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quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Sismo sentido em Portugal continental

Recebido via e-mail do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA):

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 20.02.2014 pelas 02.27 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 3,6 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 20 km a Sul de Setúbal.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli modificada) nas regiões de Setúbal, Alcácer do Sal, Grandola e Sines.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Proteção Civil (www.prociv.pt).
NOTA: o sismo foi procedido por um provável abalo premonitório, três minutos antes, quase no mesmo local e com 3,1 de magnitude. Mais dados do sismo:

Data (TU)Lat.Lon.Prof.Mag.Ref.GrauLocal
2014-02-20 02:27 38,34 -8,88 11 3,6 S Setúbal III/IVAljustrel

Mapa do epicentro:


Sismograma de hoje, obtido pelo geofone de Évora com o sismo e abalo premonitório:



Mapa da zona que sentiu o sismo (intensidade - fonte IPMA):

domingo, outubro 10, 2010

Seminário em Évora


CONTAMINAÇÃO COM HIDROCARBONETOS NO SISTEMA AQUÍFERO DE SINES: ANÁLISE DA SITUAÇÃO ACTUAL, INTERVENÇÃO PARA O FUTURO


António Chambel

Universidade de Évora

Departamento de Geociências e Centro de Geofísica de Évora



Horário: 16.30 horas

Data: 13 de Outubro de 2010 (4ª feira)

Local: Anfiteatro 1 – Colégio Luís António Verney


Resumo

O Sistema Aquífero de Sines é composto basicamente por dois aquíferos sobrepostos, o superior livre, poroso, formado por sedimentos terciários (areias e argilas) e o inferior cársico-poroso, confinado, formado por calcários carsificados, mas onde as zonas carsificadas parecem estar preenchidas com arenitos. Na parte sul do Sistema a geologia é mais complexa, pois a intrusão do batólito ígneo na área da cidade de Sines, acompanhado da intrusão de diques radiais, conduziu a uma alteração tectónica nessa parte do Sistema, levando a que, em muitos pontos, os dois aquíferos previamente definidos se encontrem em ligação hidráulica, numa geometria difícil de interpretar com os dados actuais.

Nos anos 70 algumas industrias que usam como matéria-prima os hidrocarbonetos instalaram-se na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), sobre o Sistema Aquífero. O aumento das necessidades em água para abastecer uma população em rápido crescimento levou à implementação de um sistema de captações, ainda hoje activas, que convivem de perto com as consequências ambientais provocadas por essa mesma indústria. O abastecimento tem sido garantido fundamentalmente através de dois sistemas independentes, o das Águas de Santo André, SA, nas proximidades da cidade de Santo André, e o do Município de Sines, este nas proximidades da cidade de Sines e dos complexos petroquímicos da ZILS. Neste último campo de captações, desde 2008 que começaram a aparecer derivados de hidrocarbonetos, o que tem levado à interrupção dos abastecimentos por diversos períodos.

Estas situações levaram a uma série de acções por parte de especialistas da Universidade de Évora, do CGE, e da Universidade do Algarve, envolvendo a definição dos perímetros de protecção das captações de abastecimento público, a inventariação de pontos de água em todo o Sistema Aquífero, o estudo da movimentação da contaminação na área da ZILS, levando à definição de uma rede piezométrica de observação que será implementada no futuro, e estudos geofísicos concernentes à implementação de novas captações de abastecimento público. Ao mesmo tempo, definir-se-ão estratégias de remediação e recuperação, quer de solos contaminados, quer da água do aquífero já afectada.