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sábado, março 09, 2024

A paleontóloga Mary Anning morreu há 177 anos

   
Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning quem descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Esta encontrou, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, o primeiro fóssil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fosseis na praia e vendendo-os aos visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-línguas inglês She sells seashells on the seashore (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nos leitos fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles desaparecessem no mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu a sua vida, em 1833, durante um deslizamento que matou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções de fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em seu benefício.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade cientifica da Grã-Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos, estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre recolha de fósseis. Entretanto, como mulher, não era elegível para se juntar à Geological Society of London, e muitas vezes nem sequer recebia o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu em uma carta: "O mundo usou-me tão maldosamente, que eu temo que todos suspeitem de mim." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History em 1839, um trecho de uma carta na qual Anning tinha escrito para o editor da revista, questionando uma de suas reivindicações. Depois da sua morte a história da sua vida pouco comum atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela, em 1865 , e disse que:"a filha do carpinteiro conquistou um nome por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning numa lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.
   
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um fóssil animal hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823
   

sexta-feira, outubro 20, 2023

Notícia interessante sobre paleontologia e paleoecologia...

 Eric comeu um teleósteo desconhecido. E morreu

 

Eric, o plesiossauro

 

Uma equipa de paleontólogos australianos concluiu que, pouco tempo antes de morrer, Eric comeu um peixe teleósteo de espécie desconhecida. Não se preocupe, Eric é um Umoonasaurus demoscyllus - e aconteceu há alguns milhões de anos.

 Uma análise da última refeição de um plesiossauro conhecido como “Eric” permitiu aos paleontólogos conhecer melhor a dieta destes répteis marinhos pré-históricos, que viveram há mais de 66 milhões de anos.

Os restos mortais do Umoonasaurus demoscyllus foram encontrados em 1987, nas minas de opala de Coober Pedy, no sul da Austrália. Após milénios de exposição à pedra preciosa, o fóssil estava opalizado, bastante bem preservado e quase intacto.

Num estudo recente, uma equipa liderada por Joshua White, investigador da Australian National University, usou raios-X e imagens de tomografia computorizada para realizar uma análise minuciosa ao conteúdo do estômago do dinossauro.

O estudo, publicado na Alcheringa: An Australasian Journal of Palaeontology, permitiu aos cientistas encontrar 17 vértebras de um peixe teleósteo não identificado - provando que estes predadores de pescoço curto eram definitivamente piscívoros.

Segundo os investigadores, a descoberta prova também que é possível usar raios-X  para reconstituir as dietas de outras espécies extintas que viveram na Terra há centenas de milhões de anos.

“Estudos anteriores examinaram a superfície exterior do esqueleto opalizado de Eric para encontrar pistas”, explica White numa nota de imprensa publicada a semana passada na Scimex.

“Mas esta abordagem pode ser difícil e limitante, já que é raro encontrar conteúdo intestinal fossilizado — e pode haver mais coisas escondidas sob a superfície, que seriam quase impossível que os paleontólogos vissem sem destruir o fóssil”, acrescenta o investigador.

Para distinguir entre o que poderiam ser os restos da última refeição de Eric e simples gastrólitos (sim, os dinossauros sofriam de pedras do estômago), a equipa usou as imagens obtidas por TC e raios-X para criar um modelo 3D do fóssil.

   

Modelo 3D do conteúdo intestinal de Eric

 

As imagens obtidas permitiram à equipa descobrir que a última refeição do réptil pré-histórico tinha sido um teleósteo - uma classe de peixes com estruturas ósseas - de uma espécie desconhecida.

“Os plesiossauros eram predadores de nível médio — algo como um leão-marinho, que comiam peixes pequenos e eram provavelmente caçados por predadores maiores”, diz White. Eric não estava no topo da cadeia alimentar.

 

 

Eric deve o seu nome a uma música dos Monty Python

 

Na altura da sua descoberta, o fóssil opalizado foi vendido a um negociante de pedras preciosas, mas viria mais tarde a ser resgatado por particulares e doado ao Australian Museum - onde se encontra em exposição, juntamente com o seu teleósteo.

 

in ZAP

sábado, agosto 12, 2023

O paleontólogo William Conybeare morreu há 166 anos

 
William Daniel Conybeare (Londres, 7 de junho de 1787 - Winchester, 12 de agosto de 1857), decano em Llandaff, foi um geólogo e paleontólogo inglês, filho de William Conybeare, reitor de Bishopsgate.
Ele é mais conhecido pelo seu trabalho inovador no estudo de fósseis de répteis marinhos na década de 1820, incluindo publicações importantes para a Sociedade Geológica de Londres sobre anatomia e a descrição científica dos plesiossauros.
Foi laureado com a medalha Wollaston de 1844, concedida pela Sociedade Geológica de Londres.
 
 

domingo, maio 21, 2023

A paleontóloga Mary Anning nasceu há 224 anos

Mary Anning e seu cão Tray, pintados antes de 1842; o afloramento de Golden Cap pode ser visto ao fundo
 
Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning quem descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Esta encontrou, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, o primeiro fóssil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fósseis na praia e vendendo-os aos visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-línguas inglês She sells seashells on the seashore (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nos leitos fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles desaparecessem no mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu a sua vida em 1833, durante um deslizamento que matou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções de fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em seu benefício.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade cientifica da Grã-Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre e, como dissidentes religiosos, estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre coligir fósseis. Entretanto, como uma mulher ela não era elegível para se juntar à Geological Society of London, e ela nem sempre recebeu o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu numa carta: "O mundo usou-me tão maliciosamente, que me fez suspeita de todos." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History, em 1839, um citação de uma carta que Anning tinha escrito ao editor duma revista, questionando uma das suas reivindicações. Depois da sua morte, a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela em 1865, dizendo que: "a filha do carpinteiro conquistou um lugar na história por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu-a numa lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.
   
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um fóssil animal hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823
   

quinta-feira, março 09, 2023

A paleontóloga Mary Anning morreu há 176 anos

   
Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning quem descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Esta encontrou, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, o primeiro fóssil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fosseis na praia e vendendo-os aos visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-línguas inglês She sells seashells on the seashore (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nos leitos fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles desaparecessem no mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu a sua vida, em 1833, durante um deslizamento que matou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções de fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em seu benefício.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade cientifica da Grã-Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos, estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre recolha de fósseis. Entretanto, como mulher, não era elegível para se juntar à Geological Society of London, e muitas vezes nem sequer recebia o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu em uma carta: "O mundo usou-me tão maldosamente, que eu temo que todos suspeitem de mim." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History em 1839, um trecho de uma carta na qual Anning tinha escrito para o editor da revista, questionando uma de suas reivindicações. Depois da sua morte a história da sua vida pouco comum atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela, em 1865 , e disse que:"a filha do carpinteiro conquistou um nome por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning numa lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.
   
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um fóssil animal hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823
   

sexta-feira, agosto 12, 2022

O paleontólogo William Conybeare morreu há 165 anos

 
William Daniel Conybeare (Londres, 7 de junho de 1787 - Winchester, 12 de agosto de 1857), decano em Llandaff, foi um geólogo e paleontólogo inglês, filho de William Conybeare, reitor de Bishopsgate.
Ele é mais conhecido pelo seu trabalho inovador em fósseis de répteis marinhos na década de 1820, incluindo papéis importantes para a Sociedade Geológica de Londres sobre anatomia e a descrição científica dos plesiossauros.
Foi laureado com a medalha Wollaston de 1844, concedida pela Sociedade Geológica de Londres.
 
 

sábado, maio 21, 2022

A paleontóloga Mary Anning nasceu há 223 anos

Mary Anning e seu cão Tray, pintados antes de 1842; o afloramento de Golden Cap pode ser visto ao fundo
 
Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning quem descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Esta encontrou, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, o primeiro fóssil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fósseis na praia e vendendo-os aos visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-línguas inglês She sells seashells on the seashore (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nos leitos fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles desaparecessem no mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu a sua vida em 1833, durante um deslizamento que matou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções de fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em seu benefício.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade cientifica da Grã-Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre e, como dissidentes religiosos, estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre coligir fósseis. Entretanto, como uma mulher ela não era elegível para se juntar à Geological Society of London, e ela nem sempre recebeu o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu numa carta: "O mundo usou-me tão maliciosamente, que me fez suspeita de todos." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History, em 1839, um citação de uma carta que Anning tinha escrito ao editor duma revista, questionando uma das suas reivindicações. Depois da sua morte, a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela em 1865, dizendo que: "a filha do carpinteiro conquistou um lugar na história por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu-a numa lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.
   
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um fóssil animal hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823
   

quarta-feira, março 09, 2022

A paleontóloga Mary Anning morreu há 175 anos

   
Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning quem descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Esta encontrou, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, o primeiro fossil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fosseis na praia e vendendo-os aos visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-línguas inglês She sells seashells on the seashore (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nos leitos fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles desaparecessem no mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu a sua vida em 1833, durante um deslizamento que matou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções de fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em seu benefício.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade cientifica da Grã-Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre coletar fósseis. Entretanto, como uma mulher não era elegível para se juntar a Geological Society of London, e muitas vezes nem sequer recebia o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu em uma carta: "O mundo usou-me tão maldosamente, que eu temo que todos suspeitem de mim." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History em 1839, um trecho de uma carta na qual Anning tinha escrito para o editor da revista, questionando uma de suas revindicações. Depois da sua morte a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela em 1865 que:"a filha do carpinteiro conquistou um nome por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning em uma lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.
   
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um fóssil animal hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823
   

quinta-feira, agosto 12, 2021

O paleontólogo William Conybeare morreu há 164 anos

 
William Daniel Conybeare (Londres, 7 de junho de 1787 - Winchester, 12 de agosto de 1857), decano em Llandaff, foi um geólogo e paleontólogo inglês, filho de William Conybeare, reitor de Bishopsgate.
Ele é mais conhecido pelo seu trabalho inovador em fósseis de répteis marinhos na década de 1820, incluindo papéis importantes para a Sociedade Geológica de Londres sobre anatomia e a descrição científica do Plesiossauro.
Foi laureado com a medalha Wollaston de 1844, concedida pela Sociedade Geológica de Londres.
 
 

sexta-feira, maio 21, 2021

A paleontóloga Mary Anning nasceu há 222 anos

Mary Anning e seu cão Tray, pintados antes de 1842; o afloramento de Golden Cap pode ser visto ao fundo
   
Mary Anning, nascida em (Lyme Regis, Dorset, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóga inglesa, conhecida pela descoberta do primeiro fóssil de ictiossauro, aos 12 anos de idade, na costa de Dorset, num íngreme penhasco, com 5 metros de comprimento.
   
Mary Anning foi uma colecionadora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida mundialmente pelo grande número de importantes achados paleontológicos que fez nos afloramentos marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset onde viveu. O seu trabalho contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurava por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que precisavam de ser extraídos rapidamente, antes que fossem levados pelo mar. Era um trabalho perigoso e quase perdeu a sua vida, em 1833, durante um deslizamento que vitimou o seu cão Tray.
    
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um animal fóssil hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823
      

quinta-feira, maio 21, 2020

A paleontóloga Mary Anning nasceu há 221 anos

   
Mary Anning, nascida em (Lyme Regis, Dorset, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóga inglesa, conhecida pela descoberta do primeiro fóssil de ictiossauro, aos 12 anos de idade, na costa de Dorset, num íngreme penhasco, com 5 metros de comprimento.
   
Mary Anning foi uma colecionadora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida mundialmente pelo grande número de importantes achados paleontológicos que fez nos afloramentos marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset onde viveu. O seu trabalho contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurava por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que precisavam de ser extraídos rapidamente, antes que fossem levados pelo mar. Era um trabalho perigoso e quase perdeu a sua vida, em 1833, durante um deslizamento que vitimou o seu cão Tray.
   
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um animal fóssil hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823
    

terça-feira, maio 21, 2019

A paleontóloga Mary Anning nasceu há 220 anos

Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning que descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro, que descobriu, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fósseis na praia e vendendo para visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-língua inglês "she sells seashells on the seashore" (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma colecionadora, negociante e paleontóloga britânica a qual tornou-se conhecida mundialmente pelo número de importantes achados que ela fez nos leitos fósseis marinhos de idade Jurássica na cidade de Lyme Regis no condado de Dorset onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser extraídos rapidamente, antes que fossem levados pelo mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu sua vida em 1833 durante um deslizamento que vitimou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o seu irmão encontraram, tinha ela apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel crucial nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar à época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente circulada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em benefício dela.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade científica da Grã Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre coligir fósseis. Entretanto, como uma mulher ela não era elegível para se juntar à Geological Society of London, e ela nem sempre recebeu o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu numa carta: "O mundo usou-me tão maliciosamente, que me fez suspeita de todos." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History, em 1839, um citação de uma carta que Anning tinha escrito ao editor duma revista, questionando uma das suas reivindicações. Depois da sua morte, a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela em 1865, dizendo que: "a filha do carpinteiro conquistou um lugar na história por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning numa lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um animal fóssil hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823

sábado, março 09, 2019

A paleontóloga Mary Anning morreu há 172 anos

Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning quem descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Esta encontrou, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, o primeiro fossil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fosseis na praia e vendendo-os aos visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-línguas inglês She sells seashells on the seashore (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nos leitos fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles desaparecessem no mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu a sua vida em 1833, durante um deslizamento que matou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções de fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em seu benefício.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade cientifica da Grã-Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre coletar fósseis. Entretanto, como uma mulher não era elegível para se juntar a Geological Society of London, e muitas vezes nem sequer recebia o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu em uma carta: "O mundo usou-me tão maldosamente, que eu temo que todos suspeitem de mim." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History em 1839, um trecho de uma carta na qual Anning tinha escrito para o editor da revista, questionando uma de suas revindicações. Depois da sua morte a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela em 1865 que:"a filha do carpinteiro conquistou um nome por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning em uma lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um animal fóssil hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823

sábado, agosto 12, 2017

O paleontólogo William Conybeare morreu há 160 anos

William Daniel Conybeare (Londres, 7 de junho de 1787 - Winchester, 12 de agosto de 1857), decano em Llandaff, foi um geólogo e paleontólogo inglês.
Filho de William Conybeare, reitor de Bishopsgate.
Ele é mais conhecido por seu trabalho inovador em fósseis de répteis marinhos na década de 1820, incluindo papéis importantes para a Sociedade Geológica de Londres sobre anatomia e a descrição científica do Plesiossauro.
Foi laureado com a medalha Wollaston de 1844, concedida pela Sociedade Geológica de Londres.
 
 

segunda-feira, janeiro 02, 2017

Notícia sobre paleontologia no Público

Português descobre na Gronelândia um dos primeiros animais do Atlântico primitivo

Foram encontrados ossos de um plesiossauro, um animal marinho com cerca de 200 milhões de anos.

Imagem que recria um plesiossauro

O paleontólogo Octávio Mateus, único português em expedições paleontológicas à Gronelândia, anunciou neste sábado a descoberta de fósseis de plesiossauro, um réptil marinho que testemunha a primeira incursão no mar durante abertura do Atlântico há 200 milhões de anos.

O anúncio este mês num congresso científico pelos investigadores Jesper Milan, Octávio Mateus, Lars Clemmensen e Marco Marzola, validou a descoberta do "plesiossauro mais antigo da Gronelândia, com cerca de 200 milhões de anos, e dos primeiros animais marinhos a explorar aquela zona" no início da separação dos continentes europeu e norte-americano, que resultou na abertura do Oceano Atlântico, afirmou à agência Lusa o português.

O professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e investigador do Museu da Lourinhã, que em 2012 e já este ano integrou expedições internacionais à Gronelândia, explicou que os cientistas tinham escavado apenas animais de "ambientes terrestres" do Triásico, com 220 milhões de anos, como anfíbios, dinossauros e fitossauros, répteis semelhantes a crocodilos.

"Em camadas um pouco mais acima, portanto mais recentes, do Jurássico Inferior, encontrámos três ossinhos [vértebras e costelas] que são de um plesiossauro, que é um animal marinho, logo é um dos primeiros vertebrados marinhos ligados à abertura do Atlântico e testemunha uma mudança ligada à abertura do Atlântico", descreveu.

Pela escassez do material fóssil, os cientistas não conseguem identificar o género e a espécie de plesiossauro.

No último Verão, os quatro investigadores escavaram vestígios de fitossauros na Gronelândia de uma espécie ainda por determinar.

Além disso, poderá trazer novas explicações para a paleogeografia. "Se for mais aparentado a uma espécie europeia, quer dizer que do ponto de vista paleogeográfico aquela zona da Gronelândia tinha conexões terrestres com a Europa. Se for mais aparentado a espécies norte-americanas, mostra o contrário", apontou o especialista, esclarecendo que "a maioria da fauna daquela região tem uma afinidade europeia maior, o que é estranho, porque do ponto de vista geológico a Gronelândia pertence ao continente americano".

"Todo aquele território está por explorar. É uma oportunidade para os paleontólogos descobrirem material novo", disse Octávio Mateus.

Sendo um local inóspito e polar, os paleontólogos são transportados de helicóptero para as expedições e têm de levar tendas para pernoitar, mantimentos alimentares e foram ensinados a manusear armas para lidar com possíveis encontros com ursos polares.

Os achados escavados na última expedição científica acabam de chegar ao laboratório do Museu da Lourinhã para serem preparados e estudados e seguirem depois para exposição num museu dinamarquês, o Geocenter Moensklint.

"É uma forma de dar continuidade a um trabalho de relacionamento com instituições de vários países com projetos e materiais que vieram de outras parte do globo, desde Moçambique, Angola e Estados Unidos da América", afirmou Lubélia Gonçalves, presidente da direcção do Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã, associação que gere o museu.

Trata-se da maior colecção estrangeira recebida pelo Museu da Lourinhã.

in Público -  ler notícia

quarta-feira, maio 21, 2014

Mary Anning nasceu há 215 anos

Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning que descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro, que descobriu, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fósseis na praia e vendendo para visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-língua inglês "she sells seashells on the seashore" (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma colecionadora, negociante e paleontóloga britânica a qual tornou-se conhecida mundialmente pelo número de importantes achados que ela fez nos leitos fósseis marinhos de idade Jurássica na cidade de Lyme Regis no condado de Dorset onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser extraídos rapidamente, antes que fossem levados pelo mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu sua vida em 1833 durante um deslizamento que vitimou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o seu irmão encontraram, tinha ela apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel crucial nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar à época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente circulada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em benefício dela.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade científica da Grã Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre coligir fósseis. Entretanto, como uma mulher ela não era elegível para se juntar à Geological Society of London, e ela nem sempre recebeu o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu numa carta: "O mundo usou-me tão maliciosamente, que me fez suspeita de todos." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History, em 1839, um citação de uma carta que Anning tinha escrito ao editor duma revista, questionando uma das suas reivindicações. Depois da sua morte, a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela em 1865, dizendo que: "a filha do carpinteiro conquistou um lugar na história por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning numa lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.


NOTA: o Google Doodle de hoje homenageou esta Senhora, muito justamente, no dia em passam 215 anos sobre o seu nascimento:


domingo, março 09, 2014

A paleontóloga Mary Anning morreu há 167 anos

Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontologista inglesa.
Foi Mary Anning que descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Ela descobriu, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado em um ingrime penhasco, o primeiro fossil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fosseis na praia e vendendo-os aos visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-línguas inglês She sells seashells on the seashore (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nos leitos fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles desaparecessem no mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu a sua vida em 1833, durante um deslizamento que matou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções de fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em seu benefício.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade cientifica da Grã-Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre coletar fósseis. Entretanto, como uma mulher ela não era elegível para se juntar a Geological Society of London, e muitas vezes nem sequer recebia o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu em uma carta: "O mundo usou-me tão maldosamente, que eu temo que todos suspeitem de mim." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History em 1839, um trecho de uma carta na qual Anning tinha escrevido para o editor da revista questionando uma de suas revindicações. Depois de sua morte a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela em 1865 que:"a filha do carpinteiro conquistou um nome por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning em uma lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.

Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um animal fóssil hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823

sábado, março 09, 2013

A paleontóloga Mary Anning morreu há 166 anos

Mary Anning (21 de maio de 1799 - 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning que descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Ela descobriu, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado em um íngreme penhasco, o primeiro fóssil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fosseis na praia e vendendo-os para os visitantes, e por isso pode ser a inspiração para a lengalenga inglesa "she sells seashells on the seashore" - Ela vende conchas à beira-mar.
Curiosamente, Mary Anning, que nunca descobriu nenhum dinossáurio, foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nas rochas de fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século dezanove.
Anning procurava fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles caíssem para o mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu sua vida em 1833 durante um deslizamento que matou Tray, o seu cão. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram excrementos fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em benefício dela.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade científica da Grã-Bretanha do século dezanove - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos (eram membros da Igreja Congregacional) estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã-Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre recolher e colecionar fósseis. Entretanto, como uma mulher ela não era elegível para se juntar à Geological Society of London, e ela nem sempre recebia o crédito completo por suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu em uma carta: "O mundo usou-me tão maldosamente, que eu temo que ele fez-me suspeita de todos." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History em 1839, um trecho de uma carta na qual Anning tinha escrevido para o editor da revista questionando uma de suas reivindicações. Depois de sua morte, a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela, em 1865, dizendo: "a filha do carpinteiro conquistou um nome por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning em uma lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.