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domingo, novembro 24, 2013

A propósito do exame que os professores não efetivos vão fazer

(imagem daqui)

A prova de ingresso ou PACC (Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades) a que milhares de professores, alguns com mais de 15 anos de aulas, com estágio feito, com uma série de avaliações feitas durante a sua vida, vão ser obrigados a fazer, em 18 de dezembro, é mais um exemplo de uma asneirada que o Ministro da Educação, o meu amigo Professor Doutor Nuno Crato, está a fazer. A prova? O modelo foi testado pelo jornal Público e deu o que se esperava: é fácil de mais e não serve para nada (pode provar-se num exame que se é bom professor?). Erro a dizer que não serve para nada: acrescenta um dia de trabalho a muitos professores, obriga muitos professores a trabalhar que nem doidos (sem poder preparar o 2º Período) na interrupção letiva do Natal, recebendo em troca menos do que ganha uma empregada de limpezas (cada prova vai demorar, entre corrigir, rever e meter as notas na folha de cálculo, mais de uma hora, para o professor receber 3 - TRÊS - euros, sujeitos ainda a impostos, quando qualquer senhora que faça limpezas recebe, sem impostos 7,5 euros...!) e permite ao estado arrecadar mais de 15 euros por cabeça por cada "candidato", limpinhos. Dizem que depois, os que passarem, irão ainda fazer uma prova específica (esperemos que seja semelhante a esta...) que provará que estes professores podem ser professores, coisa que já sabemos há muito tempo (e que o estado arrecade mais umas centenas de milhares de euros...).
Há quem sugira que esta peregrina ideia se aplique também a outros campos (já o Bastonário da Ordem dos Advogados, o inenarrável Marinho e Pinto, tinha tido a mesma ideia...) e se passe à prática com uns senhores que, por pura carolice, exercem funções para as quais às vezes parecem não estar bem preparados - os políticos... Assim, o meu amigo e colega José Vitorino Guerra publicou, no seu Facebook, o seguinte texto sobre o assunto:

Os ministros, secretários de estado, subsecretários, secretários dos subsecretários, chefes de gabinete, assessores e assessores dos assessores vão ser obrigados a fazer uma prova de avaliação das suas competências técnicas, qualidades para o exercício do cargo e sobre conhecimentos de História e Português. A parte final será uma redacção sob o título "Eu gosto muito da minha Pátria". Qualquer erro de sintaxe ou de pontuação levará ao despedimento, por inadaptação, ao posto de trabalho e à reposição dos salários auferidos. Além do teste sobre História de Portugal haverá um grupo de questões sobre o significado de soberania nacional, independência política, estado de direito social, constituição da república, dignidade institucional, cidadania, pobreza e legitimidade democrática. Segundo fonte oficiosa já há gente a arrumar as gavetas.
Eu diria ao meu amigo que se esqueceu de dizer que estes senhores deveriam pagar 2.000 euros para puderem fazer a prova e, daqui a uns meses, fazerem um teste, mais aprofundado, na área de governação em que estão, para a coisa ser justa.
E parem de gozar com os professores - se já antes era difícil, a continuarem assim dão connosco em doidos (e eu já não posso tomar mais comprimidos...) ou acabam de vez com o pouco que restou da Escola Pública.
 
 
NOTA: nunca vigiarei, em nenhuma circunstância, colegas meus nesta prova. Felizmente não posso corrigir estes exames, porque também o não faria. Espero que, pelo menos um Sindicato esteja à altura e convoque greve para essa data, para que não se faça mais este arremedo de avaliação dos professores.

domingo, julho 31, 2011

Porque amanhã...

(imagem daqui)


... é dia 1 de Agosto, todos professores deveriam de férias. Contudo tal não acontece - a maluqueira que imperou durante seis anos e tal no Ministério da Educação, primeiro com dura e anarquista Maria de Lurdes Rodrigues e depois a fofinha e ligeiramente distraída Isabel Alçada, leva que muito de nós estejam a corrigir exames, pela primeira vez de graça e em Agosto, enquanto que os restantes se dedicam a fingir que provam que são bom professores, com milhares de papéis e evidências (também conhecidas por iludências...) a colocar em papel, em CD's, DVD's ou dossiês electrónicos ou a fingir (como eu) que avaliam justamente os seus pares, através do que viram em duas aulas assistidas e das iludências por eles apresentadas - o que é impossível neste modelo.


Em vez de descansar e preparar o novo ano, dedicamo-nos à estúpida burocracia herdada de Sócrates e que o governa teima em levar até ao fim, com as consequências que já se antevêem: guerra civil, recursos e processos entre muitos professores e Escolas e o fim do trabalho cooperativo em muitos grupos dentro das Escolas públicas.

Pagaremos bem caro esta teimosia, mesmo que o novo modelo de avaliação dos docentes venha a ser melhor, menos burocrático e mais justo, pois as feridas desta luta fraticida (por lugares que não existem ou por notas que não servirão para nada...) irá provocar nos professores e escolas feridas profundas que nunca irão sarar.

Assim queríamos dedicar esta música aos iluminados que, num momento que devia ser de prazer (preparar o novo ano) e lazer (descansar para conseguir trabalhar bem no ano escolar que se avizinha) nos põe em cima mais esta interminável carga de trabalhos:

sábado, fevereiro 20, 2010

A desgraça (previsível) na Madeira

Quem conhece minimamente a Madeira (não é o meu caso) diz que se exagerou de tal maneira na ocupação de certos locais que era previsível o que aconteceu hoje. Não sabendo mais do assunto, mas preocupados com o mesmo (a minha irmã mais nova vive actualmente na capital do arquipélago) aqui deixamos algumas notícias de última hora sobre as inundações na Madeira: