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sábado, abril 27, 2024

Luísa Maita - 42 anos

   
   

 


Patrick Stump, vocalista dos Fall Out Boy, nasceu há quarenta anos...!

      
Patrick Vaughn Stump (nascido Patrick Martin Stumph) (Glenview, Illinois, 27 de abril de 1984) é o vocalista e guitarrista da banda de pop-punk Fall Out Boy. Filho de David Stumph, um cantor de folk e Patricia Vaughn, tem uma irmã mais velha chamada Megan e irmão mais velho chamado Kevin, que é um exímio violinista. É o vocalista e guitarrista da banda de rock Fall Out Boy, originária de Wilmette, Illinois.
  

 


Olivier Messiaen morreu há trinta e dois anos...

 

Olivier Messiaen (Avinhão, 10 de dezembro de 1908Clichy, 27 de abril de 1992) foi um compositor, organista e ornitologista francês.

Autor de vasta produção, que se estende pela música para órgão, piano, de câmara, vocal (com ou sem instrumentos), concertante, sinfónica, coral-sinfónica e uma ópera – Sétimo Quadro do São Francisco de Assis.

  

 


Mstislav Rostropovich morreu há dezassete anos...

       
Mstislav Leopoldovitch Rostropovich (Baku, 27 de março de 1927  - Moscovo, 27 de abril de 2007) foi um violoncelista e maestro russo (tendo-se, mais tarde, naturalizado norte-americano), unanimemente apontado como o maior violoncelista do século XX.
Nasceu no Azerbaijão, parte então da União Soviética. Ainda quanto era muito pequeno, a sua família muda-se para Moscovo. Estudou no conservatório da capital (do qual mais tarde seria docente) tendo como professores, entre outros, Dmitri Shostakovitch e Serguei Prokofiev.
Estreou diversas obras para violoncelo dos principais compositores contemporâneos, como a 'Sinfonia concertante em mi menor, opus 125' de Serguei Prokofiev, os dois concertos para violoncelo de Dmitri Shostakovich e as Sinfonia para Violoncelo e Sonata para violoncelo e piano de Benjamin Britten.
Rostropovich lutou por uma arte sem fronteiras, pela liberdade de expressão e pelos valores democráticos, resultando em reprimendas por parte do regime soviético comunista. Em 1974, Rostropovich fugiu da então URSS devido à sua defesa intransigente dos direitos humanos e ao seu apoio a figuras dissidentes, como o escritor Aleksandr Solzhenitsyn. Em 1978 acabaria por ver a sua cidadania na União Soviética revogada devido à sua oposição ao regime. Conseguiu regressar ao país apenas 16 anos depois, quando Mikhail Gorbachov era o líder da União.
   

 


Dinho Ouro Preto, o líder e vocalista dos Capital Inicial, celebra hoje sessenta anos...!

     
Dinho Ouro Preto, nome artístico de Fernando de Ouro Preto (Curitiba, 27 de abril de 1964), é um músico brasileiro. É líder e vocalista da banda brasileira Capital Inicial, além de irmão do músico brasileiro Ico Ouro Preto.
Dinho foi criado em Washington (EUA), Viena (Áustria) e Genebra (Suíça). Filho de diplomata, tetaraneto do Visconde de Ouro Preto, veio morar no Brasil aos 16 anos, na época da ditadura, quando o movimento punk começavam a invadir as ruas de Brasília. Ao terminar o segundo grau, Dinho decidiu prestar o exame para Sociologia, mas ficou reprovado e decidiu dedicar-se à música. Começou a namorar com uma garota chamada Helena, que era irmã de Flávio e Fê Lemos, os quais eram integrantes da banda Aborto Elétrico, também fez amizade com Dado Villa-Lobos e Bi Ribeiro (Paralamas do Sucesso) e começou a participar das reuniões da chamada turma da colina – um lugar estratégico, de onde era possível ver toda cidade.
Dinho conheceu o seu maior ídolo, Renato Russo, vocalista da banda dos irmãos Flávio e . Dinho tornou-se fã incondicional da banda e via todos os ensaios. Ao se separar, em maio de 1983, a banda Aborto Elétrico deu origem a duas novas bandas, a banda de Renato Russo, Legião Urbana e a banda de Flávio e Fê Lemos, o Capital Inicial, da qual Dinho se tornou o vocalista, aos 19 anos. Os seus pais estavam fora do país e nada sabiam da sua carreira artística. Só souberam que ele tinha se tornado músico quando ele e a banda já estava fazendo sucesso.
Em 1993 ele saiu dos Capital e parou de trabalhar. Foi aí que tudo começou a mudar, inclusive a aparência. Dinho queria ficar mais feio. “No começo de carreira eu ganhei o título de símbolo sexual. Achava ótimo ter um monte de meninas se jogando em cima de mim. Mas, depois, quando percebi que ser bonito não era o mais importante, comecei a sentir raiva de mim mesmo”, conta o cantor.
Eram noites passadas em claro, excesso de bebidas e drogas e quando o dia amanhecia voltava para casa e dormia o dia inteiro. Nessa época Dinho tornou-se irreconhecível, tinha dreadlockss no cabelo, era clubber e diariamente estava bêbado, o seu apartamento sempre estava cheio às vezes até de pessoas desconhecidas. Em alguma dessas festas que aconteciam em seu apartamento, alguém acabou levando uma quantia considerável de seu dinheiro (cerca de 20.000 dólares) deixando-o falido.
A história podia ter terminado de maneira trágica. Mas em 1994, na festa do Video Music Brasil da MTV, ele conheceu Maria, uma arquiteta italiana que estava visitando o país. Dinho apaixonou-se logo por ela. Durante 10 dias não se separaram, mas logo depois Maria teve que voltar para a Itália. Dinho diz que sofreu muito, pois ela estava com o casamento marcado, e que lhe enviou milhares de fax pedindo para que voltasse. Conta também que não tinha medo de parecer ridículo.
Para sua felicidade depois de seis meses Maria rompeu o seu noivado e voltou para o Brasil. Logo se casaram e Dinho mudou o rumo de sua vida, parou de se drogar o dia inteiro, “ela me ajudou a inventar novos objetivos para a minha vida”, confessa o cantor. Ele voltou a trabalhar com sua música e pouco tempo depois lançou um disco solo, mas o seu desempenho não teve muito sucesso. Em 1995, decidiu compor gingles para comerciais e odiou a experiência. Em 1997, nasceu Giulia, a primeira filha de Dinho. A tensão durou até março de 1998 quando Dinho e os ex-companheiros decidiram se encontrar para marcar uma série de shows em comemoração aos 15 anos de nascimento dos Capital Inicial. Eles superaram o mal-estar inicial e conversaram como adultos, entre uma apresentação e outra selaram a paz e, em novembro daquele ano , lançaram o CD Atrás dos Olhos, dedicado à sua filha Giulia. Em 1998, os Capital Inicial voltaram à formação original, com Dinho nos vocais. No ano de 1999 nasceu a sua segunda filha Isabel.
Com o álbum acústico de 2000 os Capital Inicial consagraram-se de vez como uma das melhores bandas de rock no Brasil, de lá para cá não pararam mais, já foram lançados mais dois discos que também tiveram sucesso total.
Nos anos 90, lançou os seus dois primeiros álbuns em carreira a solo: Vertigo, em 1994, e Dinho Ouro Preto, em 1995
Em 2012, lançou o seu terceiro álbum em carreira a solo, intitulado Black Heart, com todas as canções em inglês. O álbum conta apenas com regravações de bandas de rock.
Em 2020, Dinho lançou o seu quarto álbum solo, Roque em Rôu, com 12 regravações de bandas e artistas do rock brasileiro. Algumas das regravações do disco são "Metamorfose Ambulante", de Raul Seixas, "A Mais Pedida", dos Raimundos, e "Saideira", do Skank.
 
      

 


sexta-feira, abril 26, 2024

Música para não esquecer (mais) um crime de guerra...



The Stone Roses - Guernica

Watch me at war really up
You wanna hurt me stop the row
We both are stitched up now
We're hard with fear hard speak up
You wanna hurt me stop the row
We both are stitched up now
We're whores sit down
We're whores that's us

He wanted us he swore and all we've got
You wanna hurt me stop the row
We both are stitched up now
We're hard with fear hard speak up
You wanna hurt me stop the row
We both are stitched up now
We're whores sit down
We're whores that's us

Simple lives yeah we don't have
We pack up in truth it seems this
See gargoyles can you see the wonder?
Yes I fear the carbine
What does never wrong mean?
That's right

Every one of us he swore so hurry up
You wanna hurt me stop the row
We both are stitched up now
We're hard with fear hard speak up
You wanna hurt me stop the row
Both of us are stitched up now
We're whores sit down
We're whores

That must mean sinful eyes that maim of fear
It's the look that stings I fear boy
Being distrusting I trust no one

They've been back down for nothing
It was never shared it's ours
We will know those names who follow

Hoje é dia de recordar, cantando, a poesia de Mário de Sá Carneiro...

 

Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!

 

 

Mário de Sá Carneiro,
Paris, 1916

Francis Lai nasceu há 92 anos...

(imagem daqui)

Francis Lai, né le à Nice et mort le à Paris 8e, est un compositeur et musicien français, spécialiste de musiques de films, de génériques et de chansons.

Il est notamment l'auteur de la musique des films Un homme et une femme et Love Story. Pour ce dernier film, il reçoit l'Oscar de la meilleure musique de film en 1970.




Roger Andrew Taylor, o baterista dos Duran Duran, nasceu há 64 anos


Roger Andrew Taylor (Bromwich, Inglaterra, 26 de abril de 1960) é o baterista da banda neo-romântica Duran Duran. É filho de Hugh e Jean Taylor e possui um irmão chamado Steven.
Roger esteve na banda Duran Duran entre 1979 e 1985, regressando após a reunião da formação original da banda, em 2001. Até hoje é considerado como o 'Duranie' mais silencioso, apesar de hoje em dia deixar a sua timidez de lado e dar declarações mais abertamente. É uma personalidade modesta, simples, e, no fundo, profundamente energético. De acordo com Simon Le Bon, é o elo central da banda.
    

 


Count Basie morreu há quarenta anos...

    
William "Count" Basie (Red Bank, 21 de agosto de 1904 - Hollywood, 26 de abril de 1984) foi um pianista, compositor e bandleader de jazz (swing era) norte-americano.
Foi autor de temas, como "One O'clock Jump" e "Jumpin' at the Woodside" que foram executados, com primor, respetivamente, por Duke Ellington e Benny Goodman, com suas orquestras.
Foi chamado de "Count" (Conde em português), considerando sua importância entre os grandes mestres da Swing era como Benny Goodman (Rei), Duke Ellington (Duque), Lester Young (Presidente) e Billie Holliday (Dama).
   



quinta-feira, abril 25, 2024

Notícia a prepósito de uma pergunta que os meus alunos me fazem recorrentemente sobre sismos...

Os concertos de Taylor Swift causam sismos. A ciência descobriu porquê

 

Taylor Swift durante a digressão Eras

 

Se acha que Taylor Swift é um fenómeno, ainda não viu nada: no ano passado, os concertos da cantora geraram uma atividade sísmica equivalente a um terremoto de magnitude 2,3 em Seattle.

Nesta quinta (18), um novo artigo mostrou o que acontece exatamente. A razão não é a música, mas sim os pulos dos 70 mil fãs reunidos.

Os sismólogos do California Institute of Technology in Pasadena em Inglewood implantaram sensores sísmicos dentro de um estádio da Califórnia para investigar um outro concerto e recolher dados da rede regional de monitorização sísmica.

Com o uso de um sensor de movimento dentro do estádio, a equipa percebeu que a agitação mais forte ocorreu entre II e III na Escala de Intensidade Mercalli.

Essa Escala de Intensidade Mercalli é usada para avaliar os efeitos de um terremoto em uma determinada área. Ao contrário da Escala Richter, que mede a magnitude do terremoto, foca-se nos efeitos percebidos pelas pessoas, estruturas e no ambiente em geral.

Além disso, com base nos sismogramas, os sismólogos conseguiram determinar a energia liberada pelos espetadores e usaram isso para calcular uma magnitude equivalente para cada música. A maior foi de 0,85.

 

Músicas mais “terremotos” de Taylor Swift

Então o grupo percebeu que cada tremor normalmente tinha uma frequência sísmica sincronizada com a batida da música.

E o curioso é que os dados também revelaram quais músicas de Taylor Swift desencadearam os sinais sísmicos mais intensos: Shake It Off, You Belong with Me e Love Story.

O estudo também fez uma comparação com outros concertos como Metallica, Morgan Wallen e Beyoncé. Para isso, os investigadores também colocaram sensores sísmicos perto do estádio. Mas veja só: os concertos de Swift tiveram os sinais sísmicos mais intensos.

Mas o que justifica este terramoto Swift que não se estende a outros artistas? Na verdade, não há muito o que dizer sobre. Os cientistas suspeitam que as diferenças se dão através do quão “dançante” a música é.

O artigo descreve que o concerto de Beyoncé teve sons em que os espetadores “balançavam em vez de pular”. Da mesma forma, os movimentos dos fãs dos Metallica não produziram vibrações constantes e repetitivas como as feitas pelos swifties.

 

in ZAP

Música adequada à data...

 

Chico Buarque - Tanto Mar


Sei que está em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor no teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto de jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim

 

O cantor Agostinho dos Santos nasceu há 92 anos...

    
Agostinho dos Santos (São Paulo, 25 de abril de 1932 - Paris, 12 de julho de 1973) foi um cantor e compositor brasileiro. O seu maior sucesso foi cantando músicas da peça Orfeu da Conceição e depois do filme Orfeu Negro, como Manhã de Carnaval e Felicidade. Participou da apresentação de bossa nova no Carnegie Hall, em Nova Iorque (1962). Faleceu, em 1973, num trágico desastre aéreo, nas imediações do Aeroporto de Orly, em Paris, no Voo Varig 820.
     

 


A Felicidade - Agostinho dos Santos
Tom Jobim /Vinicius de Moraes

Tristeza não tem fim
Felicidade, sim...

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento do sonho
P'ra fazer a fantasia de rei, ou de pirata, ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade, sim...

A felicidade é como a gota de orvalho
Numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo por favor
P'ra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos do amor

Tristeza não tem fim
Tristeza...

Turandot, a última ópera de Puccini, foi estreada há 98 anos...

Turandot, última ópera de Giacomo Puccini, com libreto de Giuseppe Adami e Renato Simoni, composta em três atos, baseado numa peça de Carlo Gozzi com a adaptação de Friedrich von Schiller. Estreou no Teatro Alla Scala em Milão a 25 de abril de 1926, sob a regência de Arturo Toscanini. Esta ópera ficou inacabada por causa da morte do autor, a 29 de novembro de 1924, sendo completada por Franco Alfano. Arturo Toscanini não gostou do final que Franco Alfano deu à ópera de Puccini, por isso, na cena de morte de Liù, virou-se para a plateia e disse: "Senhoras e Senhores, aqui parou Giacomo Puccini".
Em Turandot, Puccini mostra a veia sado-masoquista que havia manifestado em Suor Angelica, Madame Butterfly e Tosca ("meus instintos neuróticos", dizia ele). O triunfo final de duas personagens que se comportam de forma censurável (Turandot e o príncipe Calaf) chocou algumas pessoas, apesar da partitura de um melodismo fluido, extremamente quente, melancólico e sensual, típico de Puccini. Esta ópera, na qual Puccini importa temas musicais de origem chinesa, assim como a Aida de Giuseppe Verdi, é um verdadeiro deleite para os cenógrafos, pois permite a criação de cenários monumentais.

 


Manuel Freire faz hoje oitenta e dois anos

(imagem daqui)
  
Manuel Augusto Coentro de Pinho Freire (Vagos, 25 de abril de 1942) é um cantor português.
  
    

 


 

Livre (não há machado que corte) - Manuel Freire 

 

Não há machado que corte 

a raiz ao pensamento

não há morte para o vento 

não há morte

 

Se ao morrer o coração 

morresse a luz que lhe é querida 

sem razão seria a vida 

sem razão 

 

Nada apaga a luz que vive 

num amor num pensamento 

porque é livre como o vento 

porque é livre

Bjorn Ulvaeus, dos ABBA, nasceu há 79 anos

   

Björn Kristian Ulvaeus (Gotemburgo, 25 de abril de 1945) é um músico e compositor sueco, mais conhecido por ser integrante do grupo sueco de música pop ABBA. Atuou ainda como co-compositor dos musicais Chess, Kristina från Duvemåla e Mamma Mia! e co-produziu o filme Mamma Mia! (2008), com o também membro do ABBA, e amigo íntimo, Benny Andersson.

 


Mário Laginha comemora hoje 64 anos

  
Mário João Laginha dos Santos (Lisboa, 25 de abril de 1960) é um pianista e compositor português da área do jazz.
  

 


Música de aniversariante de hoje adequada à data...

   

Pedra filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral
pináculo de catedral
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo de Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Columbina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.



in Movimento Perpétuo (1956) - António Gedeão

 

Música adequada à data...!

Ella Fitzgerald nasceu há 107 anos...

    
Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917 - Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz dos Estados Unidos. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.
Considerada uma das intérpretes supremas do chamado Great American Songbook, teve uma carreira que durou 59 anos, venceu 14 prémios Grammy e recebeu a Medalha Nacional das Artes do presidente americano Ronald Reagan, bem como a Medalha Presidencial da Liberdade, do sucessor de Reagan, George H. W. Bush.
Muito frequentemente é apontada por críticos e músicos dos Estados Unidos como a maior cantora do século XX.