agripa I no seu primeiro de governo sob toda a Judeia (41 d.C.) matou Tiago, filho de Zebedeu, e prendeu Pedro, planeando matá-lo após a Páscoa judaica. Pedro foi salvo milagrosamente por anjos e escapou do reino de Herodes (Atos 12:1-19). Depois de muitas viagens pela Ásia Menor e pela Síria, ele chegou em Roma no segundo ano do imperador Cláudio (42 d.C.). Em algum ponto pelo caminho, Pedro encontrou Marcos, o evangelista, restaurou sua fé (após ele ter deixado Jesus em João 6:44-66), e tomou-o como companheiro de viagem e intérprete. A pregação de Pedro na cidade teve tanto sucesso que ele foi presenteado pelos habitantes da cidade com uma estátua e, a pedidos da população, Marcos escreveu os sermões de Pedro, compondo assim o Evangelho segundo Marcos (Hist. Ecl. II 15 e 16) antes de partir para Alexandria no terceiro ano de Cláudio (43 d.C.).
Lá, ele fundou a Igreja de Alexandria, cuja sucessão até os dias de hoje é alegada por diversas diferentes denominações (veja Patriarca de Alexandria), mas principalmente pela Igreja Ortodoxa Copta. Aspectos da liturgia copta podem referenciados ao próprio São Marcos. Ele então se tornou o primeiro bispo de Alexandria e tem a honra de ser também o fundador do Cristianismo na África.
Ainda de acordo com Eusébio (Hist. Ecl. II 24.1), o sucessor de Marcos como bispo de Alexandria foi Aniano, no oitavo ano do imperador Nero (62-63 d.C.), provavelmente (mas não certamente) por conta de sua morte. Tradições coptas posteriores dizem que ele foi martirizado em 68 d.C.
A evidência de que o autor do Evangelho que tem o seu nome é Marcos vem de Pápias de Hierápolis, nos fragmentos de sua "Exposição dos oráculos do Senhor".
(...)
A Igreja Ortodoxa Copta mantém a tradição de que Marcos, o evangelista, foi um dos Setenta Discípulos enviados por Cristo, o que é confirmado pela lista de Hipólito. Porém, a Igreja Copta adotou a tradição que mistura as figuras de Marcos com João Marcos. Ela acredita que foi sim o evangelista que recebeu os discípulos em sua casa após a morte de Jesus, a mesma onde para onde foi o Jesus ressuscitado e onde também o Espírito Santo desceu nos discípulos no Pentecostes. Os coptas ainda defendem que Marcos era um dos servos nas Bodas de Caná, o que despejou a água que Jesus transformou em vinho (João 2:1-11).
Ainda de acordo com a Igreja Copta, São Marcos nasceu em Cirene na Pentápolis, na antiga Líbia. Esta tradição acrescenta ainda que ele para lá retornou mais tarde, após ter sido enviado por São Paulo para Colossos (Colossenses 4:10 e Filemon 24:1 - passagens que tratam de Marcos, primo de Barnabé) e de ter servido com ele em Roma (2 Timóteo 4:11). Da Pentápolis ele seguiu para Alexandria. Quando Marcos retornou a Alexandria, os pagãos da cidade ficaram ressentidos com os seus esforços para tentar afastar os alexandrinos da religião tradicional helénica. Conta esta tradição que eles colocaram uma corda à volta de seu pescoço e o arrataram pelas ruas até que estivesse morto.

Rogério Flausino, o vocalista da banda brasileira Jota Quest, faz hoje 41 anos

Rogério Oliveira de Oliveira, conhecido como Rogério Flausino, (Alfenas, 25 de abril de 1972) é um cantor, músico e compositor brasileiro. Mais conhecido por ser vocalista da banda Jota Quest. É irmão dos também cantores Wilson Sideral e Flávio Landau, e primo de Marcos Menna.

Rogério nasceu e cresceu em Alfenas, Minas Gerais. Aos doze anos montou a sua primeira banda com o irmão Wilson Sideral e dois primos. Em 1987 tocava em festas e eventos na cidade na banda Contato Imediato. Em 1989, começou a fazer um programa semanal todos os sábados na radio AtenasFM, juntamente com o locutor Celino Menezes que comandava o programa Noite 94,1. Antes de ser músico, trabalhava como analista de sistemas. Para o nome artístico, roubou a alcunha de Flausino do seu avô José. Em 1993 se mudou para Belo Horizonte e foi selecionado para ser vocalista da banda Jota Quest. Em 2002, gravou uma música para o filme O Planeta do Tesouro. Venceu o Prémio Multishow 2007 na categoria Melhor Cantor. Em agosto de 2007, tornou-se pai pela primeira vez. É casado com Ludmila Alves Carvalho, que formou-se em medicina pela UFMG em 2008.


Ella Fitzgerald nasceu há 96 anos

Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917 - Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz norte-americana. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.
Considerada uma das intérpretes supremas do chamado Great American Songbook, teve uma carreira que durou 59 anos, venceu 14 prémios Grammy e recebeu a Medalha Nacional das Artes do presidente americano Ronald Reagan, bem como a Medalha Presidencial da Liberdade, do sucessor de Reagan, George H. W. Bush.
Não raro, é apontada por críticos e músicos, como a maior cantora do século XX.


Mário Laginha - 53 anos

(imagem daqui)

Mário João Laginha dos Santos (Lisboa, 25 de abril de 1960) é um pianista e compositor português da área do jazz.

Aprendeu piano e guitarra na infância. A ideia de seguir a carreira de pianista tomou forma quando ouviu Keith Jarrett. Estudou piano na escola de jazz "Louisiana", em Cascais, dirigida por Luís Villas Boas, e depois na Academia de Amadores de Música e no Conservatório, onde teve como professores Carla Seixas e Jorge Moyano.
Tocou primeiro em hotéis e como acompanhante de outros músicos; o primeiro trabalho profissional aconteceu no teatro, na peça Baal, de Brecht, no Teatro da Trindade. Mas a entrada a sério no mundo do jazz deu-se ao integrar o quinteto da cantora Maria João, com o qual gravou dois discos nos anos 1980: Quinteto Maria João (1983) e Cem Caminhos (1985), com standards e alguns originais.
Ao mesmo tempo que tocava com Maria João, Mário Laginha criou o Sexteto de Jazz de Lisboa, com Carlos Martins, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo e os irmãos Pedro e Mário Barreiros, com os quais gravou o LP Ao Encontro, de 1988. Com os irmãos Barreiros tocou também em trio.
Mário Laginha foi investindo cada vez mais nas suas próprias composições, afastando-se da interpretação do jazz clássico e dos standards. Em 1987, com o apoio da Fundação Gulbenkian, estreou o Decateto de Mário Laginha durante o Festival Jazz em Agosto; as composições e arranjos eram totalmente seus. Nesse mesmo ano, foi considerado pela crítica o melhor músico de jazz português.
Ao longo dos anos, trabalhou em parceria com outros grandes nomes da música portuguesa: Pedro Burmester (o concerto de Dezembro de 1993, no Centro Cultural de Belém, deu origem ao disco "Duetos"), Carlos Bica, José Peixoto e José Salgueiro (na altura, 1991, conhecidos pelo nome de grupo Cal Viva), João Paulo Esteves da Silva (em 1993 criaram o grupo Almas & Danças).
Em 1994 lançou o primeiro disco assinado com o seu nome, Hoje. No mesmo ano saiu Danças, onde voltou a colaborar com Maria João, num duo e amizade pessoal que persistem até hoje. Os dois gravaram vários discos e colaboraram em espectáculos de teatro, cinema e outras artes.
Em 1993 Mário Laginha compôs a música original da banda sonora do filme Passagem por Lisboa do cineasta Eduardo Geada.
Em 1999 Mário Laginha iniciou uma colaboração de grande êxito com Bernardo Sassetti. Desde então, deram vários concertos e lançaram dois álbuns: Mário Laginha e Bernardo Sassetti (2003), e Grândolas (2004), disco integrado na comemoração dos 30 anos do 25 de Abril.
Em 2005 gravou o seu primeiro disco a solo, Canções e Fugas.
Em 2007 actuou ao vivo com Pedro Burmester e Bernardo Sassetti, no CCB (lisboa), concerto esse que foi editado em DVD com o título 3 Pianos. O repertório inclui temas de música clássica, música erudita moderna e temas dos próprios pianistas.
Em 2008 tocou com Bernardo Sassetti e Camané no espectáculo Vadios, no CCB, num espectáculo que juntou o jazz e o fado.