Bonnie teve uma infância pobre e difícil com a mãe e os dois irmãos,
depois de o seu pai morrer quando ela tinha quatro anos, provocando a
mudança da família de sua cidade natal de Rowena para
Dallas, no mesmo estado do
Texas.
Apesar da infância na mais absoluta pobreza, ela era uma ótima aluna de
inglês e
composição, que escrevia
poemas de qualidade, inclusive vencendo para sua escola um concurso da liga de ensino do
Condado em
literatura. Na
adolescência,
a sua facilidade com a escrita fez com que chegasse a trabalhar
escrevendo introduções de discursos para políticos locais. Descrita como
uma jovem inteligente, de personalidade e força de vontade pelos que a
conheceram, Bonnie era uma pequena
loira atraente de 1,50 m e 41 kg.
Bonnie casou-se em setembro de
1926 aos quinze anos, com Roy Thornton, um rapaz da área, mas o casamento durou pouco e eles separaram-se em janeiro de
1929 e Roy foi condenado a cinco anos de
cadeia por roubo, pouco tempo depois. Em
1930, trabalhando como empregada de bar, ela conheceu o homem que mudaria a sua vida, a levaria para uma vida aventureira e
fora-da-lei e que a tornaria famosa no mundo todo, Clyde Barrow.
Clyde tinha a mesma idade de Bonnie e quando se conheceram apaixonaram-se
imediatamente e Bonnie largou tudo para seguir o bandido. Dali em
diante, ela seria uma leal companheira de Clyde e, com a ajuda de
outros bandidos e do irmão de Barrow, os dois formaram uma quadrilha que
aterrorizaria por quase quatro anos o centro dos Estados Unidos,
assassinando civis e policiais e assaltando bancos, lojas e postos de
gasolina, sendo mitificados pelos
media americana, até serem mortos numa
emboscada, depois de uma longa caçada humana, numa
estrada deserta perto de Bienville Parishem, no
estado da
Louisiana, em 23 de maio de 1934.
O carro do casal, crivado de balas
Nascido numa família pobre de pequenos
fazendeiros, desde cedo Clyde começou o seu envolvimento com a
polícia e o
crime.
Aos 16 anos foi preso pela primeira vez ao fugir de um polícia quando
foi interpelado sobre um carro alugado em seu poder, que ele não havia
devolvido no prazo certo. A segunda prisão, desta vez juntamente
com o seu irmão Buck, foi por roubar perus em uma
propriedade.
Mesmo conseguindo pequenos trabalhos entre
1927 e
1929, Clyde continuou praticando pequenos furtos em
lojas
de conveniência e roubando carros. Apesar de ser principalmente
reconhecido como assaltante de bancos, a preferência de Clyde era por
pequenos roubos em postos de gasolina e lojas.
De acordo com o
historiador John Neal Phillips, e ao contrario da errónea imagem fria de Clyde Barrow passada no clássico filme
Bonnie & Clyde, de
Warren Beatty,
o objetivo de vida de Clyde não era ficar famoso e rico assaltando
bancos
, mas se vingar do sistema presidiário americano pelos abusos que
havia sofrido nas suas prisões. Segundo Phillips ele na verdade sentia
culpa pelas pessoas que assassinava.
Depois de conhecer
Bonnie Parker em
1930, Clyde, Bonnie, Buck e Blanche montaram a quadrilha conhecida como
Barrow Gang e, nos anos seguintes, levaram o terror à
população
dos estados centrais dos EUA, assaltando e matando civis e policiais
que se colocavam no seu caminho, até ser finalmente morto a tiro juntamente
com Bonnie, dentro do carro que dirigiam, numa emboscada montada pela
polícia numa estrada deserta da
Louisiana, em
23 de maio de
1934.