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quinta-feira, março 14, 2024

Schiaparelli nasceu há 189 anos

    
Giovanni Virginio Schiaparelli (Savigliano, 14 de março de 1835 - Milão, 4 de julho de 1910) foi um astrónomo italiano, que, inadvertidamente, popularizou a falsa ideia de haver canais artificiais na superfície de Marte. Foi o primeiro a criar um mapa daquele planeta.
Estudou na Universidade de Turim e no Observatório de Berlim. Trabalhou mais de quarenta anos no Observatório Astronómico de Brera.
Dentre as contribuições de Schiaparelli estão as suas observações telescópicas de Marte. Nas suas observações iniciais, ele nomeou os "mares" e "continentes" de Marte. Ele observou uma densa rede de estruturas lineares sobre a superfície de Marte, que ele chamava de "canali", em italiano "canais". O termo indica tanto uma construção artificial como uma configuração natural do terreno. A partir disto, diversas hipóteses sobre a vida em Marte derivados dos "canais" logo se tornaram famosas, dando origem a ondas de hipóteses, especulação e folclore sobre a possibilidade de haver vida lá. Entre os mais fervorosos apoiantes dos canais artificiais estava o célebre astrónomo americano Percival Lowell,  que passou grande parte de sua vida tentando provar a existência de vida inteligente no planeta vermelho. Mais tarde, porém, graças às observações do astrónomo italiano Vicenzo Cerulli, foi possível determinar que os famosos canais eram realmente simples ilusões óticas.
     
   
No seu livro Vida em Marte, Schiaparelli escreve: "Ao invés de canais de verdade, uma forma familiar para nós, temos de imaginar depressões no solo que não são muito profundas, prorrogadas numa direção reta de milhares de quilómetros, mais uma largura de 100, 200 km e talvez mais. Eu já assinalei que, na ausência de chuva em Marte, estes canais são provavelmente o principal mecanismo pelo qual a água (e com ela a vida orgânica) podem se espalhar sobre a superfície seca do planeta".
   
Mapa (errado) de Marte, desenhado por Giovanni Schiaparelli
     

quarta-feira, janeiro 03, 2024

A sonda espacial Spirit chegou a Marte há vinte anos...!


O Spirit (MER-A) foi um veículo de exploração espacial não tripulado, cuja missão era estudar o planeta Marte, permanecendo ativo de 2004 a 2010. Foi um dos veículos projetados pela NASA para o Programa Mars Exploration Rovers. Pousou com sucesso em Marte em 3 de janeiro de 2004, três semanas antes do outro veículo, Opportunity (MER-B). O seu nome foi escolhido numa competição estudantil promovida pela NASA. O robot ficou preso durante o seu trajeto em 2009 e perdeu contacto com o Centro de Controle da missão em 22 de março de 2010.

O robot atingiu o tempo planeado para a missão, mas continuou em atividade por mais de vinte vezes o tempo inicial, devido ao excelente condicionamento de seus sistemas. Além disso, o robot percorreu cerca de 7,7 km, ao invés de um quilómetro, que era esperado no início da missão, permitindo uma investigação geológica mais extensa e completa que o previsto.

O Spirit continuou a realizar as suas tarefas até 22 de março de 2010, quando a comunicação foi interrompida. O JPL tentou restabelecer a comunicação até 24 de maio de 2011, quando a NASA anunciou que os esforços para se comunicar com o rover sem resposta tinham terminado. A despedida formal foi planeada na sede da NASA após o feriado do Memorial Day e foi transmitida pela NASA TV

 

segunda-feira, dezembro 11, 2023

Estruturas geológicas com formas geométricas descobertas em Marte

Rover chinês detetou estruturas poligonais a 35 metros sob a superfície de Marte

 

 

Uma equipa de investigadores da agência espacial chinesa identificou, com a ajuda dos radares do rover Zhurong, estruturas geométricas poligonais enterradas 35 metros abaixo da superfície do Planeta Vermelho.

Cientistas da agência espacial chinesa CMSA identificaram misteriosas estruturas poligonais a 35 metros abaixo da superfície marciana, na região de Utopia Planitia do planeta.

Estas formações de grandes dimensões, cujas origens são atualmente desconhecidas, foram detetadas com dados do sistema de radar de penetração no solo do rover Zhurong, que chegou a Marte em maio de 2021 - tornando a China, depois dos Estados Unidos, a segunda nação a chegar ao Planeta Vermelho.

A descoberta foi publicada a semana passada na revista Nature Astronomy.

O rover Zhurong, que faz parte da missão Tianwen-1 da China, foi projetado para a exploração da superfície marciana. Até agora, percorreu 1.921 metros através de Utopia Planitia, recolhendo dados sobre a topografia e características subterrâneas desta vasta planície localizada na maior cratera de impacto de asteroide conhecida no sistema solar.

Com um diâmetro estimado de 3.300 quilómetros, Utopia Planitia oferece um potencial significativo para desvendar a história geológica e climática de Marte.

O tamanho das estruturas poligonais subterrâneas reveladas pelo radar do Zhurong variam de alguns centímetros a dezenas de metros. Foram detetadas em 16 locais ao longo do percurso do Zhurong, o que sugere que pode haver mais estruturas semelhantes sob Utopia Planitia.

 

Mapa topográfico de Utopia Planitia mostrando os locais de pouso do Zhurong, do Perseverance e da Viking 2, e as estruturas poligonais agora identificadas

 

Segundo o El Confidencial, os investigadores acreditam que estes polígonos se formaram há cerca de 3,7 mil milhões de anos, durante períodos geológicos marcianos conhecidos como Hesperiano Tardio e Amazónico Inicial.

Uma hipótese adiantada pelos investigadores sugere que estas estruturas poderão ter sido criadas por ciclos de congelamento e descongelamento, envolvendo potencialmente depósitos de água e gelo subterrâneos.

Em alternativa, dizem os investigadores, as estruturas poderiam ter uma origem vulcânica, resultante de fluxos de lava arrefecidos e cristalizados, sugerem os cientistas.

A profundidade a que estas estruturas estão enterradas sugere que Marte pode ter sofrido uma transformação climática significativa, com mudanças notáveis na atividade da água ou nas condições térmicas.

 

in ZAP

segunda-feira, dezembro 04, 2023

Notícia interessante sobre vulcanismo em Marte...

Marte, um planeta morto? Cientistas descobriram que está geologicamente mais ‘vivo’ do que se pensava

 

Marte, um planeta morto? Cientistas descobriram que está geologicamente mais ‘vivo’ do que se pensava

 

Investigadores identificaram uma zona com quatro mil quilómetros de diâmetro, do tamanho de toda a Europa, que possui atividade vulcânica

Marte é frequentemente descrito como um planeta ‘morto’, por se pensar que está desprovido de atividade geológica há milhares de milhões de anos, mas um artigo publicado na revista científica “Nature Astronomy” aponta que o vulcanismo pode estar bem mais ‘vivo’ do que se julgava.

Os autores do estudo, Adrien Broquet e Jeff Andrews-Hanna, investigadores do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, encontraram provas geofísicas de uma pluma ativa no manto do planeta vermelho.

“Ter uma pluma ativa no manto de Marte é uma mudança de paradigma para a nossa compreensão da evolução geológica do planeta”, enaltece Adrien Broquet.

Em geologia, as plumas são grandes bolhas de rocha quente e flutuantes que se erguem das profundezas de um planeta, atravessam o manto e atingem a crosta. Este fenómeno é responsável por provocar terramotos, falhas geológicas e erupções vulcânicas.

A missão InSight, da NASA, já tinha detetado atividade sísmica em Marte, quando captou registos de dezenas de terramotos numa planície marciana conhecida como Elysium Planitia, uma região onde grandes erupções vulcânicas terão ocorrido ao longo dos últimos 200 milhões de anos.

E foi precisamente na Elysium Planitia que os cientistas descobriram, no subsolo marciano, uma zona com 4 mil quilómetros de diâmetro, do tamanho de toda a Europa e que possui atualmente atividade vulcânica.

Essa pluma gigantesca ativa no manto do planeta vermelho é suficiente para afetar uma área equivalente ao território dos Estados Unidos.

As novas provas geofísicas mostram que, nessa planície marciana, uma erupção vulcânica terá ocorrido há apenas 53 mil anos, o que em termos geológicos é bastante recente.

O vulcanismo está intrinsecamente ligado ao surgimento da vida, uma vez que os movimentos das placas tectónicas moldam a superfície de um planeta e criam um interior dinâmico, o que origina erupções vulcânicas e atividade sísmica.

Esses processos podem derreter gelos de água em Marte e causar inundações na superfície, desencadeando reações químicas que permitam sustentar vida no subsolo. “Os micróbios na Terra florescem em ambientes assim, e isso também pode ser verdade em Marte”, observa Andrews-Hanna.

 

in MSN Notícias

sábado, novembro 25, 2023

Notícia astronómica curiosa sobre a conjunção de Marte

Marte vai “desaparecer” durante duas semanas

 

 

A partir deste sábado, Marte vai desaparecer do céu da Terra durante duas semanas, devido a uma ocorrência celestial cativante conhecida como conjunção solar.

Durante este período, o Sol atua como uma cortina cósmica, escondendo temporariamente Marte e a Terra um do outro, de acordo com a NASA.

A conjunção solar é um evento recorrente que ocorre a cada dois anos na dança cósmica entre a Terra e Marte. Normalmente, os dois planetas mantêm uma distância média de 140 milhões de quilómetros um do outro. No entanto, durante a conjunção solar, esta separação é ampliada para cerca de 235 milhões de quilómetros, tornando Marte praticamente invisível para os observadores na Terra.

A conjunção solar coloca desafios práticos às agências espaciais, em particular à NASA, afetando a comunicação com as naves espaciais em Marte. A NASA explicou que a interferência causada pelas partículas carregadas do Sol durante este período torna impossível prever uma potencial perda de informação, o que pode pôr em risco a nave espacial.

Para atenuar estes riscos, os engenheiros adotam uma abordagem cautelosa, enviando duas semanas de instruções à nave espacial que se dirige a Marte antes do início do período de conjunção.

A conjunção solar de 2023, que afeta as capacidades de comunicação e comando, decorre de 11 a 25 de novembro. Durante este período, a NASA abstém-se de enviar comandos para as naves espaciais em Marte, assegurando que as instruções previamente enviadas orientam as operações destes exploradores robóticos.

“Ainda vamos poder ter notícias delas e verificar o seu estado de saúde nas próximas semanas”, disse Roy Gladden, diretor da Mars Relay Network, referindo-se às missões espaciais em Marte.

 

in ZAP

segunda-feira, novembro 13, 2023

O astrónomo Percival Lowell morreu há 107 anos

   
Percival Lowell (Boston, 13 de março de 1855 - Flagstaff, 13 de novembro de 1916) foi um matemático, autor, empresário e astrónomo amador dos Estados Unidos da América. Alimentou especulações de que existiam canais em Marte e fundou o Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona, que deu início ao esforço que levou à descoberta de Plutão, 14 anos após a sua morte. A escolha do nome Plutão e o seu símbolo foram parcialmente influenciados pelas suas iniciais, PL.
  

domingo, setembro 03, 2023

A sonda Viking 2 chegou a Marte há 47 anos

     
The Viking 2 mission was part of the American Viking program to Mars, and consisted of an orbiter and a lander essentially identical to that of the Viking 1 mission. The Viking 2 lander operated on the surface for 1316 days, or 1281 sols, and was turned off on April 11, 1980 when its batteries failed. The orbiter worked until July 25, 1978, returning almost 16,000 images in 706 orbits around Mars.
    
Mission profile
The craft was launched on September 9, 1975. Following launch using a Titan/Centaur launch vehicle and a 333-day cruise to Mars, the Viking 2 Orbiter began returning global images of Mars prior to orbit insertion. The orbiter was inserted into a 1500 x 33,000 km, 24.6 h Mars orbit on August 7, 1976 and trimmed to a 27.3 h site certification orbit with a periapsis of 1499 km and an inclination of 55.2 degrees on 9 August. Imaging of candidate sites was begun and the landing site was selected based on these pictures and the images returned by the Viking 1 Orbiter.
The lander separated from the orbiter on September 3, 1976 at 22:37:50 UT and landed at Utopia Planitia. Normal operations called for the structure connecting the orbiter and lander (the bioshield) to be ejected after separation, but because of problems with the separation the bioshield was left attached to the orbiter. The orbit inclination was raised to 75 degrees on 30 September 1976.
   
Orbiter
The orbiter primary mission ended at the beginning of solar conjunction on October 5, 1976. The extended mission commenced on 14 December 1976 after solar conjunction. On 20 December 1976 the periapsis was lowered to 778 km and the inclination raised to 80 degrees.
Operations included close approaches to Deimos in October 1977 and the periapsis was lowered to 300 km and the period changed to 24 hours on 23 October 1977. The orbiter developed a leak in its propulsion system that vented its attitude control gas. It was placed in a 302 × 33,176 km orbit and turned off on 25 July 1978 after returning almost 16,000 images in about 700–706 orbits around Mars.
   
Lander
The lander and its aeroshell separated from the orbiter on 3 September 19:39:59 UT. At the time of separation, the lander was orbiting at about 4 km/s. After separation, rockets fired to begin lander deorbit. After a few hours, at about 300 km attitude, the lander was reoriented for entry. The aeroshell with its ablative heat shield slowed the craft as it plunged through the atmosphere.
The Viking 2 Lander touched down about 200 km west of the crater Mie in Utopia Planitia.
Approximately 22 kg (49 lb) of propellants were left at landing. Due to radar misidentification of a rock or highly reflective surface, the thrusters fired an extra time 0.4 second before landing, cracking the surface and raising dust. The lander settled down with one leg on a rock, tilted at 8.2 degrees. The cameras began taking images immediately after landing.
The Viking 2 lander was powered by radioisotope generators and operated on the surface until April 11, 1980, when its batteries failed.
   
First color image (Viking Lander 2 Camera 2 sol 2, September 5, 1976) 14:36
   

sexta-feira, agosto 18, 2023

Fobos, o maior satélite de Marte, foi descoberto há 146 anos


Observando o planeta Marte, identificou os seus dois satélites naturais: Deimos, em 12 de agosto de 1877, e Fobos, em 18 de agosto de 1877, usando o telescópio refrator de 26" do U. S. Naval Observatory.
  
      

   
Fobos é uma das duas luas de Marte, sendo a maior e a mais próxima lua de Marte. Fobos foi descoberto por Asaph Hall em 18 de agosto de 1877, justamente seis dias após a descoberta de seu parceiro Deimos.
Fobos é, em todo o Sistema Solar, o satélite que orbita mais próximo do planeta-mãe: menos de seis mil quilómetros acima da superfície marciana. Encontra-se, por isso, abaixo da órbita síncrona para Marte. Por esse motivo, a sua órbita vai descendo a um ritmo de 1,8 m por século. Assim, dentro de 50 milhões de anos pode ocorrer uma de duas coisas: ou Fobos se despenha sobre Marte ou, o que é mais provável, antes que isso aconteça as forças gravitacionais destruirão o satélite criando um anel à volta de Marte.
Os astrónomos supõem que o satélite era provavelmente um asteroide que foi capturado pela força de gravidade do planeta. A outra lua de Marte, Deimos, e também algumas luas de Neptuno, acreditam-se também que eram asteroides que foram capturados.
As formações geológicas em Fobos recebem o nome de astrónomos que estudaram Fobos e pessoas e lugares fictícios da obra de Jonathan Swift - As Viagens de Gulliver. Apenas um regio recebeu nome, Laputa Regio, e apenas uma planitia, Lagado Planitia; ambos receberam nomes de lugares de As Viagens de Gulliver. O único tergo que recebeu nome em Fobos é Kepler Dorsum, em honra ao astrónomo Johannes Kepler. A várias crateras já foi atribuído nome.
    
Cratera Referência Coordenadas
Clustril Personagem de As Viagens de Gulliver 60°N 91°W
D'Arrest Heinrich Louis d'Arrest, astrónomo 39°S 179°W
Drunlo Personagem de As Viagens de Gulliver 
36.5°N 92°W
Flimnap Personagem de As Viagens de Gulliver 60°N 350°W
Grildrig Personagem de As Viagens de Gulliver 81°N 195°W
Gulliver Personagem principal de As Viagens de Gulliver 62°N 163°W
Hall Asaph Hall, descobridor de Fobos 80°S 210°W
Limtoc Personagem de As Viagens de Gulliver 11°S 54°W
Öpik Ernst J. Öpik, astrónomo 7°S 297°W
Reldresal Personagem de As Viagens de Gulliver 41°N 39°W
Roche Édouard Roche, astrónomo 53°N 183°W
Sharpless Bevan Sharpless, astrónomo 27.5°S 154°W
Shklovsky Iosif Shklovsky, astrónomo 24°N 248°W
Skyresh Personagem de As Viagens de Gulliver 52.5°N 320°W
Stickney Angeline Stickney, esposa de Asaph Hall 1°N 49°W
Todd David Peck Todd, astrónomo 9°S 153°W
Wendell Oliver Wendell, astrónomo 1°S 132°W
   

sábado, agosto 12, 2023

Deimos, o mais pequeno satélite de Marte, foi descoberto há 146 anos

 

 
Durante uma maior aproximação, de Marte, em 1877, Hall foi encorajado por Angeline Stickney, a sua esposa, a procurar as luas marcianas. Os seus cálculos mostraram que a órbita deve ser muito próxima do planeta. Hall escreveu: "A chance de encontrar um satélite parecia muito pequena, de modo que eu poderia ter abandonado a busca se não fosse pelo encorajamento de minha esposa."

Asaph Hall descobriu Deimos em 12 de agosto de 1877, por volta das 07.48 UTC, e Phobos em 18 de agosto de 1877, no Observatório Naval dos Estados Unidos em Washington, DC, por volta das 09.14 GMT (fontes contemporâneas, usando a convenção astronómica pré-1925 que começou o dia ao meio-dia, dá a hora da descoberta como 11 de agosto 14.40 e 17 de agosto 16.06 (hora média de Washington, respetivamente). Na época, ele estava deliberadamente procurando por luas marcianas. Hall já tinha visto o que parecia ser uma lua marciana em 10 de agosto, mas devido ao mau tempo, ele não pôde identificá-los definitivamente até mais tarde.

Hall registou a sua descoberta de Fobos em seu caderno da seguinte forma:

"Repeti o exame na parte inicial da noite de 11 [de agosto de 1877], e novamente não encontrei nada, mas tentando novamente algumas horas depois, encontrei um objeto tênue no lado seguinte e um pouco ao norte do planeta. hora de garantir uma observação da sua posição quando o nevoeiro do Rio interrompeu os trabalhos, isto foi às duas e meia da noite do dia 11. O tempo nublado interveio durante vários dias.

"Em 15 de agosto o tempo parecia mais promissor, dormi no Observatório. O céu clareou com uma tempestade às 11 horas e a busca foi retomada. A atmosfera, entretanto, estava em muito mau estado e Marte estava tão escaldante e instável que nada podia ser visto do objeto, que agora sabemos que estava naquela época tão perto do planeta que era invisível. “Em 16 de agosto o objeto foi encontrado novamente no lado seguinte do planeta, e as observações daquela noite mostraram que ele estava se movendo com o planeta, e se um satélite, estava perto de um de seus alongamentos. Até este momento eu não havia dito nada a ninguém no Observatório da minha busca por um satélite de Marte, mas ao deixar o observatório após as observações do dia 16, por volta das três da manhã, contei ao meu assistente, George Anderson, a quem havia mostrado o objeto, que pensei ter descoberto um satélite de Marte. Disse-lhe também para ficar calado, pois não queria que nada fosse dito até que o assunto estivesse fora de dúvida. Ele não disse nada, mas a coisa era boa demais para se guardar. Em 17 de agosto, entre a uma e as duas horas, enquanto eu reduzia minhas observações, o Professor Newcomb entrou em meu quarto para almoçar e eu mostrei a ele as minhas medidas do objeto fraco perto de Marte, o que provou que ele estava se movendo com o planeta.

"Em 17 de agosto, enquanto esperava e observava a lua externa, a interna foi descoberta. As observações dos dias 17 e 18 colocaram fora de dúvida o caráter desses objetos e a descoberta foi anunciada publicamente pelo almirante Rodgers."
   
     


Deimos (em grego: terror), é o menor e mais afastado dos dois satélites naturais de Marte.  É, também, uma das mais pequenas luas do Sistema Solar. Deimos tem um raio médio de 6.2 km e uma velocidade de escape de 5.6 m/s (20 km/h). Além disso, a lua leva 30.3 horas para girar em torno de Marte, com uma velocidade orbital de 1.35 km/s.
Deimos demora o mesmo tempo a completar uma volta ao redor de Marte e uma volta sobre si próprio. Como consequência disso, Deimos tem sempre a mesma face voltado para Marte.
A lua foi descoberta a 12 de agosto de 1877 – juntamente com Fobos, o outro satélite de Marte, seis dias depois – por Asaph Hall e fotografado pela Viking 1 em 1977. Deimos tem um formato bastante irregular e acredita-se que se trate de um asteroide que foi perturbado de sua órbita por Júpiter e que acabou por ser capturado pela gravidade de Marte, passando a ser seu satélite.
O nome Deimos (pânico) vem de uma figura mitologia grega e é um dos três filhos de Ares (Marte na mitologia romana) e Afrodite.
  
Características principais
Por ser pequeno, Deimos não apresenta uma forma esférica, possuindo dimensões muito irregulares. É composto por rochas ricas em carbono, tal como muitos asteroides, e gelo. A sua superfície apresenta um número razoável de crateras mas, relativamente a Fobos, é muito mais lisa, consequência do preenchimento parcial das crateras com rególito (rochas decompostas). As maiores crateras deste satélite são Swift e Voltaire que medem, aproximadamente, 3 km de diâmetro.
Visto de Deimos, Marte surge no céu como um objeto 1000 vezes maior e 400 vezes mais brilhante do que a Lua cheia, como é observada da Terra.
Visto de Marte, Deimos surge como um pequeno ponto no céu, difícil de distinguir dos outros astros embora, no seu máximo brilho, possua um brilho equivalente a Vénus (tal como é visto da Terra).
    
Geologia
Apenas duas formações geológicas em Deimos receberam nomes. As crateras Swift e Voltaire receberam nomes de autores que especularam a existência de luas marcianas antes da descoberta das mesmas.
   
Exploração
A exploração de Deimos é similar à exploração de Marte e de Fobos. Entretanto, nenhuma aterragem foi realizado e nenhuma amostra analisada. O satélite foi apenas fotografado pela sonda Viking 1.
Uma missão de retorno de amostras chamada "Gulliver" foi conceptualizada. Basicamente, um quilograma de material de Deimos seria trazido para a Terra nessa missão.
   

sexta-feira, agosto 04, 2023

A sonda Phoenix partiu, rumo a Marte, há 16 anos


Phoenix foi uma sonda espacial da NASA, lançada de Cabo Canaveral em 4 de agosto de 2007, com o objetivo de pesquisar por moléculas de água na região do polo norte do planeta Marte. A sonda pousou em Marte em 25 de maio de 2008 e operou até 2 de novembro de 2008, data da última comunicação com a Terra. A NASA anunciou o fim da missão em 10 de novembro de 2008.

   

  

domingo, julho 30, 2023

O planeta Marte como nunca foi visto...

Novo mapa interativo de Marte permite ver crateras e “demónios de poeira”

 

   

Um novo mapa de Marte traz crateras de impacto, rastos das tempestades do tipo “demónios de poeira” e várias outras formações do Planeta Vermelho, prontas para serem exploradas por cientistas e pelo público.

Chamado “Mosaico Global CTX de Marte”, o mapa foi produzido com 110 mil imagens capturadas pela sonda da NASA Mars Reconnaissance Orbiter que, juntas, formam uma imagem global do planeta na mais alta resolução já alcançada.

O mapa foi produzido ao longo de seis anos e tem resolução de 5,7 terapixels. Ele contém imagens capturadas pela câmara CTX, que equipa a MRO e oferece visão mais ampla da área à volta das formações observadas em preto e branco, ajudando os cientistas a entender como se relacionam.

Pode explorar o mapa de Marte pelo The Global CTX Mosaic of Mars.

A câmara está ativa desde que a MRO entrou na órbita de Marte, em 2006, e já conseguiu documentar praticamente todas as características do planeta. Para criar o mosaico, Jay Dickson, cientista de processamento de imagens que liderou o projeto, desenvolveu um algoritmo para combinar imagens com base nas formações capturadas nelas.

Após aplicá-lo, sobraram 13 mil imagens sem formações correspondentes identificáveis pelo algoritmo, e Dickson uniu-as manualmente. Já as lacunas que restaram no mapa representam partes do planeta que ainda não foram observadas quando Dickson começou a trabalhar no projeto, ou que estavam escondidas por nuvens e poeira.

Todo este trabalho resultou num mapa acessível para todos que estiverem interessados em conhecer um pouco mais de Marte, sejam cientistas ou não. “Crianças na escola podem usar isso, a minha mãe, que acabou de completar 78 anos, também pode. O objetivo era diminuir as barreiras para as pessoas interessadas em explorar Marte”, disse Dickson.

 

in ZAP

 

The Global CTX Mosaic of Mars

terça-feira, março 14, 2023

Schiaparelli nasceu há 188 anos

    
Giovanni Virginio Schiaparelli (Savigliano, 14 de março de 1835 - Milão, 4 de julho de 1910) foi um astrónomo italiano, que, inadvertidamente, popularizou a falsa ideia de canais artificiais na superfície de Marte. Foi o primeiro a criar um mapa daquele planeta.
Estudou na Universidade de Turim e no Observatório de Berlim. Trabalhou mais de quarenta anos no Observatório Astronómico de Brera.
Dentre as contribuições de Schiaparelli estão as suas observações telescópicas de Marte. Nas suas observações iniciais, ele nomeou os "mares" e "continentes" de Marte. Ele observou uma densa rede de estruturas lineares sobre a superfície de Marte, que ele chamava de "canali", em italiano "canais". O termo indica tanto uma construção artificial como uma configuração natural do terreno. A partir disto, diversas hipóteses sobre a vida em Marte derivados dos "canais" logo se tornaram famosas, dando origem a ondas de hipóteses, especulação e folclore sobre a possibilidade de haver vida lá. Entre os mais fervorosos apoiantes dos canais artificiais estava o célebre astrónomo americano Percival Lowell,  que passou grande parte de sua vida tentando provar a existência de vida inteligente no planeta vermelho. Mais tarde, porém, graças às observações do astrónomo italiano Vicenzo Cerulli, foi possível determinar que os famosos canais eram realmente simples ilusões óticas.
     
   
No seu livro Vida em Marte, Schiaparelli escreve: "Ao invés de canais de verdade, uma forma familiar para nós, temos de imaginar depressões no solo que não são muito profundas, prorrogadas numa direção reta de milhares de quilómetros, mais uma largura de 100, 200 km e talvez mais. Eu já assinalei que, na ausência de chuva em Marte, estes canais são provavelmente o principal mecanismo pelo qual a água (e com ela a vida orgânica) podem se espalhar sobre a superfície seca do planeta".
   
Mapa (errado) de Marte, desenhado por Giovanni Schiaparelli
     

sábado, fevereiro 18, 2023

A Perseverance chegou a Marte há dois anos...!


Perseverance, também referido como Percy, é um rover planetário baseado nas configurações do rover Curiosity do Mars Science Laboratory. Desenvolvido pela NASA, foi lançado em 30 de julho de 2020 com destino a Marte. Investigará a astrobiologia, geologia e história de Marte, incluindo a possibilidade do planeta ter sido habitável no passado. Foi anunciado pela agência americana em 4 de dezembro de 2012, na União de Geofísica dos Estados Unidos, em São Francisco. O rover é do tamanho de um carro, com cerca de 3 metros de comprimento (sem incluir o braço), 2,7 metros de largura, 2,2 metros de altura e 1 050 kg. O veículo era conhecido pelo nome genérico do veículo da missão Mars 2020, mas, em 5 de março de 2020, a NASA revelou o nome escolhido para o veículo espacial. O veículo espacial foi renomeado como Perseverance (literalmente Perseverança).

Perseverance possui uma broca capaz de perfurar o solo marciano para recolher amostras e deixá-las na superfície de Marte. Uma missão futura poderia recolher essas amostras e trazer de volta para a Terra para serem estudadas. O lançamento ocorreu em 30 de julho de 2020, na base de lançamentos Cabo Canaveral, num foguete Atlas V. Àquela data, Terra e Marte estavam em boas posições em relação um ao outro. Para manter os custos e riscos da missão mais baixos possíveis, o projeto foi baseado na missão do Mars Science Laboratory, que pôs o Curiosity em Marte.

A missão também oferece oportunidade de adquirir informações e desenvolvimento das tecnologias que poderão ser usadas futuramente para expedições humanas no planeta vermelho.


Foto da placa no Perseverance que mostra a família dos rovers marcianos da NASA

Perseverance
Perseverance Landing Skycrane (cropped).jpg
Esta imagem estática é parte de um vídeo gravado por várias câmaras quando o rover Perseverance da NASA pousou em Marte em 18 de fevereiro de 2021. Uma câmara a bordo do estágio de descida capturou a imagem.
Tipo Rover
Operador(es) Estados Unidos NASA
Propriedades
Fabricante Estados Unidos
Massa 1.050 kg
Altura 2,2 metros
Largura 2,7 metros
Comprimento 3 metros
Tripulação não tripulada
Missão
Contratante(s) NASA
Data de lançamento 30 julho de 2020
Local de lançamento Estados Unidos
Destino Marte
Data de pouso 18 de fevereiro de 2021
Local de pouso Cratera Jezero

 


terça-feira, janeiro 03, 2023

A sonda espacial Spirit chegou a Marte há dezanove anos


O Spirit (MER-A) foi um veículo de exploração espacial não tripulado, cuja missão era estudar o planeta Marte, permanecendo ativo de 2004 a 2010. Foi um dos veículos projetados pela NASA para o Programa Mars Exploration Rovers. Pousou com sucesso em Marte em 3 de janeiro de 2004, três semanas antes do outro veículo, Opportunity (MER-B). O seu nome foi escolhido numa competição estudantil promovida pela NASA. O robot ficou preso durante o seu trajeto em 2009 e perdeu contacto com o Centro de Controle da missão em 22 de março de 2010.

O robot atingiu o tempo planeado para a missão, mas continuou em atividade por mais de vinte vezes o tempo inicial, devido ao excelente condicionamento de seus sistemas. Além disso, o robot percorreu cerca de 7,7 km, ao invés de um quilómetro, que era esperado no início da missão, permitindo uma investigação geológica mais extensa e completa que o previsto.

O Spirit continuou a realizar as suas tarefas até 22 de março de 2010, quando a comunicação foi interrompida. O JPL tentou restabelecer a comunicação até 24 de maio de 2011, quando a NASA anunciou que os esforços para se comunicar com o rover sem resposta tinham terminado. A despedida formal foi planeada na sede da NASA após o feriado do Memorial Day e foi transmitida pela NASA TV

 

sexta-feira, novembro 18, 2022

Notícia interessante sobre o planeta Marte

Impacto recente de meteoroide em Marte criou uma das maiores crateras do Sistema Solar

    


   

O sismo detetado em Marte em dezembro foi causado pelo impacto de um meteoroide, estimado como um dos maiores vistos em Marte desde que a NASA começou a explorar o cosmos.

O “lander” InSight da NASA registou um sismo marciano de magnitude 4 no passado dia 24 de dezembro, mas os cientistas só mais tarde descobriram a causa desse sismo: o impacto de um meteoroide — um dos maiores vistos em Marte desde que a NASA começou a explorar o cosmos. 

Além disso, a colisão com a superfície escavou pedaços de gelo do tamanho de pedregulhos mais perto do equador marciano do que alguma vez foi encontrado – uma descoberta com implicações para os planos futuros da NASA de enviar astronautas para o Planeta Vermelho.

Os cientistas determinaram que o sismo resultou do impacto de um meteoroide quando olharam para o antes e depois em imagens da MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) da NASA e avistaram uma nova cratera, explica a agência espacial norte-americana em comunicado. 

Fornecendo uma rara oportunidade de ver como um grande impacto abalou o chão em Marte, o evento e os seus efeitos foram detalhados em dois artigos científicos [artigo 1, artigo 2] publicados dia 27 de outubro na revista Science. 


Blocos de gelo do tamanho de pedregulhos podem ser vistos em torno da orla de uma cratera de impacto em Marte, nesta imagem capturada pela câmara HiRISE a bordo da sonda MRO da NASA - a cratera foi formada no dia 24 de dezembro de 2021 pelo impacto de um meteoroide na região chamada Amazonis Planitia

   

Estima-se que o meteoroide tenha tido entre 5 a 12 metros – suficientemente pequeno para ter ardido na atmosfera terrestre, mas não na fina atmosfera de Marte, que tem apenas 1% da sua densidade.

O impacto, numa região chamada Amazonis Planitia, escavou uma cratera com cerca de 150 metros de diâmetro e 21 metros de profundidade. Alguns dos detritos ejetados pelo impacto voaram até 37 quilómetros de distância.

Com imagens e dados sísmicos documentando o evento, pensa-se que esta é uma das maiores crateras cuja formação foi já testemunhada no Sistema Solar.

Existem muitas crateras maiores no Planeta Vermelho, mas são significativamente mais velhas e são anteriores a qualquer missão marciana.

“A descoberta de um impacto fresco deste tamanho não tem precedentes“, disse Ingrid Daubar, da Universidade Brown, que lidera o Grupo de Trabalho de Ciência de Impacto do InSight. “É um momento emocionante na história geológica – e conseguimos testemunhá-lo”.

O módulo InSight tem visto a sua energia diminuir drasticamente nos últimos meses devido à acumulação de poeira nos seus painéis solares. Espera-se agora que o “lander” seja desligado nas próximas seis semanas, pondo fim à ciência da missão.

O InSight está a estudar a crosta, o manto e o núcleo do planeta. As ondas sísmicas são fundamentais para a missão e revelaram o tamanho, profundidade e composição das camadas interiores de Marte.

Desde que pousou em Marte, em novembro de 2018, o InSight detetou 1.318 sismos marcianos, incluindo vários provocados por impactos de meteoroides mais pequenos.

Mas o sismo resultante do impacto de dezembro passado foi o primeiro observado a ter ondas superficiais – uma espécie de onda sísmica que ondula ao longo do topo da crosta de um planeta.

O segundo dos dois artigos científicos relacionados com o grande impacto descreve como os cientistas utilizam estas ondas para estudar a estrutura da crosta de Marte.

 

Caçadores de crateras

No final de 2021, os cientistas da missão InSight informaram o resto da equipa que tinham detetado um grande sismo marciano no dia 24 de dezembro.

A cratera foi descoberta pela primeira vez no dia 11 de fevereiro de 2022 por cientistas que trabalhavam no MSSS (Malin Space Science Systems), que construiu e opera duas câmaras a bordo da MRO.

A CTX (Context Camera) fornece imagens a preto e branco, de média resolução, enquanto a MARCI (Mars Color Imager) produz diariamente mapas de todo o planeta, permitindo aos cientistas seguir as mudanças climáticas em grande escala, como a recente tempestade regional de poeira que diminuiu ainda mais a energia solar do InSight.

    

    

A zona do impacto era visível nos dados MARCI e isso permitiu à equipa fixar um período de 24 horas dentro do qual este ocorreu. Estas observações correlacionaram-se com o epicentro sísmico, demonstrando conclusivamente que o impacto de um meteoroide provocou o grande sismo de dia 24 de dezembro.

“A imagem do impacto era diferente de qualquer outra que já tinha visto antes, com a cratera massiva, o gelo exposto e a dramática zona de explosão preservada na poeira marciana”, disse Liliya Posiolova, que lidera o Grupo de Ciência e Operações Orbitais no MSSS.

“Não pude deixar de imaginar como devia ter sido testemunhar o impacto, a explosão atmosférica e os detritos ejetados a quilómetros de distância“.

A determinação do ritmo a que as crateras são formadas em Marte é crucial para refinar a linha temporal geológica do planeta. Em superfícies mais antigas, como em Marte ou na Lua, existem mais crateras do que na Terra; no nosso planeta, os processos tectónicos e de erosão apagam características mais antigas da superfície.

As novas crateras também expõem materiais situados abaixo da superfície. Neste caso, grandes pedaços de gelo espalhados pelo impacto foram vistos pela câmara a cores HiRISE (High-Resolution Imaging Science Experiment) da MRO.

O gelo subterrâneo será um recurso vital para os astronautas, que poderão utilizá-lo para uma variedade de necessidades, incluindo água potável, agricultura e combustível para foguetões.

O gelo enterrado nunca tinha sido visto tão perto do equador marciano que, como a parte mais quente de Marte, é um local apelativo para os astronautas.

 

in ZAP

domingo, novembro 13, 2022

Percival Lowell morreu há 106 anos

   
Percival Lowell (Boston, 13 de março de 1855 - Flagstaff, 13 de novembro de 1916) foi um matemático, autor, empresário e astrónomo amador dos Estados Unidos da América. Alimentou especulações de que existiam canais em Marte e fundou o Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona, que deu início ao esforço que levou à descoberta de Plutão, 14 anos após a sua morte. A escolha do nome Plutão e o seu símbolo foram parcialmente influenciados pelas suas iniciais, PL.
  

sábado, setembro 03, 2022

A Viking 2 chegou a Marte há 46 anos

     
The Viking 2 mission was part of the American Viking program to Mars, and consisted of an orbiter and a lander essentially identical to that of the Viking 1 mission. The Viking 2 lander operated on the surface for 1316 days, or 1281 sols, and was turned off on April 11, 1980 when its batteries failed. The orbiter worked until July 25, 1978, returning almost 16,000 images in 706 orbits around Mars.
    
Mission profile
The craft was launched on September 9, 1975. Following launch using a Titan/Centaur launch vehicle and a 333-day cruise to Mars, the Viking 2 Orbiter began returning global images of Mars prior to orbit insertion. The orbiter was inserted into a 1500 x 33,000 km, 24.6 h Mars orbit on August 7, 1976 and trimmed to a 27.3 h site certification orbit with a periapsis of 1499 km and an inclination of 55.2 degrees on 9 August. Imaging of candidate sites was begun and the landing site was selected based on these pictures and the images returned by the Viking 1 Orbiter.
The lander separated from the orbiter on September 3, 1976 at 22:37:50 UT and landed at Utopia Planitia. Normal operations called for the structure connecting the orbiter and lander (the bioshield) to be ejected after separation, but because of problems with the separation the bioshield was left attached to the orbiter. The orbit inclination was raised to 75 degrees on 30 September 1976.
   
Orbiter
The orbiter primary mission ended at the beginning of solar conjunction on October 5, 1976. The extended mission commenced on 14 December 1976 after solar conjunction. On 20 December 1976 the periapsis was lowered to 778 km and the inclination raised to 80 degrees.
Operations included close approaches to Deimos in October 1977 and the periapsis was lowered to 300 km and the period changed to 24 hours on 23 October 1977. The orbiter developed a leak in its propulsion system that vented its attitude control gas. It was placed in a 302 × 33,176 km orbit and turned off on 25 July 1978 after returning almost 16,000 images in about 700–706 orbits around Mars.
   
Lander
The lander and its aeroshell separated from the orbiter on 3 September 19:39:59 UT. At the time of separation, the lander was orbiting at about 4 km/s. After separation, rockets fired to begin lander deorbit. After a few hours, at about 300 km attitude, the lander was reoriented for entry. The aeroshell with its ablative heat shield slowed the craft as it plunged through the atmosphere.
The Viking 2 Lander touched down about 200 km west of the crater Mie in Utopia Planitia.
Approximately 22 kg (49 lb) of propellants were left at landing. Due to radar misidentification of a rock or highly reflective surface, the thrusters fired an extra time 0.4 second before landing, cracking the surface and raising dust. The lander settled down with one leg on a rock, tilted at 8.2 degrees. The cameras began taking images immediately after landing.
The Viking 2 lander was powered by radioisotope generators and operated on the surface until April 11, 1980, when its batteries failed.
   
First color image (Viking Lander 2 Camera 2 sol 2, September 5, 1976) 14:36
   

quinta-feira, agosto 18, 2022

Fobos, o maior satélite de Marte, foi descoberto há 145 anos


Observando o planeta Marte, identificou dois satélites naturais: Deimos, em 12 de agosto de 1877, e Fobos, em 18 de agosto de 1877, usando o telescópio refrator de 26" do U. S. Naval Observatory.
  
      

   
Fobos é uma das duas luas de Marte, sendo a maior e a mais próxima lua de Marte. Fobos foi descoberto por Asaph Hall em 18 de agosto de 1877, justamente seis dias após a descoberta de seu parceiro Deimos.
Fobos é, em todo o Sistema Solar, o satélite que orbita mais próximo do planeta-mãe: menos de seis mil quilómetros acima da superfície marciana. Encontra-se, por isso, abaixo da órbita síncrona para Marte. Por esse motivo, a sua órbita vai descendo a um ritmo de 1,8 m por século. Assim, dentro de 50 milhões de anos pode ocorrer uma de duas coisas: ou Fobos se despenha sobre Marte ou, o que é mais provável, antes que isso aconteça as forças gravitacionais destruirão o satélite criando um anel à volta de Marte.
Os astrónomos supõem que o satélite era provavelmente um asteroide que foi capturado pela força de gravidade do planeta. A outra lua de Marte, Deimos, e também algumas luas de Neptuno, acreditam-se também que eram asteroides que foram capturados.
As formações geológicas em Fobos recebem o nome de astrónomos que estudaram Fobos e pessoas e lugares fictícios da obra de Jonathan Swift - As Viagens de Gulliver. Apenas um regio recebeu nome, Laputa Regio, e apenas uma planitia, Lagado Planitia; ambos receberam nomes de lugares de As Viagens de Gulliver. O único tergo que recebeu nome em Fobos é Kepler Dorsum, em honra ao astrónomo Johannes Kepler. A várias crateras já foi atribuído nome.
    
Cratera Referência Coordenadas
Clustril Personagem de As Viagens de Gulliver 60°N 91°W
D'Arrest Heinrich Louis d'Arrest, astrónomo 39°S 179°W
Drunlo Personagem de As Viagens de Gulliver 
36.5°N 92°W
Flimnap Personagem de As Viagens de Gulliver 60°N 350°W
Grildrig Personagem de As Viagens de Gulliver 81°N 195°W
Gulliver Personagem principal de As Viagens de Gulliver 62°N 163°W
Hall Asaph Hall, descobridor de Fobos 80°S 210°W
Limtoc Personagem de As Viagens de Gulliver 11°S 54°W
Öpik Ernst J. Öpik, astrónomo 7°S 297°W
Reldresal Personagem de As Viagens de Gulliver 41°N 39°W
Roche Édouard Roche, astrónomo 53°N 183°W
Sharpless Bevan Sharpless, astrónomo 27.5°S 154°W
Shklovsky Iosif Shklovsky, astrónomo 24°N 248°W
Skyresh Personagem de As Viagens de Gulliver 52.5°N 320°W
Stickney Angeline Stickney, esposa de Asaph Hall 1°N 49°W
Todd David Peck Todd, astrónomo 9°S 153°W
Wendell Oliver Wendell, astrónomo 1°S 132°W