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segunda-feira, dezembro 13, 2010

O mentiroso capacho português

(imagem daqui)

Telegrama agradece repatriamento de presos

De acordo com o El Pais, que teve acesso a um telegrama datado de Setembro de 2007, os diplomatas americanos em Portugal agradecem a José Sócrates por ter "permitido aos EUA usar a Base das Lajes, nos Açores, para repatriar detidos em Guantánamo", "uma decisão difícil que nunca foi tornada pública".

De facto, em Janeiro de 2008, o primeiro-ministro assegurou no Parlamento que nunca tinha recebido qualquer pedido dos EUA "para sobrevoo do nosso espaço aéreo ou para aterragem na Base das Lajes de aviões que se destinassem ao transporte ou à transferência de prisioneiros". Na altura, Sócrates chegou mesmo a garantir que "nenhum membro do Governo faltou à verdade sobre este caso".

A questão já tinha sido levantada esta semana quando a WikiLeaks divulgou um outro telegrama, de Outubro de 2006, que dava conta de "diligências" dos Estados Unidos junto de Portugal para usar o espaço aéreo português. Perante a Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, o ministro Luís Amado confirmou as diligências dos americanos mas voltou a afirmar que "não houve aviões com detidos de Guantánamo a sobrevoar Portugal". "Pura e simplesmente não houve voo nenhum. (...) Se tivesse havido operação [de repatriamento] teria sido pública, para ficar sob escrutínio público", garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Até à hora de fecho desta edição, o jornal espanhol não tinha ainda publicado o telegrama em causa, mas citava os diplomatas americanos tecendo elogios à actuação de Amado - a quem "Washington agradece ter tomado a iniciativa na Europa para levar outros países a ajudar os EUA com o encerramento de Guantánamo acolhendo presos" - e ainda do Presidente da República Cavaco Silva, que se mostrou "colaborador com este caso" e que em 2008 terá tranquilizado os americanos quanto à polémica dos voos da CIA dizendo, entre outras coisas, que Portugal tem "uma imprensa muito suave".

in DN - ler notícia

sexta-feira, outubro 15, 2010

Humoristas involuntários - e o Iraque tinha o melhor capacho...

Separados à nascença?



Há qualquer coisa de profundamente errado, e por isso imensamente curioso, no comportamento deste fazedor de opinião, ex-vendedor de políticos enquanto sabonetes. O grau de caducidade mental resulta num espectáculo que a maioria julga deprimente e, os mais sensíveis, ofensivo. Com um pouquinho de esforço, consegue-se vislumbrar o lado burlesco do apego canídeo de Rangel ao Eng. José Sócrates – mais fiel a este do que o próprio. À impudicícia argumentativa aliam-se sucessivas fugas para a frente, próprias de quem já não se ouve a si próprio e tratou de criar uma realidade paralela por onde se passeia, gozando momentos de relativa auto-complacência. O exercício, mais do que penoso, é, a espaços, hilariante, sobretudo quando juntamos à coisa o olhar meio desesperado, meio conformado, de um estóico Carlos Abreu Amorim. Um momento televisivo semanal imperdível. Desde Mohammed Saeed al-Sahaf que não me ria tanto.