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terça-feira, setembro 14, 2021

quinta-feira, setembro 14, 2017

Zé Pedro - 61 anos

José Pedro Amaro dos Santos Reis conhecido como Zé Pedro  (Lisboa, 14 de setembro de 1956) é um músico português, guitarrista e o fundador dos Xutos & Pontapés.


Biografia
Filho de um militar, José Pedro Amaro dos Santos Reis, o seu nome completo, nasceu na noite do dia 14 de setembro de 1956, na ala do exército do Hospital da Estrela, em Lisboa.
Zé Pedro fundou os Xutos ao colocar um anúncio no jornal: "Baterista e baixista precisam-se para grupo punk". Zé Pedro é conhecido pela sua enorme alegria em cima do palco e fora dele.
Apesar de ser o guitarrista ritmo da banda, ele é considerado um ícone para o rock português,e é compositor de alguns clássicos dos Xutos como "Submissão" (onde participa como vocalista), e "Não Sou o Único".
Em meados dos anos 90, durante uma pausa dos Xutos, participou em conjunto com o colega de banda, Kalú, na banda de Jorge Palma, Palma’s Gang.
Zé Pedro chegou a ser consumidor de drogas. Actualmente assume abertamente esse facto e orgulha-se de estar completamente recuperado. Teve hepatite C, desde 2001, doença que quase lhe custou a vida e o obrigou a um transplante de fígado (em 2011).
Em 2004, teve uma participação especial no filme Sorte Nula, de Fernando Fragata, tendo interpretado um recluso evadido. Foi a sua banda, Xutos & Pontapés, que fez a banda sonora desse mesmo filme.
Em 2007, uma das suas irmãs, Helena Reis lançou um livro com o nome "Não Sou o Único" que conta toda a vida do guitarrista.
Actualmente, Zé Pedro é também DJ e tem uma rubrica na rádio Radar.
Em 2011 forma o supergrupo Ladrões do Tempo, com Tó Trips (Dead Combo), Pedro Gonçalves (Dead Combo), Samuel Palitos (ex-Censurados) e Paulo Franco (Os Dias De Raiva e Dapunksportif). Esta banda iria surgir no álbum Convidado:Zé Pedro, editado em 2011 por Zé Pedro, com o tema "Mora Na Filosofia".
A 19 de janeiro de 2013 casou com Cristina Avides Moreira.
 
 

domingo, julho 31, 2011

Domingo de manhã, em férias...

... e estou a trabalhar, como a maioria dos professores (uns a corrigir testes, sem receberem nada por isso, outros a fazer os papéis da pseudo-avaliação e outros a preparar as grelhas para avaliarem os seus pares). É claro que há excepções, mas...

Assim, queria dedicar esta música aos meus colegas, em especial aos dos Sindicatos:

terça-feira, setembro 21, 2010

Acabar de vez com o silêncio e a submissão

Navegar para Bizâncio



«Of what is past, or passing, or to come.»

William Butler Yeats, Sailing to Byzantium, 1928


O editorial do jornal mexicano Diário, edição de Juárez, de 18-9-2010, após mais um homicídio de um jornalista nesta cidade de fronteira com os EUA, disputada pelos cartéis da droga, justifica destaque. Um excerto do editorial, que vale a pena ler na íntegra:

«O que querem de nós?
Da Redacção
El Diario | 18-09-2010 | 21:57

Senhores das diferentes organizações que disputam a praça da Ciudad Juárez: a perda de dois repórteres de esta casa editorial em menos de dois anos representa uma ruptura irreparável para todos os que aqui trabalham e, em particular, para as suas famílias.
Sabemos que é do vosso conhecimento que somos comunicadores, não adivinhos. Portanto, como trabalhadores da informação queremos que nos expliquem o que é que querem de nós, o que é que pretendem que publiquemos ou deixemos de publicar, para saber a que nos conformar.
Vós sois, nesta altura, as autoridades de facto nesta cidade, porque os poderes instituídos não têm podido fazer nada para impedir que os nossos companheiros continuem a cair, apesar do que reiteradamente lhes temos exigido.»
(Tradução minha)

Esta é uma declaração de derrota da sociedade perante o crime. Os media, representantes da sociedade civil, voltam-se para «as autoridades de facto», que são agora os cartéis da droga, juram-lhes obediência e pedem-lhes o que lhes digam o que fazer!... Podemos até concluir que há muita promiscuidade entre o os cartéis e o Estado mexicano; mas isso só piora o diagnóstico.

Noutra circunstância, mais branda (não matam!), e noutra longitude, mais a leste, verifica-se a mesma obediência perante o poder corrupto; e já não em nome da vida, mas do salário. Há os que sucubem, tentando ser livres e servir o povo com a voz e os dedos, e há os que se anicham no regaço do poder e abicham os salários correspondentes, rendendo a sua pena (a nossa outra!) pela paga. Um poder corrupto que, todavia, se agacha perante a marginalidade interna e o terror externo.

Aquilo que se chamou Ocidente - impropriamente, como se o mundo não tivesse hemisfério sul... -, perdeu a vontade de combater. Há-de descer ao suplício do inferno antes de ressurgir - quando ressurgir! - com carácter e força. A perda da vontade de combater, que não é exclusiva dos Estados, pois também afecta as comunidades e os indivíduos, é uma característica das sociedades ricas, que preferem o consumo ao investimento, o conforto ao risco e, no cúmulo da sua abundância, tornam-se escravas dos bárbaros que exploram o seu medo, as constrangem a obedecer à sua vontade e lhes extorquem dinheiro. A redenção moral só ocorrerá após esta rendição material. Quando a purificação da pobreza as revigorar e encontrarem, no fundo da alma, a razão de ser. De novo.

in Do Portugal Profundo - post de António Balbino Caldeira