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domingo, fevereiro 11, 2024

O Papa Bento XVI anunciou a abdicação há 11 anos...

    
A renúncia do papa Bento XVI foi anunciada na manhã do dia 11 de fevereiro de 2013, quando o Vaticano confirmou que renunciaria ao papado em 28 de fevereiro, às 20.00 horas. A decisão de Bento XVI em renunciar ao cargo de líder da Igreja Católica tornou-o o primeiro papa a abdicar desde o papa Gregório XII, em 1415, que o fizera durante a Grande Cisma do Ocidente, e o primeiro a renunciar, sem pressão externa, desde o papa Celestino V, em 1294. Foi um gesto inesperado, já que na história moderna os papas se mantiveram no cargo até à morte, para que só então fosse escolhido um sucessor. O papa comunicou que a sua saúde frágil era a razão de sua renúncia. O Conclave de 2013 elegeu o seu sucessor, o Papa Francisco.
         
    
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sábado, dezembro 30, 2023

O Rei Miguel I da Roménia abdicou, com uma arma apontada à cabeça, há 76 anos


Miguel I (em romeno: Mihai I; Sinaia, 25 de outubro de 1921 - Aubonne, 5 de dezembro de 2017) foi rei da Roménia em dois períodos diferentes, primeiro entre 1927 e 1930 e depois de 1940 até à sua abdicação forçada, em 1947. Foi o único filho do rei Carlos II e da sua esposa, a princesa Helena da Grécia e Dinamarca.
 




   
In November, 1947 King Michael traveled to London for the wedding of his cousins, the Princess Elizabeth (the future Queen Elizabeth II) and Philip Mountbatten, an occasion during which he met Princess Anne of Bourbon-Parma (his second cousin once removed), who was to become his wife. According to unconfirmed claims by so-called Romanian 'royalists', King Michael did not want to return home, but certain Americans and Britons present at the wedding encouraged him to do so; Winston Churchill is said to have counseled Michael to return because "above all things, a King must be courageous." According to his own account, King Michael rejected any offers of asylum and decided to return to Romania, contrary to the confidential, strong advice of the British Ambassador to Romania.
On 30 December 1947 the royal palace was surrounded by the Tudor Vladimirescu army units loyal to the Communists. Michael was forced at gun point (by either Petru Groza or Gheorghe Gheorghiu-Dej, depending on the source) to abdicate Romania's throne. Later the same day, the Communist-dominated government announced the 'permanent' abolition of the monarchy and its replacement by a People's Republic, broadcasting the King's pre-recorded radio proclamation of his own abdication. On 3 January 1948, Michael was forced to leave the country, followed over a week later by Princesses Elisabeth and Ileana, who collaborated so closely with the Soviets they became known as the King's "Red Aunts."
According to Michael's own account, the Communist Prime Minister Petru Groza had threatened him at gun point and warned that the government would shoot 1,000 arrested students if the king didn't abdicate. In an interview with The New York Times from 2007, Michael recalls the events: “It was blackmail. They said, ‘If you don’t sign this immediately we are obliged’ — why obliged I don’t know — 'to kill more than 1,000 students' that they had in prison.” According to Time magazine, the communist government threatened Michael that it would arrest thousands and steep the country in blood if he did not abdicate.
According to the Albanian communist leader Enver Hoxha, who recounts his conversations with the Romanian Communist leaders on the monarch's abdication, King Michael was threatened with a pistol by the Romanian Communist Party leader Gheorghe Gheorghiu-Dej rather than Petru Groza so as to abdicate.
  
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sexta-feira, junho 23, 2023

Eduardo VIII, o rei britânico que abdicou por amor, nasceu há 129 anos

 

     

Eduardo Alberto Cristiano Jorge André Patrício David, em inglês: Edward Albert Christian George Andrew Patrick David (White Lodge, 23 de junho de 1894Neuilly-sur-Seine, 28 de maio de 1972) foi Rei do Reino Unido e dos Domínios da Commonwealth e Imperador da Índia, entre 20 de janeiro e 11 de dezembro de 1936, com o título de Eduardo VIII.

Antes da sua ascensão ao trono, Eduardo foi Príncipe de Gales, Duque da Cornualha e Rothesay. Enquando jovem, serviu nas Forças Armadas do Reino Unido durante a Primeira Guerra Mundial e realizou várias viagens ao exterior em nome de seu pai, Jorge V. Esteve envolvido com várias mulheres mais velhas e casadas, mas permaneceu solteiro até depois da sua abdicação como rei.
Eduardo tornou-se Rei com a morte de seu pai, no início de 1936. Ele mostrava-se impaciente com os protocolos da corte e a sua aparente indiferença para com as convenções constitucionais estabelecidas preocupava os políticos. Com poucos meses de reinado, ele causou uma crise constitucional ao propor casamento à socialite americana Wallis Simpson, divorciada do primeiro marido e em vias de se divorciar do segundo. Os primeiros-ministros do Reino Unido e dos domínios eram contrários ao casamento, argumentando que o povo nunca aceitaria uma mulher divorciada com dois ex-maridos vivos como rainha. Além disso, tal casamento entraria em conflito com o status de Eduardo como Governador Supremo da Igreja de Inglaterra, que proibia o casamento de pessoas divorciadas enquanto os seus ex-cônjuges ainda estivessem vivos. Eduardo sabia que o governo liderado pelo primeiro-ministro britânico Stanley Baldwin renunciaria se os planos de casamento fossem em frente, o que poderia arrastar o Rei pera uma eleição geral e arruinar o seu status de monarca constitucional politicamente neutro. Optando por não encerrar o seu relacionamento com Wallis Simpson, Eduardo acabou por abdicar, sendo sucedido pelo seu irmão mais novo, Alberto, que escolheu o nome de reinado de Jorge VI. Ocupando o trono por apenas 326 dias, Eduardo foi um dos monarcas com o reinado mais curto em toda a história britânica e da Commonwealth, não chegando a ser coroado.
Após a sua abdicação, foi concedido-lhe o título de duque de Windsor. Casou-se com Wallis Simpson na França, a 3 de junho de 1937, após a confirmação do seu segundo divórcio. Nesse mesmo ano, o casal visitou a Alemanha. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele serviu inicialmente na missão militar britânica na França, mas, após acusações de que nutria simpatias pelos nazis, ele foi designado governador das Bahamas. Com o término da guerra, ele nunca mais desempenhou outra função oficial, passando o resto de sua vida retirado na França.
       
Brasão de armas de Eduardo como Duque de Windsor
    

sexta-feira, abril 07, 2023

D. Pedro I abdicou da coroa imperial do Brasil há 192 anos

    
A abdicação do Imperador Pedro I do Brasil, ocorreu em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara, futuro Imperador D. Pedro II. O ato marcou o fim do Primeiro Reinado e o início do período regencial, no Brasil, e uma série de disputas em Portugal e oferta dos tronos da Grécia e de Espanha, na Europa.
  
Contexto histórico
Segundo Emília Viotti da Costa a estrutura construída na Independência fez com que fosse organizado um sistema político que colocava os municípios dependentes das províncias e estas, ao poder central; e ainda "adotaram um sistema de eleições indiretas baseado no voto qualificado (censitário), excluindo a maior parte da população do processo eleitoral. Disputaram avidamente títulos de nobreza e monopolizaram posições na Câmara, no Senado, no Conselho de Estado e nos Ministérios".
Tal "Conselho de Estado", implementava o Poder Moderador instituído por Pedro I, quando dissolvera a Constituinte: formado por membros vitalícios, nomeados pelo monarca, não mais que em número de dez, tinham por função ser ouvidos "em todos os negócios graves e medidas gerais de pública administração, principalmente sobre a declaração de guerra, ajuste de paz, negociações com as nações estrangeiras, assim como em todas as ocasiões em que o imperador se propunha exercer qualquer das atribuições do Poder Moderador" - e ao qual se opunham fortemente os liberais.
Ocorrera em 1830 em França uma revolta liberal que depusera o rei Carlos X, e influenciara os demais países com as ideias liberais. No Brasil surgem jornais como o Aurora Fluminense, no Rio, que fazem forte oposição ao ministério conservador imposto por Pedro I.
Evaristo da Veiga escrevera, no Aurora: "Se a vontade do povo for dominada pelo terror, a nossa liberdade será reduzida, necessariamente, a uma mera sombra". Em São Paulo Libero Badaró comandava o periódico Observador Constitucional, onde protestava contra autoridades, muitas delas ainda portuguesas. Badaró, um jornalista italiano radicado no Brasil, é assassinado numa emboscada, causando tal crime profunda impressão na opinião pública.
Procurando minimizar os ânimos liberais, empreende o imperador uma viagem a Minas Gerais, com intuito de minimizar as agitações liberais que eram capitaneadas por Bernardo Pereira de Vasconcelos; mas lá o recebem friamente.
Quando retorna à Corte, teria já o imperador pensado na abdicação. Os portugueses locais realizam uma manifestação em seu apoio, com luminárias, entrando em conflito com os nacionais, naquela que passou à história com o nome de Noite das Garrafadas.
A inabilidade de Pedro I faz com que, a um Ministério moderado, nomeie um absolutista, em substituição. O povo exige a volta da equipe anterior, ajuntando-se no Campo da Aclamação. O Imperador, sendo comunicado da exigência popular, responde que "Tudo farei para o povo, nada, porém, pelo povo".
As tropas aderem ao movimento, deixando o monarca sem o apoio das armas. Numa última tentativa de compor um novo ministério, desta feita de acordo com os anseios populares, procura o Senador Vergueiro. Mas este não é encontrado.
  
Abdicação e partida
  

Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que tenho muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho, o Senhor D. Pedro de Alcântara.
Boa Vista, 7 de abril de mil oitocentos e trinta e um, décimo da Independência e do Império
 


Pedro

Após escrever sua abdicação, o agora ex-imperador entrega o papel da renúncia ao mesmo major Miguel de Frias e Vasconcelos (comandante da Fortaleza de São José da Ilha das Cobras) que lhe viera comunicar o estado de ânimo das tropas e do povo, dizendo-lhe então, com os olhos marejados: "Aqui está a minha abdicação; desejo que sejam felizes! Retiro-me para a Europa e deixo um país que amei e que ainda amo." Eram duas horas da madrugada do dia 7 de abril de 1831.
Viriato Correia fez a seguinte descrição dos momentos seguintes:
"As crónicas da época pintam de uma maneira emocionante o momento em que Pedro I, depois da abdicação, se foi despedir do filho imperador. É noite. O monarca menino dorme tranquilamente no seu leito de criança. D. Pedro entra no quarto e para junto do menino. Não tem coragem de acordá-lo. Fita-o demoradamente. As lágrimas ensopam-lhe os olhos; os soluços vão sufocar-lhe a garganta e ele, temendo aquela fraqueza, sai do aposento, enxugando os olhos."
Na manhã do mesmo dia o ex-Imperador embarca no navio inglês Warspite, acompanhado da Imperatriz D. Amélia e da filha, D. Maria, deixando no Brasil, além de Pedro II, as meninas D. Januária (com 9 anos), D. Paula (8 anos) e D. Francisca (7 anos), filhos de seu primeiro casamento; D. Amélia estava, então, grávida de três meses.
A nau inglesa, contudo, não partiu para a Europa. Dias depois do embarque o ex-monarca transfere-se com a esposa para a fragata Volage, enquanto D. Maria segue na corveta francesa La Seine - estas sim partindo rumo à Europa. Como tutor do futuro imperador o monarca deixou José Bonifácio, com quem se reconciliara pouco tempo antes.

Na Europa, D. Pedro empreende uma luta contra o seu irmão, D. Miguel, a fim de assegurar para a filha Maria a sucessão do trono português. No Brasil, dada a menoridade de Pedro II, tem início o conturbado e importante período regencial
 

sábado, fevereiro 11, 2023

O Papa Bento XVI surpreendeu-nos com a sua abdicação há dez anos...

    
A renúncia do papa Bento XVI foi anunciada na manhã do dia 11 de fevereiro de 2013, quando o Vaticano confirmou que renunciaria ao papado em 28 de fevereiro, às 20.00 horas. A decisão de Bento XVI em renunciar ao cargo de líder da Igreja Católica tornou-o o primeiro papa a abdicar desde o papa Gregório XII, em 1415, que o fizera durante a Grande Cisma do Ocidente, e o primeiro a renunciar, sem pressão externa, desde o papa Celestino V, em 1294. Foi um gesto inesperado, já que na história moderna os papas se mantiveram no cargo até à morte, para que só então fosse escolhido um sucessor. O papa comunicou que a sua saúde frágil era a razão de sua renúncia. O Conclave de 2013 elegeu o seu sucessor, o Papa Francisco.
         
    
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sexta-feira, dezembro 30, 2022

O Rei da Roménia abdicou, com uma arma apontada à cabeça, há 75 anos


Miguel I (em romeno: Mihai I; Sinaia, 25 de outubro de 1921 - Aubonne, 5 de dezembro de 2017) foi Rei da Roménia em dois períodos diferentes, primeiro entre 1927 e 1930 e depois de 1940 até à sua abdicação forçada em 1947. Foi o único filho do rei Carlos II e da sua esposa, a princesa Helena da Grécia e Dinamarca.

 


   
In November, 1947 King Michael traveled to London for the wedding of his cousins, The Princess Elizabeth (the future Queen Elizabeth II) and Philip Mountbatten, an occasion during which he met Princess Anne of Bourbon-Parma (his second cousin once removed), who was to become his wife. According to unconfirmed claims by so-called Romanian 'royalists', King Michael did not want to return home, but certain Americans and Britons present at the wedding encouraged him to do so; Winston Churchill is said to have counseled Michael to return because "above all things, a King must be courageous." According to his own account, King Michael rejected any offers of asylum and decided to return to Romania, contrary to the confidential, strong advice of the British Ambassador to Romania.
On 30 December 1947 the royal palace was surrounded by the Tudor Vladimirescu army units loyal to the Communists. Michael was forced at gun point (by either Petru Groza or Gheorghe Gheorghiu-Dej, depending on the source) to abdicate Romania's throne. Later the same day, the Communist-dominated government announced the 'permanent' abolition of the monarchy and its replacement by a People's Republic, broadcasting the King's pre-recorded radio proclamation of his own abdication. On 3 January 1948, Michael was forced to leave the country, followed over a week later by Princesses Elisabeth and Ileana, who collaborated so closely with the Soviets they became known as the King's "Red Aunts."
According to Michael's own account, the Communist Prime Minister Petru Groza had threatened him at gun point and warned that the government would shoot 1,000 arrested students if the king didn't abdicate. In an interview with The New York Times from 2007, Michael recalls the events: “It was blackmail. They said, ‘If you don’t sign this immediately we are obliged’ — why obliged I don’t know — 'to kill more than 1,000 students' that they had in prison.” According to Time magazine, the communist government threatened Michael that it would arrest thousands and steep the country in blood if he did not abdicate.
According to the Albanian communist leader Enver Hoxha, who recounts his conversations with the Romanian Communist leaders on the monarch's abdication, King Michael was threatened with a pistol by the Romanian Communist Party leader Gheorghe Gheorghiu-Dej rather than Petru Groza so as to abdicate.
  
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quinta-feira, junho 23, 2022

Eduardo VIII, o rei britânico que abdicou por amor, nasceu há 128 anos

 
Eduardo Alberto Cristiano Jorge André Patrício David, em inglês: Edward Albert Christian George Andrew Patrick David (White Lodge, 23 de junho de 1894Neuilly-sur-Seine, 28 de maio de 1972) foi Rei do Reino Unido e dos Domínios da Commonwealth e Imperador da Índia, entre 20 de janeiro e 11 de dezembro de 1936, com o título de Eduardo VIII.
    
    
Antes da sua ascensão ao trono, Eduardo foi Príncipe de Gales, Duque da Cornualha e Rothesay. Enquando jovem, serviu nas Forças Armadas do Reino Unido durante a Primeira Guerra Mundial e realizou várias viagens ao exterior em nome de seu pai, Jorge V. Esteve envolvido com várias mulheres mais velhas e casadas, mas permaneceu solteiro até depois da sua abdicação como rei.
Eduardo tornou-se Rei com a morte de seu pai, no início de 1936. Ele mostrava-se impaciente com os protocolos da corte e a sua aparente indiferença para com as convenções constitucionais estabelecidas preocupava os políticos. Com poucos meses de reinado, ele causou uma crise constitucional ao propor casamento à socialite americana Wallis Simpson, divorciada do primeiro marido e em vias de se divorciar do segundo. Os primeiros-ministros do Reino Unido e dos domínios eram contrários ao casamento, argumentando que o povo nunca aceitaria uma mulher divorciada com dois ex-maridos vivos como rainha. Além disso, tal casamento entraria em conflito com o status de Eduardo como Governador Supremo da Igreja de Inglaterra, que proibia o casamento de pessoas divorciadas enquanto os seus ex-cônjuges ainda estivessem vivos. Eduardo sabia que o governo liderado pelo primeiro-ministro britânico Stanley Baldwin renunciaria se os planos de casamento fossem em frente, o que poderia arrastar o Rei pera uma eleição geral e arruinar o seu status de monarca constitucional politicamente neutro. Optando por não encerrar o seu relacionamento com Wallis Simpson, Eduardo acabou por abdicar, sendo sucedido pelo seu irmão mais novo, Alberto, que escolheu o nome de reinado de Jorge VI. Ocupando o trono por apenas 326 dias, Eduardo foi um dos monarcas com o reinado mais curto em toda a história britânica e da Commonwealth, não chegando a ser coroado.
Após a sua abdicação, foi concedido-lhe o título de duque de Windsor. Casou-se com Wallis Simpson na França, a 3 de junho de 1937, após a confirmação do seu segundo divórcio. Nesse mesmo ano, o casal visitou a Alemanha. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele serviu inicialmente na missão militar britânica na França, mas, após acusações de que nutria simpatias pelos nazis, ele foi designado governador das Bahamas. Com o término da guerra, ele nunca mais desempenhou outra função oficial, passando o resto de sua vida retirado na França.
          
Brasão de armas de Eduardo como Duque de Windsor
    

quinta-feira, abril 07, 2022

D. Pedro abdicou da coroa imperial do Brasil há 191 anos

    
A abdicação do Imperador Pedro I do Brasil, ocorreu em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II. O ato marcou o fim do Primeiro Reinado e o início do período regencial, no Brasil, e uma série de disputas em Portugal e oferecimentos dos tronos da Grécia e de Espanha, na Europa.
  
Contexto histórico
Segundo Emília Viotti da Costa a estrutura construída na Independência fez com que fosse organizado um sistema político que colocava os municípios dependentes das províncias e estas, ao poder central; e ainda "adotaram um sistema de eleições indiretas baseado no voto qualificado (censitário), excluindo a maior parte da população do processo eleitoral. Disputaram avidamente títulos de nobreza e monopolizaram posições na Câmara, no Senado, no Conselho de Estado e nos Ministérios".
Tal "Conselho de Estado", implementava o Poder Moderador instituído por Pedro I, quando dissolvera a Constituinte: formado por membros vitalícios, nomeados pelo monarca, não mais que em número de dez, tinham por função ser ouvidos "em todos os negócios graves e medidas gerais de pública administração, principalmente sobre a declaração de guerra, ajuste de paz, negociações com as nações estrangeiras, assim como em todas as ocasiões em que o imperador se propunha exercer qualquer das atribuições do Poder Moderador" - e ao qual se opunham fortemente os liberais.
Ocorrera em 1830 em França uma revolta liberal que depusera o rei Carlos X, e influenciara os demais países com as ideias liberais. No Brasil surgem jornais como o Aurora Fluminense, no Rio, que fazem forte oposição ao ministério conservador imposto por Pedro I.
Evaristo da Veiga escrevera, no Aurora: "Se a vontade do povo for dominada pelo terror, a nossa liberdade será reduzida, necessariamente, a uma mera sombra". Em São Paulo Libero Badaró comandava o periódico Observador Constitucional, onde protestava contra autoridades, muitas delas ainda portuguesas. Badaró, um jornalista italiano radicado no Brasil, é assassinado numa emboscada, causando tal crime profunda impressão na opinião pública.
Procurando minimizar os ânimos liberais, empreende o imperador uma viagem a Minas Gerais, com intuito de minimizar as agitações liberais que eram capitaneadas por Bernardo Pereira de Vasconcelos; mas lá o recebem friamente.
Quando retorna à Corte, teria já o imperador pensado na abdicação. Os portugueses locais realizam uma manifestação em seu apoio, com luminárias, entrando em conflito com os nacionais, naquela que passou à história com o nome de Noite das Garrafadas.
A inabilidade de Pedro I faz com que, a um Ministério moderado, nomeie um absolutista, em substituição. O povo exige a volta da equipe anterior, ajuntando-se no Campo da Aclamação. O Imperador, sendo comunicado da exigência popular, responde que "Tudo farei para o povo, nada, porém, pelo povo".
As tropas aderem ao movimento, deixando o monarca sem o apoio das armas. Numa última tentativa de compor um novo ministério, desta feita de acordo com os anseios populares, procura o Senador Vergueiro. Mas este não é encontrado.
  
Abdicação e partida
  

Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que tenho muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho, o Senhor D. Pedro de Alcântara.
Boa Vista, 7 de abril de mil oitocentos e trinta e um, décimo da Independência e do Império.
"
 


Pedro

Após escrever sua abdicação, o agora ex-imperador entrega o papel da renúncia ao mesmo major Miguel de Frias e Vasconcelos (comandante da Fortaleza de São José da Ilha das Cobras) que lhe viera comunicar o estado de ânimo das tropas e do povo, dizendo-lhe então, com os olhos marejados: "Aqui está a minha abdicação; desejo que sejam felizes! Retiro-me para a Europa e deixo um país que amei e que ainda amo." Eram duas horas da madrugada do dia 7 de abril de 1831.
Viriato Correia fez a seguinte descrição dos momentos seguintes:
"As crónicas da época pintam de uma maneira emocionante o momento em que Pedro I, depois da abdicação, se foi despedir do filho imperador. É noite. O monarca menino dorme tranquilamente no seu leito de criança. D. Pedro entra no quarto e pára junto do menino. Não tem coragem de acordá-lo. Fita-o demoradamente. As lágrimas ensopam-lhe os olhos; os soluços vão sufocar-lhe a garganta e ele, temendo aquela fraqueza, sai do aposento, enxugando os olhos."
Na manhã do mesmo dia o ex-Imperador embarca no navio inglês Warspite, acompanhado da Imperatriz D. Amélia e da filha, D. Maria, deixando no Brasil, além de Pedro II, as meninas D. Januária (com 9 anos), D. Paula (8 anos) e D. Francisca (7 anos), filhos de seu primeiro casamento; D. Amélia estava, então, grávida de três meses.
A nau inglesa, contudo, não partiu para a Europa. Dias depois do embarque o ex-monarca transfere-se com a esposa para a fragata Volage, enquanto D. Maria segue na corveta francesa La Seine - estas sim partindo rumo à Europa. Como tutor do futuro imperador o monarca deixou José Bonifácio, com quem se reconciliara pouco tempo antes.

Na Europa, D. Pedro empreende uma luta contra seu irmão, D. Miguel, a fim de assegurar para a filha Maria a sucessão do trono português. No Brasil, dada a menoridade de Pedro II, tem início o conturbado e importante período regencial
 

sexta-feira, fevereiro 11, 2022

O Papa Bento XVI surpreendeu o Mundo e anunciou a sua abdicação há nove anos

  
A renúncia do papa Bento XVI foi anunciada na manhã do dia 11 de fevereiro de 2013, quando o Vaticano confirmou que renunciaria ao papado em 28 de fevereiro, às 20.00 horas. A decisão de Bento XVI em renunciar ao cargo de líder da Igreja Católica tornou-o o primeiro papa a abdicar desde o papa Gregório XII, em 1415, que o fizera durante a Grande Cisma do Ocidente, e o primeiro a renunciar, sem pressão externa, desde o papa Celestino V, em 1294. Foi um gesto inesperado, já que na história moderna os papas se mantiveram no cargo até à morte, para que só então fosse escolhido um sucessor. O papa comunicou que a sua saúde frágil era a razão de sua renúncia. O Conclave de 2013 elegeu o seu sucessor, o Papa Francisco.
     
  
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quinta-feira, dezembro 30, 2021

O último Rei da Roménia abdicou, com uma arma apontada à cabeça, há 74 anos


Miguel I (em romeno: Mihai I; Sinaia, 25 de outubro de 1921Aubonne, 5 de dezembro de 2017) foi Rei da Roménia em dois períodos diferentes, primeiro entre 1927 e 1930 e depois de 1940 até à sua abdicação forçada em 1947. Foi o único filho do rei Carlos II e da sua esposa, a princesa Helena da Grécia e Dinamarca.

 


   
In November, 1947 King Michael traveled to London for the wedding of his cousins, The Princess Elizabeth (the future Queen Elizabeth II) and Philip Mountbatten, an occasion during which he met Princess Anne of Bourbon-Parma (his second cousin once removed), who was to become his wife. According to unconfirmed claims by so-called Romanian 'royalists', King Michael did not want to return home, but certain Americans and Britons present at the wedding encouraged him to do so; Winston Churchill is said to have counseled Michael to return because "above all things, a King must be courageous." According to his own account, King Michael rejected any offers of asylum and decided to return to Romania, contrary to the confidential, strong advice of the British Ambassador to Romania.
On 30 December 1947 the royal palace was surrounded by the Tudor Vladimirescu army units loyal to the Communists. Michael was forced at gun point (by either Petru Groza or Gheorghe Gheorghiu-Dej, depending on the source) to abdicate Romania's throne. Later the same day, the Communist-dominated government announced the 'permanent' abolition of the monarchy and its replacement by a People's Republic, broadcasting the King's pre-recorded radio proclamation of his own abdication. On 3 January 1948, Michael was forced to leave the country, followed over a week later by Princesses Elisabeth and Ileana, who collaborated so closely with the Soviets they became known as the King's "Red Aunts."
According to Michael's own account, the Communist Prime Minister Petru Groza had threatened him at gun point and warned that the government would shoot 1,000 arrested students if the king didn't abdicate. In an interview with The New York Times from 2007, Michael recalls the events: “It was blackmail. They said, ‘If you don’t sign this immediately we are obliged’ — why obliged I don’t know — 'to kill more than 1,000 students' that they had in prison.” According to Time magazine, the communist government threatened Michael that it would arrest thousands and steep the country in blood if he did not abdicate.
According to the Albanian communist leader Enver Hoxha, who recounts his conversations with the Romanian Communist leaders on the monarch's abdication, King Michael was threatened with a pistol by the Romanian Communist Party leader Gheorghe Gheorghiu-Dej rather than Petru Groza so as to abdicate.
  
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quarta-feira, junho 23, 2021

Eduardo VIII, o rei britânico que abdicou por amor, nasceu há 127 anos

 
Eduardo Alberto Cristiano Jorge André Patrício David (em inglês: Edward Albert Christian George Andrew Patrick David) (White Lodge, 23 de junho de 1894Neuilly-sur-Seine, 28 de maio de 1972) foi Rei do Reino Unido e dos Domínios da Commonwealth e Imperador da Índia, entre 20 de janeiro e 11 de dezembro de 1936, com o título de Eduardo VIII.
    
    
Antes da sua ascensão ao trono, Eduardo foi Príncipe de Gales, Duque da Cornualha e Rothesay. Enquando jovem, serviu nas Forças Armadas do Reino Unido durante a Primeira Guerra Mundial e realizou várias viagens ao exterior em nome de seu pai, Jorge V. Esteve envolvido com várias mulheres mais velhas e casadas, mas permaneceu solteiro até depois da sua abdicação como rei.
Eduardo tornou-se Rei com a morte de seu pai, no início de 1936. Ele mostrava-se impaciente com os protocolos da corte e a sua aparente indiferença para com as convenções constitucionais estabelecidas preocupava os políticos. Com poucos meses de reinado, ele causou uma crise constitucional ao propor casamento à socialite americana Wallis Simpson, divorciada do primeiro marido e em vias de se divorciar do segundo. Os primeiros-ministros do Reino Unido e dos domínios eram contrários ao casamento, argumentando que o povo nunca aceitaria uma mulher divorciada com dois ex-maridos vivos como rainha. Além disso, tal casamento entraria em conflito com o status de Eduardo como Governador Supremo da Igreja de Inglaterra, que proibia o casamento de pessoas divorciadas enquanto os seus ex-cônjuges ainda estivessem vivos. Eduardo sabia que o governo liderado pelo primeiro-ministro britânico Stanley Baldwin renunciaria se os planos de casamento fossem em frente, o que poderia arrastar o Rei pera uma eleição geral e arruinar o seu status de monarca constitucional politicamente neutro. Optando por não encerrar o seu relacionamento com Wallis Simpson, Eduardo acabou por abdicar, sendo sucedido pelo seu irmão mais novo, Alberto, que escolheu o nome de reinado de Jorge VI. Ocupando o trono por apenas 326 dias, Eduardo foi um dos monarcas com o reinado mais curto em toda a história britânica e da Commonwealth, não sendo nunca coroado.
Após a sua abdicação, foi concedido-lhe o título de duque de Windsor. Casou-se com Wallis Simpson na França, a 3 de junho de 1937, após a confirmação do seu segundo divórcio. Nesse mesmo ano, o casal visitou a Alemanha. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele serviu inicialmente na missão militar britânica na França, mas, após acusações de que nutria simpatias pelos nazis, ele foi designado governador das Bahamas. Com o término da guerra, ele nunca mais desempenhou outra função oficial, passando o resto de sua vida retirado na França.
          
Brasão de armas de Eduardo como Duque de Windsor
    

quarta-feira, abril 07, 2021

D. Pedro abdicou da coroa imperial do Brasil para defender os portugueses do absolutismo há 190 anos

  
A abdicação do Imperador Pedro I do Brasil, ocorreu em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II. O ato marcou o fim do Primeiro Reinado e o início do período regencial, no Brasil, e uma série de disputas em Portugal e oferecimentos dos tronos da Grécia e de Espanha, na Europa.
  
Contexto histórico
Segundo Emília Viotti da Costa a estrutura construída na Independência fez com que fosse organizado um sistema político que colocava os municípios dependentes das províncias e estas, ao poder central; e ainda "adotaram um sistema de eleições indiretas baseado no voto qualificado (censitário), excluindo a maior parte da população do processo eleitoral. Disputaram avidamente títulos de nobreza e monopolizaram posições na Câmara, no Senado, no Conselho de Estado e nos Ministérios".
Tal "Conselho de Estado", implementava o Poder Moderador instituído por Pedro I, quando dissolvera a Constituinte: formado por membros vitalícios, nomeados pelo monarca, não mais que em número de dez, tinham por função ser ouvidos "em todos os negócios graves e medidas gerais de pública administração, principalmente sobre a declaração de guerra, ajuste de paz, negociações com as nações estrangeiras, assim como em todas as ocasiões em que o imperador se propunha exercer qualquer das atribuições do Poder Moderador" - e ao qual se opunham fortemente os liberais.
Ocorrera em 1830 em França uma revolta liberal que depusera o rei Carlos X, e influenciara os demais países com as ideias liberais. No Brasil surgem jornais como o Aurora Fluminense, no Rio, que fazem forte oposição ao ministério conservador imposto por Pedro I.
Evaristo da Veiga escrevera, no Aurora: "Se a vontade do povo for dominada pelo terror, a nossa liberdade será reduzida, necessariamente, a uma mera sombra". Em São Paulo Libero Badaró comandava o periódico Observador Constitucional, onde protestava contra autoridades, muitas delas ainda portuguesas. Badaró, um jornalista italiano radicado no Brasil, é assassinado numa emboscada, causando tal crime profunda impressão na opinião pública.
Procurando minimizar os ânimos liberais, empreende o imperador uma viagem a Minas Gerais, com intuito de minimizar as agitações liberais que eram capitaneadas por Bernardo Pereira de Vasconcelos; mas lá o recebem friamente.
Quando retorna à Corte, teria já o imperador pensado na abdicação. Os portugueses locais realizam uma manifestação em seu apoio, com luminárias, entrando em conflito com os nacionais, naquela que passou à história com o nome de Noite das Garrafadas.
A inabilidade de Pedro I faz com que, a um Ministério moderado, nomeie um absolutista, em substituição. O povo exige a volta da equipe anterior, ajuntando-se no Campo da Aclamação. O Imperador, sendo comunicado da exigência popular, responde que "Tudo farei para o povo, nada, porém, pelo povo".
As tropas aderem ao movimento, deixando o monarca sem o apoio das armas. Numa última tentativa de compor um novo ministério, desta feita de acordo com os anseios populares, procura o Senador Vergueiro. Mas este não é encontrado.
  
Abdicação e partida
  

Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que tenho muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho, o Senhor D. Pedro de Alcântara.
Boa Vista, 7 de abril de mil oitocentos e trinta e um, décimo da Independência e do Império.
"
 


Pedro

Após escrever sua abdicação, o agora ex-imperador entrega o papel da renúncia ao mesmo major Miguel de Frias e Vasconcelos (comandante da Fortaleza de São José da Ilha das Cobras) que lhe viera comunicar o estado de ânimo das tropas e do povo, dizendo-lhe então, com os olhos marejados: "Aqui está a minha abdicação; desejo que sejam felizes! Retiro-me para a Europa e deixo um país que amei e que ainda amo." Eram duas horas da madrugada do dia 7 de abril de 1831.
Viriato Correia fez a seguinte descrição dos momentos seguintes:
"As crónicas da época pintam de uma maneira emocionante o momento em que Pedro I, depois da abdicação, se foi despedir do filho imperador. É noite. O monarca menino dorme tranquilamente no seu leito de criança. D. Pedro entra no quarto e pára junto do menino. Não tem coragem de acordá-lo. Fita-o demoradamente. As lágrimas ensopam-lhe os olhos; os soluços vão sufocar-lhe a garganta e ele, temendo aquela fraqueza, sai do aposento, enxugando os olhos."
Na manhã do mesmo dia o ex-Imperador embarca no navio inglês Warspite, acompanhado da Imperatriz D. Amélia e da filha, D. Maria, deixando no Brasil, além de Pedro II, as meninas D. Januária (com 9 anos), D. Paula (8 anos) e D. Francisca (7 anos), filhos de seu primeiro casamento; D. Amélia estava, então, grávida de três meses.
A nau inglesa, contudo, não partiu para a Europa. Dias depois do embarque o ex-monarca transfere-se com a esposa para a fragata Volage, enquanto D. Maria segue na corveta francesa La Seine - estas sim partindo rumo à Europa. Como tutor do futuro imperador o monarca deixou José Bonifácio, com quem se reconciliara pouco tempo antes.

Na Europa, D. Pedro empreende uma luta contra seu irmão, D. Miguel, a fim de assegurar para a filha Maria a sucessão do trono português. No Brasil, dada a menoridade de Pedro II, tem início o conturbado e importante período regencial.

quinta-feira, fevereiro 11, 2021

O Papa Bento XVI anunciou a sua abdicação há oito anos

  
A renúncia do papa Bento XVI foi anunciada na manhã do dia 11 de fevereiro de 2013, quando o Vaticano confirmou que renunciaria ao papado em 28 de fevereiro, às 20.00 horas. A decisão de Bento XVI em renunciar ao cargo de líder da Igreja Católica tornou-o o primeiro papa a abdicar desde o papa Gregório XII, em 1415, que o fizera durante a Grande Cisma do Ocidente, e o primeiro a renunciar sem pressão externa desde o papa Celestino V, em 1294. Foi um gesto inesperado, já que na história moderna os papas se mantiveram no cargo até à morte, para que só então fosse escolhido um sucessor. O papa comunicou que a sua saúde frágil era a razão de sua renúncia. O Conclave de 2013 elegeu seu sucessor, o Papa Francisco.
   
  
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