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sábado, fevereiro 18, 2017

Notícia sobre Paleontologia e Extinções

Era uma vez a vida há muito, muito tempo, após a pior extinção em massa
Ilustração científica do ecossistema

Um ecossistema fossilizado nos Estados Unidos veio mostrar que a vida recuperou rapidamente após a extinção de 90% das espécies da Terra.

Exemplo de uma laje

Fósseis de animais como tubarões, répteis marinhos e criaturas parecidas com lulas revelaram um ecossistema marinho próspero a recuperar depois da pior extinção em massa na Terra, há mais de 250 milhões de anos, contrariando uma noção já antiga de que a vida demorou muito tempo a reconverter-se depois desta calamidade.

Uma equipa de cientistas descreveu a surpreendente descoberta destes fósseis num artigo, publicado na quarta-feira, na revista Science Advances, no qual mostraram que as criaturas prosperam no rescaldo de uma mortandade global no fim do período geológico do Pérmico, há cerca de 252 milhões de anos, que atingiu cerca de 90% das espécies. Ainda que um asteróide tenha provocado uma extinção em massa há 66 milhões de anos, que condenou os dinossauros, não foi tão destrutiva como a extinção do Pérmico.

Fósseis de cerca de 30 espécies foram descobertos no condado de Bear Lake, perto da cidade de Paris, no estado do Idaho (Estados Unidos), revelaram a ocorrência de uma recuperação rápida e dinâmica do ecossistema marinho, ilustrando uma assinalável resiliência da vida.

“A nossa descoberta foi totalmente inesperada”, disse um dos autores do artigo científico, o paleontólogo Arnaud Brayard, da Universidade Franche-Comté de Borgonha, em França. O ecossistema deste período geológico importante inclui predadores como tubarões (com cerca de dois metros de comprimento), répteis marinhos, peixes ósseos, criaturas parecidas com lulas, algumas com conchas cónicas e outras com conchas encaracoladas, crustáceos necrófagos com grandes olhos e garras finas, estrelas-do-mar, esponjas e outros animais.

A extinção no Pérmico ocorreu há 251,9 milhões de anos e o ecossistema do Idaho já estava a florescer 1,3 milhões de anos mais tarde, no início do período Triásico, “uma escala geológica muito rápida”, de acordo com Arnaud Brayard.

A causa da extinção em massa ainda é matéria de debate. Muitos cientistas defendem que as enormes erupções vulcânicas no Norte da Sibéria lançaram na atmosfera uma grande quantidade de gases tóxicos com efeito de estufa, provocando assim um grande aquecimento global do planeta e grandes flutuações químicas nos oceanos, incluindo a acidificação e a falta de oxigénio.

Esponjas fossilizadas (escala de cinco milímetros)

O ecossistema do Idaho, já no Triásico Inferior, período em que surgiram os primeiros dinossauros, incluía algumas criaturas inesperadas. Havia também um tipo de esponja que se pensava que se teria extinguindo 200 milhões de anos mais cedo, e um grupo parecido com as lulas que se pensava que tinha surgido 50 milhões de anos mais tarde.

Os investigadores encontraram também ossos do que pode ser um dos primeiros ictiossauros, um grupo de répteis marinhos que prosperou durante 160 milhões de anos, ou de um antepassado directo deles.

“O Triásico Inferior é complexo e uma altura altamente conturbada, mas certamente não tão devastadora como muitas vezes se pensa e ainda não foram descobertos todos os seus segredos”, disse Arnaud Brayard.

in Público - ler notícia

quinta-feira, março 04, 2010

Paleontologia no Público

Cientistas descobrem os familiares mais antigos dos dinossauros

Uma equipa de paleontólogos norte-americanos descobriu na Tanzânia os fósseis de criaturas próximas dos dinossauros que viviam na Terra dez milhões de anos mais cedo do que os dinossauros mais velhos até então conhecidos, segundo um estudo publicado hoje na revista “Nature”.

Reconstituição do "Asilisaurus kongwe", no que seria o seu habitat (Marlene Hill Donnelly/Field Museum)


A nova espécie chama-se Asilisaurus kongwe, viveu há 240 milhões de anos e media pouco mais de um metro de altura. Até agora pensava-se que os dinossauros mais antigos tinham 230 milhões de anos. Pertence ao género Silesaurus, um grupo com características muito semelhantes aos dinossauros.

A equipa, liderada por Sterling Nesbitt, afirma que os Silesaurus e os dinossauros conviveram durante parte do Período Triásico (há 250 e 200 milhões de anos).

Os paleontólogos descobriram fósseis de 14 indivíduos no Sul da Tanzânia, o que lhes permitiu reconstruir um esqueleto quase completo. Ficaram a faltar apenas pequenas partes da cabeça e da pata. Este quadrúpede pesava entre dez e 30 quilos.

A existência deste animal que se alimentava, provavelmente, de carne e de plantas é um indicador da riqueza da fauna antes de os dinossauros dominarem o planeta.

“Esta descoberta permite-nos pensar que os dinossauros eram apenas um dos grandes grupos de animais cuja diversidade explodiu durante o Triásico”, comentou Nesbitt, da Universidade do Texas, em Austin.