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quinta-feira, fevereiro 15, 2024

O Meteoro de Tcheliabinsk assustou o mundo há 11 anos

Rastro deixado pelo meteoro sobre os Montes Urais ao amanhecer

 

O Meteoro de Cheliabinsk foi provocado por um asteroide que entrou na atmosfera terrestre sobre a Rússia em 15 de fevereiro de 2013, transformando-se numa bola-de-fogo que cruzou os céus do sul da região dos Urais até explodir sobre a cidade de Cheliabinsk, às 09.20.26 (hora local) ou 03.20.26 (UTC). Estima-se que o asteroide, ao entrar na atmosfera terrestre, tinha aproximadamente 10.000 toneladas de massa e 17 m de diâmetro, libertando o equivalente a 500 quilotoneladas de TNT de energia durante o evento. Para efeitos de comparação, a bomba nuclear de Hiroshima libertou cerca de 13 quilotoneladas de TNT de energia. Após despedaçar-se sobre Cheliabinsk, a maior parte do objeto parece ter caído no lago Chebarkul.

A agência de notícias russa RIA Novosti informou que oficiais haviam detetado uma explosão na troposfera a uma altitude de aproximadamente 10.000 m. Contudo, a Academia de Ciências da Rússia estima que a explosão tenha ocorrido entre 30 e 50 km de altitude. De acordo com estimativas preliminares da agência espacial Russa Roskosmos, o objeto deslocava-se ao longo de uma trajetória baixa com uma velocidade de aproximadamente 30 km/s (equivalente a 108 000 km/h). Dados coletados por pelo menos cinco estações de infrassom indicam que o evento teve uma duração total de 32,5 s. O primeiro registo do evento por uma estação de infrassom ocorreu no Alasca, a 6.500 km de Cheliabinsk. Porém, o asteroide não havia sido detetado antes de entrar na atmosfera. A composição do meteorito assemelhava-se à dos condritos ordinários.

Cerca de 1.200 pessoas procuraram atendimento médico em consequência do evento, sendo que a maioria dos feridos machucou-se com estilhaços de vidro das janelas destruídas pela onda de impacto da explosão da bola-de-fogo. Segundo a defesa civil, pelo menos duas estavam muito mal. A explosão e os impactos resultantes danificaram prédios em seis cidades na região do evento. O calor resultante do atrito do objeto com o ar da atmosfera produziu uma luz ofuscante, a ponto de projetar sombras em Cheliabinsk, tendo sido avistada nos óblasts de Sverdlovsk e Oremburgo e no vizinho Cazaquistão.

O meteoro de Cheliabinsk é o maior corpo celeste a atingir a Terra desde o evento de Tunguska, em 1908, e, até onde se tem conhecimento, o único evento no qual tamanho número de vítimas foi registado. Reconstrução de sua trajetória orbital baseada nas informações e vídeos amadores coletados permitiram concluir com segurança que tal asteroide pertencia a um grupo de asteroides denominado Apollo, que orbitam de forma perigosa na proximidade da Terra.

  

Um dos fragmentos do meteorito encontrados na área de impacto

  

quarta-feira, fevereiro 15, 2023

O Meteoro de Tcheliabinsk assustou o mundo há dez anos

Rastro deixado pelo meteoro sobre os Montes Urais ao amanhecer

 

O Meteoro de Cheliabinsk foi provocado por um asteroide que entrou na atmosfera terrestre sobre a Rússia em 15 de fevereiro de 2013, transformando-se numa bola-de-fogo que cruzou os céus do sul da região dos Urais até explodir sobre a cidade de Cheliabinsk, às 09.20.26 (hora local) ou 03.20.26 (UTC). Estima-se que o asteroide, ao entrar na atmosfera terrestre, tinha aproximadamente 10 000 toneladas de massa e 17 m de diâmetro, liberando o equivalente a 500 quilotoneladas de TNT de energia durante o evento. Para efeitos de comparação, a bomba nuclear de Hiroshima libertou cerca de 13 quilotoneladas de TNT de energia. Após despedaçar-se sobre Cheliabinsk, a maior parte do objeto parece ter caído no lago Chebarkul.

A agência de notícias russa RIA Novosti informou que oficiais haviam detetado uma explosão na troposfera a uma altitude de aproximadamente 10.000 m. Contudo, a Academia de Ciências da Rússia estima que a explosão tenha ocorrido entre 30 e 50 km de altitude. De acordo com estimativas preliminares da agência espacial Russa Roskosmos, o objeto deslocava-se ao longo de uma trajetória baixa com uma velocidade de aproximadamente 30 km/s (equivalente a 108 000 km/h). Dados coletados por pelo menos cinco estações de infrassom indicam que o evento teve uma duração total de 32,5 s. O primeiro registo do evento por uma estação de infrassom ocorreu no Alasca, a 6 500 km de Cheliabinsk. Porém, o asteroide não havia sido detetado antes de entrar na atmosfera. A composição do meteorito assemelhava-se à dos condritos ordinários.

Cerca de 1.200 pessoas procuraram atendimento médico em consequência do evento, sendo que a maioria dos feridos machucou-se com estilhaços de vidro das janelas destruídas pela onda de impacto da explosão da bola-de-fogo. Segundo a defesa civil, pelo menos duas estavam muito mal. A explosão e os impactos resultantes danificaram prédios em seis cidades na região do evento. O calor resultante do atrito do objeto com o ar da atmosfera produziu uma luz ofuscante, a ponto de projetar sombras em Cheliabinsk, tendo sido avistada nos óblasts de Sverdlovsk e Oremburgo e no vizinho Cazaquistão.

O meteoro de Cheliabinsk é o maior corpo celeste a atingir a Terra desde o evento de Tunguska, em 1908, e, até onde se tem conhecimento, o único evento no qual tamanho número de vítimas foi registado. Reconstrução de sua trajetória orbital baseada nas informações e vídeos amadores coletados permitiram concluir com segurança que tal asteroide pertencia a um grupo de asteroides denominado Apollo, que orbitam de forma perigosa na proximidade da Terra.

  

Um dos fragmentos do meteorito encontrados ao redor da área de impacto

  

sábado, agosto 13, 2022

O Evento do Curuçá, também conhecido como Tunguska brasileiro, foi há 92 anos

  (imagems daqui - clicar para aumentar)
    
O Tunguska brasileiro, ou evento do Curuçá, são os termos pelo qual ficou conhecido o evento de impacto ocorrido no estado brasileiro do Amazonas no dia 13 de agosto de 1930, análogo ao evento de Tunguska. Trata-se de uma queda cósmica que teria ocorrido na região do Rio Curuçá, localizada no município brasileiro de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. À época, ribeirinhos e indígenas da região afirmaram que viram "bolas de fogo" caindo do céu, tendo estas atingido a margem direita do rio Curuçá.

O fenómeno ficou esquecido por mais de cinquenta anos, tendo sido "reavivado" após o astrónomo inglês M. E. Bailey ter encontrado nos arquivos do Vaticano uma edição de 1931 do L'Osservatore Romano que continha registos do monge capuchinho-franciscano Fedele d'Alviano, que visitou a região apenas cinco dias após o ocorrido. Na época, Fedele d'Alviano entrevistou diversas pessoas da região, que lhe disseram que ficaram assustadas com o ocorrido. Segundo Bailey, o evento do Rio Curuçá foi uma das quedas cósmicas mais importantes do século XX. Investigando a data do evento, acredita-se tratar de um meteorito proveniente da chuva de meteoros das Perseidas, que riscam os céus no mês de agosto.
Inspirado no artigo de Bailey e baseado em imagens dos satélites LANDSAT, o astrofísico brasileiro Ramiro de la Reza conseguiu identificar um astroblema de 1 km de diâmetro, localizado a sudeste da localidade de Argemiro, nas seguintes coordenadas geográficas: 5° 11 S, 71° 38 W.
Na primeira semana de junho de 1997, de la Reza liderou uma expedição organizada pela Rede Globo e co-financiada pela ABC-TV da Austrália, até a região onde ocorreu o fenómeno. A suposta cratera realmente foi encontrada, mas no entanto ainda faltam provas que atestem o facto de que ela surgiu a partir do impacto do meteorito relatado em 1930. No entanto um registo do Observatório Sismológico San Calixto em La Paz e interpretado por A. Vega, da mesma instituição, mostrou que aquela cratera poderia ter sido criada na mesma data, sugerindo que o sinal sísmico estaria relacionado ao impacto de um meteorito daquele tamanho. No entanto um grupo mexicano recentemente contestou que a cratera e o registo sísmico estariam relacionados ao evento.
O governo brasileiro poderia, como fez o governo russo no evento de Tunguska, disponibilizar uma equipa qualificada para pesquisar, e, de facto, caracterizar o que pode ter sido o segundo maior evento observado no mundo moderno. Até o momento apenas um missionário religioso e uma pequena expedição financiada pela TV avaliaram o evento.

terça-feira, fevereiro 15, 2022

O Meteoro de Tcheliabinsk assustou a Rússia (e o mundo...) há nove anos


Rastro deixado pelo meteoro sobre os Montes Urais ao amanhecer

 

O Meteoro de Cheliabinsk foi provocado por um asteroide que adentrou a atmosfera terrestre sobre a Rússia em 15 de fevereiro de 2013, transformando-se em uma bola-de-fogo que cruzou os céus do sul da região dos Urais até explodir sobre a cidade de Cheliabinsk, às 9:20:26 (horário local) ou 03:20:26 (UTC). Estima-se que o asteroide, ao entrar na atmosfera terrestre, tinha aproximadamente 10 000 toneladas de massa e 17 m de diâmetro, liberando o equivalente a 500 quilotoneladas de TNT de energia durante o evento. Para efeitos de comparação, a bomba nuclear jde Hiroshima libertou cerca de 13 quilotoneladas de TNT de energia. Após despedaçar-se sobre Cheliabinsk, a maior parte do objeto parece ter caído no lago Chebarkul.

A agência de notícias russa RIA Novosti informou que oficiais haviam detectado uma explosão na troposfera a uma altitude de aproximadamente 10 000 m. Contudo, a Academia de Ciências da Rússia estima que a explosão tenha ocorrido entre 30 e 50 km de altitude. De acordo com estimativas preliminares da agência espacial Russa Roskosmos, o objeto deslocava-se ao longo de uma trajetória baixa com uma velocidade de aproximadamente 30 km/s (equivalente a 108 000 km/h). Dados coletados por pelo menos cinco estações de infrassom indicam que o evento teve uma duração total de 32,5 s. O primeiro registo do evento por uma estação de infrassom ocorreu no Alasca, a 6 500 km de Cheliabinsk. Porém, o asteroide não havia sido detectado antes de entrar na atmosfera. A composição do meteorito assemelhava-se a dos condritos ordinários.

Cerca de 1.200 pessoas procuraram atendimento médico em consequência do evento, sendo que a maioria dos feridos machucou-se com estilhaços de vidro das janelas destruídas pela onda de impacto da explosão da bola-de-fogo. Segundo a defesa civil, pelo menos duas estavam muito mal. A explosão e os impactos resultantes danificaram prédios em seis cidades na região do evento. O calor resultante do atrito do objeto com o ar da atmosfera produziu uma luz ofuscante, a ponto de projetar sombras em Cheliabinsk, tendo sido avistada nos óblasts de Sverdlovsk e Oremburgo e no vizinho Cazaquistão.

O meteoro de Cheliabinsk é o maior corpo celeste a atingir a Terra desde o evento de Tunguska, em 1908, e, até onde se tem conhecimento, o único evento no qual tamanho número de vítimas foi registado. Reconstrução de sua trajetória orbital baseada nas informações e vídeos amadores coletados permitiram concluir com segurança que tal asteroide pertencia ao grupo de asteroides denominado Apollo, que orbitam de forma perigosa nas proximidades da terra.

  

Um dos fragmentos do meteorito encontrados ao redor da área de impacto

  

sexta-feira, agosto 13, 2021

O Evento do Curuçá, também conhecido como Tunguska brasileiro, foi há 91 anos

  (imagems daqui - clicar para aumentar)
    
O Tunguska brasileiro, ou evento do Curuçá, são os termos pelo qual ficou conhecido o evento de impacto ocorrido no estado brasileiro do Amazonas no dia 13 de agosto de 1930, análogo ao evento de Tunguska. Trata-se de uma queda cósmica que teria ocorrido na região do Rio Curuçá, localizada no município brasileiro de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. À época, ribeirinhos e indígenas da região afirmaram que viram "bolas de fogo" caindo do céu, tendo estas atingido a margem direita do rio Curuçá.

O fenómeno ficou esquecido por mais de cinquenta anos, tendo sido "reavivado" após o astrónomo inglês M. E. Bailey ter encontrado nos arquivos do Vaticano uma edição de 1931 do L'Osservatore Romano que continha registos do monge capuchinho-franciscano Fedele d'Alviano, que visitou a região apenas cinco dias após o ocorrido. Na época, Fedele d'Alviano entrevistou diversas pessoas da região, que lhe disseram que ficaram assustadas com o ocorrido. Segundo Bailey, o evento do Rio Curuçá foi uma das quedas cósmicas mais importantes do século XX. Investigando a data do evento, acredita-se tratar de um meteorito proveniente da chuva de meteoros das Perseidas, que riscam os céus no mês de agosto.
Inspirado no artigo de Bailey e baseado em imagens dos satélites LANDSAT, o astrofísico brasileiro Ramiro de la Reza conseguiu identificar um astroblema de 1 km de diâmetro, localizado a sudeste da localidade de Argemiro, nas seguintes coordenadas geográficas: 5° 11 S, 71° 38 W.
Na primeira semana de junho de 1997, de la Reza liderou uma expedição organizada pela Rede Globo e co-financiada pela ABC-TV da Austrália, até a região onde ocorreu o fenómeno. A suposta cratera realmente foi encontrada, mas no entanto ainda faltam provas que atestem o facto de que ela surgiu a partir do impacto do meteorito relatado em 1930. No entanto um registo do Observatório Sismológico San Calixto em La Paz e interpretado por A. Vega, da mesma instituição, mostrou que aquela cratera poderia ter sido criada na mesma data, sugerindo que o sinal sísmico estaria relacionado ao impacto de um meteorito daquele tamanho. No entanto um grupo mexicano recentemente contestou que a cratera e o registo sísmico estariam relacionados ao evento.
O governo brasileiro poderia, como fez o governo russo no evento de Tunguska, disponibilizar uma equipa qualificada para pesquisar, e, de facto, caracterizar o que pode ter sido o segundo maior evento observado no mundo moderno. Até o momento apenas um missionário religioso e uma pequena expedição financiada pela TV avaliaram o evento.

sábado, fevereiro 02, 2019

Notícia sobre meteorito

Meteorito cai em Cuba. Bola de fogo foi observada durante 10 minutos até explodir em pequenos fragmentos

O fenómeno pouco comum aconteceu na zona oeste da ilha, na sexta-feira. O meteorito desintegrou-se em numerosos fragmentos, o maior com 11 centímetros. Não há registo de feridos ou danos materiais.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba confirmou a queda de um meteorito na zona oeste da ilha, na sexta-feira, que se desintegrou em numerosos fragmentos dispersos pela província de Pinar del Río.
A queda do meteorito foi observada por sete estações meteorológicas em Pinar del Río, durante dez minutos.


O meteorito deixou um rasto, uma espécie de uma bola de fogo que sulcou o céu, registando-se posteriormente uma forte explosão, de acordo com um comunicado das autoridades. O fenómeno foi registado em vários vídeos amadores, publicados na Internet e replicados por várias televisões locais.
O episódio ocorreu no município de Vinales, de acordo com a análise realizada por especialistas do Ministério, do Instituto de Geofísica e Astronomia e de outras instituições científicas.
O meteorito julga-se ser do tipo pétreo, com uma liga de ferro e níquel, possuindo também uma grande quantidade de silicato de magnésio.
 
Os fragmentos atingiram as cidades de Los Jazmines, Dos Hermanas, El Guajaní, perto da cidade turística de Vinales e El Palmarito, onde se encontrou o maior fragmento, com cerca de 11 centímetros de comprimento, que deixou uma pequena cratera no solo. Nas redes sociais, várias pessoas partilharam fotos desses pequenos pedaços. As que vê abaixo foram publicadas pelo correspondente da CNN em Cuba.
Os especialistas recolheram amostras que vão ser submetidas a testes químicos, para se perceber maior precisão este fenómeno que, apesar de ser incomum, não é a primeira vez que acontece na ilha.



terça-feira, agosto 13, 2013

O Evento do Curuçá, também conhecido como Tunguska brasileiro, foi há 83 anos

  (imagems daqui - clicar para aumentar)

O Tunguska brasileiro, ou evento do Curuçá, são os termos pelo qual ficou conhecido o evento de impacto ocorrido no estado brasileiro do Amazonas no dia 13 de agosto de 1930, análogo ao evento de Tunguska. Trata-se de uma queda cósmica que teria ocorrido na região do Rio Curuçá, localizada no município brasileiro de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. À época, ribeirinhos e indígenas da região afirmaram que viram "bolas de fogo" caindo do céu, tendo estas atingido a margem direita do rio Curuçá.

O fenómeno ficou esquecido por mais de cinquenta anos, tendo sido "reavivado" após o astrónomo inglês M. E. Bailey ter encontrado nos arquivos do Vaticano uma edição de 1931 do L'Osservatore Romano que continha registos do monge capuchinho-franciscano Fedele d'Alviano, que visitou a região apenas cinco dias após o ocorrido. Na época, Fedele d'Alviano entrevistou diversas pessoas da região, que lhe disseram que ficaram assustadas com o ocorrido. Segundo Bailey, o evento do Rio Curuçá foi uma das quedas cósmicas mais importantes do século XX. Investigando a data do evento, acredita-se tratar de um meteorito proveniente da chuva de meteoros das Perseidas, que riscam os céus no mês de agosto.
Inspirado no artigo de Bailey e baseado em imagens dos satélites LANDSAT, o astrofísico brasileiro Ramiro de la Reza conseguiu identificar um astroblema de 1 km de diâmetro, localizado a sudeste da localidade de Argemiro, nas seguintes coordenadas geográficas: 5° 11 S, 71° 38 W.
Na primeira semana de junho de 1997, de la Reza liderou uma expedição organizada pela Rede Globo e co-financiada pela ABC-TV da Austrália, até a região onde ocorreu o fenómeno. A suposta cratera realmente foi encontrada, mas no entanto ainda faltam provas que atestem o facto de que ela surgiu a partir do impacto do meteorito relatado em 1930. No entanto um registo do Observatório Sismológico San Calixto em La Paz e interpretado por A. Vega, da mesma instituição, mostrou que aquela cratera poderia ter sido criada na mesma data, sugerindo que o sinal sísmico estaria relacionado ao impacto de um meteorito daquele tamanho. No entanto um grupo mexicano recentemente contestou que a cratera e o registo sísmico estariam relacionados ao evento.
O governo brasileiro poderia, como fez o governo russo no evento de Tunguska, disponibilizar uma equipa qualificada para pesquisar, e, de facto, caracterizar o que pode ter sido o segundo maior evento observado no mundo moderno. Até o momento apenas um missionário religioso e uma pequena expedição financiada pela TV avaliaram o evento.

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Sobre a queda do meteorito na Rússia na passada 6ª

Cientistas encontram fragmentos do meteorito da Rússia

Meteorito principal continua por encontrar no fundo de um lago, mas dezenas de partículas foram recuperadas por investigadores da Universidade dos Urais.


Fragmentos do meteorito que causou 1500 feridos na Rússia

Cientistas russos recuperaram vários fragmentos do meteoro russo que se desintegrou sexta-feira sobre a região de Cheliabinsk, 1800 quilómetros a Leste de Moscovo, deixando quase 1500 feridos.
No domingo, o Governo russo suspendera as buscas para encontrar um meteorito que caiu sobre um lago congelado, recortando um círculo perfeito de vários metros de diâmetro sobre o gelo. A Universidade dos Urais, no entanto, enviou para a região uma equipa de investigadores, que recuperou cerca de meia centena de pequenos meteoritos. Fotos divulgadas pela universidade mostram uma série de pequenos fragmentos, o maior dos quais parece ter o diâmetro de um dedo.
“Confirmamos que as partículas de uma substância encontrada pela nossa expedição perto do lago de Tchebarkoul têm a composição de um meteorito”, disse Viktor Grokhovski, investigador da Universidade dos Urais e membro da Academia Russa de Ciências, citado pela agência AFP.
Segundo os cientistas, as partículas encontradas serão fragmentos de um meteorito maior que terá caído no lago de Tchebakoul. Mergulhadores tentaram encontrá-lo, mas a operação foi abandonada, dada a existência de uma camada de um metro e meio de lodo no fundo.
Meteorito é a designação que se dá aos fragmentos de um meteoro – um corpo celeste quando entra na atmosfera ­– que chegam ao solo. O meteoro da Rússia teria 17 metros de diâmetro e 10.000 toneladas de massa quando entrou na atmosfera, desintegrando-se num rasto incandescente devido ao atrito com o ar.
Ondas de choque, provocadas sobretudo pela explosão sónica durante a desaceleração do meteoro até ao limite da velocidade do som, provocaram danos em milhares de edifícios, sobretudo vidros partidos.
O último balanço do Ministério da Saúde russo fala em 1.491 feridos, dos quais 311 são crianças. Ainda há 46 pessoas hospitalizadas.
Na região de Cheliabinsk, equipas de emergência continuam a trabalhar para reparar os estragos, sobretudo pela substituição de vidros partidos. As temperaturas na região nesta altura do ano chegam perto dos 20 graus Celsius negativos.

in Público - ler notícia


NOTA: houve algumas asneiradas publicadas e ditas pelos media nos últimos dias sobre este assunto (os conceitos de asteróide, cometa, meteoroide, meteoro, bólide e meteorito sofreram tratos de polé e dificilmente resistiram...) que merecem a nossa atenção. Assim, em primeiro lugar, ao contrário de certas pessoas que esperam ansiosas o fim do mundo (depois do flop do 21.12.2012, tudo é bom para anunciar a destruição da Humanidade e da Terra...) este fenómeno é normal e aconteceu no passado e acontecerá no futuro muitas vezes. Depois, a passagem do asteroide 2012 DA14 na mesma data foi meramente fortuita. Finalmente, o asteroide e o cometa são pequenos astros com composição diferente (os primeiros rochosos e dando origem à maioria dos meteoritos caídos na Terra e os segundos são pequenas bolas de gelo sujo, com poeiras e, possivelmente, compostos orgânicos, sendo bons exemplos da composição da nebulosa que deu origem ao Sol e às estrelas suas irmãs). Para terminar, meteoroide é um pequeno astro que está no espaço, meteoro é o mesmo astro quando atravessa a atmosfera terrestre (deixando um rasto de luz, e por vezes, barulho e fumo, chamando-se bólide se é muito brilhante) e meteorito é a rocha que sobreviveu à queda do espaço e atinge a terra, dando-nos muitas pistas sobre o Sistema Solar e a sua formação. Esperemos ainda que os governos invistam mais na pesquisa de asteróides e cometas que possam chocar contra a Terra, para que este evento (ou o de Tunguska, também ocorrido na Rússia, passando este ano 105 anos sobre a sua ocorrência) pois fica provado que é dinheiro bem empregue.