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domingo, fevereiro 24, 2013

Sombra - Amália canta David Mourão-Ferreira


Sombra - Amália Rodrigues
Letra de David Mourão-Ferreira e música de Alain Oulman


Bebi por tuas mãos esta loucura

De não poder viver longe de ti

És a noite, que à noite me procura

És a sombra da casa onde nasci



Deixa ficar comigo a madrugada

Para que a luz do Sol me não constranja

Numa taça de sombra estilhaçada

Deita sumo de Lua e de laranja



Só os frutos do céu que não existe

Só os frutos da terra que me deste

Hão fazer-te ausência menos triste

Tornar-me a solidão menos agreste



Vou recolher à casa onde nasci

Por teus dedos de sombra edificada

Nunca mais, nunca mais longe de ti

Se comigo ficar a madrugada

quinta-feira, junho 21, 2012

Começou o Verão...!

Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério norte

Na astronomia, solstício (do latim sol + sistere, que não se mexe) é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.

Poema da sombra mínima

De um mesmo corpo o Sol projecta sombras
de diferentes tamanhos e contornos.

Quando atinge o seu zénite, o mais alto,
aquele seu mais alto que é possível,
quase não tenho sombra,
quase a busco,
quase não a descubro de acanhada.

Glória ao Sol nas alturas!

Ó alegria da sombra mínima!
Eu canto, eu rio, eu sonho, eu estendo os braços,
eu com os dedos afago.
Falam-me as pedras, sorriem-me as paredes
e à beira dos meus passos se desenham
os novelos de luz, os véus, as plumas,
aqueles rolos breves e translúcidos
com que sobem ao céu, nas telas quinhentistas,
os bem-aventurados.

Ó alegria da sombra mínima!

Já não me cansa o que lá vai no tempo.
Já não me cansa o que há-de vir depois.
A sombra existe sempre
mas quando o Sol me banha do seu alto,
ó alegria das alegrias!,
eu canto, eu rio, eu sonho, eu estendo os braços,
eu com os dedos afago.

in
Novos Poemas Póstumos (1990) - António Gedeão

domingo, fevereiro 01, 2009

Poema para político de triste figura com escura sombra

SÍMBOLO

O Sol
pôs, na parede, a sombra do seu corpo pequenino
- que já fazia sombra -
e que o menino
descobriu.

Erguendo o braço
quis tocar a sombra
mas a sombra fugiu.

Tentou de novo e novo
mas nunca a sua mão pôde tocar-lhe.

Desanimado,
olhou o Sol de frente
e encontrou novidade
no caminho da luz

Mas, atrás dele,
ia a sombra
....................- teimosa -
......................................a persegui-lo.

Álvaro Feijó