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terça-feira, março 05, 2024

Um aldrabão e pseudo-cientista chamado Franz Anton Mesmer morreu há 209 anos

  
Franz Anton Mesmer (Iznang, 23 de maio de 1734 - Meersburg, 5 de março de 1815) médico suábio, fundador da teoria do magnetismo animal chamada de mesmerismo.
A sua aldeia é próxima do lago de Constança, na Suábia, região que hoje pertence à Alemanha
   
(...)
     
O magnetismo animal
O primeiro tratamento por meio do magnetismo animal teve início em 1773. A paciente foi uma familiar da esposa de Mesmer e amiga da família Mozart, Franziska Esterlina, uma mulher de vinte e nove anos, bastante debilitada.
Em 1775, com o fraco acolhimento dado à sua descoberta, Mesmer determinou-se a nada mais a divulgá-la publicamente em Viena. Viajou para diversos países da Europa anunciando a sua descoberta. Visitou a Suábia, a Baviera, a Suíça e a Hungria, entre outros países. Publicou uma Carta ao povo de Frankfurt, que representa uma importante fase do desenvolvimento de sua teoria. Pela primeira vez definiu o magnetismo animal como sendo a capacidade de um indivíduo em causar efeitos similares ao magnetismo mineral em outra pessoa. Em 5 de janeiro, publicou em jornais e panfletos uma Carta a um médico estrangeiro, esclarecendo a terapia do magnetismo animal. Foi primeiramente endereçada ao médico Johann Christoph Unzer, de Altona. Em Munique, a 28 de novembro, foi aceito como membro da Academia do Eleitorado da Baviera.
Em 1776, Mesmer deixou de fazer uso do íman como simples condutor do magnetismo animal, para evitar mal-entendidos por parte dos médicos e físicos. Continuou a usar água, garrafas e barras de ferro. Publicou Cartas sobre a cura magnética, esclarecendo a sua tese de doutoramento, e enviou-as, como divulgação, a alguns médicos.
No ano seguinte, Mesmer aceitou como paciente a famosa pianista Maria Theresia Paradis, 'curando' a sua cegueira e gerando controvérsias.
    
(...)
    
Em 20 de agosto de 1784, Mesmer enviou uma carta a Benjamin Franklin denunciando os equívocos da comissão nomeada para examinar d'Eslon, desautorizado para agir em seu nome, e a impropriedade do método adotado. O Rei da França nomeou uma comissão de sábios da Academia de Ciências de Paris, com Jean-Sylvain Bailly (1736-1793), Joseph-Ignace Guillotin (1738-1814), Benjamin Franklin (1706-1790) e Antoine-Laurent Lavoiser (1743-1794) que, em quatro meses, concluiu que as proposições de Mesmer não passavam de imaginação e auto-sugestão dos pacientes, além de redigir um relatório secreto, enviado à polícia, que alertava para o ambiente potencialmente licencioso das clínicas mesmeristas. Uma outra comissão formada por médicos da Sociedade Real de Medicina também rejeitou a existência do magnetismo animal.
   

domingo, março 05, 2023

O aldrabão pseudo-cientista chamado Franz Anton Mesmer morreu há 208 anos

  
Franz Anton Mesmer (Iznang, 23 de maio de 1734 - Meersburg, 5 de março de 1815) médico suábio, fundador da teoria do magnetismo animal chamada de mesmerismo.
A sua aldeia é próxima do lago de Constança, na Suábia, região que hoje pertence à Alemanha
   
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O magnetismo animal
O primeiro tratamento por meio do magnetismo animal teve início em 1773. A paciente foi uma familiar da esposa de Mesmer e amiga da família Mozart, Franziska Esterlina, uma mulher de vinte e nove anos, bastante debilitada.
Em 1775, com o fraco acolhimento dado à sua descoberta, Mesmer determinou-se a nada mais a divulgá-la publicamente em Viena. Viajou para diversos países da Europa anunciando a sua descoberta. Visitou a Suábia, a Baviera, a Suíça e a Hungria, entre outros países. Publicou uma Carta ao povo de Frankfurt, que representa uma importante fase do desenvolvimento de sua teoria. Pela primeira vez definiu o magnetismo animal como sendo a capacidade de um indivíduo em causar efeitos similares ao magnetismo mineral em outra pessoa. Em 5 de janeiro, publicou em jornais e panfletos uma Carta a um médico estrangeiro, esclarecendo a terapia do magnetismo animal. Foi primeiramente endereçada ao médico Johann Christoph Unzer, de Altona. Em Munique, a 28 de novembro, foi aceito como membro da Academia do Eleitorado da Baviera.
Em 1776, Mesmer deixou de fazer uso do íman como simples condutor do magnetismo animal, para evitar mal-entendidos por parte dos médicos e físicos. Continuou a usar água, garrafas e barras de ferro. Publicou Cartas sobre a cura magnética, esclarecendo a sua tese de doutoramento, e enviou-as, como divulgação, a alguns médicos.
No ano seguinte, Mesmer aceitou como paciente a famosa pianista Maria Theresia Paradis, 'curando' a sua cegueira e gerando controvérsias.
    
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Em 20 de agosto de 1784, Mesmer enviou uma carta a Benjamin Franklin denunciando os equívocos da comissão nomeada para examinar d'Eslon, desautorizado para agir em seu nome, e a impropriedade do método adotado. O Rei da França nomeou uma comissão de sábios da Academia de Ciências de Paris, com Jean-Sylvain Bailly (1736-1793), Joseph-Ignace Guillotin (1738-1814), Benjamin Franklin (1706-1790) e Antoine-Laurent Lavoiser (1743-1794) que, em quatro meses, concluiu que as proposições de Mesmer não passavam de imaginação e auto-sugestão dos pacientes, além de redigir um relatório secreto enviado à polícia que alertava para o ambiente potencialmente licencioso das clínicas mesmeristas. Uma outra comissão formada por médicos da Sociedade Real de Medicina também rejeitou a existência do magnetismo animal.
   

quarta-feira, março 16, 2022

A vergonhosa cimeira das Lajes foi há dezanove anos...

José Manuel Durão Barroso, Tony Blair, US President George W. Bush and Spanish Prime Minister José María Aznar at Lajes for a one-day emergency summit to discuss the possibilities of war with Iraq, 16 March 2003

sábado, março 05, 2022

Um aldrabão chamado Franz Anton Mesmer morreu há 207 anos

  
Franz Anton Mesmer (Iznang, 23 de maio de 1734 - Meersburg, 5 de março de 1815) médico suábio, fundador da teoria do magnetismo animal chamada de mesmerismo.
A sua aldeia é próxima do lago de Constança, na Suábia, região que hoje pertence à Alemanha
   
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O magnetismo animal
O primeiro tratamento por meio do magnetismo animal teve início em 1773. A paciente foi uma familiar da esposa de Mesmer e amiga da família Mozart, Franziska Esterlina, uma mulher de vinte e nove anos, bastante debilitada.
Em 1775, com o fraco acolhimento dado à sua descoberta, Mesmer determinou-se a nada mais a divulgá-la publicamente em Viena. Viajou para diversos países da Europa anunciando a sua descoberta. Visitou a Suábia, a Baviera, a Suíça e a Hungria, entre outros países. Publicou uma Carta ao povo de Frankfurt, que representa uma importante fase do desenvolvimento de sua teoria. Pela primeira vez definiu o magnetismo animal como sendo a capacidade de um indivíduo em causar efeitos similares ao magnetismo mineral em outra pessoa. Em 5 de janeiro, publicou em jornais e panfletos uma Carta a um médico estrangeiro, esclarecendo a terapia do magnetismo animal. Foi primeiramente endereçada ao médico Johann Christoph Unzer, de Altona. Em Munique, a 28 de novembro, foi aceito como membro da Academia do Eleitorado da Baviera.
Em 1776, Mesmer deixou de fazer uso do íman como simples condutor do magnetismo animal, para evitar mal-entendidos por parte dos médicos e físicos. Continuou a usar água, garrafas e barras de ferro. Publicou Cartas sobre a cura magnética, esclarecendo a sua tese de doutoramento, e enviou-as, como divulgação, a alguns médicos.
No ano seguinte, Mesmer aceitou como paciente a famosa pianista Maria Theresia Paradis, 'curando' a sua cegueira e gerando controvérsias.
    
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Em 20 de agosto de 1784, Mesmer enviou uma carta a Benjamin Franklin denunciando os equívocos da comissão nomeada para examinar d'Eslon, desautorizado para agir em seu nome, e a impropriedade do método adotado. O Rei da França nomeou uma comissão de sábios da Academia de Ciências de Paris, com Jean-Sylvain Bailly (1736-1793), Joseph-Ignace Guillotin (1738-1814), Benjamin Franklin (1706-1790) e Antoine-Laurent Lavoiser (1743-1794) que, em quatro meses, concluiu que as proposições de Mesmer não passavam de imaginação e auto-sugestão dos pacientes, além de redigir um relatório secreto enviado à polícia que alertava para o ambiente potencialmente licencioso das clínicas mesmeristas. Uma outra comissão formada por médicos da Sociedade Real de Medicina também rejeitou a existência do magnetismo animal.
   

terça-feira, março 16, 2021

A cimeira das Lajes da nossa vergonha foi há dezoito anos...

 

José Manuel Durão Barroso, Tony Blair, US President George W. Bush and Spanish Prime Minister José María Aznar at Lajes for a one-day emergency summit to discuss the possibilities of war with Iraq, 16 March 2003

sexta-feira, março 05, 2021

O médico aldrabão Franz Anton Mesmer morreu há 206 anos

  
Franz Anton Mesmer (Iznang, 23 de maio de 1734 - Meersburg, 5 de março de 1815) médico suábio, fundador da teoria do magnetismo animal chamada de mesmerismo.
A sua aldeia é próxima do lago de Constança, na Suábia, região que hoje pertence à Alemanha
   
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O magnetismo animal
O primeiro tratamento por meio do magnetismo animal teve início em 1773. A paciente foi uma familiar da esposa de Mesmer e amiga da família Mozart, Franziska Esterlina, uma mulher de vinte e nove anos, bastante debilitada.
Em 1775, com o fraco acolhimento dado à sua descoberta, Mesmer determinou-se a nada mais a divulgá-la publicamente em Viena. Viajou para diversos países da Europa anunciando a sua descoberta. Visitou a Suábia, a Baviera, a Suíça e a Hungria, entre outros países. Publicou uma Carta ao povo de Frankfurt, que representa uma importante fase do desenvolvimento de sua teoria. Pela primeira vez definiu o magnetismo animal como sendo a capacidade de um indivíduo em causar efeitos similares ao magnetismo mineral em outra pessoa. Em 5 de janeiro, publicou em jornais e panfletos uma Carta a um médico estrangeiro, esclarecendo a terapia do magnetismo animal. Foi primeiramente endereçada ao médico Johann Christoph Unzer, de Altona. Em Munique, a 28 de novembro, foi aceito como membro da Academia do Eleitorado da Baviera.
Em 1776, Mesmer deixou de fazer uso do íman como simples condutor do magnetismo animal, para evitar mal-entendidos por parte dos médicos e físicos. Continuou a usar água, garrafas e barras de ferro. Publicou Cartas sobre a cura magnética, esclarecendo a sua tese de doutoramento, e enviou-as, como divulgação, a alguns médicos.
No ano seguinte, Mesmer aceitou como paciente a famosa pianista Maria Theresia Paradis, 'curando' a sua cegueira e gerando controvérsias.
    
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Em 20 de agosto de 1784, Mesmer enviou uma carta a Benjamin Franklin denunciando os equívocos da comissão nomeada para examinar d'Eslon, desautorizado para agir em seu nome, e a impropriedade do método adotado. O Rei da França nomeou uma comissão de sábios da Academia de Ciências de Paris, com Jean-Sylvain Bailly (1736-1793), Joseph-Ignace Guillotin (1738-1814), Benjamin Franklin (1706-1790) e Antoine-Laurent Lavoiser (1743-1794) que, em quatro meses, concluiu que as proposições de Mesmer não passavam de imaginação e auto-sugestão dos pacientes, além de redigir um relatório secreto enviado à polícia que alertava para o ambiente potencialmente licencioso das clínicas mesmeristas. Uma outra comissão formada por médicos da Sociedade Real de Medicina também rejeitou a existência do magnetismo animal.
   

quinta-feira, março 05, 2020

O aldrabão Franz Anton Mesmer morreu há 205 anos

Franz Anton Mesmer (Iznang, 23 de maio de 1734 - Meersburg, 5 de março de 1815) médico suábio, fundador da teoria do magnetismo animal chamada de mesmerismo.
A sua aldeia é próxima do lago de Constança, na Suábia, região que hoje pertence à Alemanha
  
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O magnetismo animal
O primeiro tratamento por meio do magnetismo animal teve início em 1773. A paciente foi uma familiar da esposa de Mesmer e amiga da família Mozart, Franziska Esterlina, uma mulher de vinte e nove anos, bastante debilitada.
Em 1775, com o fraco acolhimento dado à sua descoberta, Mesmer determinou-se a nada mais a divulgá-la publicamente em Viena. Viajou para diversos países da Europa anunciando a sua descoberta. Visitou a Suábia, a Baviera, a Suíça e a Hungria, entre outros países. Publicou uma Carta ao povo de Frankfurt, que representa uma importante fase do desenvolvimento de sua teoria. Pela primeira vez definiu o magnetismo animal como sendo a capacidade de um indivíduo em causar efeitos similares ao magnetismo mineral em outra pessoa. Em 5 de janeiro, publicou em jornais e panfletos uma Carta a um médico estrangeiro, esclarecendo a terapia do magnetismo animal. Foi primeiramente endereçada ao médico Johann Christoph Unzer, de Altona. Em Munique, a 28 de novembro, foi aceito como membro da Academia do Eleitorado da Baviera.
Em 1776, Mesmer deixou de fazer uso do íman como simples condutor do magnetismo animal, para evitar mal-entendidos por parte dos médicos e físicos. Continuou a usar água, garrafas e barras de ferro. Publicou Cartas sobre a cura magnética, esclarecendo a sua tese de doutoramento, e enviou-as, como divulgação, a alguns médicos.
No ano seguinte, Mesmer aceitou como paciente a famosa pianista Maria Theresia Paradis, 'curando' a sua cegueira e gerando controvérsias.
   
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Em 20 de agosto de 1784, Mesmer enviou uma carta a Benjamin Franklin denunciando os equívocos da comissão nomeada para examinar d'Eslon, desautorizado para agir em seu nome, e a impropriedade do método adotado. O Rei da França nomeou uma comissão de sábios da Academia de Ciências de Paris, com Jean-Sylvain Bailly (1736-1793), Joseph-Ignace Guillotin (1738-1814), Benjamin Franklin (1706-1790), Antoine-Laurent Lavoiser (1743-1794), que, em quatro meses, concluiu que as proposições de Mesmer não passavam de imaginação e auto-sugestão dos pacientes, além de redigir um relatório secreto enviado à polícia que alertava para o ambiente potencialmente licencioso das clínicas mesmeristas. Uma outra comissão formada por médicos da Sociedade Real de Medicina também rejeitou a existência do magnetismo animal. Porém, um de seus membros, Jussieu, divergiu dos colegas e admitiu curas.
  

segunda-feira, outubro 23, 2017

A Terra está a ficar (bastante) velha...

James Ussher ou simplesmente Usher (Dublin, 4 de janeiro de 1581 - 21 de março de 1656) foi um Arcebispo Anglicano de Armagh. Baseando-se na Bíblia, escreveu o livro The Annals of the World em 1658. Baseando-se no número de gerações, na duração média da vida humana e nas principais figuras bíblicas desde Adão e Eva até ao nascimento de Jesus, Ussher afirmou que a terra tinha sido criada às 9 horas da manhã do dia 23 de outubro de 4004 a.C. (domingo) e o dia da expulsão de Adão e Eva do paraíso em 10 de novembro de 4004 a.C. (segunda-feira) e, mais até, a data da atracagem da arca de Noé no Monte Ararat (Turquia) em 5 de maio de 2348 a.C. (quarta-feira). Tal precisão conferiu-lhe grande credibilidade entre os seus contemporâneos.


(imagem daqui)

quinta-feira, março 05, 2015

Franz Anton Mesmer, o criador de uma aldrabice chamada de mesmerismo, morreu há dois séculos

Franz Anton Mesmer (Iznang, 23 de maio de 1734 - Meersburg, 5 de março de 1815) médico suábio, fundador da teoria do magnetismo animal chamada de mesmerismo.
A sua aldeia é próxima do lago de Constança, na Suábia, região que hoje pertence à Alemanha
 
(...)
  
O magnetismo animal
O primeiro tratamento por meio do magnetismo animal teve início em 1773. A paciente foi uma familiar da esposa de Mesmer e amiga da família Mozart, Franziska Esterlina, uma mulher de vinte e nove anos, bastante debilitada.
Em 1775, com o fraco acolhimento dado à sua descoberta, Mesmer determinou-se a nada mais a divulgá-la publicamente em Viena. Viajou para diversos países da Europa anunciando a sua descoberta. Visitou a Suábia, a Baviera, a Suíça e a Hungria, entre outros países. Publicou uma Carta ao povo de Frankfurt, que representa uma importante fase do desenvolvimento de sua teoria. Pela primeira vez definiu o magnetismo animal como sendo a capacidade de um indivíduo em causar efeitos similares ao magnetismo mineral em outra pessoa. Em 5 de janeiro, publicou em jornais e panfletos uma Carta a um médico estrangeiro, esclarecendo a terapia do magnetismo animal. Foi primeiramente endereçada ao médico Johann Christoph Unzer, de Altona. Em Munique, a 28 de novembro, foi aceito como membro da Academia do Eleitorado da Baviera.
Em 1776, Mesmer deixou de fazer uso do íman como simples condutor do magnetismo animal, para evitar mal-entendidos por parte dos médicos e físicos. Continuou a usar água, garrafas e barras de ferro. Publicou Cartas sobre a cura magnética, esclarecendo a sua tese de doutoramento, e enviou-as, como divulgação, a alguns médicos.
No ano seguinte, Mesmer aceitou como paciente a famosa pianista Maria Theresia Paradis, 'curando' a sua cegueira e gerando controvérsias.
 
(...)
 
Em 20 de agosto de 1784, Mesmer enviou uma carta a Benjamin Franklin denunciando os equívocos da comissão nomeada para examinar d'Eslon, desautorizado para agir em seu nome, e a impropriedade do método adotado. O Rei da França nomeou uma comissão de sábios da Academia de Ciências de Paris, com Jean-Sylvain Bailly (1736-1793), Joseph-Ignace Guillotin (1738-1814), Benjamin Franklin (1706-1790), Antoine-Laurent Lavoiser (1743-1794), que, em quatro meses, concluiu que as proposições de Mesmer não passavam de imaginação e auto-sugestão dos pacientes, além de redigir um relatório secreto enviado à polícia que alertava para o ambiente potencialmente licencioso das clínicas mesmeristas. Uma outra comissão formada por médicos da Sociedade Real de Medicina também rejeitou a existência do magnetismo animal. Porém, um de seus membros, Jussieu, divergiu dos colegas e admitiu curas.
 

quarta-feira, junho 19, 2013

Sobre a vigarice do Ministério da Educação nos Exames de 12º Ano de Português

Crato cumpriu. Crato implodiu
Santana Castilho, 19.06.2013


 Em 17 anos de exames nacionais, dos 39 que já leva a democracia, o país nunca tinha assistido a tamanho desastre. A segunda-feira passada marca o dia em que um ministro teimoso, incompetente e irresponsável, implodiu a cave infecta em que transformou o Ministério da Educação. A credibilidade foi pulverizada. O rigor substituído pela batota. A seriedade submersa por sujidade humana. Viu-se de tudo. Efectivação de provas na ausência de professores do secretariado de exames, com o correlato incumprimento dos procedimentos obrigatórios, que lhes competiriam. Vigilantes desconhecedores dos normativos processuais para exercerem a função. Vigilantes do 1.º ciclo do ensino básico atarantados, sem saber o que fazer. Examinandos que indicaram a professores, calcule-se, que nunca tinham vigiado exames, procedimentos de rotina. Exames realizados sem professores suplentes e sem professores coadjuvantes. Exames vigiados por professores que leccionaram a disciplina em exame. Ausência de controlo sobre a existência de parentesco entre examinandos e vigilantes. Critérios díspares e arbitrários para escolher os que entraram e os que ficaram de fora. Salas invadidas pelos "excluídos" e interrupção das provas que os "admitidos" prestavam. Tumultos que obrigaram à intervenção da polícia. Desacatos ruidosos em lugar do silêncio prescrito. Sigilo grosseiramente quebrado, com o uso descontrolado de telefones e outros meios de comunicação electrónica. Alunos aglomerados em refeitórios. Provas iniciadas depois do tempo regulamentar.

O que acabo de sumariar não é exaustivo. Aconteceu em escolas com nome e foi-me testemunhado por professores devidamente identificados. Para além da gravidade dos acontecimentos na Escola Secundária Sá de Miranda, em Braga, Alves Martins, em Viseu, e Mário Sacramento, em Aveiro, referidos na imprensa, muitos outros poderiam ser nomeados. No agrupamento Tomás Ribeiro, de Tondela, onde estava previsto funcionarem dez salas, os exames foram iniciados, a horas, em quatro. Mas, 20 minutos depois, por sortilégio directivo, acrescentaram-se mais duas salas. Na Escola Secundária Dr. Solano de Abreu, em Abrantes, houve reuniões de avaliação coincidentes com a realização do exame. Os professores presentes em reuniões, que acabaram por não se realizar, foram mobilizados, no momento, para o serviço dos exames. Quem acedeu ficou ubíquo: assinou a presença na reunião e no serviço de exames. 

Ou Crato tem uma réstia de juízo e anula o exame, com o fundamento evidente da violação das normas mínimas que garantem a seriedade e a equidade exigíveis, ou isto termina nos tribunais administrativos. A coisa é um acto académico. Mas o abastardamento da coisa transforma-a num caso de tribunais. Não faltará quem a eles recorra. Porque décimas da coisa determinam o sentido de vidas.

O Júri Nacional de Exames, que se prestou a cobrir a cobardia política de Crato, não se pode esconder, agora, atrás do mandante. Não há cobardia técnica. Mas há responsabilidade técnica. O Júri Nacional de Exames tem de falar. Já devia ter falado. O país está à espera.

A Inspecção-Geral da Educação e Ciência tem de falar. Há responsabilidades, muitas, a apurar. O país está a ficar impaciente.

Crato errou em cascata. Deu como adquirida a definição de serviços mínimos, mas o colégio arbitral não viu jurisprudência onde ele, imprudente, a decretou. Arrogante, fechou a porta que o colégio abriu, sugerindo a mudança do exame para 20. Forçou a realização de um exame sem ter garantidas as condições mínimas exigíveis. Criou um problema duplamente iníquo: de um lado ficou com 55.000 alunos, potenciais reclamantes ganhadores, porque foram submetidos a um exame onde todas as regras foram desrespeitadas; do outro tem 22.000 alunos discriminados, porque não puderam realizar um exame a que tinham direito. Com as normas que pariu, ridicularizou o que sempre sacralizou: uma reunião de avaliação é inviabilizada pela falta de um professor; mas um exame nacional pode realizar-se na ausência de 100.000. Aventureiro, quis esmagar os sindicatos, mas terminou desazado. Se não violou formalmente a lei da greve, o que é discutível, esclareceu-nos a todos, o que é relevante, sobre o conceito em que a tem. Cego, não percebeu que, de cada vez que falava, mais professores aderiam à greve. Incauto, não se deu conta de que as coisas mudaram para os lados da UGT. Demagogo, convidou portugueses mal-amados no seu país, quantos com recalcamentos que Freud explicaria, a derramaram veneno sobre uma classe profissional que deviam estimar. Irresponsável, declarou guerra, e foi abatido. Crato substituiu Relvas. É agora o fardo que o Governo, nas vascas da morte, vai carregar até que Portas marque o velório. Ter ontem Crato nas televisões, de lucidez colapsada, ladeado por dois ajudantes constrangidos em fácies de cangalheiros, não pode ser o fim burlesco da palhaçada.

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Sobre Mega-Agrupamentos e outras porcarias que andam a fazer na Escola Pública

Público - 19.12.2012


Paulo Guinote*



.. Até agora só tenho visto decisões cegas, tiradas a regra e esquadro como um mapa do centro africano em conferência berlinense, que de tão racionais provocam efeitos de irracional distorção e acelerada entropia na eficácia de todo o sistema.

Vejamos.
  • Gigantismo e concentração na gestão escolar que, em troca de alegadas poupanças, vai tornar completamente disfuncional a gestão de grande parte das escolas públicas, com um afastamento – agravado pelo modelo unipessoal – do centro de decisões em relação ao terreno, aumentando de forma dramática as distâncias que muitas crianças precisam de percorrer para frequentar não o velho "Liceu" mas agora a própria "Primária", num modelo de meados de Oitocentos.
  • Reduções brutais nas remunerações dos docentes (encaradas como redução da despesa) que, em acumulação com a destruição dos horizontes de progressão na carreira, deixaram completamente desmotivados e sem qualquer confiança na tutela os executores de quaisquer reformas educacionais que se queiram implementar com algum sucesso. Ao mesmo tempo, acumula-se um lumpen docente em situação de precariedade e sub-emprego como pressão sobre quem está (estava!) nos antigos quadros de escola para que aceitem condições de trabalho cada vez piores.
  • Diminuição do apoio aos alunos mais desfavorecidos e com dificuldades de aprendizagem moderadas ou severas (o que se vai passando com os alunos com NEE vai sendo cada vez mais vergonhoso), a par com a definição de percursos educativos promotores de crescente segregação sócio-educacional, importados de algures sem atenção ao contexto nacional, criando uma escola a várias velocidades e plural no mau sentido. Uma escola em que os indesejáveis são remetidos para escolas públicas sem os luxos herdados da Parque Escolar, enquanto se tenta concessionar a privados os nichos mais atractivos e menos problemáticos do mercado da Educação.
Ao mesmo tempo oculta-se ou manipula-se informação relevante sobre o desempenho dos alunos e o trabalho dos professores nas escolas públicas nos últimos 15 anos (cf. resultados dos testes PIRLS e TIMMS) que contrariam a tese do mau trabalho feito, e não se faculta informação transparente sobre a forma como são geridas as escolas privadas com contratos de associação feitos à medida de interesses particulares e a quem se pretende dar uma maior fatia do orçamento do MEC em troca da fidelidade ao modelo dos cortes acima exposto.

Recupera-se, ainda, a ideia da municipalização da Educação, herdada dos mandatos anteriores e que antes se criticava, apenas porque assim se desorçamentam os encargos directos do MEC. Ideia essa que entre nós nunca funcionou, muito menos em tempos de emagrecimento dos orçamentos autárquicos. Muito menos quando se foi incapaz de contrariar o instalado caciquismo local, potenciador de fenómenos de clientelismo na gestão dos recursos humanos.

Dos cortes em matéria de Educação, que se dizem inevitáveis sem explicar porque não se corta em outras matérias gravosas para os encargos do Estado, e em montantes que ninguém demonstra serem fundamentados, apenas conhecemos práticas de amputação da Educação em Portugal e ideias tendentes ao aumento das desigualdades.

Pode ser o que resulta de modelo ideológico, mas é errado, profundamente errado e, apesar dos truques incluídos (afastar um lote assinalável de alunos das provas de avaliação externa), levará a uma fortíssima degradação do desempenho de todo o sistema, em especial das parcelas pré-destinadas ao fracasso num sistema que faz por cumprir as suas próprias profecias.

Em suma, faz-se o contrário do que qualquer bom economista da Educação sugere em tempos de crise, ou seja, que o investimento em efectiva qualificação se faz em contra-ciclo com a Economia.

Mas o capital humano que nos desgoverna é o que é e não se pode esperar mais do que uma pirâmide ou acrópole de imitação, em pauzinhos de fósforo, já ardidos, e bem contados.

*Professor e autor do blogue 'A Educação do Meu Umbigo'

domingo, novembro 04, 2012

Sobre aventais, aldrabões, arquitetas e afins...

(imagem daqui)

Michel beneficiou durante anos de rendas da Câmara de Lisboa a preços sociais

O chef Michel da Costa utilizava os alunos da sua escola para confeccionar e servir jantares da maçonaria

Durante nove anos, o conhecido chef Michel da Costa, que está desde ontem preso preventivamente por ordem do Tribunal da Relação de Lisboa, foi inquilino de espaçosas instalações que lhe foram cedidas pela Câmara de Lisboa a preços sociais. A prisão preventiva foi determinada na sequência de uma mandado de detenção emitido pelas autoridades francesas, que estão a investigar o cozinheiro por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

A defesa de Michel da Costa opôs-se à extradição do chef para França e tem cinco dias para fundamentar a sua posição, explicou ao PÚBLICO o presidente da Relação de Lisboa, Luís Vaz das Neves. Mesmo assim, a filha do cozinheiro, Nathalie Costa, acredita que o pai poderá ser libertado amanhã, adiantando que estão a ser reunidos elementos para demonstrar que não há perigo de fuga.

Maçon assumido, Michel instalou uma escola de cozinha em várias das lojas que a empresa municipal dos bairros sociais de Lisboa, a Gebalis, tem na freguesia de Marvila. Aos alunos dos cursos anuais eram cobradas mensalidades da ordem dos 650 euros, mas a renda que o chef pagava em 2011 à autarquia era substancialmente inferior: 382 euros por mês.

Câmara sem explicação
O PÚBLICO perguntou à vereadora Helena Roseta, responsável pela Gebalis, e ao presidente da empresa, Natal Marques, com que base tinha a Câmara de Lisboa entregue as lojas a preços reduzidos a uma sociedade anónima com fins lucrativos. Mas ninguém soube responder. Natal Marques diz que o primeiro arrendamento, firmado em 2003 com os seus antecessores, permitia a instalação no local da filial de uma organização internacional de cozinheiros. Era Michel quem presidia à filial.

Mais tarde abriu aqui uma escola de cozinha, que foi ampliando à custa de mais lojas arrendadas à Gebalis. Em 2010, fundou uma cooperativa, pedindo à câmara para transferir os arrendamentos para o nome desta organização, uma vez que a mesma não tinha fins lucrativos. Uma aluna de Michel conta que eram os estudantes que confeccionavam as refeições servidas pela empresa de Michel nos comboios Alfa Pendular Lisboa-Porto. "Também chegámos a servir jantares da Maçonaria, que se realizavam na escola", relata a mesma aluna, que pediu o anonimato.
Michel entregou as chaves das instalações de Marvila à Câmara de Lisboa este Verão, deixando por pagar à Gebalis "um a dois mil euros", informa Natal Marques.

Contactada pelo PÚBLICO, Nathalie Costa disse que desconhecia a actividade empresarial do pai, não fazendo, por isso, qualquer comentário. Quanto à detenção, sublinha que nada tem a ver com a actividade do pai em Portugal, nem com uma queixa-crime que alguns alunos da escola de cozinha apresentaram contra o chef, que acusam de os ter burlado. A filha do cozinheiro conta que o pai foi notificado para prestar declarações em França, mas não compareceu. "Ele estava em Marrocos e não em Portugal e, por isso, não foi", afirmou Nathalie Costa. "Não pensou que era uma coisa tão complicada, se não tinha ido", acrescentou.

Nathalie Costa queixa-se que os advogados não conseguem saber nada sobre o processo francês e que o próprio pai foi surpreendido com a detenção. "Ele está completamente desorientado e perdido, porque não sabe do que se trata", afirma a filha. O chef, de 67 anos, foi detido anteontem pela PJ, ao mesmo tempo que um outro indivíduo de nacionalidade francesa, sócio do cozinheiro.

terça-feira, outubro 23, 2012

A Terra está a ficar velha...

James Ussher ou simplesmente Usher (Dublin, 4 de janeiro de 1581 - 21 de março de 1656) foi um Arcebispo Anglicano de Armagh. Baseando-se na Bíblia, escreveu o livro The Annals of the World em 1658. Baseando-se no número de gerações, na duração média da vida humana e nas principais figuras bíblicas desde Adão e Eva até ao nascimento de Jesus, Ussher afirmou que a terra tinha sido criada às 9 horas da manhã do dia 23 de outubro de 4004 a.C. (domingo) e o dia da expulsão de Adão e Eva do paraíso em 10 de novembro de 4004 a.C. (segunda-feira) e, mais até, a data da atracagem da arca de Noé no Monte Ararat (Turquia) em 5 de maio de 2348 a.C. (quarta-feira). Tal precisão conferiu-lhe grande credibilidade entre os seus contemporâneos.


(imagem daqui)

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

A ética republicana e socialista - o triste caso das mentiras combinadas entre dois aldrabões (parte V)

Quem mandava na Independente...

 
O Correio da Manhã mostra hoje com a quinta transcrição de escutas entre José Sócrates e Luís Arouca quem verdadeiramente mandava na universidade. E depois de isto se saber, tudo continua como dantes. Os restantes media estão ausentes..."isso agora não interessa nada, pá!"
in portadaloja - post de josé

NOTA: para memória futura, aqui ficam a cacha da 1ª página e a notícia, em duas páginas, a cores, tiradas daqui (jornal 24horas, que é versão on-line internacional do Correio da Manhã):



terça-feira, fevereiro 28, 2012

A ética republicana e socialista - o triste caso das mentiras combinadas entre dois aldrabões (parte IV)


Esses gajos são uns estupores, pá!
Terceira tranche das escutas publicadas hoje no Correio da Manhã. Vai só uma página, suficiente para mostrar o nível.
Parece que depois disto ainda ninguém se lembrou, nos restantes media, de retomar o assunto.

Parece que "isso agora já não interessa nada"...
in portadaloja - post de josé

NOTA: para memória futura, como o José não fez o trabalho completo, aqui ficam as duas páginas, a cores, tiradas daqui (jornal 24horas, que é versão on-line internacional do Correio da Manhã, por sugestão de um leitor do portadaloja):



segunda-feira, fevereiro 27, 2012

A ética republicana e socialista - o triste caso das mentiras combinadas entre dois aldrabões (parte III)


Memórias rastejantes



 
Ler esta conversa entre José Sócrates e Luís Arouca, publicada no Correio da Manhã de hoje, acerca dos pormenores da licenciatura daquele, é deprimente.
Basta atender ao seguinte: José Sócrates sobre um projecto de dissertação, componente essencial de uma licenciatura em engenharia, não se lembra de o ter feito, dez anos antes. Para perceber o alcance deste esquecimento, basta que cada pessoa que fez esse curso entenda que estas coisas não se esquecem. Nunca.
José Sócrates esqueceu. E foi preciso lembrar-lhe. Nas circunstâncias que acima se descrevem...
 
in portadaloja - post de josé

domingo, fevereiro 26, 2012

A ética republicana e socialista - o triste caso das mentiras combinadas entre dois aldrabões (parte II)

(imagem daqui)

Os répteis à volta da capinha


Aqui fica a segunda tranche das escutas captadas entre José Sócrates e Luís Arouca, no âmbito do famigerado caso da licenciatura na Independente, tal como foram publicadas pelo Correio da Manhã de hoje.

Tal como ontem, torna-se evidente a manipulação da informação a fornecer à opinião pública, gizada por ambos para aldrabar. Quanto ao inglês técnico, o visado queria mesmo ignorar tal coisa.
"Talvez até fosse bom ignorar isso...ou dizer olhe fez comigo e foi aí que eu o conheci e tal..."

in portadaloja - post de josé

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

A ética republicana e socialista - versão Lello esquecido das leis que aprovou e das contas que não declarou

 (imagem daqui)
 (imagem daqui)

Quem canta seus males espanta 

José Lello, deputado desde 1983, declarou desconhecer a lei que o obrigava a declarar junto do Tribunal Constitucional uma conta bancária que por sinal tinha mais de 600 mil euros. O deputado José Lello é um homem que tem sempre a capacidade de surpreender como sucedeu em 2009: José Lello e António Braga acusados de negociarem cargos em troca de financiamento partidário Contudo esta última notícia sobre José Lello alerta para um problema de que já suspeitava: os senhores deputados ignoram ou esqueçam as consequências da legislação que aprovam pois na REUNIÃO PLENÁRIA DE 7 DE JUNHO DE 1995, o deputado José Lello esteve presente e votou aos textos elaborados pela Comissão Eventual para Estudar as Matérias Relativas às Questões de Ética e da Transparência das Instituições e dos Titulares dos Cargos Políticos, referentes às Leis n.º 4/83, de 2 de AbrilControlo público da riqueza dos titulares de cargos políticos. Note-se que segundo o Diário da Assembleia da República o deputado José Lello esteve presente desde o início da sessão. Mas não se deve lembrar do que nela foi votado.