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domingo, janeiro 21, 2024

Luís XVI, Rei da França, foi assassinado há 231 anos...

A Execução de Luís XVI de França, a partir de uma gravura alemã
     
A Execução de Luís XVI na guilhotina é um dos acontecimentos mais importantes da Revolução Francesa. Ela teve lugar no dia 21 de janeiro de 1793, aproximadamente às 10.20 horas, em Paris, na Praça da Revolução (a antiga Praça Luís XV, renomeada, em 1795, como Praça da Concórdia), nome que hoje ainda mantém.
  
Contexto
Na sequência dos acontecimentos da jornada de 10 de agosto de 1792 e do ataque ao Palácio das Tulherias, residência da família real, pelo povo parisiense, Luís XVI é preso na Prisão do Templo com a sua família, por alta traição. No final de seu processo, Luís XVI é condenado à morte por curta maioria (apenas um voto de diferença), a 15 de janeiro de 1793.
    
Trajeto
Luís XVI foi acordado às 05.00 horas da manhã. Cléry, o seu camareiro, assiste o rei na sua toalete matinal. Luís XVI encontra-se, em seguida, com o abade Henri Essex Edgeworth de Firmont, confessa-se, assiste à sua última missa e recebe a comunhão.
Aconselhado pelo abade, Luís XVI evita um último encontro de despedida com a sua família. Os guardas, temendo um rapto do rei, entram e saem incessantemente. Às 07.00 horas, Luís XVI confia as suas últimas vontades ao abade, o seu selo para o Delfim e a sua aliança de casamente para a Rainha. Após receber a bênção do abade, Luís XVI junta-se a Antoine Joseph Santerre, que comanda a guarda.
Um nevoeiro espesso envolve o dia, glacial. Dentro do primeiro pátio, Luís XVI volta-se para a Torre do Templo, onde foram colocados os demais membros da família real, mas estes não aparecem às janelas. No segundo pátio, uma carruagem verde espera. Luís XVI toma o seu lugar nela, com o abade, e mais duas pessoas da milícia instalam-se à sua frente. A carruagem deixa o Templo por volta das 09.00 horas. Ela vira à direita, pela Rua do Templo, para atingir os grandes Boulevards.
Um cortejo é formado com a carruagem, precedido por tambores e escoltado por uma tropa de cavaleiros com sabres desfraldados. O cortejo avança entre diversas fileiras de guardas nacionais e de sans-culottes.
     
Placa na Rua de Beauregard, recordando a tentativa de evasão do Rei
     
A multidão é numerosa e está dividida. Uma maioria opõe-se à execução, mas os homens armados e guardas nacionais estão preparados. Nas proximidades da Rua de Cléry, o Barão de Batz, apoio da família real que havia financiado a Fuga de Varennes, convocou 300 monárquicos para fazer evadir o Rei. Este deveria ser escondido numa casa pertencente ao conde de Marsan, na Rua de Cléry. O barão de Batz avança, aos gritos de: "Comigo, meus amigos, para salvar o Rei!". Porém, os seus companheiros haviam sido denunciados e apenas alguns puderam comparecer. Três foram mortos, mas o barão de Batz pode escapar. Dentro da carruagem, o Rei Luís XVI não se percebeu nada. No breviário do abade, ele lia a prece dos agonizantes. O cortejo, conduzido por Santerre, prosseguiu o seu caminho pelos boulevards e pela Rua da Revolução. Ele entra às 10.00 horas na Praça da Concórdia e para aos pés do cadafalso, instalado em frente ao Palácio das Tulherias, última residência real, entre o pedestal da estátua, removida, de Luís XV e a parte baixa dos Champs-Élysées. O local é rodeado por canhões em bateria e uma profusão de espadas e baionetas.
    
Testemunhos
Imprensa contemporânea
O jornal "Thermomètre du Jour" ("Termômetro do Dia") de 13 de fevereiro, jornal republicano moderado, descreve o Rei gritando: "Estou perdido!", citando como testemunha o carrasco, Charles-Henri Sanson.
  
Sanson
Sanson, o carrasco do rei, reage à versão do jornal "Thermomètre du Jour", dando o seu próprio testemunho sobre a execução, em carta datada de 20 de fevereiro de 1793:
Chegado ao pé da guilhotina, Luís XVI considerou um instante os instrumentos de seu suplício e perguntou a Sanson se os tambores cessariam de bater. Ele se aproximou para falar. Foi dito aos carrascos que fizessem seu dever. Enquanto lhe colocavam as cilhas, ele gritou : "Povo, eu morro inocente!". De seguida, virando-se para os carrascos, Luís XVI declara: "Senhores, sou inocente de tudo o que me inculpam. Espero que meu sangue possa cimentar a felicidade dos Franceses". O cutelo caiu. Eram 10 horas e 22 minutos. Um dos assistentes de Sanson apresentou a cabeça de Luís XVI ao povo, enquanto se elevava um grande grito de: "Viva a Nação! Viva a República!" e que ressoava uma salva de artilharia, que chegou até aos ouvidos da família real encarcerada..
Por fim, Sanson sublinha numa carta que o rei "suportou tudo aquilo com um sangue frio e uma firmeza que nos espantou a todos. Fico quase convencido que ele retirou esta firmeza dos princípios da sua religião, dos quais ninguém mais do que ele parecia compenetrado ou persuadido".
     

quarta-feira, agosto 23, 2023

Luís XVI nasceu há 269 anos


Luís XVI (Versalhes, 23 de agosto de 1754 – Paris, 21 de janeiro de 1793) foi Rei da França e Navarra de 1774 até ser deposto em 1792 durante a Revolução Francesa, sendo executado no ano seguinte. O seu pai, Luís, Delfim de França, era o filho e herdeiro aparente do rei Luís XV. Como resultado da morte de seu pai, em 1765, Luís tornou-se o novo delfim e sucedeu ao seu avô em 1774. Era o irmão mais velho dos futuros reis Luís XVIII e Carlos X.

Nascido em Versalhes, recebeu o título de Duque de Berry. Após a morte repentina do seu pai Luís Fernando, tornou-se o novo herdeiro da França em 1765, e coroado rei aos 19 anos. A primeira parte de seu reinado foi marcada por tentativas de reformar a França, de acordo com os ideais iluministas. Estes incluíram esforços para abolir a servidão, remover a taille, e aumentar a tolerância em relação aos protestantes. A nobreza francesa reagiu com hostilidade às reformas propostas, e se opôs com sucesso a sua implementação. Em seguida ocorreu o aumento do descontentamento entre as pessoas comuns. Em 1776, Luís XVI apoiou ativamente os colonos norte-americanos, que buscavam sua independência da Grã-Bretanha, que foi realizada no Tratado de Paris de 1783.

A dívida e crise financeira que vieram em seguida contribuíram para a impopularidade do Antigo Regime, que culminou no Estado Geral de 1789. O descontentamento entre os membros das classes média e baixa da França resultou em reforçada oposição à aristocracia francesa e à monarquia absoluta, das quais Luís e sua esposa, a rainha Maria Antonieta, eram vistos como representantes. Em 1789, a tomada da Bastilha, durante os distúrbios em Paris, marcou o início da Revolução Francesa. A indecisão e conservadorismo de Luís levaram algumas perceções ao povo da França em vê-lo como um símbolo da tirania do Antigo Regime, e sua popularidade se deteriorou progressivamente. A sua desastrosa fuga de Varennes, em junho de 1791, quatro meses antes da monarquia constitucional ser declarada, parecia justificar os rumores de que o rei amarrou suas esperanças de salvação política nas perspetivas de alguma invasão estrangeira. Sua credibilidade foi extremamente comprometida. A abolição da monarquia e a instauração da república tornaram-se possibilidades cada vez maiores.

Em um contexto de guerra civil e internacional, o rei foi suspenso e preso na época da insurreição de 10 de agosto de 1792, um mês antes da monarquia constitucional ser abolida e a Primeira República Francesa ser proclamada em 21 de setembro. Foi julgado pela Convenção Nacional (auto-instituída como um tribunal para a ocasião), considerado culpado de alta traição e executado na guilhotina em 21 de janeiro de 1793 como um cidadão francês dessacralizado conhecido como "Cidadão Luís Capeto", um apelido em referência a Hugo Capeto, o fundador da dinastia capetiana - que os revolucionários interpretavam como o seu nome de família. Depois de inicialmente considerado tanto um traidor como um mártir, historiadores franceses têm adotado uma visão geral diferente de sua personalidade e papel como rei, descrevendo-o como um homem honesto, impulsionado por boas intenções, mas que não estava à altura da tarefa hercúlea que teria sido uma profunda reforma da monarquia. Foi o único rei da França na história a ser executado e a sua morte pôs fim a mais de mil anos de monarquia francesa contínua. 

 

  

sábado, janeiro 21, 2023

Luís XVI, Rei da França, foi assassinado há duzentos e trinta anos...

A Execução de Luís XVI de França, a partir de uma gravura alemã
     
A Execução de Luís XVI na guilhotina é um dos acontecimentos mais importantes da Revolução Francesa. Ela teve lugar no dia 21 de janeiro de 1793, aproximadamente às 10.20 horas, em Paris, na Praça da Revolução (a antiga Praça Luís XV, renomeada, em 1795, como Praça da Concórdia), nome que hoje ainda mantém.
  
Contexto
Na sequência dos acontecimentos da jornada de 10 de agosto de 1792 e do ataque ao Palácio das Tulherias, residência da família real, pelo povo parisiense, Luís XVI é preso na Prisão do Templo com a sua família, por alta traição. No final de seu processo, Luís XVI é condenado à morte por curta maioria (apenas um voto de diferença), a 15 de janeiro de 1793.
    
Trajeto
Luís XVI foi acordado às 05.00 horas da manhã. Cléry, o seu camareiro, assiste o rei na sua toalete matinal. Luís XVI encontra-se, em seguida, com o abade Henri Essex Edgeworth de Firmont, confessa-se, assiste à sua última missa e recebe a comunhão.
Aconselhado pelo abade, Luís XVI evita um último encontro de despedida com a sua família. Os guardas, temendo um rapto do rei, entram e saem incessantemente. Às 07.00 horas, Luís XVI confia as suas últimas vontades ao abade, o seu selo para o Delfim e a sua aliança de casamente para a Rainha. Após receber a bênção do abade, Luís XVI junta-se a Antoine Joseph Santerre, que comanda a guarda.
Um nevoeiro espesso envolve o dia, glacial. Dentro do primeiro pátio, Luís XVI volta-se para a Torre do Templo, onde foram colocados os demais membros da família real, mas estes não aparecem às janelas. No segundo pátio, uma carruagem verde espera. Luís XVI toma o seu lugar nela, com o abade, e mais duas pessoas da milícia instalam-se à sua frente. A carruagem deixa o Templo por volta das 09.00 horas. Ela vira à direita, pela Rua do Templo, para atingir os grandes Boulevards.
Um cortejo é formado com a carruagem, precedido por tambores e escoltado por uma tropa de cavaleiros com sabres desfraldados. O cortejo avança entre diversas fileiras de guardas nacionais e de sans-culottes.
     
Placa na Rua de Beauregard, recordando a tentativa de evasão do Rei
     
A multidão é numerosa e está dividida. Uma maioria opõe-se à execução, mas os homens armados e guardas nacionais estão preparados. Nas proximidades da Rua de Cléry, o Barão de Batz, apoio da família real que havia financiado a Fuga de Varennes, convocou 300 monárquicos para fazer evadir o Rei. Este deveria ser escondido numa casa pertencente ao Conde de Marsan, na Rua de Cléry. O Barão de Batz avança, aos gritos de: "Comigo, meus amigos, para salvar o Rei!". Porém, os seus companheiros haviam sido denunciados e apenas alguns puderam comparecer. Três foram mortos, mas o Barão de Batz pode escapar. Dentro da carruagem, o Rei Luís XVI não percebeu nada. No breviário do abade, ele lia a prece dos agonizantes. O cortejo, conduzido por Santerre, prosseguiu o seu caminho pelos boulevards e pela Rua da Revolução. Ele entra às 10.00 horas na Praça da Concórdia e para aos pés do cadafalso, instalado em frente ao Palácio das Tulherias, última residência real, entre o pedestal da estátua, removida, de Luís XV e a parte baixa dos Champs-Élysées. O local é rodeado por canhões em bateria e uma profusão de espadas e baionetas.
    
Testemunhos
Imprensa contemporânea
O jornal "Thermomètre du Jour" ("Termômetro do Dia") de 13 de fevereiro, jornal republicano moderado, descreve o Rei gritando: "Estou perdido!", citando como testemunha o carrasco, Charles-Henri Sanson.
  
Sanson
Sanson, o carrasco do rei, reage à versão do jornal "Thermomètre du Jour", dando o seu próprio testemunho sobre a execução, em carta datada de 20 de fevereiro de 1793:
Chegado ao pé da guilhotina, Luís XVI considerou um instante os instrumentos de seu suplício e perguntou a Sanson se os tambores cessariam de bater. Ele se aproximou para falar. Foi dito aos carrascos que fizessem seu dever. Enquanto lhe colocavam as cilhas, ele gritou : "Povo, eu morro inocente!". De seguida, virando-se para os carrascos, Luís XVI declara: "Senhores, sou inocente de tudo o que me inculpam. Espero que meu sangue possa cimentar a felicidade dos Franceses". O cutelo caiu. Eram 10 horas e 22 minutos. Um dos assistentes de Sanson apresentou a cabeça de Luís XVI ao povo, enquanto se elevava um grande grito de: "Viva a Nação! Viva a República!" e que ressoava uma salva de artilharia, que chegou até aos ouvidos da família real encarcerada..
Por fim, Sanson sublinha numa carta que o rei "suportou tudo aquilo com um sangue frio e uma firmeza que nos espantou a todos. Fico quase convencido que ele retirou esta firmeza dos princípios da sua religião, dos quais ninguém mais do que ele parecia compenetrado ou persuadido".
     

terça-feira, agosto 23, 2022

O infeliz Rei Luís XVI nasceu há 268 anos


Luís XVI
(Versalhes, 23 de agosto de 1754 – Paris, 21 de janeiro de 1793) foi Rei da França e Navarra de 1774 até ser deposto em 1792 durante a Revolução Francesa, sendo executado no ano seguinte. Seu pai, Luís, Delfim de França, era o filho e herdeiro aparente do rei Luís XV. Como resultado da morte de seu pai, em 1765, Luís se tornou o novo delfim e sucedeu seu avô em 1774. Era irmão mais velho dos futuros reis Luís XVIII e Carlos X.

Nascido em Versalhes, recebeu o título de Duque de Berry. Após a morte repentina de seu pai Luís Fernando, tornou-se o novo herdeiro da França em 1765, e coroado rei aos 19 anos. A primeira parte de seu reinado foi marcada por tentativas de reformar a França, de acordo com os ideais iluministas. Estes incluíram esforços para abolir a servidão, remover a taille, e aumentar a tolerância em relação aos protestantes. A nobreza francesa reagiu com hostilidade às reformas propostas, e se opôs com sucesso a sua implementação. Em seguida ocorreu o aumento do descontentamento entre as pessoas comuns. Em 1776, Luís XVI apoiou ativamente os colonos norte-americanos, que buscavam sua independência da Grã-Bretanha, que foi realizada no Tratado de Paris de 1783.

A dívida e crise financeira que vieram em seguida contribuíram para a impopularidade do Antigo Regime, que culminou no Estado Geral de 1789. O descontentamento entre os membros das classes média e baixa da França resultou em reforçada oposição à aristocracia francesa e à monarquia absoluta, das quais Luís e sua esposa, a rainha Maria Antonieta, eram vistos como representantes. Em 1789, a tomada da Bastilha, durante os distúrbios em Paris, marcou o início da Revolução Francesa. A indecisão e conservadorismo de Luís levaram algumas perceções ao povo da França em vê-lo como um símbolo da tirania do Antigo Regime, e sua popularidade se deteriorou progressivamente. A sua desastrosa fuga de Varennes, em junho de 1791, quatro meses antes da monarquia constitucional ser declarada, parecia justificar os rumores de que o rei amarrou suas esperanças de salvação política nas perspetivas de alguma invasão estrangeira. Sua credibilidade foi extremamente comprometida. A abolição da monarquia e a instauração da república tornaram-se possibilidades cada vez maiores.

Em um contexto de guerra civil e internacional, o rei foi suspenso e preso na época da insurreição de 10 de agosto de 1792, um mês antes da monarquia constitucional ser abolida e a Primeira República Francesa ser proclamada em 21 de setembro. Foi julgado pela Convenção Nacional (auto-instituída como um tribunal para a ocasião), considerado culpado de alta traição e executado na guilhotina em 21 de janeiro de 1793 como um cidadão francês dessacralizado conhecido como "Cidadão Luís Capeto", um apelido em referência a Hugo Capeto, o fundador da dinastia capetiana — que os revolucionários interpretavam como o seu nome de família. Depois de inicialmente considerado tanto um traidor como um mártir, historiadores franceses têm adotado uma visão geral diferente de sua personalidade e papel como rei, descrevendo-o como um homem honesto impulsionado por boas intenções, mas que não estava à altura da tarefa hercúlea que teria sido uma profunda reforma da monarquia. Foi o único rei da França na história a ser executado, e sua morte pôs fim a mais de mil anos de monarquia francesa contínua. 

 

  

in Wikipédia

sexta-feira, janeiro 21, 2022

Luís XVI, Rei da França, foi assassinado há 229 anos

A Execução de Luís XVI de França, a partir de uma gravura alemã
     
A Execução de Luís XVI na guilhotina é um dos acontecimentos mais importantes da Revolução Francesa. Ela teve lugar no dia 21 de janeiro de 1793, aproximadamente às 10.20 horas, em Paris, na Praça da Revolução (a antiga Praça Luís XV, renomeada, em 1795, como Praça da Concórdia), nome que hoje ainda mantém.
  
Contexto
Na sequência dos acontecimentos da jornada de 10 de agosto de 1792 e do ataque ao Palácio das Tulherias, residência da família real, pelo povo parisiense, Luís XVI é preso na Prisão do Templo com a sua família, por alta traição. No final de seu processo, Luís XVI é condenado à morte por curta maioria (apenas um voto de diferença), a 15 de janeiro de 1793.
    
Trajeto
Luís XVI foi acordado às 05.00 horas da manhã. Cléry, o seu camareiro, assiste o rei na sua toalete matinal. Luís XVI encontra-se, em seguida, com o abade Henri Essex Edgeworth de Firmont, confessa-se, assiste à sua última missa e recebe a comunhão.
Aconselhado pelo abade, Luís XVI evita um último encontro de despedida com a sua família. Os guardas, temendo um rapto do rei, entram e saem incessantemente. Às 07.00 horas, Luís XVI confia as suas últimas vontades ao abade, o seu selo para o Delfim e a sua aliança de casamente para a Rainha. Após receber a bênção do abade, Luís XVI junta-se a Antoine Joseph Santerre, que comanda a guarda.
Um nevoeiro espesso envolve o dia, glacial. Dentro do primeiro pátio, Luís XVI volta-se para a Torre do Templo, onde foram colocados os demais membros da família real, mas estes não aparecem às janelas. No segundo pátio, uma carruagem verde espera. Luís XVI toma o seu lugar nela, com o abade, e mais duas pessoas da milícia instalam-se à sua frente. A carruagem deixa o Templo por volta das 09.00 horas. Ela vira à direita, pela Rua do Templo, para atingir os grandes Boulevards.
Um cortejo é formado com a carruagem, precedido por tambores e escoltado por uma tropa de cavaleiros com sabres desfraldados. O cortejo avança entre diversas fileiras de guardas nacionais e de sans-culottes.
     
Placa na Rua de Beauregard, recordando a tentativa de evasão do Rei
     
A multidão é numerosa e está dividida. Uma maioria opõe-se à execução, mas os homens armados e guardas nacionais estão preparados. Nas proximidades da Rua de Cléry, o Barão de Batz, apoio da família real que havia financiado a Fuga de Varennes, convocou 300 monárquicos para fazer evadir o Rei. Este deveria ser escondido numa casa pertencente ao Conde de Marsan, na Rua de Cléry. O Barão de Batz avança, aos gritos de: "Comigo, meus amigos, para salvar o Rei!". Porém, os seus companheiros haviam sido denunciados e apenas alguns puderam comparecer. Três foram mortos, mas o Barão de Batz pode escapar. Dentro da carruagem, o Rei Luís XVI não percebeu nada. No breviário do abade, ele lia a prece dos agonizantes. O cortejo, conduzido por Santerre, prosseguiu o seu caminho pelos boulevards e pela Rua da Revolução. Ele entra às 10.00 horas na Praça da Concórdia e para aos pés do cadafalso, instalado em frente ao Palácio das Tulherias, última residência real, entre o pedestal da estátua, removida, de Luís XV e a parte baixa dos Champs-Élysées. O local é rodeado por canhões em bateria e uma profusão de espadas e baionetas.
    
Testemunhos
Imprensa contemporânea
O jornal "Thermomètre du Jour" ("Termômetro do Dia") de 13 de fevereiro, jornal republicano moderado, descreve o Rei gritando: "Estou perdido!", citando como testemunha o carrasco, Charles-Henri Sanson.
  
Sanson
Sanson, o carrasco do rei, reage à versão do jornal "Thermomètre du Jour", dando o seu próprio testemunho sobre a execução, em carta datada de 20 de fevereiro de 1793:
Chegado ao pé da guilhotina, Luís XVI considerou um instante os instrumentos de seu suplício e perguntou a Sanson se os tambores cessariam de bater. Ele se aproximou para falar. Foi dito aos carrascos que fizessem seu dever. Enquanto lhe colocavam as cilhas, ele gritou : "Povo, eu morro inocente!". De seguida, virando-se para os carrascos, Luís XVI declara: "Senhores, sou inocente de tudo o que me inculpam. Espero que meu sangue possa cimentar a felicidade dos Franceses". O cutelo caiu. Eram 10 horas e 22 minutos. Um dos assistentes de Sanson apresentou a cabeça de Luís XVI ao povo, enquanto se elevava um grande grito de: "Viva a Nação! Viva a República!" e que ressoava uma salva de artilharia, que chegou até aos ouvidos da família real encarcerada..
Por fim, Sanson sublinha em uma carta que o rei "suportou tudo aquilo com um sangue frio e uma firmeza que nos espantou a todos. Fico quase convencido que ele retirou esta firmeza dos princípios da sua religião, dos quais ninguém mais do que ele parecia compenetrado ou persuadido".
     

quinta-feira, janeiro 21, 2021

O Rei da França, Luís XVI, foi assassinado há 228 anos

A Execução de Luís XVI de França, a partir de uma gravura alemã
   
A Execução de Luís XVI na guilhotina é um dos acontecimentos mais importantes da Revolução Francesa. Ela teve lugar no dia 21 de janeiro de 1793, aproximadamente às 10.20 horas, em Paris, na Praça da Revolução (a antiga Praça Luís XV, renomeada, em 1795, como Praça da Concórdia), nome que hoje ainda mantém.
  
Contexto
Na sequência dos acontecimentos da jornada de 10 de agosto de 1792 e do ataque ao Palácio das Tulherias, residência da família real, pelo povo parisiense, Luís XVI é preso na Prisão do Templo com a sua família, por alta traição. No final de seu processo, Luís XVI é condenado à morte por curta maioria (apenas um voto de diferença), a 15 de janeiro de 1793.
  
Trajeto
Luís XVI foi acordado às 05.00 horas da manhã. Cléry, o seu camareiro, assiste o rei na sua toalete matinal. Luís XVI encontra-se, em seguida, com o abade Henri Essex Edgeworth de Firmont, confessa-se, assiste à sua última missa e recebe a comunhão.
Aconselhado pelo abade, Luís XVI evita um último encontro de despedida com a sua família. Os guardas, temendo um rapto do rei, entram e saem incessantemente. Às 07.00 horas, Luís XVI confia as suas últimas vontades ao abade, o seu selo para o Delfim e a sua aliança e casamente para a Rainha. Após receber a bênção do abade, Luís XVI junta-se a Antoine Joseph Santerre, que comanda a guarda.
Um nevoeiro espesso envolve o dia, glacial. Dentro do primeiro pátio, Luís XVI volta-se para a Torre do Templo, onde foram colocados os demais membros da família real, mas estes não aparecem às janelas. No segundo pátio, uma carruagem verde espera. Luís XVI toma o seu lugar nela, com o abade, e mais duas pessoas da milícia instalam-se à sua frente. A carruagem deixa o Templo por volta das 09.00 horas. Ela vira à direita, pela Rua do Templo, para atingir os grandes Boulevards.
Um cortejo é formado com a carruagem, precedido por tambores e escoltado por uma tropa de cavaleiros com sabres desfraldados. O cortejo avança entre diversas fileiras de guardas nacionais e de sans-culottes.
  
Placa na Rua de Beauregard, recordando a tentativa de evasão do Rei
   
A multidão é numerosa e está dividida. Uma maioria opõe-se à execução, mas os homens armados e guardas nacionais estão preparados. Nas proximidades da Rua de Cléry, o Barão de Batz, apoio da família real que havia financiado a Fuga de Varennes, convocou 300 monárquicos para fazer evadir o Rei. Este deveria ser escondido numa casa pertencente ao Conde de Marsan, na Rua de Cléry. O Barão de Batz avança, aos gritos de: "Comigo, meus amigos, para salvar o Rei!". Porém, os seus companheiros haviam sido denunciados e apenas alguns puderam comparecer. Três foram mortos, mas o Barão de Batz pode escapar. Dentro da carruagem, o Rei Luís XVI não percebeu nada. No breviário do abade, ele lia a prece dos agonizantes. O cortejo, conduzido por Santerre, prosseguiu o seu caminho pelos boulevards e pela Rua da Revolução. Ele entra às 10.00 horas na Praça da Concórdia e pára aos pés do cadafalso, instalado em frente ao Palácio das Tulherias, última residência real, entre o pedestal da estátua, removida, de Luís XV e a parte baixa dos Champs-Élysées. O local é rodeado por canhões em bateria e uma profusão de espadas e baionetas.
  
Testemunhos
Imprensa contemporânea
O jornal "Thermomètre du Jour" ("Termômetro do Dia") de 13 de fevereiro, jornal republicano moderado, descreve o Rei gritando: "Estou perdido!", citando como testemunha o carrasco, Charles-Henri Sanson.
  
Sanson
Sanson, o carrasco do rei, reage à versão do jornal "Thermomètre du Jour", dando o seu próprio testemunho sobre a execução, em carta datada de 20 de fevereiro de 1793:
Chegado ao pé da guilhotina, Luís XVI considerou um instante os instrumentos de seu suplício e perguntou a Sanson se os tambores cessariam de bater. Ele se aproximou para falar. Foi dito aos carrascos que fizessem seu dever. Enquanto lhe colocavam as cilhas, ele gritou : "Povo, eu morro inocente!". De seguida, virando-se para os carrascos, Luís XVI declara: "Senhores, sou inocente de tudo o que me inculpam. Espero que meu sangue possa cimentar a felicidade dos Franceses". O cutelo caiu. Eram 10 horas e 22 minutos. Um dos assistentes de Sanson apresentou a cabeça de Luís XVI ao povo, enquanto se elevava um grande grito de: "Viva a Nação! Viva a República!" e que ressoava uma salva de artilharia, que chegou até aos ouvidos da família real encarcerada..
Por fim, Sanson sublinha em uma carta que o rei "suportou tudo aquilo com um sangue frio e uma firmeza que nos espantou a todos. Fico quase convencido que ele retirou esta firmeza dos princípios da sua religião, dos quais ninguém mais do que ele parecia compenetrado ou persuadido".
   

segunda-feira, janeiro 21, 2019

O Rei da França, Luís XVI, foi executado há 226 anos

A Execução de Luís XVI de França, a partir de uma gravura alemã
  
A Execução de Luís XVI na guilhotina é um dos acontecimentos mais importantes da Revolução Francesa. Ela teve lugar no dia 21 de janeiro de 1793, aproximadamente às 10.20 horas, em Paris, na Praça da Revolução (a antiga Praça Luís XV, renomeada, em 1795, como Praça da Concórdia), nome que hoje ainda mantém.
  
Contexto
Na sequência dos acontecimentos da jornada de 10 de agosto de 1792 e do ataque ao Palácio das Tulherias, residência da família real, pelo povo parisiense, Luís XVI é preso na Prisão do Templo com a sua família, por alta traição. No final de seu processo, Luís XVI é condenado à morte por curta maioria (apenas um voto de diferença), a 15 de janeiro de 1793.
   
Trajeto
Luís XVI foi acordado às 05.00 horas da manhã. Cléry, o seu camareiro, assiste o rei na sua toalete matinal. Luís XVI encontra-se, em seguida, com o abade Henri Essex Edgeworth de Firmont, confessa-se, assiste à sua última missa e recebe a comunhão.
Aconselhado pelo abade, Luís XVI evita um último encontro de despedida com a sua família. Os guardas, temendo um rapto do rei, entram e saem incessantemente. Às 07.00 horas, Luís XVI confia as suas últimas vontades ao abade, o seu selo para o Delfim e a sua aliança e casamente para a Rainha. Após receber a bênção do abade, Luís XVI junta-se a Antoine Joseph Santerre, que comanda a guarda.
Um nevoeiro espesso envolve o dia, glacial. Dentro do primeiro pátio, Luís XVI volta-se para a Torre do Templo, onde foram colocados os demais membros da família real, mas estes não aparecem às janelas. No segundo pátio, uma carruagem verde espera. Luís XVI toma o seu lugar nela, com o abade, e mais duas pessoas da milícia instalam-se à sua frente. A carruagem deixa o Templo por volta das 09.00 horas. Ela vira à direita, pela Rua do Templo, para atingir os grandes Boulevards.
Um cortejo é formado com a carruagem, precedido por tambores e escoltado por uma tropa de cavaleiros com sabres desfraldados. O cortejo avança entre diversas fileiras de guardas nacionais e de sans-culottes.
Placa na Rua de Beauregard, recordando a tentativa de evasão do Rei
  
A multidão é numerosa e está dividida. Uma maioria opõe-se à execução, mas os homens armados e guardas nacionais estão preparados. Nas proximidades da Rua de Cléry, o Barão de Batz, apoio da família real que havia financiado a Fuga de Varennes, convocou 300 monárquicos para fazer evadir o Rei. Este deveria ser escondido numa casa pertencente ao Conde de Marsan, na Rua de Cléry. O Barão de Batz avança, aos gritos de: "Comigo, meus amigos, para salvar o rei!". Porém, os seus companheiros haviam sido denunciados e apenas alguns puderam comparecer. Três foram mortos, mas o Barão de Batz pode escapar. Dentro da carruagem, o Rei Luís XVI não percebeu nada. No breviário do abade, ele lia a prece dos agonizantes. O cortejo, conduzido por Santerre, prosseguiu o seu caminho pelos boulevards e pela Rua da Revolução. Ele entra às 10.00 horas na Praça da Concórdia e pára aos pés do cadafalso, instalado em frente ao Palácio das Tulherias, última residência real, entre o pedestal da estátua, removida, de Luís XV e a parte baixa dos Champs-Élysées. O local é rodeado por canhões em bateria e uma profusão de espadas e baionetas.
   
Testemunhos
Imprensa contemporânea
O jornal "Thermomètre du Jour" ("Termômetro do Dia") de 13 de fevereiro, jornal republicano moderado, descreve o Rei gritando: "Estou perdido!", citando como testemunha o carrasco, Charles-Henri Sanson.
   
Sanson
Sanson, o carrasco do rei, reage à versão do jornal "Thermomètre du Jour", dando o seu próprio testemunho sobre a execução, em carta datada de 20 de fevereiro de 1793:
Chegado ao pé da guilhotina, Luís XVI considerou um instante os instrumentos de seu suplício e perguntou a Sanson se os tambores cessariam de bater. Ele se aproximou para falar. Foi dito aos carrascos que fizessem seu dever. Enquanto lhe colocavam as cilhas, ele gritou : "Povo, eu morro inocente!". De seguida, virando-se para os carrascos, Luís XVI declara: "Senhores, sou inocente de tudo o que me inculpam. Espero que meu sangue possa cimentar a felicidade dos Franceses". O cutelo caiu. Eram 10 horas e 22 minutos. Um dos assistentes de Sanson apresentou a cabeça de Luís XVI ao povo, enquanto se elevava um grande grito de: "Viva a Nação! Viva a República!" e que ressoava uma salva de artilharia, que chegou até aos ouvidos da família real encarcerada..
Por fim, Sanson sublinha em uma carta que o rei "suportou tudo aquilo com um sangue frio e uma firmeza que nos espantou a todos. Fico quase convencido que ele retirou esta firmeza dos princípios da sua religião, dos quais ninguém mais do que ele parecia compenetrado ou persuadido".
    

terça-feira, janeiro 21, 2014

O Rei da França, Luís XVI, foi executado há 221 anos

A Execução de Luís XVI de França, a partir de uma gravura alemã

A Execução de Luís XVI na guilhotina é um dos acontecimentos mais importantes da Revolução Francesa. Ela teve lugar no dia 21 de janeiro de 1793, aproximadamente às 10.20 horas, em Paris, na Praça da Revolução (a antiga Praça Luís XV, renomeada, em 1795, como Praça da Concórdia), nome que hoje ainda mantém.

Contexto
Na sequência dos acontecimentos da jornada de 10 de agosto de 1792 e do ataque ao Palácio das Tulherias, residência da família real, pelo povo parisiense, Luís XVI é preso na Prisão do Templo com a sua família, por alta traição. No final de seu processo, Luís XVI é condenado à morte por curta maioria (apenas um voto de diferença), a 15 de janeiro de 1793.

Trajeto
Luís XVI foi acordado às 05.00 horas da manhã. Cléry, o seu camareiro, assiste o rei na sua toalete matinal. Luís XVI encontra-se, em seguida, com o abade Henri Essex Edgeworth de Firmont, confessa-se, assiste à sua última missa e recebe a comunhão.
Aconselhado pelo abade, Luís XVI evita um último encontro de despedida com a sua família. Os guardas, temendo um rapto do rei, entram e saem incessantemente. Às 07.00 horas, Luís XVI confia as suas últimas vontades ao abade, o seu selo para o Delfim e a sua aliança e casamente para a Rainha. Após receber a bênção do abade, Luís XVI junta-se a Antoine Joseph Santerre, que comanda a guarda.
Um nevoeiro espesso envolve o dia, glacial. Dentro do primeiro pátio, Luís XVI volta-se para a Torre do Templo, onde foram colocados os demais membros da família real, mas estes não aparecem às janelas. No segundo pátio, uma carruagem verde espera. Luís XVI toma o seu lugar nela, com o abade, e mais duas pessoas da milícia instalam-se à sua frente. A carruagem deixa o Templo por volta das 09.00 horas. Ela vira à direita, pela Rua do Templo, para atingir os grandes Boulevards.
Um cortejo é formado com a carruagem, precedido por tambores e escoltado por uma tropa de cavaleiros com sabres desfraldados. O cortejo avança entre diversas fileiras de guardas nacionais e de sans-culottes.

Placa na Rua de Beauregard, recordando a tentativa de evasão do Rei

A multidão é numerosa e está dividida. Uma maioria opõe-se à execução, mas os homens armados e guardas nacionais estão preparados. Nas proximidades da Rua de Cléry, o Barão de Batz, apoio da família real que havia financiado a Fuga de Varennes, convocou 300 monárquicos para fazer evadir o Rei. Este deveria ser escondido numa casa pertencente ao Conde de Marsan, na Rua de Cléry. O Barão de Batz avança, aos gritos de: "Comigo, meus amigos, para salvar o rei!". Porém, os seus companheiros haviam sido denunciados e apenas alguns puderam comparecer. Três foram mortos, mas o Barão de Batz pode escapar. Dentro da carruagem, o Rei Luís XVI não percebeu nada. No breviário do abade, ele lia a prece dos agonizantes. O cortejo, conduzido por Santerre, prosseguiu o seu caminho pelos boulevards e pela Rua da Revolução. Ele entra às 10.00 horas na Praça da Concórdia e pára aos pés do cadafalso, instalado em frente ao Palácio das Tulherias, última residência real, entre o pedestal da estátua, removida, de Luís XV e a parte baixa dos Champs-Élysées. O local é rodeado por canhões em bateria e uma profusão de espadas e baionetas.

Testemunhos

Imprensa contemporânea
O jornal "Thermomètre du Jour" ("Termômetro do Dia") de 13 de fevereiro, jornal republicano moderado, descreve o Rei gritando: "Estou perdido!", citando como testemunha o carrasco, Charles-Henri Sanson.

Sanson
Sanson, o carrasco do rei, reage à versão do jornal "Thermomètre du Jour", dando o seu próprio testemunho sobre a execução, em carta datada de 20 de fevereiro de 1793:
Chegado ao pé da guilhotina, Luís XVI considerou um instante os instrumentos de seu suplício e perguntou a Sanson se os tambores cessariam de bater. Ele se aproximou para falar. Foi dito aos carrascos que fizessem seu dever. Enquanto lhe colocavam as cilhas, ele gritou : "Povo, eu morro inocente!". De seguida, virando-se para os carrascos, Luís XVI declara: "Senhores, sou inocente de tudo o que me inculpam. Espero que meu sangue possa cimentar a felicidade dos Franceses". O cutelo caiu. Eram 10 horas e 22 minutos. Um dos assistentes de Sanson apresentou a cabeça de Luís XVI ao povo, enquanto se elevava um grande grito de: "Viva a Nação! Viva a República!" e que ressoava uma salva de artilharia, que chegou até aos ouvidos da família real encarcerada..
Por fim, Sanson sublinha em uma carta que o rei "suportou tudo aquilo com um sangue frio e uma firmeza que nos espantou a todos. Fico quase convencido que ele retirou esta firmeza dos princípios da sua religião, dos quais ninguém mais do que ele parecia compenetrado ou persuadido".

terça-feira, agosto 23, 2011

O Rei Luís XVI de França nasceu há 257 anos

Luís XVI de Bourbon, nascido em 23 de Agosto de 1754 em Versalhes e executado em 21 de Janeiro de 1793 em Paris, foi rei da França (1774-1791), depois rei dos Franceses (1791-1792). Era filho do delfim Luís e de Maria Josefa de Saxónia e casado com Maria Antonieta da Áustria (com quem se casou aos 16 anos).