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domingo, maio 07, 2023

D. Vicente da Câmara nasceu há 95 anos...

(imagem daqui)
   
D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara (Lisboa, 7 de maio de 1928 - Lisboa, 28 de maio de 2016) foi um fadista português.
Vicente da Câmara nasceu em berço aristocrata, único filho de D. João Luís Seabra da Câmara, notável locutor da Emissora Nacional portuguesa, e de sua primeira mulher, D. Maria Edite do Carmo de Noronha, e cresceu sob influência de uma educação marcadamente ligada ao fado, em particular da sua tia D. Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer:
O que é a aristocracia? A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu.
- Vicente da Câmara
É portanto naturalmente que entra nos meandros do fado, e tendo ganho um concurso, abre as portas da Emissora Nacional com 20 anos, em 1948. Dois anos mais tarde assina o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, grava êxitos como Fado das Caldas e Varina.
Progressista do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era dado ao improviso e destacou-se pela sua voz timbrada, naturalidade com que interpreta as suas músicas e utilização de melismas, raridade no fado.
Durante uma entrevista, insurge-se contra as convenções políticas e afirma ser o fado uma música pobre, e que é na pobreza que reside a riqueza, grandeza, liberdade e valor.
Afincadamente contra os mais conservadores que apenas recriavam os clássicos, ficou para a posteridade o seu maior sucesso, A moda das tranças pretas, que constituiu entre os outros fados do seu reportório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 surge o contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais na carreira, as atenções do oriente prenderam-se no fado, e tal entre uma vaga de fadistas como Amália Rodrigues, Maria Amélia Proença e outros, fez digressões no Extremo Oriente. Em 1989 assinala o quadragésimo aniversário da sua carreira no Cinema Tivoli.
Casado em Lisboa a 23 de abril de 1955 com Maria Augusta de Melo Novais e Ataíde (Évora, Sé e São Pedro, 30 de junho de 1929 - 28 de setembro de 2011), é pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas restantes da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme Fados, de Carlos Saura.
Vicente da Câmara morreu no Hospital de S. José, em Lisboa, a 28 de maio de 2016, com 88 anos de idade, vítima de paragem cardio-respiratória.
    

 

 

Música adequada à data...!

sábado, maio 07, 2022

Música adequada à data...!

D. Vicente da Câmara nasceu há 94 anos

(imagem daqui)
   
D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara (Lisboa, 7 de maio de 1928 - Lisboa, 28 de maio de 2016) foi um fadista português.
Vicente da Câmara nasceu em berço aristocrata, único filho de D. João Luís Seabra da Câmara, notável locutor da Emissora Nacional portuguesa, e de sua primeira mulher, D. Maria Edite do Carmo de Noronha, e cresceu sob influência de uma educação marcadamente ligada ao fado, em particular da sua tia D. Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer:
Cquote1.svg O que é a aristocracia? A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu. Cquote2.svg
- Vicente da Câmara
É portanto naturalmente que entra nos meandros do fado, e tendo ganho um concurso, abre as portas da Emissora Nacional com 20 anos, em 1948. Dois anos mais tarde assina o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, grava êxitos como Fado das Caldas e Varina.
Progressista do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era dado ao improviso e destacou-se pela sua voz timbrada, naturalidade com que interpreta as suas músicas e utilização de melismas, raridade no fado.
Durante uma entrevista, insurge-se contra as convenções políticas e afirma ser o fado uma música pobre, e que é na pobreza que reside a riqueza, grandeza, liberdade e valor.
Afincadamente contra os mais conservadores que apenas recriavam os clássicos, ficou para a posteridade o seu maior sucesso, A moda das tranças pretas, que constituiu entre os outros fados do seu reportório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 surge o contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais na carreira, as atenções do oriente prenderam-se no fado, e tal entre uma vaga de fadistas como Amália Rodrigues, Maria Amélia Proença e outros, fez digressões no Extremo Oriente. Em 1989 assinala o quadragésimo aniversário da sua carreira no Cinema Tivoli.
Casado em Lisboa a 23 de abril de 1955 com Maria Augusta de Melo Novais e Ataíde (Évora, Sé e São Pedro, 30 de junho de 1929 - 28 de setembro de 2011), é pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas restantes da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme Fados, de Carlos Saura.
Vicente da Câmara morreu no Hospital de S. José, em Lisboa, a 28 de maio de 2016, com 88 anos de idade, vítima de paragem cardio-respiratória.
    
 

sexta-feira, maio 07, 2021

D. Vicente da Câmara nasceu há 93 anos

(imagem daqui)
   
D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara (Lisboa, 7 de maio de 1928 - Lisboa, 28 de maio de 2016) foi um fadista português.
Vicente da Câmara nasceu em berço aristocrata, único filho de D. João Luís Seabra da Câmara, notável locutor da Emissora Nacional portuguesa, e de sua primeira mulher, D. Maria Edite do Carmo de Noronha, e cresceu sob influência de uma educação marcadamente ligada ao fado, em particular da sua tia D. Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer:
Cquote1.svg O que é a aristocracia? A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu. Cquote2.svg
- Vicente da Câmara
É portanto naturalmente que entra nos meandros do fado, e tendo ganho um concurso, abre as portas da Emissora Nacional com 20 anos, em 1948. Dois anos mais tarde assina o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, grava êxitos como Fado das Caldas e Varina.
Progressista do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era dado ao improviso e destacou-se pela sua voz timbrada, naturalidade com que interpreta as suas músicas e utilização de melismas, raridade no fado.
Durante uma entrevista, insurge-se contra as convenções políticas e afirma ser o fado uma música pobre, e que é na pobreza que reside a riqueza, grandeza, liberdade e valor.
Afincadamente contra os mais conservadores que apenas recriavam os clássicos, ficou para a posteridade o seu maior sucesso, A moda das tranças pretas, que constituiu entre os outros fados do seu reportório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 surge o contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais na carreira, as atenções do oriente prenderam-se no fado, e tal entre uma vaga de fadistas como Amália Rodrigues, Maria Amélia Proença e outros, fez digressões no Extremo Oriente. Em 1989 assinala o quadragésimo aniversário da sua carreira no Cinema Tivoli.
Casado em Lisboa a 23 de abril de 1955 com Maria Augusta de Melo Novais e Ataíde (Évora, Sé e São Pedro, 30 de junho de 1929 - 28 de setembro de 2011), é pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas restantes da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme Fados, de Carlos Saura.
Vicente da Câmara morreu no Hospital de S. José, em Lisboa, a 28 de maio de 2016, com 88 anos de idade, vítima de paragem cardio-respiratória.
    

 


quinta-feira, maio 07, 2020

D. Vicente da Câmara nasceu há 92 anos

(imagem daqui)
   
D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara (Lisboa, 7 de maio de 1928 - Lisboa, 28 de maio de 2016) foi um fadista português.
Vicente da Câmara nasceu em berço aristocrata, único filho de D. João Luís Seabra da Câmara, notável locutor da Emissora Nacional portuguesa, e de sua primeira mulher, D. Maria Edite do Carmo de Noronha, e cresce sob influência de uma educação marcadamente ligada ao fado, em particular da sua tia D. Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer:
Cquote1.svg O que é a aristocracia? A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu. Cquote2.svg
- Vicente da Câmara
É portanto naturalmente que entra nos meandros do fado, e tendo ganho um concurso, abre as portas da Emissora Nacional com 20 anos, em 1948. Dois anos mais tarde assina o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, grava êxitos como Fado das Caldas e Varina.
Progressista do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era dado ao improviso e destacou-se pela sua voz timbrada, naturalidade com que interpreta as suas músicas e utilização de melismas, raridade no fado.
Durante uma entrevista, insurge-se contra as convenções políticas e afirma ser o fado uma música pobre, e que é na pobreza que reside a riqueza, grandeza, liberdade e valor.
Afincadamente contra os mais conservadores que apenas recriavam os clássicos, ficou para a posteridade o seu maior sucesso, A moda das tranças pretas, que constituiu entre os outros fados do seu reportório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 surge o contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais na carreira, as atenções do oriente prenderam-se no fado, e tal entre uma vaga de fadistas como Amália Rodrigues, Maria Amélia Proença e outros, fez digressões no Extremo Oriente. Em 1989 assinala o quadragésimo aniversário da sua carreira no Cinema Tivoli.
Casado em Lisboa a 23 de abril de 1955 com Maria Augusta de Melo Novais e Ataíde (Évora, Sé e São Pedro, 30 de junho de 1929 - 28 de setembro de 2011), é pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas restantes da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme Fados, de Carlos Saura.
Vicente da Câmara morreu no Hospital de S. José, em Lisboa, a 28 de maio de 2016, com 88 anos de idade, vítima de paragem cardiorrespiratória.
   
  

quarta-feira, novembro 07, 2018

Maria Teresa de Noronha nasceu há um século!

 
(imagem daqui)
  
Maria Teresa do Carmo de Noronha Guimarães Serôdio (Paraty) (Lisboa, 7 de novembro de 1918 - Sintra, São Pedro de Penaferrim, 4 de julho de 1993) foi uma fadista portuguesa.
Proveniente de uma família com raízes aristocratas, era filha de D. António Maria de Sales do Carmo de Noronha (Lisboa, 20 de Janeiro de 1880 - Lisboa, 2 de fevereiro de 1954), 430.º Sócio do Clube Tauromáquico, e de sua mulher D.ª Maria Carlota Appleton de Noronha Cordeiro Feio (19 de setembro de 1889 - ?), cujo casamento se realizou em Lisboa, na paróquia da Pena, em 6 de fevereiro de 1904. Era bisneta, pelo lado paterno, de D. João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2.º Conde de Parati, e de D. Vasco António de Figueiredo Cabral da Camara, 3.º Conde de Belmonte, e, pelo lado materno, descendente dos Condes dos Arcos. Foi casada com José António Barbosa de Guimarães Serôdio, 3.º conde de Sabrosa, também ele um grande admirador do fado e guitarrista amador.
Mostrando desde cedo uma grande aptidão para o fado, começou por cantar em festas de família e amigos. Depois que passou a atuar nos retiros de fado tornar-se-ia a ser conhecida a sua expressão artística, ganhando muitos admiradores autênticos, entre eles, vários conhecedores do fado. Em 1939 grava o seu primeiro álbum O Fado dos Cinco Estilos, o seu primeiro single. Um ano antes já a Emissora Nacional convidara Maria Teresa a atuar, tendo sido acompanhada pelo guitarrista Fernando Freitas e pelo violista Abel Negrão, numa apresentação aos ouvintes feita por D. João da Câmara. O êxito obtido levou-a a iniciar o programa semanal Fados e Guitarradas, que foi um substituto do programa de fados Retiro da Severa e esteve no ar 23 anos seguidos, sendo realizado de 15 a 15 dias, com o alinhamento de quatro fados e uma guitarrada.
Canções como Fado da Verdade, Fado Hilário e Fado Anadia foram êxitos que muito agradaram ao grande público, assim como outros fados do seu repertório, entre os quais: Nosso Fado, Fado Menor e Maior, Minhas Penas, Pintadinho, Pombalinho ou Fado Rio Maior.
Em 1961 decide acabar o programa Fados e Guitarradas e abandonar a Emissora Nacional. Contudo, continuará a cantar em privado, com transmissão na Emissora. De entre as suas actuações no estrangeiro destaca-se a sua deslocação a Espanha em 1946, por ocasião do Festival da Feira do Livro de Barcelona, e ainda a Madrid, a convite do Governo espanhol, para actuar no Hotel Ritz, onde obteve um êxito estrondoso. Ainda em 1946 vai ao Brasil e é igualmente muito apreciada. Actuou no Mónaco para Grace Kelly e Rainer III e, em 1964, desloca-se a Londres para actuar na BBC.
A sua dicção, a sua maneira de se expressar, a forma como dominava as figurações intrincadas como os pianinhos e os roubados tornou-a criadora de um estilo muito próprio, que fez escola.
   
  

segunda-feira, maio 07, 2018

D. Vicente da Câmara nasceu há noventa anos

(imagem daqui)

D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara (Lisboa, 7 de maio de 1928 - Lisboa, 28 de maio de 2016) foi um fadista português.

Vicente da Câmara nasceu em berço aristocrata, único filho de D. João Luís Seabra da Câmara, notável locutor da Emissora Nacional portuguesa, e de sua primeira mulher, D. Maria Edite do Carmo de Noronha, e cresce sob influência de uma educação marcadamente ligada ao fado, em particular da sua tia D. Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer:
Cquote1.svg O que é a aristocracia? A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu. Cquote2.svg
- Vicente da Câmara
É portanto naturalmente que entra nos meandros do fado, e tendo ganho um concurso, abre as portas da Emissora Nacional com 20 anos, em 1948. Dois anos mais tarde assina o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, grava êxitos como Fado das Caldas e Varina.
Progressista do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era dado ao improviso e destacou-se pela sua voz timbrada, naturalidade com que interpreta as suas músicas e utilização de melismas, raridade no fado.
Durante uma entrevista, insurge-se contra as convenções políticas e afirma ser o fado uma música pobre, e que é na pobreza que reside a riqueza, grandeza, liberdade e valor.
Afincadamente contra os mais conservadores que apenas recriavam os clássicos, ficou para a posteridade o seu maior sucesso, A moda das tranças pretas, que constituiu entre os outros fados do seu reportório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 surge o contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais na carreira, as atenções do oriente prenderam-se no fado, e tal entre uma vaga de fadistas como Amália Rodrigues, Maria Amélia Proença e outros, fez digressões no Extremo Oriente. Em 1989 assinala o quadragésimo aniversário da sua carreira no Cinema Tivoli.
Casado em Lisboa a 23 de abril de 1955 com Maria Augusta de Melo Novais e Ataíde (Évora, Sé e São Pedro, 30 de junho de 1929 - 28 de setembro de 2011), é pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas restantes da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme Fados, de Carlos Saura.
Vicente da Câmara morreu no Hospital de S. José, em Lisboa, a 28 de maio de 2016, com 88 anos de idade, vítima de paragem cardiorrespiratória.
 
  

quarta-feira, maio 07, 2014

D. Vicente da Câmara faz hoje 86 anos!

(imagem daqui)

D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara (Lisboa, 7 de maio de 1928) é um fadista português.

Vicente da Câmara nasceu em berço aristocrata, único filho de D. João Luís Seabra da Câmara, notável radialista e locutor Emissora Nacional portuguesa, e de sua primeira mulher D. Maria Edite do Carmo de Noronha, e cresce sob influência de uma educação marcadamente ligada ao fado, em particular da sua tia, D. Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer:
Cquote1.svg O que é a aristocracia? A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu. Cquote2.svg
Vicente da Câmara
É portanto naturalmente que entra nos meandros do fado, e tendo ganho um concurso, abre as portas da Emissora Nacional com 20 anos, em 1948. Dois anos mais tarde assina o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, grava êxitos como Fado das Caldas e Varina.
Progressista do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era dado ao improviso e destacou-se pela sua voz timbrada, naturalidade com que interpreta as suas músicas e utilização de melismas, raridade no fado.
Durante uma entrevista, insurge-se contra as convenções políticas e afirma ser o fado uma música pobre, e que é na pobreza que reside a riqueza, grandeza, liberdade e valor.
Afincadamente contra os mais conservadores que apenas recriavam os clássicos, ficou para a posteridade o seu maior sucesso, A moda das tranças pretas, que constituiu entre os outros fados do seu repertório, um ex-libris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 surge o contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais na carreira, as atenções do oriente prenderam-se no fado, e tal entre uma vaga de fadistas como Amália Rodrigues, Maria Amélia Proença e outros, fez digressões no Extremo Oriente. Em 1989 assinala o quadragésimo aniversário da sua carreira no Cinema Tivoli.
Casado em Lisboa a 23 de abril de 1955 com Maria Augusta de Melo Novais e Ataíde (Évora, 30 de junho de 1929 - 28 de setembro de 2011), é pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas restantes da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme Fados, de Carlos Saura.


quinta-feira, novembro 07, 2013

Maria Teresa de Noronha nasceu há 95 anos

D.ª Maria Teresa do Carmo de Noronha Guimarães Serôdio (Paraty) (Lisboa, 7 de novembro de 1918 - Sintra, São Pedro de Penaferrim, 4 de julho de 1993) foi uma fadista portuguesa.
Proveniente de uma família com raízes aristocratas, era filha de D. António Maria de Sales do Carmo de Noronha (Lisboa, 20 de Janeiro de 1880 - Lisboa, 2 de Fevereiro de 1954), 430.º Sócio do Clube Tauromáquico, e de sua mulher D.ª Maria Carlota Appleton de Noronha Cordeiro Feio (19 de Setembro de 1889 - ?), cujo casamento se realizou em Lisboa, na paróquia da Pena, em 6 de fevereiro de 1904. Era bisneta, pelo lado paterno, de D. João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2.º Conde de Parati, e de D. Vasco António de Figueiredo Cabral da Camara, 3.º Conde de Belmonte, e, pelo lado materno, descendente dos Condes dos Arcos. Foi casada com José António Barbosa de Guimarães Serôdio, 3.º conde de Sabrosa, também ele um grande admirador do fado e guitarrista amador.
Mostrando desde cedo uma grande aptidão para o fado, começou por cantar em festas de família e amigos. Depois que passou a atuar nos retiros de fado tornar-se-ia a ser conhecida a sua expressão artística, ganhando muitos admiradores autênticos, entre eles, vários conhecedores do fado. Em 1939 grava o seu primeiro álbum O Fado dos Cinco Estilos, o seu primeiro single. Um ano antes já a Emissora Nacional convidara Maria Teresa a atuar, tendo sido acompanhada pelo guitarrista Fernando Freitas e pelo violista Abel Negrão, numa apresentação aos ouvintes feita por D. João da Câmara. O êxito obtido levou-a a iniciar o programa semanal Fados e Guitarradas, que foi um substituto do programa de fados Retiro da Severa e esteve no ar 23 anos seguidos, sendo realizado de 15 a 15 dias, com o alinhamento de quatro fados e uma guitarrada.
Canções como Fado da Verdade, Fado Hilário e Fado Anadia foram êxitos que muito agradaram ao grande público, assim como outros fados do seu repertório, entre os quais: Nosso Fado, Fado Menor e Maior, Minhas Penas, Pintadinho, Pombalinho ou Fado Rio Maior.
Em 1961 decide acabar o programa Fados e Guitarradas e abandonar a Emissora Nacional. Contudo, continuará a cantar em privado, com transmissão na Emissora. De entre as suas actuações no estrangeiro destaca-se a sua deslocação a Espanha em 1946, por ocasião do Festival da Feira do Livro de Barcelona, e ainda a Madrid, a convite do Governo espanhol, para actuar no Hotel Ritz, onde obteve um êxito estrondoso. Ainda em 1946 vai ao Brasil e é igualmente muito apreciada. Actuou no Mónaco para Grace Kelly e Rainer III e, em 1964, desloca-se a Londres para actuar na BBC.
A sua dicção, a sua maneira de se expressar, a forma como dominava as figurações intrincadas como os pianinhos e os roubados tornou-a criadora de um estilo muito próprio, que fez escola.


terça-feira, maio 07, 2013

D. Vicente da Câmara, o decano vivo dos fadistas aristocratas, faz hoje 85 anos!

(imagem daqui)

D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara (Lisboa, 7 de maio de 1928) é um fadista português.

Vicente da Câmara nasceu em berço aristocrata, único filho de D. João Luís Seabra da Câmara, notável locutor da Emissora Nacional portuguesa, e de sua primeira mulher, D. Maria Edite do Carmo de Noronha, e cresce sob influência de uma educação marcadamente ligada ao fado, em particular da sua tia D. Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer:
Cquote1.svg O que é a aristocracia? A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu. Cquote2.svg
Vicente da Câmara
É portanto naturalmente que entra nos meandros do fado, e tendo ganho um concurso, abre as portas da Emissora Nacional com 20 anos, em 1948. Dois anos mais tarde assina o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, grava êxitos como Fado das Caldas e Varina.
Progressista do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era dado ao improviso e destacou-se pela sua voz timbrada, naturalidade com que interpreta as suas músicas e utilização de melismas, raridade no fado.
Durante uma entrevista, insurge-se contra as convenções políticas e afirma ser o fado uma música pobre, e que é na pobreza que reside a riqueza, grandeza, liberdade e valor.
Afincadamente contra os mais conservadores que apenas recriavam os clássicos, ficou para a posteridade o seu maior sucesso, A moda das tranças pretas, que constituiu entre os outros fados do seu repertório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 surge o contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais na carreira, as atenções do oriente prenderam-se no fado, e tal entre uma vaga de fadistas como Amália Rodrigues, Maria Amélia Proença e outros, fez digressões no Extremo Oriente. Em 1989 assinala o quadragésimo aniversário da sua carreira no Cinema Tivoli.
Casado em Lisboa a 23 de abril de 1955 com Maria Augusta de Melo Novais e Ataíde (Évora, Sé e São Pedro, 30 de junho de 1929 - 28 de setembro de 2011), é pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas restantes da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme Fados, de Carlos Saura.