quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Coimbra - versão rapper


MC M - Tudo isto é Coimbra (proposta da Téu...)

Pablo Milanés nasceu há 68 anos


ADENDA: outra versão, desta vez só com a voz de Pablo Milanés e ilustrada com bonitas flores:

Amália cantando Mourão-Ferreira (que nasceu há 84 anos...)

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Há 30 anos o Rei de Espanha consolidou a democracia e acabou definitivamente com os fantasmas do franqiuismo

(RTVE - imagem daqui)

(M. Pérez Barriopedro -Agencia Efe: imagem daqui)

O frustrado golpe de Estado de 23 de Fevereiro de 1981 na Espanha, também conhecido como 23-F, foi uma tentativa de golpe de estado perpetrada por certos militares, sendo o acontecimento mais representativo o assalto ao Congresso dos Deputados por um numeroso grupo de guardas civis, comandado pelo tenente-coronel Antonio Tejero. O assalto ocorreu durante a votação do candidato para Presidente do Governo da Espanha, Leopoldo Calvo-Sotelo, da UCD.

(...)
Às seis em ponto da tarde de 23 de Fevereiro começava a votação nominal para a investidura de Leopoldo Calvo-Sotelo como Presidente do Governo da Espanha.
Às 18:21 horas, quando ia emitir o seu voto o deputado socialista Juan Manuel Núñez Encabo, um grupo de guardas civis, encabeçados pelo tenente-coronel Antonio Tejero, irrompeu com a metralhadora na mão no hemiciclo do Congresso dos Deputados. Tjero, desde a tribuna, gritou "Quieto todo el mundo!" e mandou que todos se deitassem no chão.
Instintivamente, como o militar de mais alta graduação ali presente e como vice-presidente do governo, o general Gutiérrez Mellado ergueu-se e, dirigindo-se ao tenente-coronel Tejero, repreendeu os assaltantes, pedindo explicações e ordenando-lhes a deposição das armas. Após uma breve discussão e para reafirmar a sua ordem, Tejero efectua um disparo que foi seguido por umas rajadas das carabinas dos assaltantes. O deputado Santiago Carrillo permanece no seu assento, o presidente Suárez tentou ajudar Gutiérrez Mellado e o resto dos deputados obedeceram à ordem de Tejero.
Pedro Francisco Martín, operador de Televisão Espanhola, gravou quase meia hora do momento, chegando ao mundo um documento audiovisual sobre a tentativa de golpe de estado. Com a tomada do hemiciclo e o sequestro dos poderes executivo e legislativo, tentava-se conseguir o chamado "vazio de poder", sobre o qual se planeava gerar um novo poder político. Mais tarde, quatro dos deputados foram separados do resto: o ainda presidente do Governo, Adolfo Suárez González, o ministro de Defesa, Agustín Rodríguez Sahagún, o líder da oposição, o socialista Felipe González Márquez, o segundo na lista do PSOE, Alfonso Guerra, e o líder do Partido Comunista de Espanha, Santiago Carrillo.
Pouco depois, e seguindo o plano previsto, sublevou-se em Valência o capitão-general da III Região Militar, Jaime Milans del Bosch, levando algumas companhias de carros de combate para a rua, do porto de Valência até o centro da cidade, onde apontaram as armas aos edifícios institucionais. Declarou o estado de excepção e tentou convencer outros militares a secundar a acção. Às nove da noite, um comunicado do Ministério do Interior informava da constituição de um governo provisório com subsecretários de diferentes instâncias ministeriais, presidido por Francisco Laína, para assegurarem a governação do Estado e em estreito contacto com a Junta de Chefes do Estado-Maior. Entretanto, outro general golpista, Torres Rojas, fracassava na sua tentativa de retirar o comando da Divisão Couraçada Brunete ao general Juste, chefe da mesma, abortando a pretensão de ocupar os pontos estratégicos da capital, entre eles a sede de Rádio e Televisão, e da difusão de um comunicado relatando o sucesso do golpe.
A recusa do rei em apoiar o golpe ajudou a abortá-lo ao longo da noite. Também destacou a atitude do presidente da Generalitat de Catalunha Jordi Pujol, que pouco antes das dez da noite transmitia a toda Espanha pelas emissoras de Rádio Nacional e Rádio Exterior uma alocução onde apelava à tranquilidade. Até a uma da madrugada tiveram lugar diligências a partir do Hotel Palace, nas cercanias do Congresso, lugar eleito como centro de operações pelo general Aramburu Topete, então Director Geral da Guarda Civil e o general Sáenz de Santa Maria, pela sua vez Director Geral da Polícia Nacional. Por ali também passou o general Alfonso Armada, parte do plano golpista, que pretendia, simulando negociar com os assaltantes, propor-se como solução. O seu secreto plano de golpe emulando o general francês De Gaulle fracassou perante a recusa de Tejero a que este presidisse um governo do qual também fariam parte socialistas e comunistas. Mais tarde, descobertos os seus planos, seria removido do seu posto de 2º Chefe do Estado-Maior do Exército pela sua implicação na conspiração golpista.
À meia-noite, Alfonso Armada apresentou-se no Congresso com um duplo objectivo: convencer o tenente-coronel Tejero para depor as armas e assumir ele próprio o papel de chefe do Governo sob as ordens do rei, em atitude claramente anticonstitucional. Mas Armada não era a "autoridade competente" esperada e foi despachado por Tejero.
Por volta da uma da manhã de 24 de Fevereiro, o rei interveio na televisão, vestido com uniforme de capitão-general para se situar contra os golpistas, defender a Constituição espanhola, chamar à ordem as Forças Armadas na sua qualidade de comandante-em-chefe e desautorizar Milans del Bosch. A partir desse momento o golpe dá-se por fracassado. Milans del Bosch, isolado, cancelou os seus planos às cinco da manhã e foi detido, enquanto Tejero resistiu até o meio-dia. Seria, porém, durante a manhã do dia 24 que os deputados foram libertos.

Somos filhos da madrugada mas, Zeca, hoje estamos um pouco órfãos...


Zeca Afonso - Canto Moço (Filhos da Madrugada)

Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Mensageira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.

Lições do sismo de CHRISTCHURCH

Comportamento diferencial dos edifícios ao nível de resistência sísmica (foto daqui)

O destruidor sismo de ontem com 6,3 na escala de Richter em Christchurch foi significativamente menor que o ocorrido em 4 de Setembro de 2010 com uma magnitude de 7.1, que praticamente não fez estragos na zona nem mortos.

Todavia, o sismo de ontem, pelo contrário, além de deixar pelo menos largas dezenas de mortos, provocou danos muito avultados em numerosos edifícios da cidade e nem tudo é explicado pelo facto do seu epicentro ter sido mais próximo da Christchurch e o seu hipocentro mais superficial.

Um conjunto extenso de razões para este facto está magnificamente justificado neste texto do "The Landslide blog" uma página mais frequentemente relacionada com movimentos de massa do que com sismos.

Para os que dispensam a leitura do documento ou não sabem inglês, onde são referidas outras razões, chamo apenas à atenção para a importância da introdução de técnicas de resistência sísmica nos edifícios mais antigos, em vez de limitar a respectiva recuperação a meras operações de cosmética como tenho assistido nalgumas ilhas e, inclusive, em Lisboa.

Sobre descontrolos e outras coisas com piada


Study case
- caso 1

Governo




Study case - caso 2


Humor político

BE acusa Governo de admirar «tiranos»
PS, na resposta, diz que recusa lições de um partido «inspirado» em regimes que provocaram sofrimento

O Bloco de Esquerda acusou esta quarta-feira Governo de admirar «tiranos» e de se remeter a «silêncios» em matéria de política externa, tendo o PS recusado lições de um partido «inspirado» em regimes que provocaram o sofrimento de muitas pessoas.

Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o deputado bloquista José Manuel Pureza começou por condenar as «exibições de barbárie» verificadas na Líbia e acusou a Europa de «desertar da luta pelos direitos humanos», referindo-se depois especificamente ao Governo português.

«Mas que os nossos governantes declarem a sua admiração pelos tiranos, que façam de figurantes nas suas operações de relações públicas, que enviem Forças Armadas para abrilhantarem o cerimonial do regime, que contribuam para ocultar a realidade da pobreza que é imposta a estas populações, isso é totalmente insuportável», afirmou o deputado, lembrando que José Sócrates qualificou o líder da Líbia, Khadafi, como um «líder carismático».

O líder parlamentar do Bloco criticou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros, por Luís Amado ter advertido primeiro «contra os riscos de extremismo islâmico por trás das manifestações populares que exigiam a democracia», antes de condenar os «massacres», afirmando depois que o Governo «coloca-se sempre do lado dos silêncios» e da «obediência a interesses particulares».

PS recusa lições de partido «inspirado» em regimes que provocaram sofrimento

Na resposta, o líder parlamentar do PS começou por concordar com a condenação da situação daquele país, mas acusou o Bloco de aproveitar a Líbia para «mais uma vez» atacar a Europa, o Governo, o PS e o primeiro-ministro «de uma forma totalmente inaceitável».

«Há uma coisa que nós não aceitamos, que é receber qualquer valorização dos direitos humanos, de respeito pelos princípios fundamentais da liberdade e da democracia vindos da bancada do Bloco de Esquerda. Por uma razão muito simples: Por respeito pelo nosso passado e por respeito pelo passado de muitos que sofreram por esse planeta fora o resultado de muitas políticas que também inspiraram o Bloco de Esquerda», afirmou Francisco Assis.

O líder da bancada socialista acusou Pureza de fazer uma «verdadeira declamação», «vazia e sem sentido», sem enunciar «um único princípio válido de politica externa aplicável» àquele país ou a qualquer outro.

«O que é que resultaria se dessa declamação resultassem consequências de ordem prática. Com quem manteríamos nós relações diplomáticas. Que tipo de relações diplomáticas manteríamos com a maior parte dos países do mundo, nomeadamente onde subsistem regimes que inspiraram muito tempo os partidos que estiveram na base da constituição do próprio Bloco de Esquerda», reiterou, acusando o deputado bloquista de ir «além da irreal politik».


NOTA: As fotos de Sócrates com Kadafi, Ben Ali, José Eduardo dos Santos, Chávez, Mugabe ou Teodoro Obiang, todos afamados democratas, parecem contrariar o texto do BE - aliás um grupo  político com conhecidos seguidores de Lenine, Stalin, Mao Tsé Tung ou Ever Hoxa não devia fazer tal acusação...

Acautelai-vos dos idos de Março, diz a Alemanha a Sócrates





NOTA: no dia em que Sócrates cair, este blog irá celebrar o facto de nos termos livrado do lixo e do peso morto e podermos finalmente ir à raiz dos nossos problemas, doa a quem doer.

Hoje até o Fernando Pessoa vem celebrar o Zeca

Ná...!

 (imagem daqui)



O que importa é calar Medida Carreira e outras vozes incómodas - quando a CENSURA se chama estratégia de renovação

(Imagem daqui)

Director do canal fala de "estratégia de renovação"
SIC Notícias suspende Plano Inclinado de Mário Crespo

Plano Inclinado era apresentado por Mário Crespo ao sábado à noite

A SIC Notícias decidiu suspender o programa Plano Inclinado em que Mário Crespo contava com o comentador da estação Medina Carreira para debater a situação económica do país. O canal não avança nada em concreto sobre o futuro do programa, que ia para o ar ao sábado à noite.

“Estamos a ponderar uma nova estratégia para o programa, como já aconteceu noutras situações. Estamos a pensar o que queremos para o programa no futuro”, disse ao PÚBLICO António José Teixeira, director do canal.

Para o responsável a suspensão do programa faz parte de "uma estratégia de renovação”. Teixeira não diz se o programa volta. “Mas não há nenhum programa novo para aquele lugar de grelha”, confirma.

Plano Inclinado estreou em Novembro de 2009.

O princípio da guerra civil no PS - em casa que não há pão todos ralham e ninguém tem razão

(imagem daqui)


Notícia sobre Paleontologia portuguesa no Público

Fóssil com 145 milhões de anos
É a tartaruga de água doce mais antiga da Europa. E é de Torres Vedras

Escudo ventral do fóssil de tartaruga com 145 milhões de anos

Vivia numa zona de pântanos e linhas de água sinuosas. O seu fóssil pertence a um género e a uma espécie novos para a ciência. Não muito longe do local onde nadava, o Atlântico Norte começava a formar-se e a separar a Europa da América do Norte.

Estavam a escavar os ossos de um dinossauro num morro junto à foz do rio Alcabrichel, perto de Torres Vedras, quando um deles, Bruno Teodoso, literalmente tropeçou numa tartaruga jurássica. Escorregou e, ao roçar com um braço por cima dos sedimentos, destapou acidentalmente o fóssil de uma tartaruga com 145 milhões de anos.

Nessa altura, em 2003, a Associação Leonel Trindade (ALT) - Sociedade de História Natural, de Torres Vedras, continuou por mais três anos a escavação do dinossauro que ficou encravado durante 145 milhões de anos na colina que agora dá para a praia de Santa Rita e para um Atlântico a perder de vista.

A equipa de escavação percebeu logo que tinha em mãos uma tartaruga, recorda Bruno Camilo Silva, director do Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da ALT. "Mas estava muito danificada e não dava para perceber que tipo de tartaruga seria. Só quando se fez o trabalho de preparação em laboratório e a colagem dos fragmentos e se analisou a sistemática filogenética [a relação evolutiva com outras tartarugas] é que percebemos que estávamos perante um animal novo."

Este mês, a revista norte-americana Journal of Vertebrate Paleontology trouxe a descrição da tartaruga de Torres Vedras num artigo de dois paleontólogos espanhóis, Adán Pérez Garcia e Francisco Ortega, ambos da ALT. Segundo o artigo, além de ser a tartaruga de água doce mais antiga da Europa, do Jurássico Superior, pertence a um género e espécie novos para a ciência. Selenemys lusitanica é o nome científico que lhe deram.

"Em Portugal, Espanha, Alemanha, França e Inglaterra, já se tinham encontrado placas soltas desta tartaruga, mas ninguém sabia que tartaruga era. Sabia-se que eram de tartaruga, mas não de que tipo", refere Bruno Camilo Silva. "Como esta é a mais completa e articulada, deu para estudá-la e definir que todas as placas que se apanharam na Europa pertencem a um novo género e espécie."

A descrição baseou-se nos restos da carapaça e do escudo ventral (plastrão) encontrados na colina. Mas na colecção da Sociedade de História Natural há mais quatro indivíduos deste animal até agora desconhecido dos cientistas.

Nascia o Atlântico

Ter uma tartaruga de água doce com esta idade ajuda a completar o puzzle geográfico dos continentes, neste caso no Jurássico Superior. Há 145 milhões de anos, a Europa e a América do Norte começavam a afastar-se uma da outra e, entre as duas, ia nascendo o Atlântico Norte. Não era um oceano a perder de vista, como agora. Com o início da sua abertura, formava-se na faixa oeste da Península Ibérica, em águas pouco profundas, a Bacia Lusitânica. Era a maior das bacias portuguesas interiores de então, que se estendeu desde o Triásico (235 milhões de anos) até ao Cretácico Inferior (que terminou há 99 milhões de anos), estando o Jurássico entre aqueles dois períodos geológicos.

Os fósseis encontrados nos sedimentos da Bacia Lusitânica permitem conhecer os grupos de animais que povoaram a Europa no momento em que ocorria a sua separação da América do Norte. "Temos apanhado em Torres Vedras espécies de dinossauros, e não só, que se pensava que só apareciam na América do Norte", diz Bruno Camilo Silva. Um dos exemplos de dinossauros partilhados pelos dois continentes é o Allosaurus, um carnívoro temível. Outras espécies de dinossauros só tinham uma distribuição europeia ou ibérica. "Um dos nossos objectivos na costa portuguesa é conhecer o processo de abertura do Atlântico Norte no final do Jurássico a partir da análise da semelhança da fauna entre os dois lados", acrescenta Francisco Ortega, também da Universidade Nacional de Educação à Distância, em Madrid. "Até ao momento, a maior parte das análises centrava-se nos dinossauros, porque a informação sobre outros vertebrados, embora existisse, era muito escassa."

Mas e o que se passava com grupos de répteis de menor tamanho? Será que também viviam em ambos continentes ou, estando separados, teriam dado origem a novas formas? "Temos grupos de répteis que parecem ser próprios da Península Ibérica, que é o caso desta tartaruga. Com o processo de abertura do Atlântico, podia haver uma ligação terrestre, mas as barreiras naturais impediam as formas mais pequenas de passar de um lado para o outro." Por isso, os fósseis de tartarugas dão pistas importantes para o estudo das descontinuidades geográficas. No caso da Selenemys lusitanica, ela pertence a um grupo de tartarugas que estava presente tanto na América do Norte como na Europa, um grupo que ainda hoje existe, chamado pleurosternídeo. Mas é mais aparentada com outras tartarugas europeias do que com formas da América do Norte suas contemporâneas. Esta evolução separada nos dois continentes, gerando espécies próprias em cada um, deveu-se provavelmente à capacidade de dispersão limitada das tartarugas. "Podemos concluir - remata Francisco Ortega - que existiam tartarugas deste grupo para as quais o Atlântico era uma barreira intransponível no final do Jurássico."

A Selenemys lusitanica era pequena, com cerca de 40 centímetros de comprimento. O local onde foi descoberta estava perto do mar da Bacia Lusitânica, mas, pelo tipo de sedimentos, sabemos que era ainda uma zona continental. Era um ambiente fluvial, com linhas de água sinuosas, em forma de meandros, e que seria muito propício à preservação e fossilização de restos de animais do Jurássico Superior.

Agora, a nova tartaruga é umas das preciosidades da colecção de referência da Sociedade de História Natural, criada em 1998. "Neste momento, temos uma das maiores colecções de referência de vertebrados do Jurássico do país", realça Bruno Camilo Silva. "É uma colecção de interesse internacional, com milhares de peças."

Além de dinossauros e tartarugas, tem fósseis de crocodilos, peixes ou plantas, resultantes quer dos trabalhos de campo da Sociedade de História Natural, quer da aquisição, pela Câmara Municipal de Torres Vedras, da colecção de José Joaquim dos Santos, paleontólogo amador que recolheu fósseis na orla costeira da Região Oeste ao longo de 25 anos.

Nos planos imediatos não está a abertura de um museu, mas as visitas à Sociedade de História Natural, que tem a coordenação científica de Francisco Ortega, são bem-vindas. "Costumamos ter visitantes no laboratório e na área de armazenamento, desde escolas, a empresas, associações ou outras pessoas que gostam de ver de perto como trabalhamos com os fósseis", conta Bruno Camilo Silva. "Não existindo um museu, no sentido convencional, o laboratório funciona como tal, onde os visitantes nos vêem trabalhar - em muitos casos, até participam - e onde lhes são explicados vários aspectos da vida e evolução dos dinossauros e de outros animais que pertencem ao nosso acervo."
 

Mais Zeca


PS - Com a curiosidade de um cantautor que eu tanto aprecio (o Fausto, meu conterrâneo, e cuja mãe foi professora de meu pai antes de irem viver para Angola, onde eram amigos de uma minha tia-avó...) tocar nesta música, do último espectáculo do Zeca. Note-se ainda o Júlio Pereira, que tive o prazer de rever este fim de semana, aparecer a tocar nas duas canções anteriores aqui colocadas...

Os mortos do sismo de ontem da Nova Zelândia

Números oficiais apontam ainda 75 mortos e 300 desaparecidos
Autoridades de Christchurch temem mais de cem mortos debaixo de edifício da TV local

As autoridades alertam para a pouca segurança que alguns edifícios oferecem para as buscas de sobreviventes

As autoridades de Christchurch continuam a avançar com o número oficial de 75 mortos provocados pelo sismo de terça-feira. Mas temem que o edifício da televisão local, totalmente destruído, esconda um cenário negro com uma centena de mortos por baixo dos escombros. “Impossível de sobreviver”, dizem sobre o edifício.

Na altura do terramoto, que atingiu 6.3 na escala de Richter estavam naquele edifício, para além da equipa de televisão local, um grupo de estudantes japoneses. Todos são dados entre os cerca de 300 desaparecidos relatados às equipas de socorro em toda a cidade. O estado do edifício levou a que as equipas de salvamento tivessem de parar as buscas por razões de segurança. Dave Lawry, inspector da polícia local disse ao New Zealand Herald que tem “cem por cento de certeza” que não há sobreviventes.

“Não vou arriscar a vida do meu pessoal onde eu acredito que não existem sobreviventes. Ocorreram durante as últimas horas vários incêndios no edifício e as câmaras e detectores de som instalados não encontraram qualquer sinal de vida, disse Lawry.

As autoridades também não acreditam já encontrar sobreviventes por baixo dos escombros da catedral de Christchurch, um monumento com 130 anos que desabou. Há informação de 22 pessoas que estavam dentro da catedral quando ocorreu o sismo.

Nas últimas horas foram salvas cerca de 120 pessoas dos escombros, num dos casos uma mulher esteve presa mais de 26 horas mas sobreviveu. Muitas das vítimas tiveram de ser amputadas nos resgates.

Francisco Caldeira Pires, um português a viver há seis anos em Christchurch contou esta manhã às rádios da Media Capital que as autoridades pedem às pessoas para não saírem de casa e que o grau de destruição é enorme: “Há bastantes danos nas casas e estradas, está tudo destruído, as saídas e entradas da cidade estão impossíveis”, diz o português que se voluntariou para ajudar na limpeza da cidade que só nas últimas horas recuperou a electricidade. Francisco Caldeira Pires fala ainda de filas para gasolina e uma escassez de alimentos nos supermercados.

Cerca de 80 por cento da cidade permanece sem água.

Os líderes mundiais têm oferecido ajuda. Barack Obama vai mandar uma equipa de busca e salvamento e o Reino Unido também vai enviar uma equipa de 62 especialistas de busca e resgate com mais de nove toneladas de equipamento.

Mais uma notícia sobre o sismo da Ilha do do Sul na Nova Zelândia

Glaciar Tasman
Sismo soltou 30 milhões de toneladas de gelo do maior glaciar neozelandês

O glaciar fica a 200 quilómetros de Christchurch

O sismo que atingiu hoje a segunda maior cidade neozelandesa, Christchurch, fez ruir 30 milhões de toneladas de gelo do glaciar Tasman, o maior do país.

A magnitude do sismo fez desprender um bloco de gelo que caiu no lago terminal do glaciar, a 200 quilómetros de Christchurch, formando pequenos icebergs. Segundo o jornal “The Guardian”, que cita a agência AP, a queda dos 30 milhões de toneladas de gelo provocou ondas de 3,5 metros de altura que varreram o lago durante cerca de meia hora.

Este glaciar, na ilha Sul, desce as encostas da montanha Cook e é o maior da Nova Zelândia, com uma extensão de 29 quilómetros e 2,5 quilómetros de largura.

Fazes-nos tanta falta, Zeca...

Recordar o Zeca - música do seu último concerto

Zeca Afonso morreu há duas dúzias de anos

(imagem daqui)
José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 03.00 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada em 1982. O funeral realizou-se no dia seguinte, com mais de 30 mil pessoas, da Escola Secundária de S. Julião para o cemitério da Senhora da Piedade, em Setúbal, onde a urna foi depositada às 17h.30 horas na sepultura 1606 do quadro 19. O funeral demorou duas horas a percorrer 1.300 metros.