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sábado, maio 26, 2018

A cantora Mamie Smith nasceu há 135 anos

Mamie Smith (Cincinnati, 26 de maio de 1883Nova Iorque, 16 de setembro de 1946) foi uma norte-americana cantora de vaudeville, dançarina, pianista e actriz, figurando em vários filmes numa fase mais avançada da sua carreira. Como cantora de vaudeville executou vários estilos, incluindo jazz e blues. Entrou para a história dos blues ao ser a primeira afro-americana a gravar blues vocais em 1920.

Primeiros anos
Mamie Robinson nasceu a 26 de maio de 1883, provavelmente em Cincinnati, Ohio, embora não exista registo do seu nascimento. Enquanto adolescente, dançou no Salem Tutt Whitney's Smart Set.
  
Carreira musical 
A 10 de agosto de 1920 Mamie Smith gravou em Nova Iorque um conjunto de canções, todas escritas pelo experiente compositor afro-americano Perry Bradford, incluindo "Crazy Blues" e "It's Right Here For You (If You Don't Get It, 'Tain't No Fault of Mine)". Estas foram as primeiras gravações de blues vocais por uma cantora afro-americana, tendo o disco se tornado um best-seller explosivo, vendendo um milhão de cópias num ano. Para surpresa das gravadoras, grande número de discos foi comprado por afro-americanos, um mercado até aí negligenciado pela indústria de gravação. "Crazy Blues" em particular foi realçado como um número distintamente "de cor" executado por uma cantora também "de cor". Devido à importância histórica de "Crazy Blues", foi indicado para o Grammy Hall of Fame em 1994 e em 2005 foi seleccionada para conservação permanente no National Recording Registry da Biblioteca do Congresso.
Embora outros afro-americanos tenham gravado antes dela, tais como George W. Johnson na década de 1890, todos eram artistas negros, que tinham um substancial número de seguidores entre as audiências euro-americanas. O sucesso das gravações de Smith fez com que as gravadoras procurassem outras cantoras de blues, dando início à chamada era do blues clássico feminino. Também abriu a indústria de gravação a gravações por e para afro-americanos noutros géneros.
Mamie Smith continuou a fazer uma série de gravações populares para a Okeh ao longo da década de 1920. Fez também algumas gravações para a Victor. Fez tournées pelos Estados Unidos e Europa com a sua banda "Mamie Smith & Her Jazz Hounds" como parte do "Mamie Smith's Struttin' Along Review". Foi promovida como "A Rainha dos Blues". Esta promoção de Mamie Smith depressa foi superada por Bessie Smith, que se designava a si própria como "A Imperatriz dos Blues."
Mamie Smith figurou num dos primeiros filmes sonoros, Jail House Blues, em 1929. Aposentou-se da gravação e actuação em 1931. Voltou a actuar em 1939, figurando no filme Paradise in Harlem produzido pelo seu marido Jack Goldberg. Surgiu em filmes posteriores, incluindo Mystery in Swing, Sunday Sinners (1940), Stolen Paradise (1941), Murder on Lenox Avenue (1941), e Because I Love You (1943). Morreu no final de 1946, em Nova Iorque.
   
   

quinta-feira, maio 16, 2013

Sammy Davis Jr. morreu há 23 anos

Samuel George "Sammy" Davis, Jr. (Harlem, Nova Iorque, 8 de dezembro de 1925 - Beverly Hills, 16 de maio de 1990), mas conhecido simplesmente como Sammy Davis Jr., foi um cantor, dançarino e ator norte-americano.
Essencialmente dançarino e cantor, Davis passou sua infância no vaudeville e tornou-se conhecido por suas performances na Broadway e em Las Vegas, sendo a estrela de programas de televisão e filmes. Fez parte do grupo de atores, liderado por Frank Sinatra, conhecido como Rat Pack, sendo o único membro não branco.
Davis começou a sua carreira no vaudeville, com três anos de idade, com seu pai e Will Mastin. Com os dois excursionou pelos EUA, e após o serviço militar, retornou ao trio. Davis tornou-se uma sensação, da noite para o dia, depois de um show na discoteca Ciro, em 1951. Em 1954, ele perdeu seu o olho esquerdo num acidente automobilístico. Em 1960, ele apareceu no primeiro filme do grupo Rat Pack, Ocean Eleven. Depois de um papel de protagonista na Broadway, Mr Wonderful, em 1956, Davis voltou ao palco em 1964 no shown Golden Boy, e em 1966, teve o seu próprio programa de variedades na TV, The Sammy Davis Jr. Show. A carreira de Davis perdeu intensidade no final dos anos sessenta, mas ele ainda fez sucesso com o disco "The Candy Man", em 1972, e tornou-se uma estrela em Las Vegas.
Como afro-americano, Davis foi vítima de racismo durante toda a sua vida, e foi um grande financiador da causa dos direitos civis. Também teve um relacionamento complexo com a comunidade dos afro-americanos, e atraiu críticas após abraçar Richard Nixon em 1970. Um dia, num jogo de ténis com Jack Benny, perguntaram-lhe sobre o seu handicap no golf. "Handicap?" Respondeu ele: "Falar sobre handicap? Eu sou um negro judeu zarolho...." Este comentário transformou-se na sua assinatura, recontada na sua biografia e em incontáveis artigos.
Depois de se reunir com Sinatra e Dean Martin, em 1987, Davis viajou com eles e Liza Minnelli numa turnê internacional, antes de morrer de cancro na garganta, em 1990. Ele morreu devendo impostos ao  estado e os seus bens foram alvo de batalhas judiciais.
Davis foi premiado com a Medalha Spingarn pela NAACP, e foi indicado para um globo de ouro e um Emmy por suas atuações na televisão . Obteve o Prémio Kennedy em 1987 e, em 2001, ele recebeu postumamente o Prémio Grammy, pelo conjunto da obra.


Curiosidades
  • Foi o primeiro artista negro a conseguir estrelar o seu próprio programa de televisão.
  • Em 1954, após lançar o seu primeiro álbum, "Starring Sammy Davis Jr.", ficou um período afastado devido a um acidente automobilístico que lhe provocou a perda de um olho.
  • Converteu-se ao judaísmo, o que, segundo alguns, provocou uma grande ira na sociedade conservadora dos Estados Unidos.
  • Michael Jackson, assumidamente fã de Davis desde criança, compôs a canção "You Were There" para o especial de 60 anos do aniversário de Sammy Davis, apresentando-a ao vivo em 1989.
  • É citado nas séries "Seinfeld" (no primeiro episódio da 8ª temporada) e "Patriarca com Estilo".
  • No filme Uma vida iluminada o cão-guia Sammy Davis Jr. Jr. tem o nome, em homenagem ao cantor.
  • Participou de um episódio da série Jeannie é um Génio (1965-1970), na 2ª temporada da série, em 1967. Nesse episódio, além de contracenar com Barbara Eden e Larry Hagman, Sammy canta as suas canções.


sexta-feira, abril 12, 2013

Josephine Baker morreu há 38 anos

Josephine Baker, nome artístico de Freda Josephine McDonald, (Saint Louis, 3 de junho de 1906 - Paris, 12 de abril de 1975) foi uma célebre cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937, e conhecida pelos apelidos de Vénus Negra, Pérola Negra e ainda a Deusa Crioula.
Vedeta do teatro de revista, Josephine Baker é geralmente considerada como a primeira grande estrela negra das artes cénicas.

Josephine Baker era filha de Carrie McDonald, e seu pai é incerto. Alguns biógrafos afirmam que seu pai seria Eddie Carson, que foi certamente amante de sua mãe, mas Josephine acreditava que seu pai teria sido um homem branco. O pai de Josephine, segundo a biografia oficial, era o ator Eddie Carson. Várias fontes, no entanto, afirmam que seu pai teria sido um vendedor ambulante de jóias.
Ela era efetivamente fruto de grande miscigenação racial: tinha, além da herança negra de escravos da Carolina do Sul, também a herança genética de índios americanos Apalaches e caucasianos.
Começou sua carreira ainda criança, como artista de rua, dançando. Participou de espetáculos de vaudeville de St. Louis Chorus, aos quinze anos de idade. Atuou em Nova York, em alguns espetáculos da Broadway, em 1921 e 1924.
Em 2 de outubro de 1925 estreou em Paris, no Théâtre des Champs-Élysées, fazendo imediato sucesso com a sua dança erótica, aparecendo praticamente nua em cena. Graças ao sucesso da sua temporada europeia, rompeu o contrato e voltou para a França, tornando-se a estrela da Folies Bergère.
As suas apresentações ficaram memoráveis, dentre elas uma em que vestia uma saia feita de bananas. Por suas atuações no teatro de revista, foi uma grande concorrente da grande vedette francesa Mistinguett. As duas não se gostavam, mas o charme de Mistinguett estava em sugerir nudez, através de suas belíssimas pernas, ao passo que Josephine ia muito mais longe, em matéria de nudez. Na verdade, eram duas formas de arte diferentes. Mistinguett mais elitista, Josephine mais popular.
Durante a Segunda Guerra Mundial, teve um papel importante na resistência à ocupação, atuando como espia. Depois da guerra, foi condecorada com a Cruz de Guerra das Forças Armadas Francesas e a Medalha da Resistência. Recebeu também, do presidente Charles de Gaulle, o grau de Cavaleiro da Legião de Honra.
Nos anos 1950, usou sua grande popularidade na luta contra o racismo e pela emancipação dos negros, apoiando o Movimento dos Direitos Civis de Martin Luther King. Baker também trabalhou na National Association for the Advancement of Colored People (NAACP).
Adotou 12 órfãos de várias etnias, aos quais chamava "tribo arco-íris." Eram eles: Janot, coreano; Akio, japonês; Luís, colombiano; Jari, finlandês; Jean-Claude, canadiano; Moïse, judeu francês; Brahim, argelino; Marianne, francesa; Koffi, costa-marfinense; Mara, venezuelana; Noël, francês, e Stellina, marroquina. Tinha uma chita de estimação, com o nome de Chiquita.